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CERÂMICA VERMELHA São peças cerâmicas onde o principal componente é a argila que é queimada entre 900°C e 1200°C, apresentando em sua maioria coloração avermelhada após a queima. · Preparação da Matéria-Prima Grande parte das matérias-primas utilizadas na indústria cerâmica tradicional é natural, encontrando-se em depósitos espalhados na crosta terrestre. Após a mineração, os materiais devem ser beneficiados, isto é desagregados ou moídos, classificados de acordo com a granulometria e muitas vezes também purificadas. O processo de fabricação, propriamente dito, tem início somente após essas operações. As matérias-primas sintéticas geralmente são fornecidas prontas para uso, necessitando apenas, em alguns casos, de um ajuste de granulometria. Os materiais cerâmicos geralmente são fabricados a partir da composição de duas ou mais matérias-primas, além de aditivos e água ou outro meio. Mesmo no caso da cerâmica vermelha, para a qual se utiliza apenas argila como matéria-prima, dois ou mais tipos de argilas com características diferentes entram na sua composição. Raramente emprega-se apenas uma única matéria-prima. Dessa forma, uma das etapas fundamentais do processo de fabricação de produtos cerâmicos é a dosagem das matérias-primas e dos aditivos, que deve seguir com rigor as formulações de massas, previamente estabelecidas. Os diferentes tipos de massas são preparados de acordo com a técnica a ser empregada para dar forma às peças. De modo geral, as massas podem ser classificadas em: - suspensão, também chamada barbotina, para obtenção de peças em moldes de gesso ou resinas porosas; - massas secas ou semi-secas, na forma granulada, para obtenção de peças por prensagem; - massas plásticas, para obtenção de peças por extrusão, seguida ou não de torneamento ou prensagem. • Métodos de moldagem: • Método de moldagem a seco ou semi-seco (4 a 10%) prensagem (ladrilhos, azulejos e tijolos e telhas de qualidade superior) • Moldagem com pasta plástica consistente (5 a 15% ) extrusão (marombas com câmaras a vácuo para retirar o ar da massa) tijolos, telhas, tubos cerâmicos, refratários, etc • Moldagem em pasta plástica mole (25 a 40%) artesanal (vasos, pratos, etc e produção rudimentar de tijolos) • Moldagem com pasta fluida (30 a 50% de água) barbotina (peças de formato complexo como aparelhos sanitários, porcelanas, etc) · Cozimento Nessa operação as peças adquirem suas propriedades finais. Esse tratamento térmico é responsável por uma série de transformações físico-químicas das peças como: perda de massa, desenvolvimento de novas fases cristalinas, formação de fase vítrea e a soldagem (sinterização) dos grãos. Os produtos são submetidos a temperaturas elevadas, que para a maioria dos produtos situa-se entre 800º C a 1.000º C, em fornos contínuos ou intermitentes (Figura 7) que operam em três fases: - aquecimento da temperatura ambiente até a temperatura desejada; - patamar durante certo tempo na máxima temperatura da curva de queima; - resfriamento até temperaturas inferiores a 200º C. O ciclo de queima compreendendo as três fases, dependendo do tipo de produto e da tecnologia empregada, pode variar de algumas horas até vários dias. · CLASSIFICAÇÃO O setor cerâmico é amplo e heterogêneo o que induz a dividi-lo em sub-setores ou segmentos em função de diversos fatores como matérias-primas, propriedades e áreas de utilização. Dessa forma, a seguinte classificação, em geral, é adotada, A Cerâmica Vermelha Compreende aqueles materiais com coloração avermelhada empregados na construção civil (tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos cerâmicos e argilas expandidas) e também utensílios de uso doméstico e de adorno. As lajotas muitas vezes são enquadradas neste grupo porém o mais correto é em Materiais de Revestimento
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