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Aula 06 (8)

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT 
ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Prof. Edson Marques
www.pontodosconcursos.com.br 
1 
Olá, 
Bom dia! Vamos em frente. Hoje veremos o seguinte: 
AULA 06: 5 Serviços públicos. 5.1 Concessão,
permissão, autorização e delegação. 5.2 Serviços
delegados. 5.3 Convênios e consórcios. 5.4 Conceito de
serviço público. 5.5 Caracteres jurídicos. 5.6
Classificação e garantias. 5.7 Usuário do serviço
público. 5.8 Extinção da concessão de serviço público e
reversão dos bens. 5.9 Permissão e autorização. 
Então, vamos ao que interessa. 
Serviços Públicos 
Estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 175,
que incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a
prestação de serviços públicos. 
Comentando o referido dispositivo, o prof. José Afonso
da Silva destaca que “o serviço público é, por natureza estatal. Tem
como titular uma entidade pública. Por conseguinte, fica sempre sob
o regime jurídico de direito público. O que, portanto, se tem que
destacar, aqui e agora, é que não cabe titularidade privada nem
mesmo sobre os serviços públicos de conteúdo econômico...”. 
Com efeito, vamos perceber que a expressão serviço
público pode ter diversos sentidos, sendo, portanto, uma árdua tarefa
definir seu conceito na medida em que nem mesmo a Constituição ou
as Leis o fazem. 
Então, em sentido geral, pode-se dizer que serviço
público é qualquer atividade prestada pelo Estado, isto é, pode ser
compreendido como atividades prestadas pelo Poder Público no
sentido de satisfazer os anseios da coletividade. 
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2 
No entanto, Roberto Dromi, citado pela Profa. Di Pietro,
esclarece que os serviços públicos, numa interpretação positiva,
podem ser vistos sob três vertentes: máxima, média e mínima. 
A primeira, uma compreensão máxima (sentido
amplíssimo), serviço público corresponderia a toda atividade do
Estado cujo desempenho deva ser garantido e regulado por este. 
Essa corrente é baseada na escola do serviço
público, cujo representante máximo é Leon Duguit, para a qual a
expressão serviço público englobaria todas as atividades prestadas
pelo Estado, inclusive as atividades legislativas e judiciais. 
Em sentido médio (sentido amplo), baseia-se na noção
cunhada pela escola da Administração Pública, ou seja, os serviços
públicos representariam toda e qualquer atividade da Administração
Pública. 
E, enfim, numa compreensão mínima, ou restrita
(sentido estrito), serviço público seria uma importante, mas não
única ou exclusiva atividade prestada pela administração pública. 
Nesse sentido, a par dessas concepções, o Prof. Celso
Antônio Bandeira de Mello conceitua serviço público como: 
“toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade 
material destinada à satisfação da coletividade em geral,
mas fruível singularmente pelos administrados, que o Estado
assume como pertinente a seus deveres e presta por si
mesmo ou por quem lhe faça às vezes, sob um regime de
Direito Público – portanto, consagrador de prerrogativas de
supremacia e de restrições especiais -, instituído em favor
dos interesses definidos como públicos no sistema
normativo”. 
Hely Lopes, de forma mais simples, conceitua serviço
público como sendo “todo aquele prestado pela Administração ou por 
seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer 
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necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples
conveniências do Estado”. 
A profa. Di Pietro define serviço público como “toda 
atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça
diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de
satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime
jurídico total ou parcialmente público”. 
E o prof. Carvalho Filho entende que é “toda atividade 
prestada pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob regime
de direito público, com vistas à satisfação de necessidades essenciais
e secundárias da coletividade”. 
Com efeito, o Prof. Carvalho Filho assevera que a 
expressão serviço público têm dois sentidos. Um subjetivo, que se
considera o órgão do Estado responsável pela execução do serviço. E,
outro, objetivo, que diz respeito à atividade prestada pelo Estado. 
No entanto, na doutrina, verifica-se a existência de três
correntes distintas que consideram serviço público segundo os
critérios orgânicos, formal e material. 
Pelo critério orgânico considera quem é o prestador
do serviço público. Assim, serviço público seria atividade prestada por
órgão do próprio Estado. 
Pelo critério formal define-se tomando por referência
o regime jurídico. Então, serviço público seria atividade submetida a
um regime diferenciado, regime jurídico de direito público. 
E, pelo critério material, que diz respeito à natureza
da atividade, serviço público seria atividade de cunho essencial e
prestada diretamente à coletividade. 
De outro lado, outras duas correntes doutrinárias
buscam caracterizar o que seria o serviço público levando em
consideração à atividade. São os essencialistas e os formalistas
(legalistas). 
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Para a corrente essencialista, verifica-se a natureza
da atividade, ou seja, serviço público é toda atividade cuja natureza
representa uma função essencial à coletividade. 
Diante disso, poderia se dizer que há um núcleo mínimo
de atividades que dada a sua natureza, essencialidade, se
caracterizaria como serviço público. 
Para os formalistas não seria possível identificar esse
núcleo de atividades essenciais a fim de caracterizar os serviços
públicos. Por isso, para essa corrente, serviço público seria toda e
qualquer atividade que a Constituição ou as leis definam como tal. 
Vê-se, portanto, que há uma diversidade de noção
daquilo que se poderia definir como serviços públicos. Em razão
disso, ou seja, dessa imprecisão acerca da noção de serviço público e
das atividades que se enquadraria em tal conceito, culminou na
França com a denominada crise da noção de serviço público, ante ao
caráter relativo de seus elementos, conforme tese defendida por
Louis Corail, quando se chegou a pretender que se abandonasse tal
expressão. 
Isso porque o Estado (e não só na França, diga-se de
passagem) começou a ampliar o rol de atividades que se intitulavam
serviços públicos, passando, inclusive, a englobar atividades
empresariais, afetando-se o elemento material, bem como pelo fato
de o Estado não dispor de meios para prestar ele mesmo todos os
serviços, tendo que delegá-los aos particulares, afetando-se o
elemento formal. 
No Brasil, pode-se dizer que não fomos afetados por tal
crise, na medida em que para nós, serviços públicos são todos
aqueles definidos por lei como dessa natureza. 
Assim, podemos definir serviço público como toda
atividade desempenhada pela Administração Pública, direta ou
indiretamente, visando à satisfação dos anseios dos 
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administrados, sob o regime jurídico de direito público, ainda
que parcialmente, e definida em lei como tal. 
A títulode exemplo, veja que a própria Constituição
elegeu algumas atividades como serviço público, tal como loteria,
transporte coletivo, dentre outras. 
Portanto, não se pode exatamente dizer o que é serviço
público, variando de Estado para Estado, de sociedade para
sociedade, conforme o tempo e o critério adotado. 
Nesse sentido, conforme Hely Lopes, “o conceito de
serviço público não é uniforme na doutrina, que ora nos oferece uma
noção orgânica, só considerando com tal o que é prestados por
órgãos públicos; ora nos apresenta uma conceituação formal,
tendente a identificá-lo por características extrínsecas; ora nos expõe
um conceito material, visando a defini-lo por seu objeto. Realmente,
o conceito de serviço público é variável e flutua ao sabor das 
necessidades e contingências políticas, econômicas, sociais e culturais 
de cada comunidade, em cada momento histórico, como acentuam os 
modernos publicistas”. 
Princípios 
Sabe-se que os serviços públicos se sujeitam regime
diferenciado, regime especial, mesmo quando prestados por
particulares, ou seja, ainda que parcialmente, os serviços públicos
sempre estão sempre sujeitos ao regime jurídico de direito público. 
Isso significa que sua prestação está adstrita a uma
série de limitações e poderes, que impõem a observância de diversos
princípios, dos quais podemos citar os seguintes: 
Princípio da supremacia do interesse público:
trata-se de princípio geral do Direito Administrativo, segundo o qual o
interesse público deve preponderar em relação ao interesse
particular, de modo que os serviços públicos visam satisfazer os
anseios da coletividade, ressalvando-se as limitações impostas pela
própria Constituição. 
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Princípio da adaptabilidade ou mutabilidade: os
serviços públicos devem acompanhar a modernização, a fim de se
manterem atualizados. Assim, é permitida mudanças no regime de
execução (regime jurídico) a fim de adaptá-lo ao interesse público. 
Princípio da impessoalidade: na prestação dos
serviços públicos não pode haver discriminação entre os
usuários/beneficiários. 
Princípio da igualdade dos usuários: estabelece que
é direito do usuário ter tratamento isonômico em relação ao acesso,
assim como na prestação dos serviços públicos, desde que atendidas
às condições legalmente estabelecidas. 
Princípio da universalidade: corolário do princípio da
igualdade, estabelece que os serviços públicos devem ser prestados
indistintamente, de forma a abranger o maior número de
beneficiários que seja possível. 
A propósito, o ilustre prof. Carvalho Filho cita o
princípio da generalidade, que compreenderia a universalidade,
impessoalidade e a igualdade, ao salientar que “significa, de um lado,
que os serviços públicos devem ser prestados com a maior amplitude
possível” e “de serem eles prestados sem discriminações entre os 
beneficiários, quando tenham estes as mesmas condições técnicas e
jurídicas para a fruição. Cuida-se de aplicação do princípio da
isonomia ou, mais especificamente, da impessoalidade (art. 37, CF)”. 
Princípio da continuidade: os serviços públicos não
podem sofrer lapso de continuidade, quer dizer que não podem ser
interrompidos. 
É importante dizer que a Lei nº 8.987/95 (Lei de
concessões e permissões de serviço público) excepciona esse
princípio nos casos de a) emergência; b) prévio aviso: I - por
motivos técnicos; II - por falta de pagamento (inadimplência). 
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Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça tem
entendimento de que não é possível o corte de energia por débitos
pretéritos, ressalvando-se, no entanto, o corte por falta de
pagamento (débito atual), quando tais serviços são prestados por
concessionário e são remunerados por tarifa, conforme o seguinte: 
“4. A Primeira Seção desta Corte firmou o 
entendimento de que a empresa concessionária do 
serviço poderá suspender o fornecimento de energia 
desde que precedido de aviso prévio, no caso de 
inadimplemento da conta. Precedentes: REsp 
460.271/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon, DJU 
21.2.2005; REsp 591.692/RJ, Rel. Ministro Teori Albino 
Zavascki, DJU 14.3.2005; REsp 615.705/PR, Rel. 
Ministro Luiz Fux, DJU 13.12.2004.” (AgRg no REsp
854.204/AL, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 09/11/2010, DJe 18/11/2010) 
“ – Conforme entendimento firmado neste Superior 
Tribunal de Justiça, é ilegítimo o corte de fornecimento 
de energia elétrica quando a inadimplência do 
consumidor decorrer de débitos pretéritos.” (AgRg no
REsp 1145884/RS, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA,
SEGUNDA TURMA, julgado em 09/11/2010, DJe 17/11/2010) 
A propósito, mesmo nesses casos, de inadimplemento,
a jurisprudência tem se curvado para preservar a integridade física e
moral da pessoa, ou seja, não se admitindo o corte quando estiver
em jogo o direito à vida e saúde. 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA.
INVIABILIDADE DE SUSPENSÃO DO ABASTECIMENTO
NA HIPÓTESE DE DÉBITO DE ANTIGO PROPRIETÁRIO.
PORTADORA DO VÍRUS HIV. NECESSIDADE DE
REFRIGERAÇÃO DOS MEDICAMENTOS. DIREITO À
SAÚDE. 
1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no
sentido da impossibilidade de suspensão de serviços 
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essenciais, tais como o fornecimento de energia elétrica
e água, em função da cobrança de débitos de antigo
proprietário. 
2. A interrupção da prestação, ainda que
decorrente de inadimplemento, só é legítima se
não afetar o direito à saúde e à integridade física
do usuário. Seria inversão da ordem
constitucional conferir maior proteção ao direito
de crédito da concessionária que aos direitos
fundamentais à saúde e à integridade física do
consumidor. Precedente do STJ. 
3. Recurso Especial provido. 
(REsp 1245812/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 21/06/2011, DJe
01/09/2011) 
Princípio da transparência: os serviços públicos
devem primar pela publicidade, devem ser explícitos, devendo ser
levados ao conhecimento público até para efeito de controle. 
Princípio da motivação: na prestação dos serviços
públicos as decisões devem ser sempre fundamentadas,
apresentando os fundamentos de fato e de direito. 
Princípio da modicidade das tarifas: significa dizer
que os serviços públicos não são prestados visando ao lucro, mas
visando a satisfação dos anseios da coletividade, devendo considerar
àqueles que não têm condições materiais, por isso, deve sem de
baixo custo, cujo intuito é, primordialmente, de apenas custear os
gastos efetuados. 
Princípio do controle: É dever do Estado, como
titular dos serviços públicos, exercer permanentemente a fiscalização
sob sua prestação. 
A Lei nº 8.987/95 ao definir o que seria serviço
adequado positivou alguns desses princípios no seu art. 6º, §1º ao
expressar que serviço adequado é o que satisfaz as condições de 
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regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade,
generalidade, cortesia na sua prestação e modicidades das tarifas. 
Assim, não se trata de aplicação do princípio da
igualdade dos usuários a fixação de prazos rigorosos para o
contraente, eis queos serviços devem ser voltados à atendê-los,
diante de suas necessidades e, por isso, podem sofrer mutações
(princípio da mutabilidade). 
Classificação 
Os serviços públicos podem ser classificados de
diversas formas. Nesse aspecto, sobressai a lição de Hely Lopes
Meirelles que leva em conta a essencialidade, a adequação e os
destinatários dos serviços. 
Assim, quanto à essencialidade, temos: 
a) serviços públicos essenciais: são os considerados
essenciais à coletividade e ao próprio Estado, prestados
exclusivamente por este, por estarem ligados intimamente com suas
atribuições. 
Tais serviços são considerados privativos do Poder
Público, não podendo ser delegados. Ex. segurança pública, defesa
nacional etc. 
A propósito, o prof. Celso Ribeiro Bastos entende que
tais atividades, ligadas à soberania nacional, não são serviços
públicos, sendo atos de natureza política. 
b) serviços de utilidade pública (não-essenciais):
são os que, muito embora não sejam essenciais, são convenientes
para a sociedade, visa à melhoria de vida do indivíduo na
coletividade. 
O Poder Público pode prestá-los diretamente ou por
terceiros (delegados), mediante remuneração (preço público), sendo
que a regulamentação e o controle são exercidos pelo Estado. Porém, 
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a prestação se dá por conta e risco dos delegatários. Exemplos:
fornecimento de energia elétrica, telefone, de transporte coletivo. 
No tocante ao fornecimento de energia há
entendimento no sentido de caracterizá-lo como serviço essencial
(STJ). 
Quanto ao titular dos serviços, podem ser
considerados serviços públicos próprios os que são da titularidade
do Estado, podendo ser prestados por este direta ou indiretamente, e
serviços públicos impróprios aqueles que não são propriamente
serviços públicos, muito embora possam ser prestados pelo Estado
(serviço bancário). 
A profa. Di Pietro, na linha do pensamento de Cretella
Júnior, entende que os serviços públicos próprios podem ser
prestados indiretamente, ou seja, por meio de concessão ou
permissão, enquanto os serviços públicos impróprios não são
assumidos, nem executados pelo Estado, mas apenas por ele
autorizado, regulamentado e fiscalizado. 
Assim, recebem o nome de serviços públicos porque
atendem aos interesses gerais, o que para alguns são serviços
autorizados, apenas. 
Quanto aos destinatários, temos: 
a) serviços públicos gerais (uti universi): são os
serviços públicos prestados à coletividade em geral, sem ter usuário
determinado, específico, por isso não podem ser mensurados de
forma individualizada. Ex. iluminação pública, educação, saúde. 
Tais serviços são remunerados mediante impostos ou
contribuições, tal como os serviços de asfaltamento, Iluminação
Pública, urbanização etc. 
Nesse sentido, vale citar a Súmula 670-STF: Os
serviços de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa. 
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b) serviços públicos específicos, singulares ou
individuais (uti singuli) – são os que têm usuários determinados,
individualizáveis, são também serviços postos à disposição de
qualquer usuário, contudo, pode-se mensurar quanto cada um se
beneficia ou utiliza dos serviços. 
Nesta hipótese, podemos ter serviços públicos
compulsórios, ou seja, aqueles que não podem ser recusados pelo
destinatário, eis que estabelecidos de forma coativa, os quais
poderão ser gratuitos ou remunerados. 
Quando remunerados, será utilizada a taxa de
serviço, espécie tributária (art. 77, CTN). 
Ou serão facultativos, isto é, são aqueles postos à
disposição do usuário, de modo que somente pelo efetivo uso é que
haverá a contraprestação remuneratória (pagamento de tarifa, que é
espécie de preço público), tal como exemplo dos transportes coletivo. 
Quanto ao objeto temos: 
a) Serviços públicos administrativos são os
serviços denominados meio, ou seja, aqueles destinados a atender as
demandas internas da Administração ou preparatórios de outros
serviços a serem prestados. (Ex: imprensa oficial) 
b) serviços comerciais ou industriais são os
serviços exercidos pela Administração visando à satisfação das
necessidades coletivas de ordem econômica ou industrial. (Ex:
atividade bancária) 
c) serviço público social são serviços voltados ao
atendimento de necessidades sociais da coletividade, tal como
educação, saúde etc. 
Além dessas classificações, é interessante citar o prof.
Carvalho Filho, que apresenta os serviços públicos classificados em: 
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a) delegáveis e indelegáveis; b) administrativos e de utilidade
pública; c) coletivos e singulares; d) sociais e econômicos. 
Os delegáveis são aqueles que em razão de sua
natureza podem ser exercido pelo Estado ou este poderá permite que
particulares os exerça em colaboração com o poder público
(transporte coletivo, fornecimento de energia elétrica). E,
indelegáveis os que somente podem ser prestados pelo Estado
(defesa nacional, segurança pública etc). 
Administrativos são aqueles exercidos para sua
melhor organização do Estado (imprensa oficial etc). Os de utilidade
pública são aqueles destinados aos indivíduos para sua fruição direta
(postos médicos, fornecimento de energia, gás etc). 
Além disso, serviços sociais são aqueles destinados a
atender aos anseios sociais básicos, ou seja, serviços relevantes ou
assistenciais e protetivos (hospitais, educacional, saneamento etc). E
econômicos representam atividades de caráter industrial ou
comercial (atividade bancária). 
Prestação do Serviço 
Quanto à prestação dos serviços públicos é possível que
sejam prestados diretamente pelo Estado ou indiretamente. 
Com efeito, quando a Administração presta os serviços
públicos temos a prestação direta, que pode ser de forma
centralizada (Adm. direta) ou descentralizada (Adm. indireta). 
Os serviços serão prestados indiretamente, prestação
indireta (e descentralizada), quando o Estado delega a prestação
a particulares. 
Assim, conforme entendimento majoritário da doutrina,
quando a Administração transfere a titularidade dos serviços à
entidade criada para tal fim, dá-se a outorga (serviço público
outorgado) ou apenas transfere a prestação por meio da
delegação. 
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Então, ocorre a outorga quando o Estado cria uma
entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço
público. 
Ressalva-se, no entanto, o entendimento do Prof.
Carvalho Filho, para quem a titularidade é sempre do Estado. Daí a
outorga seria a transferência (delegação) da prestação do serviço
determinada por lei (delegação legal). 
Por outro lado, quando a execução do serviço, ou seja,
a prestação é transferida ao terceiro não integrante da estrutura da
Administração Pública titular do serviço ocorre a delegação, que pode
ser realizada por meio de contrato ou ato unilateral da
Administração. 
Com efeito, a delegação de serviço público é a
transferência temporária do serviço público a quem não é seu
titular. (art. 2º, Lei nº 9.074/95). 
Delegação 
No tocante à delegação de serviço público, a doutrina
não é uníssona quanto às suas formas, ou espécies. Para alguns
como Celso AntônioBandeira de Mello, há duas espécies, a concessão
e a permissão, para outros, como Maria Sylvia e Hely Lopes, há três
espécies, a concessão, a permissão e a autorização. 
Para efeitos didáticos, adotaremos a posição
dominante, no sentido de que a delegação de serviços públicos
pode se realizada utilizando-se os institutos da concessão,
permissão e autorização. 
Outrossim, modernamente, alguns autores vêm citando
o arrendamento e a franquia como espécie de contratos que
transferem a prestação de serviços públicos a particulares
(arrecadação de correio, loterias etc), todavia, dado o objetivo desse
curso, não entraremos em tal seara. 
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14 
No tocante à concessão de serviços públicos,
verificamos a existência de duas espécies, a chamada concessão
comum e a concessão especial. 
A concessão comum está prevista na Lei nº 8.987/95
(Lei de Concessões e Permissões) que prevê duas modalidades:
concessão de serviços públicos (art. 2º, II); concessão de
serviços públicos precedida de obra pública (art.2º, III). 
A concessão de serviço público (art. 2º, inc. II) é
a delegação da prestação de serviços públicos, feita pelo poder
concedente, por meio de contrato, tendo lei que autorize, mediante
licitação, na modalidade concorrência à pessoa jurídica ou consórcio
de empresas que demonstrem capacidade para prestá-lo, por sua
conta e risco e em nome próprio, com prazo determinado. 
A concessão de serviço público precedido de obra
pública (art. 2º, inc. III) consiste na construção, total ou parcial,
conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer
obras de interesse público, delegada pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou
consórcio de empresas que demonstrem capacidade para a sua
realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da
concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração
do serviço ou da obra, por prazo determinado. 
A concessão especial foi criada pela Lei nº 11.079/04
(Lei das Parcerias Público-Privadas), prevendo, também, duas
hipóteses, sendo a concessão patrocinada (art.2º, §1º) e a
concessão administrativa (art.2º, §2º). 
A concessão patrocinada é a concessão comum, ou
seja, de serviços públicos ou de obras públicas, quando envolver,
além da tarifa cobrada dos usuários, contraprestação do parceiro
público ao parceiro privado (art. 2º, §1º). 
A concessão administrativa é o contrato de
prestação de serviço de que a Administração seja usuária direta ou 
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15 
indiretamente, ainda que envolva a execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens (art. 2º, §2º). 
 Serviço público
Comum 
Concessão 
 Serviço público precedido de obra pública 
Especial 
 Patrocinada 
 Administrativa 
Há também a delegação por meio da permissão de
serviço público, prevista na Lei nº 8.987/95, em seu art.2º, inc. IV,
definindo-a como a delegação, a título precário, mediante licitação,
da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à
pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco. 
É bom saber, e eu já reprovei num concurso por causa
disso (risos), que a doutrina é divergente acerca da natureza jurídica
da permissão, especialmente no que diz respeito à sua formalização,
se é realizada por contrato ou ato unilateral. 
Contudo, a Lei de concessões estabelece que se trata
de contrato de adesão, nos termos do art. 40, em que pese ser
instituto precário, discricionário e intuitu personae. 
Por isso, a permissão pode ser unilateralmente
revogada, a qualquer tempo, pela Administração, sem que se deva
pagar ao permissionário qualquer indenização exceto quando se
tratar de permissão condicionada que é aquela em que o Poder
Público se autolimita na faculdade discricionária de revogá-la a
qualquer tempo, fixando o prazo de sua vigência (é denominada
permissão contratual). 
Para facilitar nossa vida, apresento o seguinte resumo: 
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Natureza: contratual (caráter mais estável) 
Concessão 
Autorização: exige autorização legislativa 
Licitação: concorrência (* Salvo as concessões do PND)
Delegação: Pessoas jurídicas ou consórcio de empresas 
Natureza: contrato de adesão (caráter mais precário) 
Permissão 
revogável (críticas) 
Autorização: não exige autorização legislativa
Licitação: exigida (qualquer modalidade/valor)
Delegação: Pessoas jurídicas ou Físicas 
Finalmente, devemos considerar ainda a autorização
de serviço público, instituto que se coloca ao lado da concessão e
da permissão de serviços públicos, destinando-se aos serviços mais
simples, de alcance limitado, ou a trabalhos de emergência, seguindo
no que couber a Lei nº 8.987/95. Ex. serviço de táxi, serviços de
despachante, serviços de segurança particular. 
A autorização tem a característica de ser ato precário,
discricionário, conferida no interesse do particular e intuitu personae,
podendo ser vinculada quando lei estabelece requisitos para a
concessão ou discricionária quando, muito embora se tenha requisito,
caberá à administração avaliar a conveniência ou oportunidade de
editar o ato. 
Extinção 
A extinção da delegação do serviço público é instituto
no qual se põe termo à prestação por terceiro. Assim, conforme prevê
o art. 35 da Lei nº 8.987/95, há diversas formas, tal como: 
 Advento ou termo (conclusão natural); 
 Encampação; 
 Caducidade; 
 Rescisão; 
 Anulação; 
 Falência ou extinção da pessoa jurídica (empresa 
concessionária); 
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 Falecimento ou incapacidade da pessoa física (titular de
empresa individual). 
Como ressaltado, extinção é termo genérico utilizado
para indicar o desfazimento do contrato de concessão durante o
prazo de execução ou pelo decurso desse prazo. Assim, adota-se o
termo rescisão contratual. 
A rescisão do contrato poderá ocorrer por ato unilateral
do poder concedente nos casos de encampação, caducidade e
anulação, por decisão judicial (anulação) ou por acordo entre as
partes (rescisão consensual). 
Em regra a rescisão irá ocorrer pelo decurso do prazo
contratual (advento do termo contratual), tal como prevê a Lei nº 
9.074/95 ao fixar prazos de trinta e cinco anos para concessão de
geração de energia elétrica; trinta anos para a concessão de
distribuição, podendo ocorrer uma prorrogação. 
A Encampação ou resgate é o término do contrato
antes do prazo, feito pelo poder público, de forma unilateral, por
razões de interesse público. Tendo em vista a conveniência do
interesse público e por razões supervenientes o concessionário
retoma a prestação dos serviços, conforme art. 37 da Lei nº 
8.987/95, que assim dispõe: 
Art. 37. Considera-se encampação a retomada do
serviço pelo poder concedente durante o prazo da
concessão, por motivo de interesse público, mediante
lei autorizativa específica e após prévio pagamento da
indenização, na forma do artigo anterior. 
A Caducidade ou decadência é forma de extinção do
contrato, antes de seu termo, pelo poder público, de forma unilateral,
inexecução total ou parcial do ajuste porparte da concessionária,
conforme art. 38, assim expresso: 
Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará,
a critério do poder concedente, a declaração de caducidade 
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da concessão ou a aplicação das sanções contratuais,
respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as
normas convencionadas entre as partes. 
A caducidade, em regra, não gera direito à indenização.
É o concessionário, no entanto, quem responderá a processo
administrativo pelos prejuízos causados. 
Esse instituto somente pode ser invocado pela
Administração, não cabendo ao concessionário invocá-lo sob o a tese
da exceptio non adimplenti contractus (exceção do contrato não
cumprido). 
A anulação é a invalidação do contrato, antes do
término do prazo, por razões de ilegalidade, ou seja, por vício na
concessão ou no próprio ajuste. Pode operar por força de ato da
própria Administração ou por decisão judicial. 
É possível, ainda, que a concessão seja extinta em
razão de falência ou extinção da empresa, bem como em virtude
de falecimento ou incapacidade do concessionário (empresa
individual). 
Nos casos de rescisão normal, por decurso de prazo,
ocorre a reversão que é a incorporação pelo poder concedente dos
bens afetos ao serviço público e de propriedade do concessionário,
para manter a continuidade do serviço. 
Art. 35 
§ 1º Extinta a concessão, retornam ao poder
concedente todos os bens reversíveis, direitos e
privilégios transferidos ao concessionário conforme
previsto no edital e estabelecido no contrato. 
Tais bens serão indenizados se não tiverem sido
amortizados pelo período de concessão ante as tarifas fixadas. 
Assim, vamos às questões. 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (AFCE – TCU – CESPE/2011) O direito administrativo tem
como objeto atividades de administração pública em sentido
formal e material, englobando, inclusive, atividades exercidas
por particulares, não integrantes da administração pública, no
exercício de delegação de serviços públicos. 
Comentário: 
Por força da definição de serviço público verifica-se
que, de fato, o direito administrativo tem como objeto atividades de
administração pública em sentido formal (estrutura organizacional) e
material (atividades). 
Nisso, incluem-se as atividades exercidas por
particulares, não integrantes da administração pública, no exercício
de delegação de serviços públicos (noção de administração pública
material). 
Gabarito: Certo. 
2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MT – CESPE/2010) Serviço
público é toda atividade material que a lei atribui diretamente
ao Estado, sob regime exclusivo de direito público; assim, as
atividades desenvolvidas pelas pessoas de direito privado por
delegação do poder público não podem ser consideradas como
tal. 
Comentário: 
Deve-se observar que nem todo serviço público é
executado diretamente pelo Estado, na medida em que poderão ser
delegados aos particulares sob o regime de concessão ou permissão
(art. 175, CF/88). 
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Vê-se, portanto, que a Administração Pública poderá
prestá-los diretamente ou sob o regime de delegação, e, neste caso,
a sujeição ao regime de direito público será parcial, pois o particular
está, em regra, submetido ao direito privado. 
A propósito, confira a definição utilizada pela Profa. Di
Pietro, ao destacar que serviço público é “toda atividade material 
que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou
por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer
concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico
total ou parcialmente público”. 
Gabarito: Errado. 
3. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Os serviços
públicos são concebidos, em uma acepção ampla, como as
atividades materiais que a lei atribui ao Estado, em referência
direta com o princípio da continuidade dos serviços públicos. 
Comentário: 
Numa acepção ampla, de fato, podemos considerar
serviço público toda atividade material concebida ao Estado que deve
prestá-las de forma ininterrupta a fim de satisfazer os anseios da
coletividade. 
Gabarito: Certo. 
4. (INSPETOR DE POLÍCIA – PC/CE – CESPE/2012) A
titularidade dos serviços públicos é conferida expressamente
ao poder público. 
Comentário: 
De fato, a titularidade dos serviços públicos é sempre
do poder público, conforme prevê a Constituição Federal e as leis, 
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devendo lembrar que é uma atividade considerada típica do Estado
(Administração), conforme se depreendem do art. 175 da CF/88 e da
distribuição constitucional de competências. 
Gabarito: Certo. 
5. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – STM 
– CESPE/2011) Quando o Estado processa a descentralização
do serviço público por delegação contratual, ocorre apenas a
transferência da execução do serviço. Quando, entretanto, a
descentralização se faz por meio de lei, ocorre a transferência
não somente da execução, mas também da titularidade do
serviço, que passa a pertencer à pessoa jurídica incumbida de
seu desempenho. 
Comentário: 
Veja essa questão. Eis aqui o ponto que citei. E por
vezes as bancas fazem exatamente isto, cobrando o posicionamento
de um dado autor. 
Bem, como disse, para o Prof. Carvalho Filho a
titularidade do serviço público sempre será da pessoa política
(Administração Pública direta) na medida em que se trata de
competência definida constitucionalmente e, portanto, irrenunciável. 
Assim, tanto a delegação quanto a outorga somente
transferem à execução do serviço público, diferenciando-se apenas
quanto a natureza do ato que realiza a transferência, ou seja, na
outorga a transferência da execução ocorre por força de lei
(delegação legal), e na delegação, em razão de contrato ou ato
administrativo (delegação negocial ou contratual). 
Ressalvo aqui, no entanto, que o entendimento
majoritário da doutrina é que na outorga transfere-se tanto a
titularidade quando a execução do serviço. Porém, o CESPE, nesta
questão, aderiu ao posicionamento do Carvalho Filho. 
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Gabarito: Errado. 
6. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/AC – CESPE/2012) A outorga
consiste na transferência para o particular da incumbência de
prestação, mediante remuneração, de determinado serviço
público. 
Comentário: 
A outorga consiste na transferência à entidade da
Administração Pública indireta da incumbência de prestação de
determinado serviço público, até mesmo sem remuneração. 
A delegação é que é a transferência para o particular da
incumbência de prestação, mediante remuneração, de determinado
serviço público. 
Gabarito: Errado. 
7. (ANALISTA PROCESSUAL – MPU – CESPE/2010) Com base
no princípio da igualdade de usuários, não cabe a aplicação de
tarifas diferenciadas entre os usuários de serviços públicos. 
Comentário: 
Lembre-se que o princípio da igualdade disciplina que
se deva dar tratamento isonômico entre os usuários (beneficiários). 
Todavia, na noção mais adequada de igualdade, deve-
se trataros iguais com igualdade e os desiguais com desigualdade a
fim de diminuir suas diferenças (igualdade material/substantiva). 
Assim, poderá haver tarifas diferenciadas no
fornecimento de energia elétrica, por exemplo, o que se denomina de 
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tarifa social, tal como no transporte coletivo que em alguns lugares
os estudantes não pagam ou pagam apenas 1/3 da tarifa. 
Gabarito: Errado. 
8. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) Em decorrência do princípio
da igualdade dos usuários, não se admite, no serviço público,
o estabelecimento de tarifas diferenciadas em função de
custos específicos provenientes do atendimento a distintos
segmentos de usuários. 
Comentário: 
Como disse, lembremos sempre das tarifas sociais.
Poderá haver tratamento distinto entre usuários na busca da
igualdade entre eles, ou seja, os que menos condições possuem
podem ser beneficiados por sistemas de compensação social. 
Gabarito: Errado. 
9. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012)
Consoante o princípio da igualdade dos usuários perante os
serviços prestados pela administração pública, reconhecido
pelo ordenamento jurídico pátrio, é vedado o estabelecimento
de tarifas diferenciadas em razão de custos provenientes do
atendimento aos distintos segmentos de usuário. 
Comentário: 
É possível fazer distinção de tarifa de forma a garantir o
princípio da isonomia. Nesse sentido é o entendimento do STJ.
Ilustrativamente: 
PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO – AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
– POLÍTICA TARIFÁRIA NO FORNECIMENTO DE ÁGUA –
COLOCAÇÃO DE HIDRÔMETROS. 
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1. Extensão da coisa julgada da ação civil pública que enseja
julgamento ultra petita para atingir base territorial não
contemplada no pleito inicial, atropelando o acórdão o
princípio dispositivo e o princípio da legitimidade do
representante do Ministério Público, com atribuições
limitadas no âmbito territorial. 
2. A política de tarifação dos serviços públicos concedidos,
prevista na CF (art. 175), foi estabelecida pela Lei 8.987/95,
com escalonamento na tarifação, de modo a pagar menos
pelo serviço o consumidor com menor gasto, em nome da
política das ações afirmativas, devidamente chanceladas pelo
Judiciário (precedentes desta Corte). 
3. Acórdão que, distanciando-se da lei, condena o valor do
consumo mínimo estabelecido pela política nacional de tarifas
e contempla a utilização da tarifa social. 
4. A Lei 8.987/95, como o Decreto 82.587/78, revogado em
1991 pelo Decreto 5, deu continuidade à prática do
escalonamento de preços. 
5. Recurso especial provido. 
(REsp 485.842/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA
TURMA, julgado em 06/04/2004, DJ 24/05/2004, p. 237) 
Gabarito: Errado. 
10. (AGENTE ADMINISTRATIVO – PRF – CESPE/2012) A
prestação de serviços públicos deve dar-se mediante taxas ou
tarifas justas, que proporcionem a remuneração pelos serviços
e garantam o seu aperfeiçoamento, em atenção ao princípio
da modicidade. 
Comentário: 
A prestação de serviços públicos quando objeto de
remuneração, seja por taxa ou por tarifa, deve observar o princípio
da modicidade, de modo que remunere o serviço e garanta seu
aperfeiçoamento. 
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Gabarito: Certo. 
11. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2010) Um
dos princípios que regem a prestação de todas as modalidades
de serviço público é o princípio da generalidade, segundo o
qual os serviços públicos não devem sofrer interrupção. 
Comentário: 
O princípio que estabelece que os serviços públicos não
podem sofrer interrupção é o da continuidade. 
O princípio da generalidade, apresentado pelo prof.
Carvalho Filho, estabelece que os serviços devam alcançar a maior
amplitude possível, sem fazer discriminações em relação àqueles que
atendam as condições para recebê-los. 
Gabarito: Errado. 
12. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJ/ES –
CESPE/2011) Os serviços públicos devem ser prestados ao
usuário com a observância do requisito da generalidade, o que
significa dizer que, satisfeitas as condições para sua obtenção,
eles devem ser oferecidos sem qualquer discriminação a quem
os solicite. 
Comentário: 
Conforme ressaltado, o princípio da generalidade
estabelece que os serviços devam alcançar a maior amplitude
possível, sem fazer discriminações em relação àqueles que atendam
as condições para recebê-los. 
Gabarito: Certo. 
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13. (TODOS OS CARGOS – SUPERIOR – ANEEL –
CESPE/2010) Aplica-se ao serviço público o princípio da
mutabilidade do regime jurídico, segundo o qual é possível a
ocorrência de mudanças no regime de execução do serviço
para adequá-lo ao interesse público, que pode sofrer
mudanças com o decurso do tempo. 
Comentário: 
Uma dica. O Supremo Tribunal Federal há muito tem
firme entendimento no sentido de que não há direito adquirido a
manutenção de regime jurídico. 
Assim, conforme o princípio da mutabilidade, é possível
a ocorrência de mudanças no regime de execução do serviço público
para adequá-lo ao interesse público, que pode sofrer mudanças com
o decurso do tempo. 
Gabarito: Certo. 
14. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) A
característica da mutabilidade do regime jurídico não se
encontra presente no contrato de concessão do serviço
público. 
Comentário: 
Os contratos de prestação de serviços públicos também
se submetem ao princípio ou característica da mutabilidade em
decorrência do interesse público que o rege. 
Gabarito: Errado. 
15. (ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – EMBASA 
– CESPE/2010) Considere a seguinte situação hipotética. O
prefeito de um município baiano, verificando que grande parte 
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da população desse município não tinha acesso a água
potável, procurou a Fundação Nacional de Saúde para celebrar
um convênio para a construção de uma estação de tratamento
de água. Celebrado o ajuste, a estação foi construída. Dias
após a festa de inauguração da obra, os moradores do
município perceberam que não estavam se beneficiando da
nova estação de tratamento, pois, na localidade, não havia
rede subterrânea e ligações prediais para levar a água tratada
às casas e edificações da cidade. Nessa situação, houve
violação ao princípio fundamental da integralidade na
prestação dos serviços públicos de saneamento básico. 
Comentário: 
Olha, quando você pensa que já viu tudo na vida, é
nesta hora que devemos tomar mais cuidado. Vem o CESPE como
essa: princípio fundamental da integralidade na prestação dos
serviços públicos. 
Ora, esse princípio não diz respeito propriamente aos
serviços públicos em si, mas diz respeito ao saneamento básico, e
está previsto na Lei de Diretrizes Nacional do Saneamento Básico, Lei
nº 11.445/2007, a qual estabelece o serviço de saneamento em si e
significa a maximização da eficácia e dos resultados do serviço em
toda sua integralidade. 
Assim, se o serviço não foi implementado em toda a
sua integralidade, não restou observado o princípio fundamental da
integralidade,conforme (art. 2º, inc. II, LDNSB). 
Gabarito: Certo. 
16. (AFCE – TCU – CESPE/2010) Os serviços públicos não
essenciais, em regra, são delegáveis e podem ser
remunerados por preço público. 
Comentário: 
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Quanto à essencialidade, temos os serviços públicos
essenciais, ou seja, aqueles considerados indispensáveis à
coletividade e ao próprio Estado (segurança pública, defesa nacional
etc). 
E os serviços de utilidade pública (não-essenciais),
considerados aqueles que, muito embora não sejam essenciais, são
convenientes para a sociedade, visa à melhoria de vida do indivíduo
na coletividade (transporte coletivo, por exemplo). 
Assim, pode-se afirmar que os serviços públicos não
essenciais, em regra, são delegáveis e podem ser
remunerados por preço público. 
Gabarito: Certo. 
17. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) Os
serviços públicos não essenciais podem ser prestados
diretamente pelo Estado ou delegados a terceiros mediante
remuneração. No caso de delegação, a regulamentação e o
controle são exercidos pelo Estado, mas a prestação se dá por
conta e risco dos delegatários. 
Comentário: 
É verdade, os serviços públicos não essenciais podem
ser prestados diretamente pelo Estado ou delegados a terceiros, que
os executarão mediante remuneração. 
Assim, no caso de delegação, a titularidade se mantém
em poder estatal, que realizará a regulamentação e o controle da
atividade, porém a prestação será realizada por conta e risco do
delegatário. 
Gabarito: Certo. 
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18. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) Os
serviços público de natureza essencial devem ser prestados
exclusivamente pelo Estado, podendo ser delegados a
particular apenas os serviços sujeitos ao regime de direito
privado. 
Comentário: 
Por sua própria natureza os serviços públicos são
sujeitos ao regime jurídico de direito público, ainda que parcialmente. 
Gabarito: Errado. 
19. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) Consideram-se serviços
públicos indelegáveis os serviços que o Estado, atendendo a
necessidades coletivas, assume como seus e executa
diretamente, por seus próprios agentes e órgãos da
administração centralizada, vedada a transferência de sua
execução a particulares ou mesmo a entidades da
administração indireta. 
Comentário: 
Os serviços públicos indelegáveis não podem ter sua
execução transferida a particulares. No entanto, é possível a outorga
de tais serviços à entidade integrante da própria Administração
Pública (Administração Pública Indireta). 
Gabarito: Errado. 
20. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) Entre
os serviços públicos classificados como individuais, pode-se
citar a disponibilização de energia domiciliar. 
Comentário: 
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Os serviços públicos individuais, também denominados
uti singuli, são aqueles disponibilizados de forma a ser usufruído por
usuário determinado (individualizável). 
Significa dizer que podem ser mensurados, adotada
medida de verificação do quanto é utilizado de forma singular. 
Observe, assim, que os serviço de iluminação pública é
uti universi (geral) e o serviço de fornecimento de energia domiciliar
é uti singuli (individual). 
Gabarito: Certo. 
21. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJ/ES –
CESPE/2011) Consideram-se serviços públicos uti universi os
que são prestados à coletividade, mas usufruídos
indiretamente pelos indivíduos, como são os serviços de
defesa do país contra inimigo externo e os serviços
diplomáticos. 
Comentário: 
Como já observamos, os serviços públicos coletivos ou
uti universi são aqueles prestados à coletividade, mas usufruídos
indiretamente pelos indivíduos, como são os serviços de defesa do
país contra inimigo externo e os serviços diplomáticos. 
Gabarito: Certo. 
22. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – PREVIC – CESPE/2011)
Os serviços de iluminação pública podem ser classificados
como serviços singulares ou uti singuli, já que os indivíduos
possuem direito subjetivo próprio para sua obtenção. 
Comentário: 
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31 
O serviço de iluminação pública é classificado como
coletivo ou uti universi, pois utilizado por todos indistintamente. 
Gabarito: Errado. 
23. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RO – CESPE/2012) a
implantação do serviço de abastecimento de água um serviço
público singular. 
Comentário: 
A implantação do serviço de abastecimento de água é
um serviço geral (uti universi). Distintamente do serviço de
fornecimento ou abastecimento domiciliar, que é singular (uti
singuli). 
Gabarito: Errado. 
24. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) Por serem prestados a
grupos indeterminados de indivíduos, os serviços de energia
domiciliar e os de uso de linha telefônica são considerados
serviços uti universi. 
Comentário: 
Os serviços de energia domiciliar e de uso de linha
telefônica são serviços prestados diretamente ao indivíduo, a grupo
de indivíduo determinado, portanto, são serviços uti singuli ou
individuais. 
Gabarito: Errado. 
25. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012)
Consideram-se serviços públicos coletivos (uti universi)
aqueles que têm por finalidade a satisfação individual e direta
das necessidades dos cidadãos, como são os de energia 
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elétrica domiciliar e os de uso de linha telefônica. 
Comentário: 
Os serviços coletivos não visam à satisfação dos
interesses individuais de forma direta, mas da coletividade, de modo
que o interesse do indivíduo é satisfeito enquanto pertencente à
comunidade, em razão dos benefícios que o serviço propicia a todos. 
Ademais, os serviços de energia elétrica domiciliar e de
uso de linha telefônica são serviços uti singuli ou individuais. 
Gabarito: Errado. 
26. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) São
exemplos de serviços públicos uti singuli os serviços de
iluminação pública e de saneamento. 
Comentário: 
Os dois serviços são prestados a todos de forma
indistinta, ou seja, são serviços públicos coletivos (uti universi). 
Gabarito: Errado. 
27. (AGENTE ADMINISTRATIVO – PRF – CESPE/2012) O
serviço de iluminação pública pode ser considerado uti
universi, assim como o serviço de policiamento público. 
Comentário: 
De fato, o serviço de iluminação pública e de
policiamento público são serviços públicos coletivos (uti universi). 
Gabarito: Certo. 
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28. (ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – MS –
CESPE/2010) Os serviços públicos podem ser classificados,
quanto ao objeto, em exclusivos e não exclusivos do Estado. 
Comentário: 
Quanto ao objeto, os serviços públicos são
classificados em serviços administrativos, serviços comerciais
ou industriais e serviço social. Os serviços exclusivo ou não
exclusivos do Estado, para o prof. Bandeira de Mello e profa. Di
Pietro, dizem respeito à execução e prestação. 
Os exclusivos são aqueles de prestaçãopelo Estado e
os não-exclusivos podem ser prestados pelo Estado ou pelos
particulares, indistintamente, e neste caso sob o regime de
autorização e controle do poder público. 
Gabarito: Errado. 
29. (ADVOGADO – CORREIOS – CESPE/2011) No tocante ao
critério da exclusividade, o serviço postal e o Correio Aéreo
Nacional são considerados exemplos de serviços públicos
exclusivos. 
Comentário: 
É quase repetição da questão anterior. Observe,
portanto, que o serviço postal e o correio aéreo nacional (art. 21, X,
CF/88) são considerados exclusivos do Estado. 
Gabarito: Certo. 
30. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) De
acordo com o critério que considera a exclusividade ou não do
poder público na prestação do serviço, os serviços de 
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telecomunicações enquadram-se como serviços públicos não
exclusivos do Estado. 
Comentário: 
Os serviços de telecomunicações são considerados
exclusivos do Estado (art. 21, XI, CF/88), muito embora possa ser
objeto de delegação. 
Gabarito: Errado. 
31. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) É prevista, na CF, para o
serviço postal e o correio aéreo nacional, complementaridade
entre os sistemas privado, público e estatal, razão pela qual o
Estado, embora obrigado a prestar tais serviços, pode oferecê-
los em concessão, permissão ou autorização. 
Comentário: 
A Constituição estabelece que o serviço postal e o
correio aéreo nacional (art. 21, X, CF/88) são exclusivos da União. No
então, tais serviços não podem ser objeto de concessão, permissão
ou autorização, sendo indelegáveis. 
Gabarito: Errado. 
32. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RO – CESPE/2012) o
serviço postal um serviço público privativo. 
Comentário: 
O serviço postal é um serviço público privativo da
União, outorga aos Correios (Empresa Brasileira de Correios e
Telegráfos). 
Gabarito: Certo. 
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35 
33. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RO – CESPE/2012) o
serviço de energia elétrica é um serviço social. 
Comentário: 
O serviço de energia elétrica é considerado um serviço
essencial. 
Gabarito: Errado. 
34. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) De
acordo com a doutrina majoritária, nos serviços públicos não
comerciais ou não industriais, a responsabilidade do Estado,
perante terceiros, pelos prejuízos que eventualmente causar,
é objetiva, ao passo que, nos serviços públicos comerciais e
industriais, a responsabilidade é subjetiva. 
Comentário: 
A responsabilidade do Estado pela prestação de
serviços públicos é objetiva, conforme prevê a CF/88, em seu art. 37,
§6º. 
Gabarito: Errado. 
35. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RO – CESPE/2012) o
serviço de distribuição de gás canalizado um serviço público
comum. 
Comentário: 
O serviço de distribuição de gás canalizado é
considerado serviço de utilidade pública. 
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36 
Gabarito: Errado. 
36. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RO – CESPE/2012) a
divulgação de atos administrativos pela imprensa oficial um
serviço de utilidade pública. 
Comentário: 
O serviço de divulgação pela imprensa oficial é
considerado como serviço administrativo. 
Gabarito: Errado. 
37. (AGENTE ADMINISTRATIVO – PRF – CESPE/2012) Os
serviços públicos outorgados constitucionalmente à União,
como os serviços de transporte rodoviário interestadual e
internacional de passageiros, estão enumerados
taxativamente na CF. 
Comentário: 
De fato, os serviços públicos outorgados
constitucionalmente à União estão elencados taxativamente,
conforme se depreende do art. 21, CF/88. 
Gabarito: Certo. 
38. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Considera-se concessão de
serviço público simples o contrato administrativo pelo qual a
administração pública transfere a execução de certa atividade
de interesse coletivo a pessoa jurídica ou a consórcio de
empresas, sendo a remuneração feita por meio do sistema de
tarifas ou taxas. 
Comentário: 
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37 
De acordo com o art. 2º, inc. II, da Lei nº 8.987/95, a
concessão de serviço público é a delegação da prestação de serviços
públicos, feita pelo poder concedente, por meio de contrato, tendo lei
que autorize, mediante licitação, na modalidade concorrência à
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstrem
capacidade para prestá-lo, por sua conta e risco e em nome próprio,
com prazo determinado, sendo a remuneração por meio de tarifa. 
Art. 9º A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo
preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas
regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato. 
Gabarito: Errado. 
39. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/AC – CESPE/2012) É
proibida a subconcessão de serviços públicos. 
Comentário: 
A subconcessão é admitida desde que haja previsão
contratual e seja expressamente autorizada pela Administração,
conforme prevê o art. 26 da Lei nº 8.987/95, que assim dispõe: 
Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos
previstos no contrato de concessão, desde que
expressamente autorizada pelo poder concedente. 
§ 1º A outorga de subconcessão será sempre precedida
de concorrência. 
§ 2º O subconcessionário se sub-rogará todos os
direitos e obrigações da subconcedente dentro dos
limites da subconcessão. 
Gabarito: Errado. 
40. (ADVOGADO DA UNIÃO – AGU – CESPE/2012) À 
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concessionária cabe a execução do serviço concedido,
incumbindo-lhe a responsabilidade por todos os prejuízos
causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros,
não admitindo a lei que a fiscalização exercida pelo órgão
competente exclua ou atenue tal responsabilidade. 
Comentário: 
Prevê o art. 25 da Lei nº 8.987/95, que incumbe à
concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe
responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos
usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão
competente exclua ou atenue essa responsabilidade. 
Gabarito: Certo. 
41. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) Como forma de impedir o
comprometimento da operacionalização e da continuidade da
prestação do serviço, as concessionárias estão proibidas, no
financiamento de seus contratos, de oferecer em garantia os
direitos emergentes da concessão. 
Comentário: 
Prevê o art. 25 da Lei nº 8.987/95, que incumbe à
concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe
responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos
usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão
competente exclua ou atenue essa responsabilidade. 
Gabarito: Errado. 
42. (ADMINISTRADOR – TJ/RR – CESPE/2012) O serviço
público concedido não pode ser remunerado por tarifa, visto
que não é um serviço do poder público. 
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Comentário: 
De acordo com o art. 28 da Lei nº 8.987/95, nos
contratos de financiamento, as concessionárias poderão oferecer em
garantia os direitos emergentesda concessão, até o limite que não
comprometa a operacionalização e a continuidade da prestação do
serviço. 
Gabarito: Errado. 
43. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) As concessionárias de
serviços públicos são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao
usuário, dentro do mês de vencimento dos débitos, várias
opções de data para o vencimento de seus débitos, devendo as
datas indicadas, quer no âmbito de cada estado, quer no do
DF, ser as mesmas para os diferentes tipos de serviço público
oferecidos. 
Comentário: 
Conforme prevê o art. 7º-A da Lei nº 8.987/95, as
concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos
Estados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor
e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis
datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de
seus débitos. 
No entanto, não determina a norma que as datas sejam
coincidentes para os diferentes tipos de serviços públicos oferecidos. 
Gabarito: Errado. 
44. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012)
Considere que determinada concessionária de serviço de
fornecimento de energia elétrica, tendo apurado
unilateralmente débito de usuário decorrente de 
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irregularidade no medidor de energia, tenha procedido à
interrupção do serviço. Nessa situação hipotética, dada a
natureza da irregularidade apurada, a jurisprudência
considera legítimo o ato de interrupção. 
Comentário: 
A jurisprudência do STJ considera ilegítima a
interrupção da prestação de serviço público em razão de
irregularidade apurada unilateralmente pela concessionária do serviço
público. Vejamos: 
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. ENERGIA
ELÉTRICA. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. ALEGAÇÃO
GENÉRICA. SÚMULA 284/STJ. MINISTÉRIO PÚBLICO.
LEGITIMIDADE. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. FRAUDE NO
MEDIDOR. APURAÇÃO UNILATERAL. IMPOSSIBILIDADE
DE CORTE NO FORNECIMENTO. 
1. A agravante limitou-se a alegar, genericamente,
ofensa ao art. 535 do CPC, sem explicitar os pontos em
que teria sido omisso o acórdão recorrido. Incidência da
Súmula 284/STF. 
2. Quanto à apontada contrariedade aos dispositivos da
Resolução 456/2000 da ANEEL, a jurisprudência já é
pacífica no sentido da impossibilidade desta análise em
sede de recurso especial, uma vez que não se encontra
inserida no conceito de lei federal. 
3. O Ministério Público tem legitimidade ativa para
atuar em defesa dos direitos difusos, coletivos e
individuais homogêneos dos consumidores. Precedentes
do STJ. 
4. É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços
públicos essenciais quando o débito decorrer de
suposta fraude no medidor de consumo de
energia apurada unilateralmente pela
concessionária. 
Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp
1344098/MT, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, 
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SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2012, DJe
20/11/2012) 
Gabarito: Errado. 
45. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Segundo
a jurisprudência, se a concessionária do serviço público cobrar
do usuário tarifa de água e esgoto quando não prestado o
serviço, os valores indevidamente cobrados do usuário devem
ser restituídos em dobro, por não restar configurado erro
justificável da concessionária. 
Comentário: 
De acordo com o entendimento firmado pelo STJ, a
cobrança indevida de tarifa de água e esgoto, quando não prestado
os serviços, não configura erro justificável, de modo que os valores
devem ser restituídos em dobro. Precedente: 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. SERVIÇO DE
FORNECIMENTO DE ÁGUA E COLETA DE ESGOTO.
COBRANÇA INDEVIDA. ENGANO JUSTIFICÁVEL.
REPETIÇÃO DO INDÉBITO NA FORMA SIMPLES.
ANÁLISE DE EXISTÊNCIA DE CULPA OU DOLO DO
FORNECEDOR. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 
1. A restituição da quantia paga em excesso nos casos
de cobrança indevida de tarifa de água, esgoto ou
energia, em regra, deve ser feita em dobro, nos termos
do art. 42 do CDC. Todavia, a presença de engano
justificável, que não decorra de dolo ou culpa do
fornecedor do serviço, autoriza a devolução na forma
simples. 
2. A apuração da ocorrência de dolo ou culpa por
parte da Concessionária implica em reexame de provas, 
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o que é vedado nesta oportunidade a teor do que
dispõe a Súmula 7 do STJ. 
3. Agravo Regimental desprovido. 
(AgRg no REsp 1229773/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO
NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em
18/12/2012, DJe 05/02/2013) 
Observe que se o erro fosse justificável, e não
configurado o dolo ou a culpa, a restituição seria simples, ou seja,
devolução do que pagou indevidamente. 
Gabarito: Certo. 
46. (PROFESSOR – IFB – CESPE/2011) A permissão de
determinado serviço público a particular pode ser
interrompida pelo Estado a qualquer tempo sem a necessidade
de indenização. 
Comentário: 
Conforme prevê o art. 2º, inc. IV, da Lei nº 8.987/95, a
permissão de serviço público é a delegação, a título precário,
mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade
para seu desempenho, por sua conta e risco. 
Observe, portanto, que a permissão é feita a título
precário, ou seja, pode ser revogada a qualquer tempo, sem direito a
indenização por tal fato. 
Gabarito: Certo. 
47. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Diferentemente da
concessão, a permissão de serviço público pode ser contratada
não apenas com pessoa jurídica e consórcio de empresas, mas
também com pessoa física. 
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43 
Comentário: 
A permissão de serviço público é feita somente a
pessoa jurídica ou física, não havendo previsão para consórcio de
empresas. 
Gabarito: Errado. 
48. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RR – CESPE/2012) Na
permissão de serviço público, o poder público transfere a
outrem, pessoa física ou jurídica, a execução de serviço
público, para que o exerça em seu próprio nome e por sua
conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário. 
Comentário: 
De fato, conforme prevê o art. 2º, inc. IV, da Lei nº 
8.987/95, a permissão de serviço público é a delegação, a título
precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita
pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco, mediante
tarifa paga pelo o usuário. 
Gabarito: Certo. 
49. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) Tanto a
concessão quanto a permissão formalizam-se por atos
administrativos. 
Comentário: 
A concessão é formalizada por contrato administrativo
e a permissão, embora seja precária, é formalização por contrato de
adesão, conforme o seguinte: 
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44 
Art. 4º A concessão de serviço público, precedida ou
não da execução de obra pública, será formalizada
mediante contrato, que deverá observar os termos
desta Lei, das normas pertinentes e do edital de
licitação. 
... 
Art. 40. A permissão de serviço públicoserá
formalizada mediante contrato de adesão, que
observará os termos desta Lei, das demais normas
pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à
precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato
pelo poder concedente. 
Gabarito: Errado. 
50. (AGENTE ADMINISTRATIVO – PRF – CESPE/2012) A
concessão de serviço público, precedida ou não da execução
de obra pública, será formalizada mediante contrato
administrativo. 
Comentário: 
De acordo com o art. 4º da Lei nº 8.987/95, a
concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra
pública, será formalizada mediante contrato, que deverá observar os
termos da referida Lei, das normas pertinentes e do edital de
licitação. 
Gabarito: Certo. 
51. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/AC – CESPE/2012)
Admitem-se concessões de serviços públicos por prazo
indeterminado. 
Comentário: 
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45 
A concessão de serviço público é sempre formalizada
por meio de contrato administrativo, com prazo determinado. 
Art. 5º O poder concedente publicará, previamente ao
edital de licitação, ato justificando a conveniência da
outorga de concessão ou permissão, caracterizando seu
objeto, área e prazo. 
Gabarito: Errado. 
52. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES –
CESPE/2011) É vedada a outorga de concessão ou permissão
de serviços públicos em caráter de exclusividade, uma vez que
qualquer tipo de monopólio é expressamente proibido pelo
ordenamento jurídico brasileiro. 
Comentário: 
A Constituição não veda todo e qualquer tipo de
monopólio, na medida em que inclusive há serviços públicos
prestados em tal regime, como é o caso dos Correios e, por isso,
mesmo também não é vedada a concessão ou permissão em caráter
de exclusividade. 
Gabarito: Errado. 
53. (AFCE – TCU – CESPE/2010) Toda concessão de serviço
público terá de ser objeto de licitação prévia na modalidade de
concorrência. 
Comentário: 
Tanto a concessão comum (Lei nº 8.987/95) quanto à
especial (Lei nº 11.079/04) são precedidas de licitação na modalidade
concorrência. A lei só não indicou a modalidade de licitação para a
permissão de serviço público. 
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46 
No entanto, essa questão deveria ser anulada. É que há
serviços públicos que podem ser concedidos mediante Leilão, tal
como os decorrentes da desestatização (popularmente chamada de
privatização) de serviços públicos decorrentes da Lei nº 9.491/97
(exploração de aeroportos, por exemplo, como vem acontecendo
recentemente), e também, no seguinte exemplo: 
Lei nº 9.074/95 
Art. 17. 
§ 1º As instalações de transmissão de energia elétrica
componentes da rede básica do Sistema Interligado Nacional 
- SIN serão objeto de concessão, mediante licitação, na
modalidade de concorrência ou de leilão e funcionarão
integradas ao sistema elétrico, com regras operativas
aprovadas pela Aneel, de forma a assegurar a otimização dos
recursos eletroenergéticos existentes ou futuros. (Redação
dada pela Lei nº 11.943, de 2009) 
§ 6º As instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais outorgadas a partir
de 1º de janeiro de 2011 e conectadas à rede básica serão
objeto de concessão de serviço público de transmissão,
mediante licitação na modalidade de concorrência ou leilão,
devendo ser precedidas de Tratado Internacional. 
Tanto é que o CESPE acabou por anular questão
semelhante cobrada em outro concurso. Veja: 
(AGENTE – PF – CESPE/2012) Os contratos de
concessão de serviços públicos sempre exigem
licitação prévia na modalidade concorrência. 
(*anulada) 
Gabarito: Certo. (*) 
54. (AGENTE ADMINISTRATIVO – PRF – CESPE/2012) As
concessões e permissões de serviços públicos deverão ser 
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47 
precedidas de licitação, existindo exceções a essa regra. 
Comentário: 
As concessões e permissões são sempre precedidas de
licitação, não se admitindo exceção nesses casos, por força da própria
disposição constitucional que assim determina: 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,
diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a
prestação de serviços públicos. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre: 
I - o regime das empresas concessionárias e
permissionárias de serviços públicos, o caráter especial
de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as
condições de caducidade, fiscalização e rescisão da
concessão ou permissão; 
II - os direitos dos usuários; 
III - política tarifária; 
IV - a obrigação de manter serviço adequado. 
Gabarito: Errado. 
55. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Para as concessões de
serviço público simples, assim como para as precedidas da
execução de obra pública, deve-se adotar, obrigatoriamente,
como modalidade licitatória, a concorrência. 
Comentário: 
De fato, a concessão de serviço público simples, assim
como as precedidas da execução de obra pública, conforme prevê a
Lei nº 8.987/95, são precedidas de licitação na modalidade
concorrência. 
Gabarito: Certo. 
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56. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) A modalidade de licitação
própria das concessões de serviço público é a concorrência,
que deve ser obrigatoriamente observada pela União, pelos
estados, pelo DF e pelos municípios. 
Comentário: 
Como observado, no que trata das concessões de
serviço público, com algumas exceções, a modalidade utilizada é a
concorrência, que deverá ser observada pela União, Estados, DF e
Municípios. 
Gabarito: Certo. 
57. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN –
CESPE/2010) Constitui hipótese de caducidade a retomada do
serviço público pelo poder concedente, durante o prazo da
concessão, por motivo de interesse público, mediante lei
autorizadora específica e após prévio pagamento da
indenização. 
Comentário: 
A Caducidade ou decadência é forma de extinção do
contrato, antes de seu termo, pelo poder público, de forma unilateral,
inexecução total ou parcial do ajuste por parte da concessionária,
conforme art. 38, assim expresso: 
Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a
critério do poder concedente, a declaração de caducidade da
concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as
disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas
entre as partes. 
A caducidade, em regra, não gera direito à indenização.
É o concessionário, no entanto, quem responderá a processo
administrativo pelos prejuízos causados. 
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Esse instituto somente pode ser invocado pela
Administração, não cabendo ao concessionário invocá-lo sob o a tese
da exceptio non adimplenti contractus (exceção do contrato não
cumprido). 
Na hipótese, portanto, trata-se da encampação e não
da caducidade, na medida em que ocorre a retomada do serviço pelo
poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de
interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio
pagamento da indenização, na forma do artigo anterior. 
Gabarito: Errado.

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