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métodos percepção ambiental 2018.2

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A PERCEPÇÃO DO 
LUGAR 
TEORIA DA PERCEPÇÃO 
CURSO DE DESIGN 
PATRICIA HECKTHEUER 
DIMENSÃO TOPOCEPTIVA 
 
 Observa as configurações dos espaços. 
 
 Noção de localização dos indivíduos, em termos de 
orientação e identificação. 
 
 Examina o desempenho dos lugares em diversos níveis: 
 - conhecimento sensível e abrangência universal, 
 - conhecimento profissional e representação projetual. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 BURKE, Edmund. Investigação filosófica sobre a origem de 
nossas ideias do sublime e da beleza. 
 
 CASTELLO, Lineu. Percepção de lugar. 
 
 CULLEN, Gordon. Paisagem urbana. 
 
 KOHLDORF, Maria Elaine. A apreensão da forma da cidade. 
 
 
 LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. 
A imagem do ambiente 
LEGIBILIDADE 
 Clareza do espaço. 
 
 Facilidade com que as partes podem ser reconhecidas 
e organizadas em um modelo coerente. 
 
 Estruturar e identificar o ambiente. 
 
 Cor, forma, polarização de luz, movimentos realizados. 
LEGIBILIDADE 
 Estruturar e identificar o ambiente. 
LEGIBILIDADE 
 CIRCULAÇÃO 
LIVRE 
 
 
 
CIRCULAÇÃO 
FORÇADA 
Legibilidade e Circulação 
MUSEU GUGENHEIM 
 New York. Em frente ao Central Park. 1943 a 1959. Frank Lloyd Wright. 
Para Wright, um museu deveria ser uma 
extensão da sala de estar, as vistas não 
deveriam ter alterações bruscas de 
mudança de ambientes. 
Externamente o museu tem forma 
cilíndrica diagonal, sem muitos 
recortes e aberturas. 
 
 
Lloyd define a forma espiral e rampas 
como conceitos do projeto. Internamente 
há um grande vazio no centro do edifício 
cercado por rampas, onde o percurso em 
descida da rampa é o local de exposição 
das obras, e não em salas sucessivas como 
na maioria dos museus até então. 
Há uma circulação vertical na extremidade 
esquerda, que leva até o topo da rampa 
para começar o percurso da exposição. 
A iluminação zenital faz com 
que todos os níveis do 
percurso tenham 
iluminação natural, sem que 
seja direta. 
 
Burke – Seção VII 
VASTIDÃO 
pg. 78 
FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO 
Burke – seção VIII 
INFINITO 
Pg. 79 
LEGIBILIDADE É 
Espaço INTEGRADO? 
 
 
 
Edmund Burke 
Seção XII 
DIFICULDADE 
Pg. 83 
 
CENÁRIO FÍSICO VIVO E BEM INTEGRADO 
 UMA BOA IMAGEM AMBIENTAL SENTIMENTO DE 
SEGURANÇA EMOCIONAL 
 O que procuramos não é uma ordem definitiva, mas uma ordem 
aberta, passível de continuidade em seu desenvolvimento. 
O CAÓTICO OU ANÁRQUICO 
 Bar e restaurante 
Izakaya Kinoya 
(Montreal, Canadá). 
 Designer de interiores 
Jean de Lessard. 
 
 Como a uma cobra 
articulada, o layout 
interno do bar 
propõe um jogo de 
contrastes entre o 
mundo exterior e 
seu caótico espaço 
interno, com linhas 
geométricas 
desencontradas. 
 
HOTEL AU VIEUX PANIER, EM MARSELHA. INSTALAÇÃO. 
 O artista urbano francês Tilt 
 dividiu o quarto em duas 
partes: metade 
imaculadamente branca e 
minimalista, e outra metade 
caoticamente “grafitada”. 
 Preenche todos os espaços 
da metade “caótica” do 
quarto (incluindo a cama, 
janelas, cortinados e todo o 
mobiliário), com camadas 
sucessivas de tinta, 
exagerando tudo 
“ao ponto daquilo que 
se pode ver 
normalmente em 
alguns espaços 
abandonados”. 
 
 O quarto foi batizado de 
“Panic Room” e está já 
disponível para 
proporcionar uma noite 
de sono tranquila a 
qualquer um que visite 
a cidade de Marselha. 
 
A imagem do ambiente 
A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM 
 Qualquer forma, 
um belo vaso ou 
um pedaço de 
argila poderá 
evocar uma 
imagem forte a 
um observador. 
Imagem da escola 
Reggio Emilia, Itália. 
A imagem do ambiente 
ESTRUTURA, IDENTIDADE E SIGNIFICADO 
A criação de lugares, que Tuan designa 
topofilia, pode ser também traduzida pelo 
“ pelo afetivo entre a pessoa e o lugar ou 
ambiente físico”. 
O premiado DC NAVEGANTES em Porto 
Alegre convida a um passeio pelos 
caminhos da memória industrial da 
cidade, permitindo o uso de prédios 
reciclados. A velha chaminé, os 
passeios a céu aberto, as altas e 
antigas palmeiras . 
... os despojados sheds das 
operações fabris e, sobretudo, a atmosfera de ir às 
compras no lugar de antigamente, 
congraçam-se para a naturalidade encontrada no 
comportamento de seus usuários.” 
 
 L. Castello 
 
Nosso estudo 
uma possibilidade 
reflexiva... 
 
Ao andar pelo campus, observe: 
 CAMINHOS E DESLOCAMENTOS 
 Trajetos registrados na imagem da área considerada, sejam vias veiculares ou 
caminhos de pedestres, consolidados ou trilhas informais. 
 
 ÁREAS DE ESTAR / DESCANSO 
 Registro na imagem mental de partes ou porções da área considerada, que assim 
se expressam em função de possuírem temáticas configurativas próprias. 
 
 LIMITES E PONTOS NODAIS 
 Representação imagética de bordas ou fronteiras da área considerada, assim 
como desta em relação ao entorno imediato; limites podem ser de barreira ou 
costura, conforme aproximem ou afastem as áreas que demarcam. 
 
 PONTOS FOCAIS: pontos ou regiões da área considerada que são atrativos para as 
pessoas e, por isto, auxiliam a orientação e identificação naquela. Podem ser 
ditos marcos visuais que se destacam visualmente, tornando-se balizas ou 
referências. 
 
POSSIBILIDADES DE CATEGORIAS ANALÍTICAS 
 
Ao andar pelo campus, observe: 
 Alargamentos e estreitamentos. 
 O encontro entre curvas e retas no traçado. 
 Polaridades. 
 Envolvimento. 
 Enquadramento / Molduras. 
 Impedimento/ Limites. 
 Continuidade / aberturas / fluidez. 
 
MOLDURAS 
MOLDURAS 
LIMITES 
Portas que se abem dando a idéia de 
continuidade 
Polaridades 
Sequenciais 
Piso, revestimento, vigamentos, etc.. 
Burke 
Seção IX 
Pg. 80 
SEQUENCIAIS DE OBJETOS 
COBOGÓS E ESCADAS 
DANDO CONTINUIDADE AO ESPAÇO. 
 
Espaços vazados 
CONTINUIDADE / CONEXÕES 
 
CONEXÕES RUY OHTAKE 
 CASA VALINHOS 
 
 Rampa-escada 
escultórica liga 
o térreo ao 
pavimento 
superior. 
 
 Sobre a 
escadaria, uma 
clarabóia com 
4,50 m de 
diâmetro 
favorece a 
iluminação 
farta e realça o 
contraste de 
materiais. 
 
 
Os efeitos topológicos... Segundo 
Kohlsdorf 
 ... se relacionam com as características 
 físicas do espaço real e tem, através do 
corpo humano, as referências 
 topológicas de base, ocorrendo aos 
 pares, que se complementam por seus 
contrários. 
Os efeitos topológicos 
ENVOLVIMENTO 
( X AMPLIDÃO ) 
 
 
 quando o espaço se 
 limita por elementos 
 físicos suficientemente 
 marcantes, 
 possibilitando a 
 sensação de que o 
 observador está 
 “dentro” do cenário 
 podendo visualizar seu 
 exterior. 
 
 
Os efeitos topológicos 
 
 
 AMPLIDÃO 
 (X ENVOLVIMENTO ) 
 
 de proporção 
 horizontal notória em 
 quase todos os lados 
 do observador, os 
 limites se encontram 
 muito distantes do 
 mesmo, não fechando a 
 visual dele. 
Os efeitos topológicos 
 ESTREITAMENTO 
 ( X ALARGAMENTO) 
 quando as laterais 
 físicas do espaço 
 urbano parecem se 
 aproximar do 
 observador, como se 
 ele estivesse sendo 
 comprimido. 
 
 . 
Os efeitos topológicos 
 ALARGAMENTO 
 ( X ESTREITAMENTO) 
 quando as laterais 
 físicas do lugar 
parecem se afastar do 
 observador, dando 
mais espaço para sua 
 visual. 
Os efeitos perspectivos 
 Se manifestando através das 
 sensações proporcionadas 
 por pontos de fuga de uma 
perspectivae são percebidos de 
 maneiras isoladas 
 e não mais aos pares. 
Efeitos perspectivos 
 DIRECIONAMENTO 
 geralmente 
 percebido em 
 esquinas ou lugares 
 que não se fecham, 
mas que possuem 
 uma 
 continuidade. 
 
Os efeitos perspectivos 
 IMPEDIMENTO 
 se caracteriza pela 
 interrupção da visual 
 do observador, 
 como se o mesmo 
 estivesse visualizando 
 um obstáculo. 
 
Os efeitos perspectivos 
 EMOLDURAMENTO 
 quando ocorre uma delimitação do campo 
visual pro meio de um enquadramento 
da cena. 
Os efeitos perspectivos 
 MIRANTE 
 a relação do lugar com os seus 
circunvizinhos, possibilitando 
 uma maior abrangência 
 visual naquele 
 do que nestes, 
 ocasionando a 
 percepção da 
 “vista de paisagens.” 
Os efeitos perspectivos 
 REALCE aqui o observador é atraído por um 
 elemento que se acentua na cena, seja pela 
 ênfase 
 dos 
 elementos, 
 pela cor, 
 pelo material... 
 
 
Os efeitos perspectivos 
 EFEITO EM Y quando ocorre uma bifurcação da 
 cena, geralmente em seu eixo e em ângulos 
 agudos . 
Os efeitos semânticos 
 Caracterizam boa legibilidade ao 
 espaço urbano real, os mesmos são 
relacionados de forma que 
 se complementam. 
Os efeitos semânticos 
 ORIENTABILIDADE efeito é proporcionado 
 por um marco que oferece ao observador uma 
 melhor orientação 
 ao percorrer 
 a cidade 
 ou parte dela. 
 
Os efeitos semânticos 
 CONTINUIDADE 
 elementos 
 interdependentes, 
 porém que se associam 
 em uma situação 
 do cenário urbano. 
 
Os efeitos semânticos 
 CLAREZA efeito ocasionado por elementos 
 que se destacam da silhueta da cidade. 
 
Os efeitos semânticos 
 DOMINÂNCIA 
 quando um 
 elemento que 
 compõem a paisagem 
 urbana se sobressai 
 em relação aos 
 demais,diferindo em 
 proporção, quase 
 sempre contribuindo 
 para a orientabilidade. 
 
Os efeitos semânticos 
 COMPLEXIDADE este efeito acontece quando 
 observamos elementos estruturados com 
 base em outros, 
 geralmente 
 diferentes e 
 relacionados 
 entre 
 si de maneira 
 diversificada. 
 
Os efeitos semânticos 
 VARIABILIDADE 
 de menor intensidade de variação que o 
efeito de complexidade, é a condição que 
 certos elementos 
 possuem de se 
 transformarem 
 e adaptarem 
 os usos.

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