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PSICOLOGIA E DIREITO Psicologia científica e senso comum. Psicologia Aplicada ao Direito: Contextualização histórica Senso comum X Psicologia Senso comum: bom senso na prática clínica e teoria sobre as coisas. Permite que as pessoas possam ser práticas e razoáveis . Conclusões e decisões tomadas com base em experiências. Conhecimento é cumprido pelo senso comum que ordena a pessoa a chegar a determinados juízos. Senso comum X Psicologia Psicologia Científica: Estudo científico dos processos mentais e comportamento do ser humano. Se baseia em ciência, compreensão teórica e pesquisas realizadas por meio de experimentos. Amplo campo de estudo que consiste em vários sub-campos, tais como a psicologia social, psicologia infantil, psicologia do desenvolvimento, etc. Senso comum X Psicologia Psicologia SensoComum Campo de estudo científico Não é científico, mas tem base na razão. Chegamos a conclusões por meio de pesquisas ou experiências. Usamos as experiências anteriores. Psicologia tem uma base teórica clara. O senso comum não tem uma base teórica. Psicologia aplicada ao Direito Psicologia: um conjunto de regras metódicas que conseguem por certo lapso temporal manter determinadas experiências e até contradizê-las. Mas sempre buscando uma realização por meio de regras metodológicas. Estuda o comportamento advindo da psiqué. Psicologia aplicada ao Direito Direito: conjunto de regras, leis, normas coercitivas, impostas pelo estado que, se descumpridas, por um comportamento que fere a lei, levam a uma sanção jurídica. Assim como o Direito, a Psicologia estuda o comportamento do indivíduo, mas nesse caso, advindo da psiqué. Psicologia aplicada ao Direito Os transtornos psicológicos que os indivíduos podem vir a ter, precisam ser estudados e estendidos aos Direitos, de modo a possibilitar compreender se aquele transgressor da lei possui também um transtorno psicológico. A Psicologia Jurídica no Brasil Trabalha na interface com as áreas do Direito e da Justiça. Remonta o início do século XX, quando a Psicologia estava se delimitando como Ciência e quando a Psicologia Jurídica foi incluída na seção de criminologia das faculdades de Direito. 8 Instituto de Biotipologia Criminal, da Penitenciária do Estado de São Paulo (1940): Ênfase na psiquiatria e hegemonia dos psiquiatras. Qualquer benefício deveria ser instruído com parecer desse instituto, vez que, além da medida restritiva, o preso deveria cumprir uma medida de tratamento (Lombroso). Foi a Psicologia do Testemunho ajudou a consolidar a Psicologia enquanto Ciência dada a necessidade de comprovação da fidedignidade dos testemunhos. Aplicava os conhecimentos obtidos pela Psicologia sobre a ilusão, a sugestão, o interesse, a emoção e memórias. Na primeira metade do século XX, o trabalho da Psicologia foi pautado sob uma ótica Positivista sobre o testemunho e sua participação nos processos judiciais. Estudos acerca dos sistemas de interrogatório, os fatos delitivos, a detecção de falsos testemunhos, as amnésias simuladas e os testemunhos de crianças impulsionaram a ascensão da Psicologia do Testemunho (Garrido, 1994). 1927: Primeiro código de menores - preocupava-se com os menores abandonados e delinqüentes. 1979: Segundo Código de Menores: Extremamente tutelar e visava readaptar os comportamentos considerados desviantes. 1990: Estatuto da Criança e do Adolescente: Construção da cidadania infanto-juvenil e interferência quando direitos eram ameaçados ( a atividade do psicólogo não se restringia mais apenas à atividade pericial. A profissão da Psicologia foi regulamentada em 1962 (Lei nº 4119/62) e na área do Direito, os psicólogos passaram a ocupar outros espaços, inclusive com a entrada oficial do psicólogo no Tribunal de Justiça de São Paulo, em 1985. A Psicologia Jurídica foi reconhecida como área de especialização, por meio da Resolução nº 13/2007, do CFP e hoje está presente em vários órgãos do meio jurídico. Sob o compromisso consonante com os princípios dos Direitos Humanos – respeito e promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade da pessoa –, os principais campos de atuação do psicólogo são: Direito de Família: processos que envolvem divórcio, especialmente os litigiosos; disputa de guarda, regulamentação de visitas, alienação parental. Direito da Criança e do Adolescente: processos que abranjam adoção, acolhimento, destituição do Poder Familiar; desenvolvimento de medidas socioeducativas a adolescentes que cometeram atos infracionais. Direito Civil: processos que envolvam indenizações decorrentes de danos psíquicos, assim como os casos de interdição judicial. Direito Penal: perito na verificação de periculosidade, para revisão de penas; de condições de discernimento ou sanidade mental das partes em litígio ou em julgamento. Direito do Trabalho: perito em processos trabalhistas que envolvam acidentes no trabalho; nexo causal entre condições de trabalho e saúde mental; investigação acerca de afastamentos oriundos do sofrimento psicológico no trabalho. Vitimologia: avaliação do comportamento e da personalidade da vítima e de suas reações diante da infração penal sofrida. Psicologia do Testemunho: avaliar a veracidade dos testemunhos, incluindo o estudo e análise das falsas memórias.
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