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O PODER DO ESTADO_20130331214442

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O PODER DO ESTADO
Do conceito de poder
	Há autores que o definem como “a faculdade de tomar decisões em nome da coletividade” (Afonso Arinos).
	Com o poder se tem a força e a competência, esta entendida como a legitimidade oriunda do consentimento. Se o poder, por sua vez, é determinado somente pela força, ocasiona o uso freqüente de meios violentos para impor a obediência, portanto será sempre um poder de fato.
	Entretanto, se a busca do poder consistir na aquiescência dos governados, converter-se-á num poder de direito. O Estado moderno resume basicamente o processo de despersonalização do poder, a saber, a passagem de um poder de pessoa a um poder de instituições.
	O poder significa a organização ou disciplina jurídica de força. Quanto menor a contestação e quanto maior a base do consentimento e adesão do grupo, mais estável se apresentará o ordenamento estatal, unindo a força ao poder e o poder à autoridade.
	Imperatividade e natureza integrativa do poder estatal
	O Estado não é a única forma de sociedade, segundo Del Vecchio, coexiste com outras que lhe são anteriores no plano histórico, como a Família, e outras que ultrapassam o limite geográfico, como algumas confissões religiosas, por exemplo: o cristianismo.
	O traço essencial para separar o Estado, como organização do poder, das demais sociedades é que nascemos no Estado e ao menos contemporaneamente é inconcebível a vida fora dele.
	As demais associações são de participação voluntária, estão sempre livres as portas de entrada e saída, o Estado, por sua vez, possui o monopólio de coação organizada e incondicionada, tanto emite regras de comportamento como dispõe de meios materiais para respeitá-las.
	No Estado existe uma diferenciação entre governantes e governados, entre os que mandam e os que obedecem, entre os que detêm o poder e os que a ele se sujeitam.
	A minoria que impõem à maioria a sua vontade por persuasão, consentimento ou imposição material forma o governo que, tendo a prerrogativa exclusiva do emprego da força, exerce o poder estatal através de leis que obrigam, não porque sejam “boas, justas, ou sábias”, mas simplesmente porque são leis, pautas de convivência, imperativos de conduta.
	Portanto, o Estado possui de natureza integrativa ou associativa.
	A capacidade de auto-organização
	A segunda característica deriva da autonomia constitucional o poder que essa organização exerce sobre os seus componentes.
	Há Estado desde que o poder social esteja em condições de elaborar ou modificar por direito próprio e originário uma ordem constitucional.
	Existindo poder autônomo de poder financeiro, policial e militar com capacidade organizadora e regulativa aí existirá o Estado.
	A unidade e indivisibilidade do poder
	Somente pode haver um único titular desse poder, que será sempre o Estado como pessoa jurídica ou aquele poder social que em última instância se divide.
	Cumpre distinguir a titularidade do poder estatal de exercício desse mesmo poder, conforme adverte Erich Von Kuechnhoff. Titularidade do poder estatal pertence ao povo; o seu exercício, porém aos órgãos através do qual o poder se concretiza, quais sejam, o corpo eleitoral, o Parlamento, o Ministério, o chefe de Estado, etc.
	Esta distinção serve para entender a unidade em contradição ao princípio da chamada divisão dos três poderes consagrado pela teoria constitucional e elaborado por Montesquieu em Do Espírito das Leis (1748).
	O poder do Estado na pessoa do seu titular é indivisível: a divisão só se faz quanto ao exercício do poder, quanto às formas básicas de atividade estatal (função legislativa, executiva e judiciária).
	O princípio de legalidade e legitimidade
	Existem autores que defendem a legalidade e legitimidade condições essenciais do poder do Estado tanto da capacidade constitucional quanto da indivisibilidade desse mesmo poder, embora existam autores que defendem tese totalmente contrária, que legalidade e legitimidade não pertencem à caracterização do poder, nem constitui sequer traço do poder estatal.	
O princípio da legalidade
	A legalidade nos sistemas políticos exprime basicamente a observância das leis, isto é, o procedimento da autoridade em consonância estrita com o direito estabelecido. Ou em outras palavras traduza a noção de que todo poder estatal deverá atuar sempre de conformidade com as regras jurídicas vigentes. Em suma, a acomodação do poder que se exerce ao direito que o regula.
	Devem-se seguir os preceitos jurídicos vigentes, respeitando rigorosamente a hierarquia das normas, vão de regulamentos, decretos, leis ordinárias até a lei máxima e superior, que é a Constituição.
O princípio da legitimidade
	A legitimidade é a legalidade acrescida de sua valorização. Busca-se aceitar ou negar a adequação dos poder às situações da vida social que ele é chamado a disciplinar.
	A legitimidade será sempre o poder contido naquela constituição, exercendo-se de conformidade com as crenças, os valores e os princípios da ideologia dominante, no caso a ideologia democrática.
A soberania
	“É o direito exclusivo de uma autoridade suprema sobre uma área geográfica, grupo de pessoas, ou o self de um indivíduo”. (Wikipédia). 
O mais alto poder do Estado, a qualidade do de poder supremo, divide-se em interna e externa.
	Soberania interna – o poder que o Estado possui sobre o território e a população, bem como a superioridade do poder político frente aos demais poderes sociais.
	Soberania externa – é o poder de decisão que o Estado possui nas relações internacionais.
A soberania é uma e indivisível, não se delega a soberania, a soberania é irrevogável, é perpétua, é um poder supremo, eis os principais pontos de caracterização com que Bodin fez da soberania no século XVII um elemento essencial do Estado.
Motivo que concorre fortemente para abater o princípio de soberania é a necessidade de criar uma ordem internacional, vindo essa ordem a ter um primado sobre a ordem nacional.
Bibliografia:
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. Revista e atualizada 12a.Ed. São Paulo: Malheiros, 2007.

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