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Projetos-Mecânicos-3ºC-2014-Bigaton-Novo

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Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 1 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETOS 
MECÂNICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
o
 Ciclo de 
Técnico em Mecânica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 2 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
III. 1 PROJETOS MECÂNICOS 
 
Função : Desenvolvimento de Projetos 
COMPETÊNCIAS HABILIDADES BASES TECNOLÓGICAS 
 
1. Elaborar projetos utilizan-
do metodologia de gestão 
de projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Analisar o funcionamento 
e propor melhorias das má-
quinas e equipamentos me-
cânicos. 
 
1.1. Identificar as principais carac-
terísticas e forma estrutural de um 
projeto mecânico. 
1.2. Distinguir suas diversas fa-
ses, de modo a elaborar correta-
mente um projeto mecânico. 
1.3. Definir métodos de levanta-
mento e análise de dados. 
1.4. Consultar, manusear e inter-
pretar catálogos e tabelas de fa-
bricantes e/ ou fornecedores de 
máquinas, equipamentos e com-
ponentes. 
1.5. Realizar cálculos de dimensi-
onamento de componentes e me-
canismos de máquinas e equipa-
mentos. 
1.6. Desenhar componentes e 
conjuntos que compõem um pro-
jeto. 
1.7. Atuar na concepção de proje-
tos. 
 
 
2.1. Aplicar dados de custo-
benefício na comercialização e na 
produção. 
2.2. Aplicar as melhorias propos-
tas no desempenho de máquinas 
e componentes. 
2.3. Estabelecer critérios de pro-
dutividade e qualidade. 
 
1. Desenvolvimento de um projeto 
de máquina e/ ou equipamento para 
atender a demanda 
 
2. Gerenciamento do projeto atra-
vés de software dedicado 
 
3. Anteprojeto: 
 coleta de dados; 
 croqui 
 
4. Cálculo dos esforços: 
 seleção de materiais; 
 dimensionamento. 
 
5. Desenvolvimento e aplicação de 
projetos: 
 flexibilidade; 
 manutenção; 
 aquecimento; 
 transporte; 
 lubrificação; 
 fabricação; 
 peso; 
 material 
 
6. Detalhamento do projeto: 
 desenho técnico do projeto 
 
7. Memorial descritivo e de cálculo 
 
8. Elaboração de relatório final do 
projeto 
 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 3 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
 Capitulo 1 DESCRIÇÃO DE UM PROJETO 
 
 
Apresentação / Descrição 
O que é: Descrição do objeto do projeto. O objeto 
pode ser uma ação, uma atividade ou um produto 
cultural. 
Como fazer: A apresentação ou descrição é uma 
síntese do seu projeto. Comece com um histórico 
do objeto, descreva como surgiu a idéia de reali-
zá-lo, qual a sua importância e seus principais 
objetivos, o número de pessoas envolvidas, a 
qual público ele se destina e, finalmente, em que 
período e local ocorrerá. 
Muita atenção: A apresentação deve ser revisa-
da após finalizados os outros itens do projeto ou 
então deverá ser o último item a ser escrito. 
Perguntas norteadoras: 
• O que é o projeto? 
• Qual seu objetivo geral? 
• Quais são os principais envolvidos? 
•Qual o público-alvo? 
• Quando e onde será realizado? 
 
Justificativa 
O que é: Apresentação das razões para a reali-
zação do projeto. 
Muita atenção: Além de explicitar as razões pe-
las quais se tomou a iniciativa de realizar o proje-
to proposto, é preciso enfatizar quais circunstân-
cias favorecem a sua execução, o justificam e o 
diferenciam, e também quais suas contribuições 
para o desenvolvimento cultural do público ao 
qual se destina ou da localidade/região na qual 
se insere. 
Como fazer: Este é o momento de convencimen-
to da importância do projeto e da capacidade do 
proponente em realizá-lo. Cuidado para não se 
perder em detalhes que não estão diretamente 
vinculados ao projeto. Lembre-se que o projeto 
deve ser justificado culturalmente. Dê ênfase a 
seus principais atributos tais como, criatividade, 
contemporaneidade, tradição, irreverência, popu-
laridade, entre outros. 
Perguntas norteadoras: 
• Em que contexto se insere o projeto? 
• Qual sua importância neste contexto? 
• Por que foi pensado e proposto? 
• Qual seu histórico (se houver)? 
• Qual seu diferencial? 
• Qual a experiência do proponente? 
• Já foram desenvolvidas outras ações para o 
público-alvo do projeto pelo proponente? 
Objetivo 
O que é: Indicação dos resultados que se pre-
tende atingir, dos produtos finais a serem elabo-
rados, bem como dos benefícios da ação ou ati-
vidade cultural, se possível a curto, médio e longo 
prazo. 
Como fazer: Faça um pequeno parágrafo com o 
objetivo geral e organize em tópicos os específi-
cos. Os objetivos específicos geralmente iniciam 
com um verbo e devem ser claros e sucintos. 
Muita atenção: O objetivo geral corresponde ao 
produto final do projeto. Já os objetivos específi-
cos se configuram como ações que contribuirão 
para alcance e para complementar o objetivo ge-
ral. 
Perguntas norteadoras: 
• O que pretende com o projeto? 
• Para que foi pensado e proposto? 
• Quais são os benefícios culturais, sociais e eco-
nômicos derivados do projeto? 
 
Metas a atingir/ Resultados previstos 
O que é: Apresentação dos resultados a serem 
atingidos pelo projeto. 
Como fazer: Volte ao item “objetivos” e tente 
traduzi-lo em resultados práticos ou produtos, 
que possam ser vistos ou experimentados. Bus-
que resultados, se possíveis quantificáveis, para 
cada objetivo específico, analisando os que, de 
fato, são viáveis de se concretizarem. 
Muita atenção: Os resultados devem ser mensu-
ráveis e revelar o alcance dos objetivos específi-
cos. Sempre que possível apresente dados quan-
titativos, tais como: número de espetáculos ou 
mostras, público atingido, cidades abrangidas, 
etc. Eles serão os indicadores para a verificação 
do cumprimento do projeto e sua avaliação. 
Perguntas norteadoras: 
• Quais são as metas a serem atingidas a partir 
dos objetivos do projeto? 
• Quais os resultados finais do projeto? 
 
Projetos Mecânicos ___ 3
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- 4 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
Etapas de Execução / Bases Metodoló-
gica e Operacional /Estratégia de Ação 
O que é: Detalhamento das etapas de realização 
do projeto. 
Como fazer: Para elaborar a estratégia de ação 
volte aos itens “objetivos” e “resultados previstos” 
e liste todas as atividades que serão necessárias 
para atingi-los. Ordene as ações por etapas de 
realização e preveja o tempo de duração de cada 
uma. Liste também os serviços a serem desen-
volvidos em cada etapa. 
Muita atenção: A estratégia de ação do projeto 
deve ser coerente com os itens “orçamento” e 
“cronograma”. Ela demonstra a capacidade de 
administração do proponente. 
Perguntas norteadoras: 
• Qual a programação do projeto? 
• Como ele será realizado? Existem etapas distin-
tas? Quais? 
• Quem são os responsáveis por cada etapa? 
Que atividades desenvolverão? 
 
Avaliação dos resultados 
O que é: Apresentação de indicadores para ava-
liação do projeto. 
Como fazer: Volte ao item “resultados previstos” 
e tente identificar que ações auxiliam para checar 
os resultados. Pode ser através de questionários 
de pesquisa de público, de clipagens de materiais 
de imprensa, de entrevistas, da quantidade de 
ingressos ou produtos vendidos, etc. 
Muita atenção: Os indicadores servem para 
comparar os “resultados previstos” com os resul-
tados reais do projeto e permitem avaliar se o 
projeto foi bem sucedido. Eles podem ser quanti-
tativos: número de participantes, espetáculos, 
beneficiados, etc.; ou qualitativos: análise da di-
vulgação, da satisfação do público e da verba 
total do projeto. 
Perguntas norteadoras: 
• O que precisa ser avaliado? 
• Como pode ser avaliado? 
• Como será apresentada esta avaliação? E para 
quem? 
 
Cronograma 
O que é: O cronograma situa no tempo as ações 
ou procedimentos necessários para a realização 
do projeto. Deve ser apresentado em forma de 
tabela, por itens e não em texto. 
Como fazer: O cronograma é conseqüência da 
“estratégia de ação”. Desenhe uma tabela con-
tendo as etapas do projeto e seu período de exe-
cução (semana, quinzena ou mês). O cronogra-
ma geralmente é dividido em pré-produção (ou 
preparação), produção e pós-produção, que sig-
nificam, respectivamente, o momento prévio da 
execução do projeto, a sua execução de fato e o 
momento posterior. 
Muita atenção: Algumas ações são comuns a 
vários projetos, como: reserva do local de realiza-
ção do projeto, impressão das peças gráficas, 
divulgação, inscrições, ensaios, montagem, es-
tréia, pagamento de serviços e profissionais, 
prestação de contas, entre outros. Em algumas 
ocasiões os editais e mecanismos de financia-
mento indicam um período de execução, o que 
significa que não se pode propor um cronograma 
que o extrapole. 
Perguntas norteadoras: 
• Em que período as ações/etapas do projeto 
serão realizadas? 
• Quanto tempo durará cada etapa? 
 
Orçamento 
O que é: Indicação dos recursos financeiros ne-
cessários para execução do projeto, com valores 
unitários e totais. 
Como fazer: O orçamento também deve ser a-
presentado em forma de tabela, por itens e não 
em texto. Sugere-se que o orçamento pelo me-
nos indique: item, valor unitário, quantidade e 
valor total. O valor total do projeto é a multiplica-
ção de todos os itens anteriores. Remeta-se às 
ações indicadas no cronograma e veja quais gas-
tos estão implícitos em cada uma delas. Geral-
mente os projetos prevêem recursos para: pes-
soal e serviços; infra-estrutura e montagem; ma-
terial de consumo; material gráfico; custos admi-
nistrativos; comunicação e divulgação; impostos e 
taxas. 
Muita atenção: A maioria dos editais possui uma 
cota limite de financiamento. Caso o projeto ex-
trapole o valor determinado, deverá comprovar a 
existência de outras fontes de financiamento. 
Neste caso, divida os totais em valor solicitado ao 
edital e valor total do projeto. 
Perguntas norteadoras: 
• Qual o custo de cada etapa do cronograma? 
• Quais valores unitários e totais? 
• Quais são as fontes previstas? 
• Quanto será solicitado a cada fonte? 
• Qual o valor total do projeto? 
 
 
 
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 Capitulo 2 REDUTOR DE VELOCIDADE 
 
Redutor de Velocidade são máquinas empregadas para se obterem grandes redução de transmissões, 
sem necessidade de recorrer a engrenagens de grandes diâmetros ou motoras de poucos dentes. Os 
redutores podem ser constituídos de engrenagens paralelas, cônicas e com cora e rosca sem-fim. Veja-
mos os exemplos de um redutor com engrenagens paralelas e cônicas. 
 
 
 
Veja agora alguns exemplos de redutores de velocidade acoplado com motor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 6 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
Os redutores podem ser de elevação de cargas ou movimento de translação 
 
Esquema de redutor com três pares de engrenagens para elevação de cargas: 
M z1
dt 
Ve
F
Motor
z2 z3
z4z5
z6
n1, Mt1
n2, Mt2
n3, Mt3
n4, Mt4
Freio Acoplamento
 
 
A finalidade do redutor de velocidade é diminuir a rotação (rpm) e aumentar o torque (momento torçor) na 
saída do redutor. 
 
 
RENDIMENTO NO REDUTOR ______________________________________________________ 
O rendimento () é dado por par de engrenagens e depois é considerado o rendimento nos mancais e 
em todo o redutor, tendo o rendimento total. Na prática consideraremos o seguintes valores: 
 
Rendimento das engrenagens: e = 0,97 Mancais de rolamento: m = 0,98 
 
 
O rendimento total no Redutor é dado pela seguinte formula: 1n
m
n
et
  .
 
onde n = no de pares de engrenagens. 
 
 
Exemplo: Redutor da figura 1 da pagina 1, determinar o rendimento total. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nomenclatura: 
 
Mtn= momento torçor nos respec-
tivos eixos 
 
nn= rpm(rotação por minuto) em 
cada eixo 
 
Zn= n
o
 de dentes de cada engre-
nagem 
 
dt= diâmetro do tambor de enro-
lamento 
 
Ve= velocidade de elevação 
Resolução: 
Figura 1 
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RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO _____________________________________________________ 
 
Tomando como exemplo a figura 1, a relação de transmissão é dada da seguinte forma: 
 
1
o
 Par de Engrenagens: 
1
2
2
1
1
z
z
n
n
i 
 A redução Total do sistema é dada da seguinte forma: 
 
 
2
o
 Par de Engrenagens: 
3
4
3
2
2
z
z
n
n
i 
 ou ainda: 
 
 
3
o
 Par de Engrenagens: 
5
6
4
3
3
z
z
n
n
i 
 
1
4
saída
entrada
1
n
n
n
n
i 
 
 
 
Redução com ( n ) pares de engrenagens: 
 
iT = i1 . i2 . i3 . ... . in 
 
 
DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE PARES DE ENGRENAGENS___________________ 
 
A relação de transmissão por par de engrenagens deve ser no máximo e não ultrapassar de: 
 
i = 6 a 8 
 
usaremos no máximo: io = 6 
 
 
A determinação do número de pares de engrenagens é dada por: 
 
oo i logarítimo
i logarítimo
i log
i log
n 
 
 
 
O Valor da redução necessária deve estar entre: 
1,03
Necessária Redução
Real Redução
0,97 
 
 
 
MOMENTOS TORÇORES___________________________________________________________ 
A redução por par de engrenagens também pode ser dada da seguinte forma: 
 
1
2
t
t
1
M
M
i 
 
2
3
t
t
2
M
M
i 
 
3
4
t
t
3
M
M
i 
 
iT = i1 . i2 . i3 
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- 8 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
Momento Torçor no eixo 1: 
m
1
t . 
n
N
 . 71620M
1

 
tttt . i .MM eS 
 
 
 
Momento Torçor no
eixo 2: 
em1tt . . i . MM 12 
 
 
 
Momento Torçor no eixo 3: 
em2tt . . i . MM 23 
 
 
 
Momento Torçor no eixo 4: 
em3tt . . i . MM 34 
 
 
 
Exemplo de Calculo: ________________________________________________________________ 
1. Determine o número de pares de engrenagens, e o torque 
em cada eixo para os dados indicados abaixo: 
n1 = 1750 rpm 
dt = 500 mm 
io = 6 
ve = 8,0 m/mim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Momento torçor de Saída: em função do 
momento torçor de entrada rendimento 
total e redução total. 
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 Capitulo 3 MOTORES TRIFÁSICOS (WEG) 
 
GRAU DE PROTEÇÃO______________________________________________________________ 
Estudaremos nesse capitulo os motores trifásicos da WEG IP 55. O grau de proteção, refere-se a quali-
dade de proteção da carcaça, isto é, a capacidade da carcaça em impedir a penetração de elementos 
estranhos no interior do motor. A NBR 6146 define o grau de proteção pelas letras I P seguidas de dois 
algarismos, exemplo: I P – 00 
 
O 1
o
 algarismo indica a dimensão máxima dos corpos estranhos, e o 2o número o grau de proteção con-
tra a entra de água. 
 
1
o
 Algarismo 2
o
 Algarismo 
0 sem proteção 0 sem proteção 
1 corpos > 50 mm 1 pingos d’agua na vertical 
2 corpos > 12 mm 2 pingos d’agua 15
o
 com vertical 
4 corpos > 1,0 mm 3 pingos d’agua 60
o
 com vertical 
5 proteção a poeira em 4 Respingos em todas as direções 
 qualidade prejudicial 5 jatos d’agua em todas as direções 
 6 água de vagalhões 
 
Classe de Isolação: 
 
Classe A E B F H 
Temperatura Máxima: 105
o
 C 120
o
 C 130
o
 C 155
o
 C 180
o
 C 
 
 
CARACTERISITICAS MECANICAS _________________________________________________ 
 
Motores Trifásicos de Alto Rendimento 
 
220 volts, 60Hz 
I P 55 - NBR 6146 
 
 
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CARACTERÍSTICAS TÍPICAS 
 
 
 
 
 
 
__________________________________________________________________________________ 
 
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- 12 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
CARACTERÍSTICAS TÍPICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
__________________________________________________________________________________ 
 
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- 13 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA DO MOTOR ELÉTRICO __________________________ 
A potência do motor é dado da seguinte forma: 
 
Potência de regime: 
t
eo
R
 . 4500
v . )Q (Q
N



 
 
Q = carga de elevação [ kgf ] 
Qo = peso da talha [ kgf ] 
ve = velocidade de elevação[ m/s ] 
t = rendimento total 
 
Carga Relativa: 
Q) (Q . 2
Q Q . 2
M
o
o
R



 
 
Tabela 1: Carga Relativa 
 
Sistemas de Aplicação Carga Relativa MR 
Elevação de carga com gancho 0,50 - 0,60 
Elevação com caçamba 0,75 - 0,80 
Translação do carro com gancho 0,65 - 0,75 
Translação da ponte com gancho 0,75 - 0,90 
Translação do carro com caçamba 0,85 - 0,95 
Translação de pórticos 0,90 - 1,0 
 
Coeficiente de Carga Relativa (fR): 
R
2
RR 2.M2.M1f 
 
 
 
Potência Nominal (NN): NN = fR . NR 
 
Tabela 2: Velocidades Recomendadas 
 
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- 14 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
Aplicação: __________________________________________________________________________ 
 
1-) Para os dados abaixo, determine: 
redução total do sistema; 
a) o número de pares de engrenagens 
b) rendimento total; 
c) a potência do motor; 
d) a redução por par de engrenagem; 
e) o momento torçor em cada eixo. 
 
Q = 30 tf Qo = 640kgf 
n1 = 1800 rpm dt = 400 mm 
ve = baixa. 
 
 
 
2-) Dado o redutor abaixo, determine 
a) a potencia do motor; 
b) a redução por par de engrenagem; 
c) o torque de saída. 
 
Q = 10tf Qo = 170kgf 
n1= 1200rpm 
ve = baixa 
dt=350mm 
 
 
 
3-) Dado o redutor abaixo, determine 
a) a potencia do motor; 
b) a redução por par de engrenagem; 
c) o torque de saída. 
 
Q=5,0tf Qo= 90kgf 
N1 = 1800rpm (motor quatro pólos) 
ve = alta 
dt = 375mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Capitulo 4 FREIOS ELETROMAGNÉTICOS 
 
FREIOS DE SAPATA 
 
Freios de Regulagem 
Freios de regulagem são freios que mantém uma determinada velocidade intermediária. 
Freios para este caso, precisam ser calculados cuidadosamente e especialmente, caso por caso, pois, 
levam-se em consideração as seguintes condições: 
 velocidade regulada 
 potência instalada 
 tempo de atuação 
 condições ambientais 
 
 
 
m
e
e . 
n
N
 . 12533,5Mt 
 Momento torçor de entrada [ N.m ] 
 
 
Significado dos Algarismos: 
Exemplo: 
 
 FNN 2 0 2 3 
 
 
 
 
 
 
Aplicação: __________________________________________________________________________ 
1-) Determinar o tipo de freio para os dados do motor indicado abaixo: 
 N = 30CV ne = 900 rpm 
 
 
 
O freio é colocado sempre no eixo 
de entrada do redutor, pois o troque 
é mínimo. 
 
Freios eletromagnéticos Tipo FNN 
Fabricante: EMHL 
 Eletromecânica. 
 
Tipo do ELDRO ED 23/5 = Força = 230 N 
Diâmetro da polia em [ cm ] 
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Tabela de Escolha do Freio FNN (esta tabela não traz a dimensões do freio) 
 
 
 
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- 17 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
Outro Fabricante de Freio: 
 
 
 
 
 
 
Mt = 9740.Cs. P/n 
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- 18 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
 
 
 
 
Aplicação: 
Para um sistema de elevação de cargas utilizando motor elétrico e freio eletromagnético, determine para 
os dados abaixo, os
seguintes itens: 
a) a potencia do motor; 
b) a redução por par de engrenagens; 
c) o tipo de freio. 
d-) o diâmetro do cabo de aço 
(talha gêmea de 8 cabos) 
 
Q = 50tf Qo = 1010kgf 
n1 = 1200 rpm 
dT = 350mm 
io = 6 (máximo) 
ve baixo 
 
 
Resolver os exercícios anteriores escolhendo os freios e os cabos de aço para talha gêmea de 6 cabos 
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 Capitulo 5 TRANSMISSÕES PÔR ENGRENAGENS 
 
São mais freqüentemente usados. Distinguem-se por transmissão de força sem deslizamento nos dentes, 
relação de multiplicação constante e independente do carregamento, segurança de funcionamento, vida 
maior, resistência a sobrecargas, fácil manutenção, dimensões reduzidas em relação a potência e devido 
ao alto rendimento. 
 
 
Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos 
 
Pode ser montadas pôr um ou mais pares engrenados. A relação de trans-
missão máxima pôr par não deve exceder a i =8. Pode transmitir potência da 
ordem de 20000 - 25000CV com velocidade tangenciais de até 150-200m/s. 
Apresentam rendimento de 95 - 99%. 
 
 
PROCESSO DE FABRICAÇÃO DAS ENGRENAGENS 
 
FUNDIÇÃO 
Por Gravidade; Sob Pressão ( ligas leves, Alumínio, Cobre, Zinco e Plástico) 
baixo ponto de fusão. Shell Moldin; Aplicações grosseiras ( exemplo: máqui-
nas agrícolas ) 
 
SINTERIZAÇÃO ( metalurgia do Pó ) 
 
Para engrenagens que transmitem especialmente movimento e pouca potência; 
só se justifica economia para lotes de peças maior que 20000. 
 
Exemplo: Engrenagens de bombas de óleo de motores de combustão interna. 
 
ESTAMPAGEM ( engrenagens de relógios ) 
 
REMOÇÃO DE CAVACO 
 
Por Formação: Requerem ferramentas de formato do vão do dente, usinagem po fresa módulo necessi-
ta uma fresadora universal, um cabeçote divisor e um jogo de fresas módulo. Bastante utilizada, o inco-
veniente é que teoricamente para cada módulo e nº de dentes seria necessário uma fresa módulo. Na 
prática reduz-se o nº de F.M. 
 
nº de F.M. 8 7 6 5 4 3 2 1 
nº de Dentes 12 - 13 14 - 16 17 - 20 21 - 24 25 - 34 35 - 54 55 - 134 135 -  
 
Por Geração: Requerem máquinas especiais ( investimetno alto, possibilatam boa qualidade de engre-
nagens ). 
 
Sistema Fresa Caracol ( HOB ): Máquinas tipo Renânia 
Sistema Cremalheira de Corte: Máquinas tipo MAAG. 
 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 20 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
DIMENSIONAMENTO DE ENGRENAGEM __________________________________________ 
 
Nomenclatura 
 
Passo Circunferencial P = m .  
Módulo m = P /  
nº de Dentes Z 
Altura da Cabeça do Dente a = m 
Altura do Pé do Dente b = 1,167 . m 
Altura Total do Dente h = a + b 
Diâmetro Primitivo Dp = m . Z 
Diâmetro de Base Db = Dp . cos  
Diâmetro Interno Di = Dp - 2 . b 
Diâmetro Externo De = Dp + 2 . a 
Ângulo de Pressão  = 14º 30’ a 20º 
Espessura Cordal sc = m . Z . sen  
Altura da Cabeça Cordal ac = m. [ 1 + Z/2 ( 1 - cos  )] 
Ângulo Cordal  = 90º / Z 
 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 21 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
FORÇAS E TENSÕES NO DENTE DA ENGRENAGEM_______________________________ 
 f (tensão de flexão)
 c (tensão de compressão)
 f c (tensão de flexão-
tensão de compressão)
 c (tensão de cisalhamento)
FN
Ft
FR
reta tangente
DP
 
 
Força Tangencial: 
dp
2.M
F tt 
 Força Normal: 
cos
F
F tN 
 
 
 
Força Radial: Fr = Ft . tg  
 
 
 
TENSÃO DE TRABALHO NO PÉ DO DENTE (FLEXÃO)______________________________ 
 
 
f
t
.m
q.F
 
L
max
 
f
= tensão admissível [valores tabelados] 
 
q = fator de forma [depende do z e , ver tabela a seguir] 
 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 22 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
Z 12 13 14 15 16 17 18 21 24 
q 
 = 20º 4,6 4,35 4,10 3,9 3,75 3,60 3,50 3,30 3,20 
 = 14º 30’ -- 5,38 5,22 5,07 4,93 4,80 4,68 4,37 4,13 
Z 28 34 40 50 65 80 100 até  -- 
q 
 = 20º 3,10 3,0 2,9 2,8 2,7 2,6 2,5 2,5 -- 
 = 14º 30’ 3,9 3,7 3,5 3,4 3,27 3,18 3,10 2,8 -- 
 
 
DADOS CONSTRUTIVOS___________________________________________________________ 
 
Nestes cálculos iremos estudar “Engrenagens Evolventes”. 
 
Curva Evolvente: É a Curva gerada por um ponto fixo de uma circunferência que rola sem escorregar 
dentro de uma outra circunferência base. O perfil evolvente de um dente de engrenagem têm com finali-
dade diminuir a zona de interferência, reduzindo-a à uma linha de contato. Entretanto, esta linha de con-
tato entre os dentes só existe hipoteticamente, pois com a aplicação de força haverá deflexão entre os 
flancos, gerando uma área de contato. 
 
 
 
VALORES DE TRANSMISSÃO_______________________________________________________ 
 
 
1
2
t
t
2
1
z
z
M
M
n
n
i
1
2 
 
 
 
Nº MÍNIMO DE DENTES: (para evitar interferência)_________________________________ 
 
TIPOS DE TRANSMISSÃO  = 20º  = 14º30’ 
Pequenas Velocidades e Cargas 10 18 
Velocidades Médias (6 a 9m/s) 12 24 
Grandes Velocidades (>15 m/s) e Cargas 16 30 
i = 8 para carregamento manual; 
i = 6 para pequenas velocidades; 
i = 3 para grandes velocidades. 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 23 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
i  = 20º  = 14º 30’  = 15º 
1 12 22 21 
2 14 27 25 
4 15 29 28 
6 16 30 - 
8 17 30 - 
até  17 30 - 
 
 
ENGRENAMENTO ENTRE COROA E PINHÃO _____________________________________ 
 
 
Figura mostra a distância entre eixos do par de 
Engrenagens Cilíndricas 
 
 
I = Interferência: O dente da Engrenagem não pode raspar o fundo do dente do Pinhão 
(fundo, seria o Diâmetro de Base ) 
 
 
2
dd
aD 21x


 
 
 
D = distancia entre centros 
d1 = diâmetro primitivo da engrenagem 1 
d2 = diâmetro primitivo da engrenagem 2 
I 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 24 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
ESTIMATIVA DE MÓDULO _________________________________________________________ 
 
Estimativa é dada pela tabela abaixo para  = 20º, material aço. 
 
0
400
800
1200
1600
4 8 12 16 20 24
módulo
1,25
módulo
1,5
2,0
2,5
3,0
4,0
5,0
6,5
Transmissão em (CV)
(R
PM
) P
ar
a 
Pi
nh
ão
 d
e 
15
 d
en
te
s
 
 
 
MÓDULOS NORMALIZADOS DIN 780 ______________________________________________________ 
 
m salto m salto 
0,3 - 0,4. . . 1,0 0,1 18,0 a 24,0 2,0 
1,25 . . . 4,0 0,25 27,0 a 45,0 3,0 
4,5 . . . 7,0 0,5 50,0 a 75,0 5,0 
8,0 a 16,0 1,0 
 
 
CÁLCULO DO MÓDULO ____________________________________________________________ 
 
COMPRIMENTO
DA ENGRENAGEM 
 
 
[mm] L = Largura do Dente [ mm ] 
 
 
passo [ mm ] 
 
 
coeficiente [ver tabela] 
 
L =  . P 
P =  . m 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 25 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
COEFICIENTE DE FRESAGEM 
 
TIPO DE ENGRENAGEM  
Bruta 2,0 
Cortada 2,5 a 3,0 
Fresada 3,0 a 3,5 
Fresada e Retificada 3,5 a 4,0 
 
 
 
 
TAXA DE TRABALHO REAL 
11v
70.
c f


 [kgf/cm
2
] 
 
 
velocidade tangencial: 
v
.dp .n
60000
1 1

 [ m/s] 
 
 
diâmetro primitivo: 
11 m.zdp 
 [ mm ] 
 
 
DIMENSIONAMENTO DO MÓDULO _______________________________________________ 
 
 
.vc.
750.N
.z.nc.
N
244.m 3


 [mm] 
 
 
EXECUÇÃO E LUBRIFICAÇÃO 
 
V (m/s) < 0,8 0,8 a 4,0 4,0 a 12 > 12 
Execução Fundido Fresado Retificado 
Dentes Inclina-
dos 
Meio 
Lubrificante Graxa 
Mergulhado em 
Óleo 
Mergulhado em 
Óleo 
Óleo sob 
Pressão 
 
 
 
 
Formação de cavidades (pitting) ou cavitação numa 
transmissão de turbina de aço beneficiado, de dentes 
inclinados 
 
 
 
 
Pitting
L
 
n = [rpm] 
m = módulo 
f
= tensão admissível do material [kgf/cm
2
] 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 26 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
PRESSÃO MÁXIMA (No Flanco do Dente)_________________________________________________ 
Verificação a pressão 
 
admc
1
t
max p.Y
i
1i
.
L.dp
.E0,35.F
p 




 

 
 
 
Yc = 1,76 (para engrenagens sem correção) 
 
módulo de elasticidade do aço E = 21 500 kgf/mm
2
 
 
 
CALCULO DA PRESSÃO ADMISSÍVEL EM FUNÇÃO DA DUREZA E DA VIDA ÚTIL _______ 
 
 
3
2
adm
000 000 1
60 . h . n
E.
HB . 6800
P 
 [ kgf/mm
2
] 
 
 
 
6800
000 000 1
60 . h . n
.E.P
HB
3
max
 [ kgf/mm
2
] Em função da dureza HB (dureza Brinel) 
 
 
 
 
60 . n
000 000 1
 .
P . E
HB . 6800
h
3
max
2







 [ horas] Em função das horas de vida da engrenagem 
 
dp
L
db
Rolamento
Pressão
 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 27 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
TENSÃO ADMISSÍVEL NO PÉ DO DENTE (
 f
 ) - SAE e DIN 
 
 
MATERIAL 
TENSÃO A FLEXÀO 
ALTERNADA 
 
DURESA BRINEL HB 
(Kg/mm
2
) 
Tratamento DIN SAE 
 f
 (Kg/mm
2
 ) NÚCLEO FACES 
 
Ferro Fundido 
GG18 
GG22 
GG26 
111 
112 
114 
2,5 
3,75 
5,0 
170 
190 
210 
170 
190 
210 
Aço 
Fundido 
GS52 
GS60 
0050 
0150 
6,5 
7,5 
150 
175 
150 
175 
 
Aço 
Carbono 
ST42 
ST50 
ST60 
ST70 
1025 
1035 
1045 
1060 
8,75 
9,55 
10,55 
12,5 
125 
150 
180 
208 
125 
150 
180 
208 
 
 
Aço 
Beneficiado 
C22 
C45 
C60 
34Cr4 
37MnSi5 
42CrMo4 
35NiCr18 
1320 
1340 
1360 
5130 
1137 
4140 
3335 
8,0 
11,0 
13,5 
16,0 
16,0 
16,0 
16,5 
140 
185 
210 
260 
260 
340 
400 
140 
185 
210 
260 
260 
340 
400 
 
 
 
Aço 
Cementado 
C10 
C15 
16MnCr5 
20MnCr5 
13Ni6 
13NiCr18 
15CrNi6 
18CrNi8 
1010 
1015 
5120 
5130 
2315 
2515 
3115 
3130 
7,5 
9,0 
17,5 
19,0 
14,0 
20,0 
20,0 
20,0 
170 
190 
270 
360 
200 
400 
310 
400 
590 
635 
650 
650 
600 
615 
650 
650 
Bronze Co-
mum 
Bronze Fosfo-
roso 
Fibra 
 
- / - 
 
63 ou 65 
5,5 
7,0 
2,25 
 
- / - 
 
- / - 
 
 
Esquema de uma engrenagem maior 
com seus respectivos dados 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 28 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
TENSÃO ADMISSÍVEL NO PÉ DO DENTE (
 f
 ) - SAE e DIN 
 
 
MATERIAL 
 
DIN 
 
SAE  f
 
Kgf/mm
2
 
Padm 
 Kgf/mm
2
 
Ferro 
Fundido 
GG-20 
GG-25 
- 
- 
4,5 
5,5 
22 
27 
Aço 
Fundido 
GS-52 
GS-60 
0050 
0105 
9,0 
10,0 
31 
39 
Aço 
para 
Construção 
ST50 
ST60 
ST70 
1035/30 
1045/40 
1050 
11,0 
12,5 
14,0 
34 
38 
44 
 
 
Aço 
Beneficiado 
C45 
C60 
34Cr4 
37MnSi5 
42CrMo4 
35NiCr18 
- 
1045 
1060 
5135 
4140 
- 
13,5 
15,0 
18,0 
19,0 
20,0 
20,0 
45 
50 
60 
55 
63 
90 
 
Aço 
 
 Cementado 
C15 
16MnCr5 
20MnCr5 
15CrNi6 
18CrNi8 
- 
1015 
- 
4320 
- 
12,0 
20,0 
22,0 
21,0 
22,0 
150 
150 
150 
150 
150 
 
Aço Temperado 
 por Chama 
ou Indução 
CK 45 
37MnSi5 
53MnSi4 
41Cr4 
42CrMo4 
- 
- 
4140 
- 
- 
18,0 
20,0 
20,0 
20,0 
21,0 
135 
125 
140 
130 
150 
Aço Temperado 
Banho Cianeto 
37MnSi5 
35NiCr18 
- / - 20,0 
22,0 
125 
135 
Aço Nitrurado 
em 
Banho 
C45 
16MnCr5 
42CrMo4 
- 
- 
- 
16,0 
17,0 
29,0 
75 
27 
85 
Aço Nitrurado 
em 
Gases 
- 
16MnCr5 
- 
- 
8620 
- 
- 
21 
- 
- 
88 
- 
 
Obs.: Adotar o melhor material para o pinhão pois sofre mais esforço e desgaste 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formação de estrias na cabeça do dente, 
em conseqüência da ruptura da película 
de lubrificante 
Zonas de engripamento conseqüentes da 
ruptura da película de lubrificante 
 
 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 29 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
Aplicação:_________________________________________________________________________ 
1-) Dimensionar um par de engrenagens cilíndricas de dentes retos destinados a transmitir 5 CV a 
1800rpm para 500rpm. 
Pinhão Aço 1060 h = 10 000 horas 
Coroa Aço 1035 Fresadas  = 20
o
 
 
 
2-) Verifique um par de engrenagens cilíndricas de dentes retos para os seguintes dados: 
N = 30CV z1 = 22 dentes Material: Aço cementado 
n1 = 1200 rpm z2 = 97 dentes Pinhão 16 MnCr5 
m = 6,5 mm  = 20
o
 Coroa 1015 
 
 
3-) Determine a potencia máxima para uma engrenagem cilíndrica de dentes retos para os seguintes da-
dos: 
m = 5,0 mm Material: Aço beneficiado 34Cr4 
z = 30 dentes n = 600 rpm 
 
 
.z.n.C.
244
m
N
3







 
 
 
 
DIMENSIONAMENTO DOS BRAÇOS E CUBO DA ENGRENAGEM ________________ 
Ftg
h1 h
s
b
A
B
L
Lc
dp
 
 
 
3
tMy.s 
 [mm] espessura do cubo y = tipo de ajuste (ver tabela abaixo) 
 
Projetos Mecânicos ___
3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 30 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
 
h
b
 
w = módulo de resistência a fle-
xão 
2.b.h
6
1
W 
 
.h
5
1
b 
 
 
3
fo
t
.n
M
120h


 
 
dp.
7
1
no 
 no= n
o
 de braças 
 
A = 1,6 . m B = 1,2 . A 
 
m = módulo [mm] 
 
h
b
 
 
 
2.b.h
32
W


 
.h
2
1
b 
 
 
3
fo
t
.n
M
80h


 
 
2
dp
.FM tt 
 [kgf.mm] 
 
Lc = 1,5 . L 
largura do cubo [mm] 
 
h1 = 0,8 . h 
 
UNIÃO Ferro Fundido (y) Aço(y) 
Ajuste térmico forçado assento cônico 0,30 0,26 
Chaveta inclinada, plana ajuste forçado sem interferência 0,21 0,18 
 
 
Aplicação: _________________________________________________________________________ 
1-) Dimensione os braços e o cubo da engrenagem para os seguintes dados, e fazer um croquis: 
m = 6,0 mm 
z1 = 19 dentes N = 30 CV 
z2 = 64 dentes n1 = 1200 rpm 
 
 
 
MEDIDAS WHIDHABER (MEDIDAS SOBRE DENTES) _____________________________ 
Validas somente para engrenagens cilíndricas não corrigidas 
 
 
w
Micrômetro
dp
db
 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 31 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
número mínimo de dentes para medir 
o180
z.
n


 [Dentes] 
 
 
medidas sobre dentes: 
)] (tg . z ) 0,5 v ( . [ . cos . mw 


 [mm] 
 
 
m = módulo da engrenagem [mm] z = número de dentes da engrenagem 
 
v = número de vãos compreendidos no arco a ser medidos v = n - 1 
 
  = ângulo de pressão expresso em graus 
 
 

 = ângulo de pressão em radianos 
o180

 
 
 
Aplicação:_________________________________________________________________________ 
 
1-) Determine a medida (W) para uma engrenagem para os seguintes dados: 
 z = 14 dentes m = 6,5 mm  = 20
o
 
 
 
2-) Determine a medida (W) para uma engrenagem para os seguintes dados: 
 z = 20 dentes m = 5,0 mm  = 20
o
 
 
3-) Uma engrenagem de 31 dentes precisa ser fabricada, cuja a medida W=39,07mm. Calcular (m) e () 
 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 32 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
 Capitulo 6 DIMENSIONAMENTO DE EIXOS 
 DE ENGRENAGENS DE DENTES RETOS 
 
ESQUEMA PARA UM PAR DE ENGRENAGENS ____________________________________________ 
É dado um conjunto de par de engrenagens cilíndricas de dentes retos, amostra as forças atuando sobre 
o dentes e as reações de apoio sobre o mancais. 
 
 
 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 33 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
As forças radiais e tangenciais foram apresentadas no capitulo anterior e depende da rotação de entrada, 
da potencia do motor e da redução do par de engrenagens. 
 
 Força Tangencial: Força Normal: Força Radial: 
 
 
dp
2.M
F tt 
 
cos
F
F tN 
 Fr = Ft . tg  
 
Momentos Torçores 
 
m
1
t . 
n
N
 . 71620M
1

 
em1tt . . i . MM 12 
 
 
 
Reações de Apoio no Eixo__________________________________________________________ 
As reações de apoio é dado através da força normal conforme figura abaixo 
 
 
 
 
2
F
 CC N43 
 
 
 
 
 Mf = C4 . b 
 
 
 
 
 
EIXOS A FLEXO-TORÇÃO________________________________________________________________ 
 
Momento Ideal: Tensão Ideal: 
 
2
t
2
ffi MM . 0,650,35.MM 
 2
t
2
ffi σσ . 0,65σ 0,35.σ 
 
 
 
DIMENSIONAMENTO DO EIXO ___________________________________________________________ 
 
 Dimensionamento 
 
σ
10.M
d 3
i
i
o 
 
 
 
 Verificação 
 
d
10.M
σ
3
o
i
i 
 
 
 
Projetos Mecânicos ___ 3
o
 Ciclo de Mecânica 
 
 
- 34 - Prof. Eng. Mec. Claudinei Bigaton 
 
 
 Capitulo 5 DIMENSIONAMENTO DE ROLAMENTOS 
 
 
Rolamentos 
Os rolamentos podem ser de diversos tipos: fixo 
de uma carreira de esferas, de contato angular de 
uma carreira de esferas, autocompensador de 
esferas, de rolo cilíndrico, autocompensador de 
uma carreira de rolos, autocompensador de duas 
carreiras de rolos, de rolos cônicos, axial de esfe-
ra, axial autocompensador de rolos, de agulha e 
com proteção. 
 
 
Rolamento fixo de uma carreira de 
Esferas 
É o mais comum dos rolamentos. Suporta cargas 
radiais e pequenas cargas axiais e é apropriado 
para rotações mais elevadas. 
Sua capacidade de ajustagem angular é limitada. 
É necessário um perfeito alinhamento entre o 
eixo e os furos da caixa. 
 
 
 
Rolamento de contato angular de 
uma carreira de esferas 
Admite cargas axiais somente em um sentido e 
deve sempre ser montado contra outro rolamento 
que possa receber a carga axial no sentido con-
trário. 
 
 
 
Rolamento autocompensador de esferas 
É um rolamento de duas carreiras de esferas com 
pista esférica no anel externo, o que lhe confere 
a propriedade de ajustagem angular, ou seja, de 
compensar possíveis desalinhamentos ou flexões 
do eixo. 
 
 
 
Rolamento de rolo cilíndrico 
É apropriado para cargas radiais elevadas. Seus 
componentes são separáveis, o que facilita a 
montagem e desmontagem. 
 
 
 
Rolamento autocompensador de 
uma carreira de rolos 
Seu emprego é particularmente indicado para 
construções em que se exige uma grande capa-
cidade para suportar carga radial e a compensa-
ção de falhas de alinhamento. 
 
 
 
Rolamento autocompensador de 
duas carreiras de rolos 
É um rolamento adequado aos mais pesados 
serviços. Os rolos são de grande diâmetro e 
comprimento. Devido ao alto grau de oscilação 
entre rolos e pistas, existe uma distribuição uni-
forme da carga. 
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Rolamento de rolos cônicos 
Além de cargas radiais, os rolamentos de rolos 
cônicos também suportam cargas axiais em um 
sentido. Os anéis são separáveis. O anel interno 
e o externo podem ser montados separadamente. 
Como só admitem cargas axiais em um sentido, 
torna-se necessário montar os anéis aos pares, 
um contra o outro. 
 
 
 
Rolamento axial de esfera 
Ambos os tipos de rolamento axial de esfera (es-
cora simples e escora dupla) admitem elevadas 
cargas axiais, porém, não podem ser submetidos 
a cargas radiais. Para que as esferas sejam gui-
adas firmemente em suas pistas, é necessária a 
atuação permanente de uma carga axial mínima. 
 
 
escora simples escora dupla 
 
 
Rolamento axial autocompensador de 
rolos 
Possui grande
capacidade de carga axial devido 
à disposição inclinada dos rolos. Também pode 
suportar consideráveis cargas radiais. 
A pista esférica do anel da caixa confere ao rola-
mento a propriedade de alinhamento angular, 
compensando possíveis desalinhamentos ou fle-
xões do eixo. 
 
 
 
Rolamento de agulha 
Possui uma seção transversal muito fina em 
comparação com os rolamentos de rolos comuns. 
É utilizado especialmente quando o espaço radial 
é limitado. 
 
 
 
 
Rolamentos com proteção 
São assim chamados os rolamentos que, em fun-
ção das características de trabalho, precisam ser 
protegidos ou vedados. 
A vedação é feita por blindagem (placa). Existem 
vários tipos. 
Os principais tipos de placas são: 
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Execução Z1 placa 
de proteção 
Execução 2Z2 placas 
de proteção 
 
 
Execução RS1 1 placa 
de vedação 
Execução 2RS1 2 placas 
de vedação 
 
As designações Z e RS são colocadas à direita 
do número que identifica os rolamentos. Quando 
acompanhados do número 2 indicam proteção de 
ambos os lados. 
 
 
Cuidados com os rolamentos 
Na troca de rolamentos, deve-se tomar muito 
cuidado, verificando sua procedência e seu códi-
go correto. 
Antes da instalação é preciso verificar cuidado-
samente os catálogos dos fabricantes e das má-
quinas, seguindo as especificações recomenda-
das. 
 
Na montagem, entre outros, devem ser tomados 
os seguintes cuidados: 
 verificar se as dimensões do eixo e cubo estão 
corretas; 
 usar o lubrificante recomendado pelo fabrican-
te; 
 remover rebarbas; 
 no caso de reaproveitamento do rolamento, 
deve-se lavá-lo e lubrificá-lo imediatamente pa-
ra evitar oxidação; 
 não usar estopa nas operações de limpeza; 
 trabalhar em ambiente livre de pó e umidade. 
 
 
Defeitos comuns dos rolamentos 
Os defeitos comuns ocorrem por: 
 desgaste; 
 fadiga; 
 falhas mecânicas. 
 
 
Desgaste 
O desgaste pode ser causado por: 
 deficiência de lubrificação; 
 presença de partículas abrasivas; 
 oxidação (ferrugem); 
 desgaste por patinação (girar em falso); 
 desgaste por brinelamento. 
 
 
 
 
fase inicial 
(armazenamento) 
fase avançada 
(antes do trabalho) 
fase final 
(após o trabalho) 
 
 
Fadiga 
A origem da fadiga está no deslocamento da pe-
ça, ao girar em falso. A peça se descasca, princi-
palmente nos casos de carga excessiva. 
 
 
 
Descascamento parcial revela fadiga por desali-
nhamento, ovalização ou por conificação do alo-
jamento. 
 
 
 
Falhas mecânicas______________________ 
Brinelamento é caracterizado por depressões 
correspondentes aos roletes ou esferas nas pis-
tas do rolamento. Resulta de aplicação da pré-
carga, sem girar o rolamento, ou da prensagem 
do rolamento com excesso de interferência. 
 
 
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Goivagem é defeito semelhante ao anterior, 
mas provocado por partículas estranhas que fi-
cam prensadas pelo rolete ou esfera nas pistas. 
 
 
 
Sulcamento é provocado pela batida de uma 
ferramenta qualquer sobre a pista rolante. 
 
 
 
Queima por corrente elétrica é geralmente 
provocada pela passagem da corrente elétrica 
durante a soldagem. As pequenas áreas queima-
das evoluem rapidamente com o uso do rolamen-
to e provocam o deslocamento da pista rolante. 
 
 
 
As rachaduras e fraturas resultam, geral-
mente, de aperto excessivo do anel ou cone so-
bre o eixo. Podem, também, aparecer como re-
sultado do girar do anel sobre o eixo, acompa-
nhado de sobrecarga. 
 
 
 
O engripamento pode ocorrer devido a lubrifi-
cante muito espesso ou viscoso. Pode acontecer, 
também, por eliminação de folga nos roletes ou 
esferas por aperto excessivo. Para evitar paradas 
longas na produção, devido a problemas de ro-
lamentos, é necessário ter certeza de que alguns 
desses rolamentos estejam disponíveis para tro-
ca. Para isso, é aconselhável conhecer com an-
tecedência que rolamentos são utilizados nas 
máquinas e as ferramentas especiais para sua 
montagem e desmontagem. Os rolamentos são 
cobertos por um protetor contra oxidação, antes 
de embalados. De preferência, devem ser guar-
dados em local onde a temperatura ambiente 
seja constante (21ºC). Rolamentos com placa de 
proteção não deverão ser guardados por mais de 
2 anos. Confira se os rolamentos estão em sua 
embalagem original, limpos, protegidos com óleo 
ou graxa e com papel parafinado. 
 
 
Lubrificantes___________________________ 
Com graxa 
A lubrificação deve seguir as especificações do 
fabricante da máquina ou equipamento. Na troca 
de graxa, é preciso limpar a engraxadeira antes 
de colocar graxa nova. As tampas devem ser 
retiradas para limpeza. Se as caixas dos rolamen-
tos tiverem engraxadeiras, deve-se retirar toda a 
graxa e lavar todos os componentes. 
 
 
Com óleo 
Olhar o nível do óleo e completá-lo quando for 
necessário. Verificar se o respiro está limpo. 
Sempre que for trocar o óleo, o óleo velho deve 
ser completamente drenado e todo o conjunto 
lavado com o óleo novo. Na lubrificação em ba-
nho, geralmente se faz a troca a cada ano quan-
do a temperatura atinge, no máximo, 50ºC e sem 
contaminação; acima de 100ºC, quatro vezes ao 
ano; acima de 120ºC, uma vez por mês; acima de 
130ºC, uma vez por semana, ou a critério do fa-
bricante. 
 
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Representações de rolamentos nos 
desenhos técnicos 
Os rolamentos podem ser apresentados de duas 
maneiras nos desenhos técnicos: simplificada e 
simbólica. Observe, com atenção, cada tipo de 
representação. 
 
Tipos de rolamento Representação 
 
Rolamento fixo com 
uma carreir de esferas. 
 
 
 
Rolamento de rolo com 
uma carreira de rolos. 
 
 
Rolamento de contato 
angular com uma 
carreira de esferas. 
 
 
Rolamento autocom-
pensador de esferas. 
 
 
 
Rolamento autocom-
pensador de rolos. 
 
 
 
Rolamento de rolos 
cônicos. 
 
Rolamento axial sim-
ples. 
 
 
 
Observe novamente as representações simbóli-
cas dos rolamentos e repare que a mesma re-
presentação simbólica pode ser indicativa de ti-
pos diferentes de rolamentos. 
Quando for necessário, a vista frontal do rola-
mento também pode ser desenhada em repre-
sentação simplificada ou simbólica. 
 
 
 vista frontal vista frontal 
 representação simplificada representação simbólica 
 
 
Folga Interna do Rolamento 
A folga interna de um rolamento (folga inicial) é a 
folga que um rolamento tem antes de ser instala-
do sobre o seu eixo e / ou alojamento. Como está 
indicado na figura abaixo, quando o anel interno 
ou anel externo estão fixos e o outro anel se mo-
ve livremente pode haver deslocamento na dire-
ção radial ou axial. Este deslocamento total (radi-
al ou axial) se denomina folga interna e, depen-
dendo da sua direção, é denominado como folga 
interna radial
ou folga interna axial. Para se medir 
a folga interna de um rolamento, deve-se aplicar 
uma carga leve sobre a pista de tal maneira que 
a folga interna possa ser medida de forma preci-
sa. Entretanto, neste instante, uma pequena par-
cela de deformação elástica do rolamento ocorre 
com a aplicação desta carga de medição e o va-
lor da medição da folga (folga medida) é ligeira-
mente maior que a folga interna efetiva. A discre-
pância entre a folga efetiva do rolamento e a fol-
ga aumentada, devido à deformação elástica, 
deve ser compensada. Estes valores de compen-
sação são fornecidos pela tabela abaixo. Para 
rolamentos de rolos, a quantidade da deformação 
elástica pode ser desconsiderada. Os valores da 
folga interna para cada classe de rolamento es-
tão indicados nas tabelas a seguir. 
 
 
Projetos Mecânicos ___ 3
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Folga mínima tirada do catálogo da NTN. 
 
 
Cargas no Rolamento 
Nos rolamentos rígidos de esferas as cargas atu-
antes são totalmente radiais ou uma composição 
de radias (Fr) e axiais (Fa), sendo as axiais de 
pequenas intensidades. 
 
 
Fa = carga axial [kgf] 
 
Fr = carga radial [kgf] 
 
 
 
 
Carga Dinâmica Equivalente 
Para rolamentos rígidos de esferas. 
 
 P = Fr quando Fa/Fr ≤ e 
 
 P = X.Fr + Y.Fa quando Fa/Fr > e 
 
Os fatores X e Y necessários para o calculo da 
carga equivalente de rolamentos rígidos de esfe-
ras, dependem da relação entre a carga axial Fa 
e a capacidade da carga estática Co. Eles tam-
bém são influenciados pelo valor de folga interna 
radial onde aumentando a folga possibilita-se 
suportar uma carga axial maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dimensionamento de Rolamentos_____ 
No dimensionamento utilizamos a seguinte formu-
la: 
p
h
9,8 . P
C
 . 
n . 60
000 000 1
L 






 
 
C = carga dinâmica [ N ] newtons 
n = rotação [ rpm ] 
 
P= carga sobre o manca específica para cada 
tipo de rolamento [ kgf ] 
 
Lh= vida do rolamento em horas [ h ] ver tabela 
 
Onde: 
p = 3 para rolamentos de esfera 
 
p = 10/3 rolamento de rolos 
 
Da formula apresentada acima, calculamos a 
carga dinâmica para: 
 
Rolamento de esferas: 
 
 
9,8 . P . 
000 000 1
60 . n . L
C 3 h 






 [ N ] 
 
Rolamento de Rolos: 
 
 
9,8 . P . 
000 000 1
60 . n . L
C 10
3
h















 [ N ] 
 
 
Capacidade Carga Estática 
 
 
9,8 . P . 1,5Co 
 [ N ] 
 
 
 
 
Vida Util do rolamento em Função da Maquina__________________________________ 
Para selecionar o tamanho do rolamento é necessário estar de posse dos seguintes dados: 
 
Fa = carga axial [kgf] Fr = carga radial [kgf] Lh = vida nominal desejada [horas] 
 
A vida do rolamento é dada pela tabela a seguir: 
 
Classe de Máquina Lh [horas de trabalho] 
Eletrodoméstico, maquinas agrícolas, instrumentos, aparelhos para uso médico 300 a 3 000 
Máquinas agrícolas usadas em curtos períodos ou intermitente: Maquinas de 
ferramentas manuais, dispositivos de elevação de oficina, máquinas para cons-
trução 
3 000 a 8 000 
Máquinas para trabalhar com alta confiabilidade durante periodos curtos ou in-
termitente: Elevadores, guindastes para produtos embalados, amarras de tam-
bores, fardos etc. 
8 000 a 12 000 
Máquinas para 8 horas de trabalho, não totalmente utilizadas: Transmissões de 
engrenagens para uso geral, motores elétricos para uso industrial, trituradores 
rotativos, etc. 
10 000 a 25 0000 
Máquinas para 8 horas de trabalho, totalmente utilizadas: Máquinas e ferramen-
tas, máquinas para trabalhar madeiras, máquinas para industrias mecânica em 
geral, ventiladores, correias transportadoras, máquinas para impressão, centri-
fugas e separadores. 
20 000 a 30 000 
Máquinas para trabalho continuo, 24 hora por dia: Caixas de pinhões para lami-
nadores, maquinário elétrico de porte médio, compressores, elevadores de mi-
nas, bombas, máquinas testeis. 
40 000 a 50 000 
Equipamentos de abastecimento de água, fornos rotativos, torcedores de cabos, 
máquinas propulsoras de navios. 
60 000 a 100 000 
Máquinas para a fabricação de celulose e papel, máquinas elétricas de grande 
porte, centrais de energia, bombas e ventiladores para minas, mancais de eixos 
propulsores de navio. 
> 100 000 
 
A seguir tabela de dimensões de rolamentos rígidos de eferas 
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APLICAÇÃO_________________________________________________________________________ 
1-) Calcular a carga dinâmica para rolamentos rígidos de esferas para os seguintes dados: 
Fr = 300kgf 
Lh = 20 000h 
n = 1000 rpm 
 
Resolução: 
 
Como Fa = 0 então temos que P = Fr quando Fa/Fr < e 
 
9,8 . P . 
000 000 1
60 . n . L
C 3 h 






 calculando 
9,8 . 300 . 
000 000 1
60 . .1000 000 20
C 3 






 
 
 então temos 
N 243 31C 
 Escolheremos rolamentos 
 próximo a carga dinâmicas calculada. 
 
 
 
2-) Determine a vida útil do rolamento rígido de esferas para os dados indicados abaixo: 
 Fr = 280 kgf 
 n =800 rpm 
 série 6308 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3-) Determine a vida útil do rolamento da série 6308 para os seguintes dados: 
 Fr = 280 kgf
Fa = 170 kgf 
 n = 800 rpm 
 Folga normal

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