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Economia_Tema_03

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© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de 
impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 1 
 
 
 
Como citar este material: 
ZAMBELLI, Renata Silva. Economia: Introdução à Microeconomia: Demanda, Oferta e 
Equilíbrio de Mercado. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 
2015. 
 
 
Neste tema, são abordados os elementos fundamentais para a compreensão 
do funcionamento dos mercados: o comportamento de consumidores e 
produtores, bem como sua interação para a realização de transações. 
A Microeconomia é o campo da Ciência Econômica que analisa o 
funcionamento dos mercados individuais e compreende quais são os 
determinantes do comportamento dos agentes econômicos envolvidos no 
processo de troca: consumidores (demandantes) e empresários (ofertantes). 
Esta área parte do princípio de que estes agentes econômicos são racionais, 
isto é, desejam sempre maximizar seu nível de bem-estar, utilidade e 
lucratividade. 
Para a compreensão do comportamento de consumidores e firmas, o preço do 
produto em análise é o ponto de partida: e essa variável será a medida inicial 
para as decisões de compra ou produção dos nossos agentes. Somadas ao 
preço estão diversas outras variáveis que serão estudadas ao lado da 
demanda e da oferta. 
Contudo, só é possível identificar as quantidades realmente comercializadas no 
mercado analisado a partir da interação entre consumidores e produtores: esta 
é a importância do equilíbrio de mercado – revelar qual é o nível de preço que 
harmoniza os interesses tanto de compradores como de empresários. 
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Vale destacar que, na Microeconomia, o comportamento de uma variável 
sempre ocorre em função de outra. E, para que seja possível mensurar os 
impactos da alteração de uma variável no comportamento de outra, 
abordaremos a definição e os possíveis cálculos das elasticidades. 
 
 
Introdução 
A Microeconomia, ou Teoria dos Preços, tem como objetivo compreender como 
consumidores e empresas interagem em diferentes mercados, o que ajuda a 
determinar quantas unidades de cada mercadoria serão produzidas e vendidas, 
além do preço cobrado por elas. Em síntese, este campo da Economia estuda 
o comportamento da demanda, da oferta e a formação dos preços dos 
produtos em cada setor. 
O instrumental microeconômico fornece um conjunto de ferramentas muito útil 
para o dia a dia das empresas, ajudando, por exemplo, na definição de 
políticas, estratégias e no planejamento dos empresários e da equipe de 
gestão econômica do país. A análise microeconômica pode auxiliar nas 
seguintes decisões: 
 definição da política de preços das empresas; 
 previsões de demanda e faturamento; 
 previsões dos custos de produção; 
 decisões sobre as alocações ideais dos fatores de produção; 
 elaboração e avaliação de projetos de investimentos; 
 elaboração de estratégias de publicidade, por meio da análise das 
preferências dos consumidores. 
 
No âmbito das políticas econômicas, as ferramentas das políticas 
microeconômicas auxiliam a análise e a tomada de decisões nas seguintes 
questões: 
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 avaliação de projetos de investimentos públicos; 
 análise dos impactos de impostos em mercados específicos; 
 fixação de preços mínimos na agricultura; 
 controle de preços; 
 política salarial e fixação do valor do salário mínimo; 
 fixação de preços das tarifas públicas (água e luz, por exemplo). 
Enquanto a Macroeconomia analisa o funcionamento da economia como um 
todo e o comportamento dos grandes agregados – como produto e renda 
nacionais –, a Microeconomia enfatiza a alocação dos fatores e a fixação dos 
preços em mercados específicos. 
Os agentes econômicos fundamentais para a abordagem microeconômica são 
os consumidores, que constituirão a demanda, e as empresas, responsáveis 
pelo processo produtivo. Os consumidores se dirigem aos mercados para 
adquirir bens e serviços capazes de satisfazer suas necessidades e aumentar 
seu bem-estar. Por outro lado, os empresários combinam fatores de produção 
– terra, capital, trabalho e tecnologia – a fim de obter o maior volume de bens e 
serviços, com o menor custo possível. 
 
Pressupostos Básicos da Análise Microeconômica 
Para que possamos analisar o funcionamento de um mercado específico, a 
Microeconomia desenvolve modelos econômicos e utiliza a hipótese de que 
tudo o mais permanecerá constante, em latim, coeteris paribus. Ao 
lançarmos mão deste recurso, estamos dirigindo nosso olhar apenas ao 
mercado analisado, observando a interação entre demanda e oferta daquele 
produto, supondo que quaisquer outras variáveis do sistema econômico não 
interfiram no funcionamento daquele setor. 
Vamos a um exemplo prático: quando o objetivo da análise é entender o efeito 
das oscilações do preço de um produto na sua demanda, a hipótese coeteris 
paribus é utilizada para “congelar” as outras variáveis que afetam o consumo, 
como a renda e a preferência das pessoas. Assim, será observada a relação 
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4 
existente entre o preço de um bem e sua demanda, considerando tudo o mais 
constante. Se, em outro momento, for necessário analisar as relações entre a 
renda dos consumidores e a demanda desse mesmo produto, o raciocínio do 
coeteris paribus será empregado para imaginar que as outras variáveis 
relevantes para o entendimento da demanda estão constantes, não 
influenciando a interação consumo‒renda. 
A análise microeconômica também supõe que as empresas são norteadas pelo 
princípio da racionalidade, ou seja, estes agentes econômicos sempre 
buscam a maximização do lucro total e alocam os recursos de que dispõem da 
maneira mais eficiente. Da mesma forma, supõe-se que os consumidores 
procuram maximizar sua satisfação, ou utilidade, no consumo de bens e 
serviços. 
Há, contudo, correntes teóricas alternativas que afirmam que os objetivos dos 
empresários não se restringem somente à maximização de lucros. A partir 
desta perspectiva, novos elementos são considerados. Por exemplo, a intenção 
que as empresas têm de aumentar sua participação nas vendas de mercado e 
aumentar as margens de lucro e rentabilidade. 
 
A Divisão do Estudo Microeconômico 
A Microeconomia é dividida nos seguintes tópicos: 
 Análise da demanda: a teoria da demanda procura compreender o 
comportamento dos consumidores de uma mercadoria ou serviço. 
 Análise da oferta: dentro da teoria da oferta, estuda-se a teoria da 
produção, isto é, as relações entre as quantidades alocadas de fatores 
de produção e as quantidades físicas de produto; e a teoria dos custos 
de produção, que analisa as relações entre a produção e os preços dos 
fatores. 
 Análise das estruturas de mercado: a interação entre consumidores e 
empresas define o preço e a quantidade de equilíbrio de determinado 
bem ou serviço. Porém, as condições de equilíbrio desse mercado 
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podem variar de acordo com a estrutura de mercado vigente, ou seja, de 
acordo com a forma e a intensidade da concorrência das empresas 
nesse setor. 
 Teoria do equilíbrio geral e bem-estar: a análise do equilíbrio geral 
leva em consideração as interações existentes entre todos os mercados. 
A teoria do bem-estar dedica-se a encontrar soluções socialmente 
eficientes para a alocação e distribuição dos recursos. 
 As imperfeições (falhas) de mercado: neste campo, a preocupação é 
analisar as situações nas quais o mercado sozinho não consegue 
realizar uma alocação de recursos eficiente. Este é exatamente o caso 
das assimetrias de informação e existência de externalidades. 
 
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado 
A teoria microeconômica tem seu início marcado a partir da análise da 
demanda de bens e serviços, cujos fundamentos são baseados no conceito 
subjetivo de utilidade. 
A utilidade é a capacidade que um bem ou serviço tem de satisfazer as 
necessidades humanas; ela representa o grau de satisfação atribuído pelos 
consumidores às mercadorias. Sendo um conceito subjetivo que depende de 
preferências, a utilidade de um bem é sempre variável. 
A teoria do valor-utilidade pressupõe que o valor de um bem é constituído por 
sua demanda – pelo potencial de satisfazer necessidades e gerar satisfação ao 
consumidor. 
Em contrapartida à visão fundamentada na utilidade – ou utilitarista – estão as 
contribuições dos economistas clássicos (Thomas Malthus, Adam Smith, David 
Ricardo e Karl Marx) na construção da teoria do valor-trabalho. Nesta 
perspectiva, a origem do valor de um bem está no trabalho incorporado a ele; o 
valor surge a partir da relação social entre homens, dependendo do tempo 
produtivo destinado à produção de mercadorias. 
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Grande parte dos livros de ensino de Economia parte da ideia de que as teorias 
do valor-utilidade e valor-trabalho são complementares, uma vez que os preços 
dos bens são formados pelos custos envolvidos em sua produção 
(especialmente, o custo da mão de obra) e também pelo lado da demanda, isto 
é, considerando os interesses, as preferências, os hábitos e a renda dos 
indivíduos. 
Saiba Mais! 
 
O debate sobre o valor 
Em A vida social das coisas, o antropólogo indiano Arjun Appadurai 
compreende as mercadorias como resultado de um processo de atribuição de 
valor às coisas, processo este que envolve – além das questões econômicas – 
aspectos históricos, sociais, culturais e políticos. O autor aponta que, no 
capitalismo, há uma grande tendência à mercantilização de tudo, mas a 
atribuição de valores é um processo observado em outras sociedades cuja 
finalidade não é somente o lucro. 
 
APPADURAI, Arjun. A vida social das coisas: as mercadorias sob uma 
perspectiva cultural. Niterói: Eduff, 2009. 
O debate do valor-trabalho na teoria econômica 
Resumo: O texto faz uma discussão crítica da teoria do valor-trabalho nas 
obras dos principais autores “clássicos”, contrapondo-a com as formulações 
de Marx. A teoria marxista representa um novo ciclo do pensamento 
econômico em relação ao passado, ao definir que somente o trabalho humano 
tem a capacidade de criar valor, perdendo sentido, portanto, a contraposição 
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simples do trabalho ao capital. 
 
MATTEI, Lauro. Teoria do valor-trabalho: do ideário clássico aos postulados 
marxistas. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 24, n. 1, p. 271-294, 2003. Disponível 
em: http://goo.gl/4ejN1i. Acesso em: 19 out. 2014. 
 
Demanda de Mercado 
A demanda, ou procura, pode ser definida como a quantidade de certo bem ou 
serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado intervalo de 
tempo. A escolha do consumidor depende de diversas variáveis, e as principais 
são: 
 o preço do próprio bem; 
 o preço dos outros bens; 
 a renda dos consumidores; 
 as preferências dos consumidores. 
Para compreender como cada uma das variáveis influencia a quantidade 
consumida de um produto, é necessário utilizar a hipótese do coeteris 
paribus, ou seja, analisaremos a relação entre a demanda do bem em relação 
a cada variável separadamente. 
Supondo o funcionamento de um estabelecimento comercial: uma doçaria 
vende um bombom a R$ 1,20. A esse valor, o proprietário consegue vender 30 
unidades por dia, isto é, a quantidade demandada de bombons é de 30 
unidades. Observe na Tabela 3.1, a seguir, o que ocorre com as intenções de 
compra de bombons quando o preço do produto varia: 
 
 
 
 
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Tabela 3.1 Relação entre o preço do bem e a quantidade demandada. 
Preço do 
bombom 
(R$) 
0,40 0,80 1,20 1,60 2,00 
Quantidade 
demandada 
de bombons 
50 40 30 20 10 
 
Fonte: elaborada pela autora 
A partir da observação da tabela é possível notar que as intenções de compra 
declinam à medida que o preço da mercadoria aumenta; nota-se, por outro 
lado, que, quando o preço do doce cai, o interesse dos consumidores em 
adquiri-lo aumenta. 
 
Fonte: elaboração da autora 
 
Esta relação inversamente proporcional entre o preço do bem e a quantidade 
demandada funciona para a maioria dos bens e serviços, e é conhecida como 
Lei Geral da Demanda. 
 
 
 
 
 
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Graficamente, essa relação é representada da seguinte forma (Figura 3.1): 
 
Figura 3.1 Curva de demanda de bombons. 
Fonte: elaborada pela autora 
 
No eixo X, temos a quantidade demandada de bombons, e, no eixo Y, estão 
representadas todas as possibilidades de preço. À medida que o preço do 
bombom diminui, nota-se que a intenção de consumi-los se eleva; por outro 
lado, quanto mais alto for o preço do produto, menor será o interesse em 
comprá-lo. No gráfico, esta relação inversa se traduz em uma reta 
descendente, ou seja, inclinada para baixo. 
Matematicamente, a relação entre a quantidade demandada e o preço de um 
bem é expressa pela função da demanda: 
 
 
A expressão Qd= f(P) significa que a quantidade demandada de um bem varia 
em função do preço P, isto é, depende do preço P. 
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A curva da demanda é negativamente inclinada em função de dois fatores: 
a) Efeito-substituição: se um bem X tem um substituto Y – isto é, existe 
outro produto que satisfaça as mesmas necessidades que X –, quando o 
preço de X aumenta, coeteris paribus, o consumidor passa a comprar Y, 
diminuindo a demanda de X. 
b) Efeito-renda: quando o preço do produto X aumenta, e tudo o mais 
permanece constante (os preços dos outros bens e a renda dos 
consumidores), os indivíduos perdem poder aquisitivo, e assim a 
demanda do bem X tende a cair. 
OutrasVariáveis que Afetam a Demanda de um Bem 
Vamos imaginar que os indivíduos gostem da mesma forma de dois bens: 
margarina e manteiga. A partir de um aumento no preço da manteiga, é 
provável que as pessoas reduzam seu consumo e aumentem a procura por 
margarina. Isso acontece porque a manteiga e a margarina são bens 
substitutos ou concorrentes, ou seja, o consumo de um substitui o de outro. 
Ao imaginar os pães, é possível considerar outra relação: se o preço do pão 
aumentar, o consumo dele próprio tende a cair, mas, usualmente, os pães são 
consumidos em conjunto com a margarina. Neste caso, pode-se imaginar que 
o consumo da margarina também vai cair, mesmo que o preço dela não tenha 
aumentado – isso ocorre porque os bens são complementares. 
Outro fator que afeta diretamente a demanda de bens e serviços é a renda dos 
consumidores. Coeteris paribus, ou seja, tudo o mais constante, acréscimos 
na renda geram demanda maior para a maioria dos bens, isto é, com maior 
poder aquisitivo, os indivíduos tendem a comprar mais de todas as coisas. 
Neste caso, afirma-se que esses bens – cuja demanda aumenta quando a 
renda aumenta – são os normais. 
No entanto, a relação entre renda dos consumidores e demanda dos bens 
apresenta algumas exceções – como os bens inferiores. Neste caso 
específico, quando um consumidor tem acréscimos em sua renda, ele passa a 
consumir menos dos bens inferiores. Um exemplo clássico para ilustrar essa 
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situação é o consumo de carne de segunda, que é consumida, principalmente, 
quando se dispõe de menos dinheiro. 
É fato também que, coeteris paribus, alterações nas preferências dos 
consumidores afetam a demanda de bens e serviços. A demanda pode ser 
amplamente influenciada por campanhas publicitárias e moda, que são 
elaboradas visando impactar diretamente o gosto e os hábitos das pessoas. 
Em síntese, as principais variáveis que afetam a demanda de um bem são: 
Demanda do bem X = f (preço do bem X, preço dos outros bens, 
renda dos consumidores, preferências dos consumidores). 
 
Saiba Mais! 
 
A propaganda e os hábitos de consumo 
Assista a uma comédia que aborda a questão de como as campanhas 
publicitárias influenciam amplamente os hábitos de consumo das pessoas. Na 
trama de Obrigado por fumar, o protagonista é um lobista da indústria tabagista 
norte-americana que promove o consumo de cigarros usando argumentos 
surreais – mas que soam verdadeiros –, reduzindo, aos olhos de seus 
consumidores, o risco do consumo de cigarros. 
 
OBRIGADO por fumar (Thankyou for smoking). Direção: Jason Reitman. 
Estados Unidos, 2005. Comédia. 92 min. Disponível em: 
http://www.youtube.com/watch?v=EPuY5vjfZFs. (trailer legendado). Acesso 
em: 19 out. 2014. 
Nome 
 
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12 
Vale ressaltar a diferença existente entre a curva da demanda de um bem e a 
quantidade demandada deste mesmo produto. Apesar de serem utilizadas 
como sinônimos, a curva da demanda representa todas as combinações 
possíveis entre o preço do produto e as quantidades, ou seja, trata-se da curva 
toda. Quando nos referimos à quantidade demandada, estamos em um ponto 
específico da curva, isto é, queremos evidenciar qual é a quantidade 
consumida do bem para aquele preço específico. 
As diferenças podem ser observadas na Figura 3.2: 
 
Figura 3.2 Diferença entre curva da demanda e quantidade demandada. 
Fonte: Elaborada pela autora 
 
A curva da demanda é representada por todas as combinações entre o preço 
do bombom e as intenções de compra do produto; já a quantidade 
demandada de bombons será de 30 unidades quando o preço for R$ 1,20. 
Vamos supor que a curva da demanda inicial de um bem normal seja 
representada pela reta D0. Coeteris paribus, considerando um aumento na 
renda dos consumidores, a curva da demanda D0 irá se deslocar para a direita, 
indicando que, com os mesmos preços, o consumidor estaria disposto a 
adquirir maiores quantidades do bem. Assim, a nova curva é representada pela 
reta D1 (Figura 3.3). 
Nome 
 
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13 
 
Figura 3.3 Alteração na demanda. 
Fonte: UFC Virtual. Disponível em: http://goo.gl/sXWMJO. Acesso em: 19 out. 2014. 
Oferta de Mercado 
A oferta pode ser conceituada como a quantidade de mercadorias que os 
produtores desejam oferecer ao mercado, de acordo com um preço dado, em 
determinado intervalo de tempo. Matematicamente, a função da oferta é dada 
pela expressão: 
 
Vamos utilizar o mesmo exemplo da doçaria, em que a trufa é vendida a R$ 
1,20; neste caso, o dono do estabelecimento está disposto a ofertar 30 
unidades por dia, ou seja, a quantidade ofertada será de 30 bombons. 
À medida que o preço do bombom sobe, o empresário tem uma inclinação 
maior para produzir mais unidades; isso acontece porque o aumento do preço 
de mercado eleva a rentabilidade da doçaria, estimulando-o a aumentar a 
produção. Porém, se os bombons ficam mais baratos, o empresário terá menos 
incentivos para aumentar sua produção. 
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Esta relação direta entre o preço das mercadorias e a quantidade ofertada é 
chamada de Lei Geral da Oferta. 
Vamos analisar a Tabela 3.2: 
 
Tabela 3.2 Relação entre preço do bem e quantidade ofertada. 
Preço do 
bombom 
(R$) 
0,40 0,80 1,20 1,60 2,00 
Quantidade 
ofertada de 
bombons 
10 20 30 40 50 
 
Fonte: elaborada pela autora 
 
Graficamente, as relações entre o preço do produto e suas respectivas 
quantidades ofertadas podem ser representadas pela Figura 3.4: 
 
Figura 3.4 Curva da oferta. 
Fonte: elaborada pela autora 
 
Nome 
 
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No eixo X, temos a quantidade ofertada de bombons e, no eixo Y, temos 
representadas todas as possibilidades de preço. À medida que o preço do bem 
aumenta, notamos que o interesse do empresário em produzir se eleva; por 
outro lado, quanto menor o preço do produto, menor é o interesse em fabricá-
lo. Assim, esses movimentos acontecem por conta das expectativas de 
impactos (positivos ou negativos, respectivamente) na receita do empresário, 
como veremos a seguir. 
No gráfico, essa relação direta se traduz em uma reta ascendente, ou seja, 
inclinada para cima: o aumento do preço do produto aumenta a rentabilidade 
da empresa, incentivando-a a ofertar mais. 
Assim como acontece com a demanda, existem outros fatores, além do preço, 
que influenciam a oferta. Os principais são a tecnologia e o preço dos insumos, 
ou seja, das matérias-primas: na medida em que os insumos se tornam mais 
baratos e o domínio tecnológico avança, os custos de produção caem, 
possibilitando uma oferta maior de produtos. Há também uma relação direta 
entre o número de empresas no setor e a quantidade ofertada de produto. 
Em síntese, a funçãogeral da oferta é descrita por: 
 
Assim como no estudo da demanda, é necessário distinguir a curva da oferta 
do conceito de quantidade ofertada. A oferta refere-se à curva toda, isto é, a 
todas as combinações possíveis entre o preço do produto e as quantidades; já 
a quantidade ofertada diz respeito a um ponto específico: quando o preço do 
bombom é R$ 1,60, o empresário se interessa em fabricar 40 unidades. 
Quando há alterações nos custos de produção, ou no nível de domínio 
tecnológico do empresário, nota-se um deslocamento de toda a curva da 
oferta. 
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Supondo um aumento no custo das matérias-primas, encarecendo a atividade 
produtiva, a curva da oferta se desloca para a esquerda: a tendência é de que 
o empresário esteja estimulado a produzir menos bens, mesmo que o preço do 
produto se mantenha inalterado (Figura 3.5). 
 
Figura 3.5 Deslocamento para a esquerda da curva da oferta. 
Fonte: UFC Virtual. Disponível em: http://goo.gl/ysXt1z. Acesso em: 19 out. 2014. 
 
Na Figura 3.5, a curva da oferta inicial está representada pela reta O1; depois 
do aumento dos preços dos insumos, a curva da oferta se desloca para a 
esquerda, assumindo a posição O2. 
Supondo uma melhora tecnológica, tornando o empresário mais eficiente em 
sua atividade produtiva, a curva da oferta se desloca para a direita: a tendência 
é de que ocorra a produção de mais bens, mesmo que o preço do produto se 
mantenha inalterado. 
 
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Figura 3.6 Deslocamento para a direita da curva da oferta. 
Fonte: UFC Virtual. Disponível em: http://goo.gl/zdq2sS. Acesso em: 19 out. 2014 
 
Na Figura 3.6, a curva da oferta inicial está representada pela reta O1; depois 
da melhora tecnológica, a curva da oferta se desloca para a direita, assumindo 
a posição O2. 
 
O Equilíbrio de Mercado 
Uma vez compreendidos os determinantes do comportamento da demanda e 
da oferta de mercado, vamos observar qual será o preço que harmonizará os 
interesses de consumidores e produtores. No exemplo da doçaria, o preço de 
equilíbrio é R$ 1,20, e a quantidade demandada e ofertada de bombons será 
de 30 unidades. 
Observe a construção da Figura 3.7: 
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Figura 3.7 Equilíbrio de mercado. 
Fonte: elaborada pela autora 
 
Há um único ponto em que as curvas de oferta e demanda se encontram – isso 
ocorre no ponto E, chamado de equilíbrio de mercado. As condutas de 
consumidores e empresários conduzirão esse mercado naturalmente ao 
equilíbrio. 
Se o preço praticado for superior a R$ 1,20, os produtores terão interesse em 
vender mais do que 30 unidades, mas os consumidores levarão para casa 
menos do que isso – ocorrerá, neste caso, um excesso de oferta. Para 
conseguir vender mais bombons, o dono do estabelecimento vai reduzir o 
preço, criando uma situação de equilíbrio neste mercado. 
Por outro lado, se o preço do picolé estiver abaixo de R$ 1,20, os 
consumidores estarão dispostos a comprar mais do que 30 unidades. Porém, 
os produtores vão ofertar menos de 30 unidades – haverá um excesso de 
demanda. A escassez de doces fará com que os consumidores se disponham 
a pagar mais pelo consumo, e o mercado volta, novamente, ao equilíbrio. 
 
 
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Deslocamentos das Curvas de Demanda Oferta 
Existem diversos fatores que podem ser responsáveis pelos deslocamentos 
das curvas de demanda e oferta, por exemplo, alterações na renda dos 
consumidores, preço dos bens concorrentes, custo com matérias-primas e 
domínio tecnológico. É importante salientar que, a partir de alterações na 
demanda ou oferta, novos pontos de equilíbrio são estabelecidos. 
Supondo, por exemplo, que no mercado de um bem X os custos de produção 
com insumos foram reduzidos, coeteris paribus, o volume de produção do 
produto tende a ser maior. Isto implica um deslocamento para a direita da curva 
da oferta do bem X (Figura 3.8). Graficamente: 
 
Figura 3.8 Deslocamento do ponto de equilíbrio. 
Fonte: UFC Virtual. Disponível em: http://goo.gl/bAZ7AS. Acesso em: 19 out. 2014 
Inicialmente, o ponto de equilíbrio era estabelecido pela interseção das curvas 
de demanda D e O1, por meio do preço de equilíbrio Pe1. A partir da redução 
dos custos com insumos produtivos, a expansão da produção é representada 
pelo deslocamento da curva da oferta para a posição O2; há, neste momento, o 
estabelecimento de um novo ponto de equilíbrio, com a fixação do preço em 
Pe2. 
 
 
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Interferência do Governo no Equilíbrio do Mercado 
Estabelecimento de Impostos 
De acordo com a teoria microeconômica, a interação entre consumidores e 
produtores no mercado tende ao equilíbrio, e esta harmonia de interesses 
ocorre por meio do mecanismo de preços. 
Contudo, é necessário incluir um importante agente econômico – o governo. 
Ele intervém na formação de preços nos mercados quando estabelece 
impostos, congela preços, concede subsídios e reajusta salários. O valor total 
dos tributos é recolhido pela empresa, mas ela não é o agente econômico que 
realmente o paga. Portanto, analisar a incidência da tributação é muito 
importante para a compreensão do funcionamento dos mercados. 
Os impostos dividem-se em: 
a) Impostos diretos: impostos que incidem diretamente sobre a renda e o 
patrimônio dos indivíduos, como o Imposto de Renda (IR) e o Imposto 
Predial Territorial Urbano (IPTU). 
b) Impostos indiretos: são aqueles que incidem sobre o consumo e as 
vendas de mercadorias, como o Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI). 
 
Ainda sobre os impostos indiretos, existem as seguintes diferenciações: 
a) Imposto específico: o valor do imposto é fixo, independentemente do 
valor da unidade vendida. Por exemplo, são recolhidos R$ 5.000 ao 
governo para cada carro vendido, independentemente do valor do 
automóvel. 
b) Imposto ad valorem: a alíquota é aplicada sobre o valor da venda. Por 
exemplo, a alíquota do IPI é de 10% sobre o valor dos automóveis; 
neste caso, o valor da arrecadação varia de acordo com o preço do 
veículo. No Brasil, há poucos impostos específicos – quase a totalidade 
dos impostos é do tipo ad valorem. 
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Os impostos representam um aumento nos custos de produção para as 
empresas, de forma que, para continuar vendendo a mesma quantidade, o 
empresário eleva o preço do produto ou repassa o tributo ao consumidor. A 
quantidade de impostos paga por consumidores ou produtores se chama 
incidênciatributária, que nos mostra sobre quem recai o valor dos impostos. 
O empresário vai procurar repassar todo o valor do imposto para os 
consumidores. O repasse depende, porém, da sensibilidade dos consumidores 
a alterações no preço da mercadoria em questão. Em mercados mais 
competitivos, a tendência é de que a maior parte dos impostos seja paga pelos 
fabricantes, uma vez que os consumidores têm muitas alternativas de consumo 
quando um bem se torna mais caro. 
De outra forma, em mercados mais concentrados, ou seja, com menos 
empresas, ocorre uma maior porcentagem de transferência de impostos aos 
consumidores. 
No Brasil, a maior parte dos impostos consiste nos indiretos, ou seja, incide 
sobre o consumo de mercadorias – cerca de 60% da estrutura tributária 
brasileira é composta pela tributação indireta. 
Política de Preços Mínimos na Agricultura 
Esta política visa a concessão de garantias de preços ao produtor agrícola para 
protegê-lo de eventuais flutuações de preços no mercado. O governo, antes do 
início do plantio, estabelece o preço que será pago após a colheita. Se, na 
safra, os preços de mercado do produto superarem os preços mínimos, a 
agricultor vende sua produção ao mercado. Em situação contrária, se os 
preços mínimos garantidos pelo governo superarem o preço de mercado, o 
agricultor vende sua produção ao Estado. 
No último caso, quando o preço mínimo supera o preço de equilíbrio de 
mercado, haverá um excedente de produto adquirido pelo governo que pode 
ser utilizado como estoque regulador no futuro (Figura 3.9). Graficamente: 
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Figura 3.9 Fixação de preço mínimo. 
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/295579/. Acesso em: 19 out. 2014. 
 
Conceito de Elasticidade 
Já discutimos o comportamento da demanda de mercado de um bem X 
qualquer e seus diversos determinantes: o preço do próprio bem X, o preço de 
outros bens – substitutos ou complementares –, a renda dos consumidores e, 
por último, a preferência dos consumidores. 
Contudo, a demanda de cada produto tem uma sensibilidade diferente a 
variações do seu próprio preço, a variações dos preços dos outros bens ou a 
alterações na renda. Para compreendermos a magnitude e os impactos dessas 
variações, utilizamos o conceito de elasticidade. 
A elasticidade vai medir o grau de sensibilidade da variável que analisamos, 
por exemplo, a demanda, quando ocorrem alterações em outras variáveis. Os 
cálculos mais comuns são elasticidade-preço da demanda, elasticidade-
renda da demanda e elasticidade-preço cruzada da demanda. 
O conceito de elasticidade apresenta muitas aplicações práticas, tanto para 
empresas privadas quanto para a administração pública. Na esfera 
empresarial, o cálculo da elasticidade permite dimensionar o comportamento 
dos consumidores frente a alterações do preço dos produtos, mudanças na 
renda e no preço dos concorrentes. Já, na esfera macroeconômica, a 
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elasticidade pode ajudar, por exemplo, no entendimento da relação entre 
importantes variáveis, como os investimentos e a taxa de juros. 
Elasticidade-Preço da Demanda 
A elasticidade-preço da demanda verifica qual é a sensibilidade da quantidade 
demandada do bem X a variações do preço de X, considerando tudo o mais 
constante – coeteris paribus. 
O cálculo é o seguinte: 
 
Como a correlação entre preço e quantidade demandada de um bem é inversa, 
ou seja, quando o preço aumenta, a tendência do consumo é cair, o valor 
encontrado no cálculo será sempre negativo. Por esta razão, o valor da 
elasticidade-preço da demanda é normalmente colocado em módulo. 
 
Vamos supor um exemplo prático: 
 
Uma loja vende discos a $ 20,00 a unidade. Para dinamizar as vendas, passou 
a cobrar $ 16,00 a unidade. Neste caso, o proprietário observou que a 
demanda de discos, que era de 30 unidades por mês, passou para 39. Qual é a 
sensibilidade da demanda de discos em relação ao preço do produto? Em 
outras palavras, qual é a elasticidade-preço da demanda de discos? 
 
 
Organizando os dados: 
P0 = preço inicial = $ 20,00 
P1 = preço final - $ 16,00 
Q0 = quantidade inicial = 30 
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Q1 = quantidade final = 39 
A variação percentual do preço é dada por: 
 
 
A variação percentual da quantidade demandada é dada por: 
 
 
O valor da elasticidade-preço da demanda é dado por: 
 
 
 
Ou:│EpD│= 1,5. 
 
 
Podem ser observadas as seguintes conclusões: dada uma queda de 20% no 
preço dos discos, a quantidade demandada de discos aumentou 1,5 vezes, ou 
seja, 30%. Pode-se concluir que os discos são um bem cuja demanda é 
bastante sensível a variações no preço. 
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Vamos realizar a classificação dos resultados: a partir do cálculo da 
elasticidade, pode-se afirmar que a demanda em questão é elástica, inelástica 
ou unitária. 
A demanda de um produto pode ser classificada como elástica quando o 
cálculo sempre é maior que 1, ou seja, │EpD│ > 1. Neste caso, os 
consumidores desse bem são bastante sensíveis a variações no preço do 
produto, aumentando bastante o consumo, caso haja desconto, ou reduzindo-o 
drasticamente, no caso de encarecimento. 
No caso da demanda inelástica, ou seja, quando │EpD│< 1, observamos que 
a variação do preço do produto provoca uma variação muito pequena na 
quantidade demandada dele, ou seja, a demanda é pouco sensível a variações 
do preço do produto. Podemos citar como exemplo de baixa sensibilidade o 
consumo de produtos essenciais, como energia elétrica e gasolina – nosso 
consumo varia muito pouco quando o preço desses bens varia. 
Por último, temos a demanda de elasticidade-preço unitária, ou seja, │EpD 
= 1│. Neste caso, a variação observada na quantidade demandada tem 
exatamente a mesma magnitude que a variação do preço do bem. 
Mas o que faz com que a demanda de alguns bens tenha maior ou menor 
sensibilidade a variações em seu preço? Os fatores determinantes do grau de 
sensibilidade da demanda são: 
a) A existência de bens substitutos: quanto mais substitutos houver para 
um produto, mais elástica, ou seja, mais sensível será sua demanda. Se 
o preço do bem X aumenta e há muitos concorrentes no mercado, os 
consumidores abandonarão o bem mais caro em questão e demandarão 
mais dos concorrentes. 
b) A essencialidade do bem: à medida que um bem é mais essencial para 
as famílias, mais inelástica será sua demanda. Esse é o caso da 
eletricidade, dos remédios e do gás de cozinha. 
c) A importância do bem no orçamento do consumidor: quanto maior o 
peso do bem nos gastos totais do indivíduo, mais sensível será sua 
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demanda. Por exemplo, o preço dos fósforos pode sofrer um aumento 
de 100%, mas a reação dademanda será muito discreta; já, no caso dos 
eletrônicos, um grande desconto no preço de um tablet terá um grande 
impacto em sua quantidade demandada. 
Relação entre a Receita Total do Produtor e o Grau de Elasticidade 
A receita total do produtor é definida como a soma dos gastos totais dos 
consumidores para dada mercadoria. Seu cálculo é realizado da seguinte 
forma: 
 
Quando o preço do produto varia, o que acontece com a receita total do 
produtor? Esta questão depende da elasticidade-preço da demanda do 
consumidor. No caso de: 
a) Demanda elástica: trata-se de uma demanda bastante sensível a 
variações do preço. Se houver queda no preço do bem, a receita total 
tende a aumentar; se houver aumento no preço, haverá uma redução na 
receita total. 
b) Demanda inelástica: trata-se da demanda que apresenta pouca 
sensibilidade em relação à variação dos preços. Neste caso, o 
movimento da receita acompanha o movimento dos preços: se há 
aumento no preço, há aumento na receita total. 
c) Demanda de elasticidade unitária: um aumento ou uma redução no 
preço não afeta a receita total do produtor, já que a variação no preço 
gera uma variação de mesma magnitude na quantidade. 
 
 
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A Incidência Tributária e a Elasticidade-Preço da Demanda 
Já analisamos a maneira como os impostos se inserem na atividade produtiva 
e nas relações entre consumidores e empresários: o imposto incide sobre as 
empresas, mas, efetivamente, quem o paga é o consumidor final. Observe os 
seguintes casos: 
 Em mercados concentrados, isto é, com poucas empresas e demanda 
inelástica, a margem de negociação do consumidor é bastante reduzida, 
e a proporção de impostos repassados a este consumidor é maior. 
 Ao contrário, quanto mais elástica for a demanda do bem, e mais 
competitivo este mercado, menor será a proporção de impostos 
repassados ao consumidor. 
 
Elasticidade-Renda da Demanda 
A elasticidade-renda da demanda vai medir a variação percentual da 
quantidade demandada de determinado bem, a partir de uma variação 
percentual na renda do consumidor, coeteris paribus. Ela será calculada da 
seguinte maneira: 
 
Se o cálculo da elasticidade-renda da demanda for positivo, mas menor do que 
1 – ou seja, um valor entre zero e um (o coeficiente que está sendo discutido 
pode ter valores como 0,1, 0,2, 0,2113... etc.) –, o bem em questão é normal, 
isto é, acréscimos na renda geram aumentos menos que proporcionais no 
consumo desse produto. 
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Caso o resultado no cálculo seja negativo, o bem analisado pode ser 
classificado como inferior, isto é, o acréscimo na renda levou a uma 
diminuição no consumo do produto. 
Se a elasticidade-renda da demanda for positiva e maior do que 1, o bem em 
questão é superior, ou de luxo: acréscimos na renda do consumidor levam ao 
aumento mais que proporcional no consumo do bem. Este é o caso de 
produtos amplamente desejados pelos consumidores, como eletrônicos e 
automóveis – esta classe de bens apresenta elasticidade-renda maior do que 
os produtos básicos, como alimentos. 
 
Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda 
A elasticidade-preço cruzada da demanda mensura a mudança na quantidade 
demandada de um bem X quando se modifica o preço de outro bem Y. Neste 
caso, o cálculo será realizado entre a variação percentual da quantidade 
demandada do bem X e a variação percentual do preço do bem Y. Observe: 
 
Se o resultado do cálculo for positivo, pode-se afirmar que X e Y são bens 
substitutos (concorrentes): o aumento do preço de Y gera acréscimos na 
demanda de X. 
Contudo, se o resultado do cálculo for negativo, pode-se afirmar que X e Y são 
bens complementares: o aumento do preço de Y gera queda na sua própria 
demanda e na demanda de seu complementar X. 
 
 
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Determinação do Preço e Quantidade de Equilíbrio 
A partir das equações da demanda e da oferta, o preço e a quantidade de 
equilíbrio são determinados pela interseção das duas curvas. As equações são 
as seguintes: 
 
 
Vamos a um exemplo numérico. Suponha que as funções de demanda e oferta 
do bem X sejam descritas da seguinte forma: 
Dx = 300 – 8Px; 
Ox = 48 + 10Px. 
O preço e a quantidade de equilíbrio são encontrados fazendo-se: 
Dx = Ox 
Portanto: 
300 – 8Px = 48 + 10Px 
252 = 18Px 
Px = 
252
18
 = 14 
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Para encontrar Qx, basta substituir Px = 14 na função da oferta ou na função 
da demanda: 
Qx = 48 + 10 (14) = 188 
Desta forma, sabemos que o preço de equilíbrio do mercado do bem X é 14, e 
a quantidade de equilíbrio é de 188 unidades. 
 
 
Coeteris paribus: expressão latina que significa “tudo o mais constante”. Em 
Microeconomia, analisa-se dado mercado isolado dos demais. É a análise do 
equilíbrio parcial. Concorrência monopolista (ou imperfeita). Estrutura de 
mercado com inúmeras empresas, produto diferenciado, livre acesso de 
empresas ao mercado, na medida em que elas possuam a tecnologia e o 
volume apropriado de capital. 
Externalidades (economias externas): custos (ônus) ou benefícios que a 
atividade produtiva das empresas gera para a sociedade. As externalidades 
também podem ser entendidas como as variações de custos ou ganhos que o 
ambiente externo impõe para as empresas. Quando a produção ou o consumo 
de um bem acarreta efeitos sobre outros indivíduos, e esses custos/benefícios 
não se refletem nos preços. 
Lei geral da demanda: a quantidade demandada de um bem ou serviço varia 
na relação inversa do preço do próprio bem, Coeteris paribus. Ou seja, quanto 
maior o preço de um bem ou serviço, menor será a quantidade demandada por 
esse bem ou serviço. 
Lei geral da oferta: a quantidade ofertada de um bem ou serviço varia na 
relação direta com o preço do próprio bem, Coeteris paribus. Em outras 
palavras, quanto maior o preço de um bem ou serviço, maior será a quantidade 
ofertada por esse bem ou serviço. 
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31 
Modelos econômicos: teorias simplificadas que mostram relações 
fundamentais entre as variáveis econômicas. 
Princípio da racionalidade: princípio segundo o qual os agentes econômicos 
sempre procuram maximizar, seja o lucro, no caso dos empresários, seja a 
satisfação (utilidade), no caso dos consumidores. Ou seja, princípio que supõe 
a existência de um homo economicus – homem econômico – que sempre 
tende a maximizar seu próprio bem-estar. 
 
 
Instruções 
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você 
encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia 
cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. 
 
Questão 1 
Para a curva de demanda do bem X, quando há umaqueda acentuada no 
preço do próprio X, tudo o mais constante, deve-se esperar que: 
a) Haja um deslocamento para a direita da curva da demanda de X. 
b) Haja um aumento na quantidade demandada de X. 
c) Haja uma diminuição na quantidade demandada de X. 
d) Não é possível mensurar o impacto das variações do preço de X no 
consumo. 
e) Nenhuma das demais alternativas está correta. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
 
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Questão 2 
A construção da curva de demanda individual leva em consideração: 
I. A preferência dos consumidores. 
II. A influência dos preços dos bens complementares e substitutos. 
III. A renda dos consumidores. 
IV. O preço do próprio bem. 
Assinale a alternativa que apresenta os itens corretos: 
a) I. 
b) I e II. 
c) I, II e IV. 
d) I, III e IV. 
e) I, II, III e IV. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 3 
Suponha dois bens de demanda concorrente: margarina e manteiga. Quando 
ocorre uma grande diminuição no preço da manteiga, tudo o mais constante, 
deve-se esperar que a curva da demanda da margarina: 
a) Desloque-se para a esquerda. 
b) Mantenha-se inalterada. 
c) Desloque-se para a direita. 
d) Mantenha-se inalterada com o aumento do preço da margarina. 
e) Desloque-se para a direita com a redução do preço da margarina. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 4 
Aponte os fatores que influenciam a elasticidade-preço da demanda. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
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33 
Questão 5 
Supondo uma demanda elástica, o aumento de um imposto sobre as vendas 
incidirá mais sobre consumidores ou vendedores? 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Neste tema que abordou os mecanismos de funcionamento de uma economia 
de mercado, analisamos inicialmente os pressupostos básicos para o 
entendimento da teoria microeconômica. Foram tarefas iniciais do nosso 
estudo a compreensão da hipótese simplificadora do coeteris paribus, além da 
compreensão dos objetivos da empresa. 
A partir dos fundamentos e aplicações da Microeconomia, foi possível analisar 
as variáveis que determinam o comportamento da demanda; apreciar o 
conjunto de elementos que determinam o comportamento da oferta; e, por fim, 
entender o equilíbrio de mercado estabelecido entre consumidores e 
produtores. 
Este tema também permitiu a análise e o cálculo de como a interação entre as 
variáveis pode ser dimensionada – o conceito de elasticidade permite que se 
visualize o impacto das alterações de uma variável no comportamento de outra, 
como no caso das elasticidade-preço, elasticidade-renda e elasticidade-preço 
cruzada da demanda. 
 
 
APPADURAI, Arjun. A vida social das coisas: as mercadorias sob uma 
perspectiva cultural. Niterói: Eduff, 2009. 
 
GREMAUD, Amaury P. et al. Manual de Economia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 
2004. 
 
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34 
MANKIW, Gregory, N. Introdução à Economia: Princípios de Micro e 
Macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2001. 
 
MATTEI, Lauro. Teoria do valor-trabalho: do ideário clássico aos postulados 
marxistas. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 24, n. 1, p. 271-294, 2003. Disponível 
em: http://goo.gl/XjwIh9. Acesso em: 19 out. 2014. 
 
OBRIGADO por fumar. Direção: Jason Reitman. Produção: 20th Century Fox. 
Estados Unidos, 2005. Comédia. 92 min. Trailer disponível em: 
http://www.youtube.com/watch?v=EPuY5vjfZFs. Acesso em: 19 out. 2014. 
 
PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 7. ed. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2010. 
 
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. 5. ed. São Paulo: Best-
Seller, 2000. 
 
VARIAN, Hall R. Microeconomia: princípios. 7. ed. São Paulo: Campus, 2006. 
 
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel E. 
Fundamentos de Economia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. (Livro-Texto) 
 
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; OLIVEIRA, Roberto G. de. 
Manual de Microeconomia. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
WESSEL, Walter W. Microeconomia: teoria e aplicações. São Paulo: Saraiva, 
2010. 
 
_______. Economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
 
 
 
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35 
 
Questão 1 
Resposta: Alternativa B. 
Pois, de acordo com a Lei geral da demanda, uma queda no preço de um bem 
qualquer X causa um aumento na quantidade demandada, isto é, consumida 
deste bem. Atenção: quando as variações ocorrem no preço do próprio bem X, 
a curva da demanda não se desloca: o que muda é a quantidade demandada. 
 
Questão 2 
Resposta: Alternativa E. 
Pois todos os elementos apontados nas alternativas são determinantes do 
comportamento da demanda: o preço do bem, os preços dos outros bens, a 
renda e a preferência dos consumidores. 
 
Questão 3 
Resposta: Alternativa A. 
Uma redução do preço da manteiga faz com que sua própria quantidade 
demandada aumente. No caso da margarina, que é seu concorrente, é 
esperada uma redução na sua demanda – neste caso, a curva da demanda de 
margarina se desloca para a esquerda. 
Questão 4 
Os fatores que influenciam diretamente a elasticidade-preço da demanda são: 
a existência de bens substitutos (quanto maior a disponibilidade dos 
substitutos, mais elástica será a demanda de um produto); a essencialidade do 
bem (quanto mais essencial aos consumidores, menor será a elasticidade-
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preço da demanda); a importância do bem no orçamento do consumidor 
(quanto mais pesado no orçamento, mais elástica será a demanda do produto). 
 
Questão 5 
À medida que a demanda do bem se torna mais elástica, a incidência dos 
impostos recai mais sobre os produtores: se existem muitos concorrentes no 
mercado de determinado bem, o produtor repassará menos impostos ao valor 
do produto, para que sua demanda não procure os concorrentes.

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