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RESUMO DE ANESTESIO

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RESUMO DE ANESTESIO 
MPA – Medicação pré-anestésica 
Tranquilizar ou sedar os animais, conforme necessidade individual, principalmente o temperamento; 
Potencializar os efeitos dos fármacos indutores da anestesia geral e/ou de manutenção da anestesia; 
Reduzir os efeitos autonômicos adversos dos fármacos indutores da anestesia geral e/ou de manutenção; 
Reduzir os efeitos indesejados de alguns procedimentos (Rx contrastado, manipulação de vísceras, manipulação de globo ocular, etc); 
Previnir ou induzir a vômito, conforme necessidade; 
Reduzir secreções das vias aéreas e fluido gástrico; 
Tornar os períodos de indução, manutenção e recuperação anestésicas com menores probabilidades de intercorrências adversas. 
	DERIVADOS ANTICOLINÉRGICOS OU ANTIMUSCARÍNICOS
	Inibem os receptores parassimpáticos colinérgicos muscarínicos a nível pós-gangliônico (Bloqueio da acetilcolina nas terminações das fibras colinérgicas do SN). Previnem bradicardia, induzida por tono vagal aumentado. Prevenir salivação e secreções do trato respiratório excessivas. Devem ser evitados em ruminantes, e tomar cuidado em cães braquiocefalicos por conta da salivação excessiva.
	Fármacos 
	Pontos positivos
	Tempo de duração 
	Efeitos adversos 
	Via de administração 
	Metabolização e eliminação
	Sultato de Atropina
	Anticolinérgico mais usado na Medicina Veterinária
Produz diminuição das sec. orais, faríngeas e do trato resp.
	Uma hora e meia a duas horas
	Em virtude de sua capacidade de ultrapassagem das barreiras hematoencefálica e placentária, deve se ter especial atenção no seu uso em fêmeas gestantes devido ao seu efeito no feto ser diretamente proporcional ao efeito na gestante.
Produz taquicardia sinusal.
Produz broncodilatação, causando hipoxemia em animais portadores de disfunção respiratória ou braquicefálicos. 
Contraindicada em equinos, pois promove a diminuição da motilidade gastrointestinal (Cólica).
Contraindicada em animais que apresentem taquicardia, arritmias pré-existentes e febre
	Administração parenteral (SC, IM, IO ou IV)
	Apresenta metabolização pelo sistema hepático e eliminação renal, em aproximadamente uma hora e meia a duas horas com 30 a 50% da totalidade de sua dose administrada sem metabolização.
	Brometo de glicopirrolato
	Não atravessa a barreira placentária e hematoencefálica, produzindo efeitos menos acentuados do que os vistos quando da administração em doses equipotentes do sulfato de atropina.
Indicado sempre que a bradicardia for menos acentuada
	2 até 5 horas
	Não comercializado no Brasil.
	IV ou IM
	
	DERIVADOS FENOTIAZÍNICOS (Tranquilizantes) 
	Agem no sistema nervoso bloqueando importante fração de neurotransmissores como serotonina e dopamina e ainda gerando depressão do sistema reticular. Produzem tranqüilização, porém sem hipnose ou analgesia, diminuindo o limiar convulsivo. O principal efeito adverso periférico é a vasodilatação.
	Fármacos 
	Pontos positivos
	Tempo de duração 
	Efeitos adversos 
	Via de administração 
	Metabolização e eliminação
	Maleato de acepromazina (Acepran)
	Potente neuroléptico com baixa toxicidade
Não ocorre depressão respiratória ou ventilatória (potencializa)
	Com inicio de enfeito entre 15 e 45 minutos por um período de 3 a 6 horas.
	Aumento da dose não melhora os sinais desejáveis (efeito teto).
Hipotensão arterial resultante dos bloqueios dos receptores alfa-1 adrenérgicos periféricos.
Essa redução é dose dependente e pode gerar taquicardia reflexa. Outros efeitos adversos relacionados são citados como depressão cardíaca, aumento da perfusão cutânea e visceral.
Dependendo ainda da dose, no SCV pode ocorrer diminuição da FC, bloqueio atrioventricular e bloqueio sinoatrial.
Ptose palpebral, prolapso peniano e abaixamento de cabeça.
Diminuição da temperatura corporal
	Vias subcutânea (SC), intramuscular (IM) ou intravenosa (IV),
	Metabolismo hepático
Excreção de metabólitos por via renal e intestinal
	LEVOMEPROMAZINA e CLORPROMAZINA
	Quando usada IV em cães possui leve analgesia
	
	Apresentam menor potência de tranqüilização quando comparados à acepromazina, porem com mesmos efeitos adversos.
	Igual 
	Igual 
	DERIVADOS BENZODIAZEPÍNICOS (Tranquilizantes)
	Os Benzodiazepínicos (BZD) causam tranqüilização com relaxamento muscular e geram amnésia e hipnose. O efeito hipnótico é marcadamente visto em humanos. Todos eles apresentam esses fatores, alguns em maior ou menor escala, existindo diferenças apenas em duração e intensidade dos efeitos, porém não são capazes de produzir analgesia. Potencializa o ácido gama aminobutiríco (GABA), inibindo a neurotransmissao. É o responsável por 30% a 40% das sinapses inibitórias, por isso tem efeito anticonvulsivante, limitando a continuação das crises e elevando o limiar convulsivo e ainda com a capacidade de deprimir os reflexos espinhais com relaxamento muscular. Comumente não causam alterações significativas na freqüência cardíaca e freqüência respiratória. Dentre os efeitos adversos dos benzodiazepínicos, pode-se citar a possibilidade de excitação paradoxal, principalmente se aplicados em animais em alerta e com ausência de outros fármacos depressores. Além de existir a possibilidade de não se obter os efeitos desejados em pacientes sadios, pois produzem respostas individuais variáveis. Em fetos pode provocar marcada depressão respiratória, verificada em neonatos recém-nascidos apresentando cianose.
	Fármacos 
	Pontos positivos
	Tempo de duração 
	Efeitos adversos 
	Via de administração 
	Metabolização e eliminação
	Diazepam
	
	1 a 6 horas 
	Quando utilizado pela via IV produz intenso relaxamento muscular.
Devido ao veículo oleoso não deve ser administrado pela via IM (Administração dolorosa - Absorção inadequada).
	IV, SC 
	Metabolizado no fígado e excretado pelos rins
	Midazolam
	Quando utilizado isoladamente produz ligeira tranqüilização.
	1 a 6 horas
	
	IV, SC , IM 
	
	BUTIROFENONAS (Tranquilizantes)
	Bloqueando a neurotransmissão SNC – Inibição dopaminérgica- Tranqüilização
	Fármacos 
	Pontos positivos
	Tempo de duração 
	Efeitos adversos 
	Via de administração 
	Metabolização e eliminação
	Droperidol
	Possuem os efeitos tranquilizantes muito semelhantes ao produzidos pelos derivados fenotiazínicos (Acepran).Pouco efeito respiratório ou cardiovascular. Pequena hipotensão devido ao bloqueio alfaadrenérgico.
	Perduram por até 6 horas
	Risco de excitação e desenvolvimento de agressividade em pequenos animais, principalmente na espécie canina (recuperação). Porém não produzem efeito antiemético, antiarrítmico ou antihistamínico à comparação dos fenotiazínicos.
Não analgésico 
	
	Metabolizados pelo sistema hepático e eliminados pelos rins.
	Azaperone
	Tranqüilização de suínos (transporte)
	3 a 6 horas 
	Tranqüilização indevida em pequenos animais
	AGONISTAS ALFA DOIS ADRENÉRGICOS (Sedativos) 
	Também chamados de simpaticomiméticos ou adrenomiméticos ou apenas adrenérgicos, constituem os fármacos que estimulam direta ou indiretamente os receptores adrenérgicos ou adrenoreceptores. São sedativos clássicos, pois produzem sedação dose dependente, causam depressão dose-dependente pela estimulação dos receptores alpha-2 adrenérgicos tanto em SNC como em periférico, diminuindo a liberação de norepinefrina central e periférica. Seu uso está indicado então, para a promoção de analgesia visceral, sedação e/ou relaxamento muscular. 
Dentre os efeitos dos alpha-2 agonistas, pode-se encontrar além da bradicardia e bloqueio atrioventricular, redução do débito cardíaco, aumento inicial da pressão arterial, seguido de hipotensão, diminuição da pressão parcial de oxigênio, queda na freqüência respiratória e volume minuto.
	Fármacos 
	Pontos positivos
	Tempo de duração 
	Efeitos adversos 
	Via de administração 
	Metabolização e eliminação
	Xilazina 
	Ação analgésica e sedativa. A xilazina se caracteriza pela grande ação miorrelaxante central devido a inibiçãoda transmissão interneural na medula espinhal. Produz também um estado de sonolência e moderada ação analgésica nas diferentes espécies animais.
Em bovinos a xilazina é muito eficiente,
	O período de efeito perdura até aproximadamente 30 a 40 minutos
	Em cães produz ação parassimpatomimética e produz arritmia sinusal e até bloqueio atrioventricular de segundo grau acompanhado de bradicardia.
	Via IM, IV. 
	
	Medetomidina 
	Possui 50 a 100 vezes maior potência que xilazina
	Efeito de 2 a 3 horas
	Não é indicado o uso em equinos devido acentuado relaxamento muscular e possibilidade de levar estes animais a queda. 
	
	
	Detomidina 
	Torna-se uma boa alternativa para equinos agressivos, pelo fato de que possibilita adequada sedação para procedimentos em estação, devido ao fato de que a detomidina quando comparada à medetomidina apresenta menor efeito de relaxamento muscular.
	
	possui efeito dose-dependente, com período de até 3 horas. 
As doses indicadas são de 5 a 20 µg/Kg para caninos e de10 a 40 µg/Kg para eqüinos, dependendo da via a ser utilizada, lembrando sempre que doses menores devem ser usadas pela via intravenosa. 
	
	
	Fármacos 
	Pontos positivos
	Tempo de duração 
	Efeitos adversos 
	Via de administração 
	Metabolização e eliminação
	Romifidina 
	Possui efeito dose dependente muito parecido com detomidina, porém com menor potência
	30 a 60 minutos.
	
	
	
DOR E ANALGESIA 
	Opióides 
	Atuam por combinação reversível com um ou mais receptores específicos. Efeitos: analgesia, sedação, euforia, disforia e excitação. Características: Intensa analgesia; Sem perda da consciência; Doses elevadas. Ação: Aumentam o limiar da dor; Diminuição da percepção da dor; Receptores localizados no SNC.
Nomenclatura quanto aos receptores: Mi ( µ ) OP3: Analgesia supra espinhal; sedação; Depressão respiratória; Euforia e dependência química. Kappa (k) - OP2: Analgesia espinhal (bloqueio da dor visceral); Sedação; Miose; Disforia. Sigma (δ): Estímulo da respiração; Alucinações.
Agonistas: Alta afinidade a OP3 e fraca aos outros. Ex: Morfina, fentanil, meperidina, metadona. Agonistas parcial: certo grau de afinidade e atividade com diferentes receptores. Ex: buprenorfina. Agonista – Antagonista: são agonistas ou agonistas parciais em um ou mais receptores opióides (kappa) e são antagonistas ou antagonistas parciais em outros sítios receptores opióides (mu). Podendo antagonizar parcialmente os efeitos de agonistas opióides puros (mu). Ex: butorfanol. Antagonista: efeito antagonista a todos os receptores. Ex: naloxona. Uma das grandes vantagens da utilização dos opióides como medicação anestésica é a redução do requerimento dos anestésicos gerais.
	Fármacos 
	Pontos positivos
	Tempo de duração 
	Efeitos adversos 
	Via de administração 
	Metabolização e eliminação
	Morfina 
	Produz boa analgesia pelo fato de apresentar afinidade pelos receptores μ. A utilização deste opióide é ampla, podendo ser empregado na medicação pré-anestésica, como analgésico para dor profunda e ainda para analgesia em espaço epidural.
	Efeito entre 4 a 6 horas
	Dentre os efeitos colaterais, podem-se citar a liberação de histamina em aplicação intravenosa rápida, náusea e vômitos que estão relacionados às zonas deflagradoras dos quimiorreceptores localizados no terceiro ventrículo do SNC. 
Depressão respiratória, vômitos, náuseas, sialorréia, defecações e excitação em gatos.
	Via intramuscular
	
	Fentanil 
	O fentanil, que é um opióide μ (OP3) agonista, de estrutura sintética, e até 100 vezes mais potente que a morfina, porém com efeito passageiro. 
Analgesia, sedação
	20 a 30 minutos
	Apresenta efeitos como depressão respiratória e ataxia Apresenta bradicardia sinusal profunda, que pode ser antagonizada pela atropina.
	Via parenteral
	
	Meperidina
	Apresenta um décimo da potência da morfina, apresentando também menor depressão cardiovascular e respiratória.
	uma a duas horas
	Merece especial atenção, pois mesmo em subdoses, quando administrada pela via intravenosa, pode ocasionar liberação de histamina endógena.
	via intramuscular.
	
	Fármacos 
	Pontos positivos
	Tempo de duração 
	Efeitos adversos 
	Via de administração 
	Metabolização e eliminação
	Tramadol 
	Detém baixa afinidade por receptores μ, cerca de 6000 vezes menor que a morfina e, portanto, sua analgesia é menor, mas quando utilizada em doses equipotentes produz boa analgesia devido ao mecanismo de ação diferente que além da ligação aos receptores opiáceos inibe a captação de norepinefrina promovendo liberação de serotonina e bloqueando os impulsos da medula espinhal.
	6 horas. 
	O tramadol não é um opióide totalmente reversível com a naloxona, mas pode ter seus efeitos minimizados pela ioimbina.
	
	
	Butorfanol 
	Antagonista-agonista que apresenta analgesia cinco vezes maior que a morfina com poucas alterações nos SR e SCV, sendo considerado um bom sedativo.
	3 a 5 horas,
	Doses excessivas causa intense efeito cardiodepressor, sendo necessário o uso de antagonistas.
	
	
	Buprenorfina 
	agonista parcial que apresenta analgesia 30 vezes maior que a da morfina. Sendo que as alterações SR e SCV em cães são mais discretas do que a morfina.
	6 a 12 horas
	
	
	
	Naloxona e naltrexona 
	São fármacos capazes de deslocar os derivados opióides, quais forem, de seus receptores, proporcionando antagonismo competitivo, revertendo assim todos os efeitos do agonista anterios, sendo eles, sedação ou analgesia. 
	1 a 2 horas. 
	
	
	
Uma nova força que cada vez ganha mais espaço na Medicina Veterinária é a neuroleptoanalgesia, ou seja, a associação entre uma droga neuroléptica, (um tranqüilizante), associado a um opióide ou outro fármaco que gere analgesia, sendo amplamente utilizado e demonstrando bons resultados. Apenas a morfina era utilizada no início, mas hoje já se utilizam mais de 10 associações, desde acepromazina com morfina, acepromazina com tramadol, midazolam com meperidina dentre outros muitos outros. A combinação destes agentes pode gerar apnéia ou hipopnéia, bradicardia, defecação, flatulência e emese.

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