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Mineralogia e Relação com Outras Ciências Geológicas e Não Geológicas

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INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa científica fala sobre a Mineralogia e relação com outras ciências Geológicas e não Geológicas de modo a caracterizar cada. É fácil entender a importância dos minerais para as disciplinas das Ciências da Terra, mas os minerais e seu estudo também são importantes para as ciências humanas e outros campos científicos.
O desenvolvimento da mineralogia abrange vários séculos e somente algumas passagens importantes serão aqui apresentadas.
O surgimento da mineralogia como ciência é relativamente recente, mas a prática das artes mineralógicas é tão antiga quanto a civilização. Pigmentos naturais, feitos de óxidos de hematita vermelha e de rnanganês preto, foram utilizados em pinturas de cavernas por humanos primitivos (cerca de 40.000 anos atrás).Artefatos de sílex foram bens muito apreciados por caçadores durante a Idade da Pedra. Pinturas em tumbas no vale do Nilo, feitas há aproximadamente 5.000 anos, mostram artífices ocupados pesando malaquita e metais preciosos, fundindo minérios e fabricando delicadas joias de lápis-lazúli e esmeraldas (como usadas por Cleópatra).
Quando a Idade da Pedra avançou para a Idade do Bronze, outros minerais foram descobertos, a partir dos quais os metais puderam ser extraídos. Os minerais frequentemente foram a "moeda" dos tempos antigos. E agora eles ajudam os arqueólogos a traçarem as rotas de comércio pré-históricas.
A Ciência dos Minerais é central para muitos ramos das ciências da Terra. As áreas mostradas representam muitas subdisciplinas e ilustram esquematicamente que a maior parte das Ciências da Terra envolve minerais de alguma maneira.
Esse diagrama também indica que essas subdisciplinas e suas aplicações geológicas estão interconectadas. Iniciando pelo tema da petrologia e prosseguindo no sentido horário para os demais, alguém poderá pergunta:" Que disciplinas das Ciências da Terra são essas e como os minerais exercem um papel fundamental?"
Os temas da Ciência dos Minerais abrangem cinco subcampos inter-relacionados. Cada aspecto traz importantes informações sobre os minerais, e cada campo está integrado.
OBJECTIVOS
Geral
Debruçar sobre a Mineralogia e Relação com Outras Ciências Geológicas e Não Geológicas.
Específicos
Saber das ciências geológicas e não geológicas e seus ramos.
Conhecer as ciências geológicas e não geológicas
Relacionar uma da outra em relação da mineralogia
METODOLOGIAS
Tratando se de um trabalho de pesquisa bibliográfica é necessário referir que os métodos aplicados de recolha de dados, destacando desta forma fontes de informação como a Internet, diversas obras de diversos autores, artigos e neste contexto atendendo em consideração algum auxílio dos conhecimentos antes obtidos. 
MINERALOGIA E RELAÇÃO COM OUTRAS CIÊNCIAS GEOLÓGICAS E NÃO GEOLÓGICAS
Mineralogia
Mineralogia é a ciência que se refere ao estudo dos minerais, cujo escopo está baseado na Física, Química e Matemática. Nas últimas décadas, a mineralogia vem apresentando uma relação cada vez mais próxima com a Química e a Física, tornando-se uma ciência mais quantitative através de conhecimentos advindos de métodos analíticos modernos, como Difratometria de Raios-X, Fluorescência de Raios-X, Microssonda Eletrônica, Microscopia Eletrônica. 
Mineral
Um mineral é um sólido de ocorrência natural com um arranjo· atômico altamente ordenado e uma composição química homogênea e definida (mas não necessariamente fixa). Minerais são frequentemente formados por processos inorgânicos.
Ciências dos Minerais (Mineralogia)
A ciência dos minerais, também chamada de mineralogia, é o estudo desses materiais. Essa definição é restritiva e diferencia o uso da palavra mineral na geologia e em outras ciências do uso (e abuso) da palavra mineral em outros campos.
Por exemplo, nutricionistas podem utilizar o termo mineral quando, de fato, querem dizer "elemento" ou "composto químico". Nossos corpos precisam de cálcio, ferro e potássio, que são compostos químicos essenciais à vida. Como tal, eles comumente ocorrem na forma de aditivos em suplementos nutricionais, cereais matinais, bebidas para prática de exporte e cápsulas multivitamínicas, sendo erroneamente referidos como minerais. Eles são elementos e/ou químicos compostos, e não minerais.
Uma análise da definição acima ajudará a dar clareza ao próprio significado da palavra mineral.
Ocorrência
De ocorrência natural indica que um mineral deve ter sido formado por processos naturais. Essa especificação serve para diferenciá-los daqueles minerais feitos em laboratório. Laboratórios industriais e de pesquisa rotineiramente produzem equivalentes sintéticos de muitos materiais que ocorrem naturalmente, incluindo pedras preciosas, tais como esmeraldas, rubis e diamantes.
Se os minerais sintetizados em laboratório também têm similares de ocorrência natural, eles são referidos pelos seus nomes mineralógicos e qualificados pelo termo sintético (p.ex., esmeralda sintética). Como alguém pode referir-se ao CaCO3 (calcita) que às vezes se forma nos dutos de abastecimento de água urbana? O material é precipitado da água natural por processos naturais, porém em um sistema construído pelos humanos.
A maioria dos mineralogistas refere-se a ele pelo nome do mineral, calcita, porque influência humana em sua formação é inadvertida.
Sólido exclui materiais que são gasosos e líquidos. Nos sólidos, há uma posição fixa para os átomos. Assim, H2O como gelo em uma geleira é um mineral, mas H2O como um líquido (água), não é. No leito do oceano, algumas moléculas gasosas formam estruturas sólidas chamadas de hidratos gasosos. Nesse caso, o gás como um hidrato seria considerado um mineral. De modo inverso, o mercúrio líquido, encontrado em alguns depósitos de mercúrio, é excluído como mineral pela definição acima (KLEIN, 2002).
Mineralogia e relação com outras ciências geologica
A Ciência dos Minerais é central para muitos ramos das ciências da Terra como:
A Petrologia
A petrologia é o ramo da geologia que envolve o estudo das rochas, sua composição e os processos que as formaram.
Uma rocha é um agregado de minerais coerente, consolidado e de ocorrência natural. Decifrar a composição, a textura, o ambiente de origem (posicionamento tectônico em que ocorre) e evolução das rochas requer um entendimento de seus constituintes - os minerais. A petrologia experimental envolve a síntese, fusão e/ou cristalização de minerais e rochas em laboratório para entender as condições físicas e químicas sob as quais os minerais formaram-se e são estáveis.
Por exemplo, os diamantes produzidos em laboratório demonstram que eles precisam de grandes pressões para sua formação.
Assim, as rochas nas quais os diamantes ocorrem também devem ter sido submetidas a altas pressões. A petrologia também está estreitamente relacionada com a geoquímica, por meio dos elementos químicos contidos nas rochas, e com a geocronologia, cujas técnicas fornecem a idade das rochas.
Essas inter-relações são mostradas pelas setas que partem e chegam à palavra mineralogia no centro do diagrama e entre as demais subdisciplinas. As setas entre as subdisciplinas indicam que cada qual contribui com informações valiosas para as outras áreas.
Geoquímica
A geoquímica diz respeito à abundância, distribuição e migração de elementos químicos (e seus isótopos) na Terra e materiais planetários. Esses elementos químicos estão fundamentalmente contidos em minerais, rochas e solos. Além disso, os fluidos dentro da Terra transportam componentes químicos de um reservatório para outro. Entender a troca de elementos entre esses diferentes reservatórios requer o conhecimento dos minerais e de como eles reagem, especialmente na interface fluido-mineral. Uma subdisciplina da geoquímica, a geoquímica de isótopos, envolve o uso de isótopos encontrados nos minerais para determinar a idade geológica deles (geocronologia) ou para decifrar a evolução da atmosfera. A avaliação da abundância dos elementos também é importante para o estudo da origem dos materiaisplanetários (KLEIN, 2002)..
Estudo dos planetas e dos meteoritos 
O campo dos meteoritos é dedicado ao estudo da química e mineralogia de amostras de meteoritos. 
Os estudos dos planetas envolvem, em parte, o estudo das rochas e outros materiais que foram coletados pelas missões científicas a outros planetas e luas (p.ex., rochas e regolito lunar). Também inclui-se o estudo das partículas de poeiras interplanetárias que se originam a partir dos cometas, asteroides e protoplanetas.
Esses estudos ajudam a deslindar a história geológica dos planetas, a origem do Sistema Solar e inclui a pesquisa da existência de registras da vida em outros planetas.
Paleontologia
A paleontologia é o estudo da vida antiga. Os fósseis de plantas e animais estão preservados devido a muitos processos de substituição mineral. Exemplos de substituição mineral são as madeiras petrificadas, ossos de dinossauros silicificados, conchas de moluscos opalizadas e caracóis preenchidos por esmeralda.
Geomicrobiologia
A geomicrobiologia é um campo multidisciplinar que envolve o estudo das interações da geologia, mineralogia, biologia e microrganismos. Os minerais podem ser uma fonte de suprimentos da vida de alguns micróbios. Por exemplo, algumas bactérias respiram transferindo elétrons para minerais contendo ferro, reduzindo, assim, o ferro desses minerais. Os minerais também podem prover um substrato para o crescimento microbiano. Em cavernas, os micróbios podem aumentar a taxa de formação da cavidade por entalhe e dissolução de minerais. Alternativamente, os micróbios podem afetar o crescimento dos cristais pelo bloqueio de materiais ou por tornarem-se calcificados e preservarem a sua presença antecessora. Os micróbios podem produzir minerais ou converter um mineral em outro (fatores que podem contribuir na drenagem ácida de minas), afetar a qualidade da água e impactar as condições ambientais.
Essa área de pesquisa explora as interações complexas entre o mundo físico e o biológico.
Geologia Ambiental
A mineralogia e a geologia ambiental são campos científicos que aplicam a pesquisa geológica para entender e resolver problemas em nosso ambiente. De grande importância para a política energética é a necessidade de identificar materiais para armazenagem de longa duração de resíduos nucleares. Por exemplo, a mineralogia ambiental avalia a estabilidade dos minerais que podem ser usados como hospedeiros estáveis, pois estes devem ser razoavelmente resistentes (por longos períodos de tempo) à radioatividade emitida pelo lixo nuclear. Outra questão diz respeito à recuperação de áreas que já foram mineradas para a explotação de minerais úteis.
Elas passam a apresentar uma vegetação com distúrbios, expor possíveis elementos tóxicos ao meio ambiente e produzir drenagem ácida que contamina os peixes dos rios. A geologia ambiental busca soluções para esses problemas geralmente por meio do uso de minerais que podem bloquear os elementos tóxicos. Além disso, a mineralogia ambiental focaliza a interação dos minerais (suas superfícies, padrões de fratura e tamanho das partículas) com os sistemas biológicos. Um exemplo disso é o estudo, feito no campo da mineralogia médica, do papel de poeiras minerais na ocorrência e no aumento da gravidade de doenças pulmonares (KLEIN, 2002)..
 Mineralogia forense
Um campo emergente relacionado é o da mineralogia forense, em que os minerais são utilizados para ajudar a solucionar crimes. Por exemplo, minerais que caracterizam uma dada área geológica podem ser utilizados para constituir uma pista ou autenticar a origem de um material (como gemas, mármore, metais) encontrado na cena de um crime.
Geologia econômica
A geologia econômica é o estudo da distribuição de depósitos minerais úteis, das considerações econômicas envolvidas na sua recuperação, da avaliação de reservas e recursos úteis e do impacto da mineração no meio ambiente. A geologia econômica inclui a extração de todos os materiais da Terra, tais como minérios ricos em metais (p.ex., cobre), combustíveis fósseis, materiais industriais (p.ex: sal e gesso para revestir paredes), pedras de construção (como rochas ornamentais para bancadas), areia e cascalho (para rodovias).
Os minerais são os materiais fundamentais da geologia econômica. Os elementos químicos extraídos dos minerais são utilizados em diversos materiais novos que suprem as bases dos avanços tecnológicos e do alto padrão de vida.
Muitos desses recursos são descobertos por meio de técnicas geofísicas de exploração que permitem a interpretação tanto das porções rasas do subsolo quanto das partes profundas da crosta da Terra que de outro modo seriam inacessíveis.
Geofísica
A geofísica é o estudo da física da Terra, enfatizando suas propriedades físicas e seu comportamento geológico dinâmico.
As propriedades dos minerais e rochas são parâmetros básicos que controlam os processos geofísicos. A distribuição de temperatura no interior planetário, a magnitude dos terremotos e a distribuição da sismicidade, a variabilidade do campo geomagnético e a convecção do manto terrestre, todos requerem um entendimento de como as propriedades minerais variam dentro de um grande espectro de condições de temperaturas e pressões.
Uma importante ligação entre a mineralogia e a geofísica é fornecida pelo campo da fisica mineral. Os geofísicos, junto com os mineralogistas, exploram o comportamento dos minerais submetidos a condições de pressão e temperatura extremamente altas (produzidas em laboratório) para entenderem os processos fisicos e químicos fundamentais que determinam as propriedades minerais. A pesquisa nesse campo da física mineral supre-nos com dados sobre as propriedades físicas necessárias para interpretarmos as observações geofísicas e o comportamento dinâmico das profundezas da Terra.
Além disso, fornece inspirações acerca da estruturação mineralógica do manto e do núcleo do planeta.
Geologia estrutural e a tectônica
A geologia estrutural e a tectônica avaliam o movimento das rochas e as estruturas resultantes. As feições de deformação variam desde a escala submicroscópica de defeitos no arranjo cristalino (medidos em nanômetros) até as falhas e dobras associadas com o soerguimento de montanhas (medidas em dezenas de quilômetros). O modo como uma rocha se deforma e onde ela quebra (ex: é frágil) ou dobra (ex: é elástica) é determinada, em parte, pela composição mineralógica da formação rochosa. Geralmente, esses eventos deformacionais podem ser datados com base em estudos geocronológicos dos minerais contidos nas rochas.
Geocronologia
A geocronologia é o estudo do tempo relacionado à história da Terra. A evolução da Terra pode ser desvelada por meio do estudo da idade dos materiais terrestres e a duração das sequências de eventos que ocorreram para a formação e alteração das rochas e minerais. Os geocientistas pensam sobre o tempo geológico de 4,6 bilhões de anos de duas maneiras: como tempo relativo, no qual uma dada unidade de rocha ou evento é reportado apenas como sendo mais antigo ou mais novo do que outro; e como tempo absoluto, no qual uma quantidade numérica (em anos, milhares de anos ou mesmo bilhões de anos) é determinada para a idade de um mineral. Assim, datas específicas na história da Terra podem ser registradas pelos minerais. Eles contêm elementos químicos que possuem decaimento radiativo e a abundância destes componentes químicos pode ser utilizada para calcular a idade de um mineral.
O modo como o mineral responde ao decaimento radioativo e como os elementos químicos são ligados em um mineral impacta de maneira significativa a qualidade e a interpretação das análises utilizadas para se obter uma datação. Entender os minerais, sua composição e comportamento, provê o geocronólogo com as ferramentas necessárias para interpretar a história da Terra que foi preservada no registro rochoso.
Essas áreas da geologia realçam o papel fundamental que os minerais desempenham no estudo da Terra. A mineralogia é a ligação entre essas subdisciplinas. Conformenovas descobertas vão sendo feitas no campo da mineralogia, outras disciplinas avançam e progridem como consequência, (PRESS e SIEVER,2000).
Mineralogia em relação com as ciências não geológicas 
Química inorgânica
A Ciência dos Minerais é particularmente relacionada com a química inorgânica. Pelo fato dos minerais serem compostos inteiramente por elementos químicos (que são de origem inorgânica), eles são compostos químicos inorgânicos.
Os minerais, por serem sólidos químicos complexos da própria natureza, ajudam os químicos a entender os materiais inorgânicos complicados. Os mesmos princípios de como os átomos ligam-se entre si são compartilhados por essas duas disciplinas. A Ciência dos Minerais é diferente, entretanto, quanto ao seu foco ser predominantemente relacionado às substâncias sólidas de ocorrência natural, mais do que as materiais sintéticos, líquidos ou gases(KLEIN, 2002)..
Ciência e engenharia de materiais
A disciplina da ciência e engenharia de materiais é um campo multidisciplinar que se encontra na produção de novos materiais para uma função específica. Essas funções podem ser químicas, ópticas, térmicas, magnéticas, eletrônicas, estruturais ou uma combinação entre elas. Os mineralogistas experimentais foram os primeiros a sintetizarem materiais supercondutores. Eles também ajudaram a desenvolver materiais de fibras ópticas, as delgadas fitas de vidro que transmitem sinais de luz (o mineral ulexita transmite a luz de modo similar ao do cabo de fibra óptica. Os cientistas de materiais também usam minerais como modelos para o desenvolvimento de novos materiais.
Por exemplo, minerais que sobreviveram 4,4 bilhões de anos na Terra, mesmo tendo sido bombardeados por seus próprios elementos radioativos internos, sugerem materiais sintéticos equivalentes para armazenar resíduos radioativos de alta periculosidade (Ewing et ai., 2004). A Ciência dos Materiais utiliza muitas técnicas desenvolvidas pelos cristalógrafos e mineralogistas. De diversas maneiras, a mineralogia é a primeira ciência dos materiais.
Os minerais são os materiais da maior parte das gemas.
Gemologia
A gemologia envolve o estudo das gemas minerais, que são os mais belos representantes dos minerais encontrados na Terra. O mundo das gemas é facilmente visível: percorra uma joalheira e veja as gemas minerais à venda. Desde tempos muito antigos, os humanos se adornam com gemas. Cleópatra adorava esmeraldas. As joias das coroas de algumas nações são comumente constituídas por gemas preciosas, um símbolo visível de riqueza e estatura.
Os minerais e a matéria orgânica são os principais constituintes dos solos. Assim, os minerais são uma parte integrante do campo das Ciências do Solo. Os minerais são a principal fonte de nutrientes, tais como N, P, K, Se e outros traços constituintes, necessários para o crescimento das plantas. A qualidade do vinho depende, em parte, do tipo de solo utilizado para o cultivo das videiras. Em alguns casos, certo vegetal somente vicejará em um tipo específico de solo, devido aos elementos químicos e minerais ali contidos. Um geólogo pode ser capaz de mapear uma dada unidade de rocha pela ocorrência de um dado vegetal. Por exemplo, em Madagascar, grandes vegetais aloé crescem de forma restrita sobre rochas carbonáticas, e, assim, oferecem um indício óbvio da presença dessas unidades rochosas no subsolo.
Biologia e paleobiologia
Os minerais também desempenham um papel na biologia e paleobiologia. Os mais conhecidos são os vários compostos de apatita, o mineral que constitui os ossos e dentes dos vertebrados. Outros organismos também necessitam de minerais para seu funcionamento: os peixes possuem otólitos (ouvidos) compostos, em parte, do mineral vaterita, um carbonato de cálcio; e os pássaros possuem magnetita para ajudá-los a se guiar. Muitos invertebrados produzem suas conchas com os minerais de calei ta ou aragonita. No caso de foraminíferos, suas "conchas" são feitas do mineral celestita, um sulfato de estrôncio.Tais materiais também resistem ao intemperismo e transformam-se em fósseis, que podem ser utilizados como vestígios de funções biológicas de tempos passados, como é feito no campo da paleontologia (PRESS e SIEVER,2000).
Nanociência
O surgimento da nanociência como disciplina também envolve a mineralogia. A nanociência é o campo científico que diz respeito às partículas muito pequenas, do tamanho do nanômetro = 10-9 m (nano deriva do grego e significa "anão"). Ela envolve o estudo e a manufatura de materiais em níveis aproximadamente moleculares e atômicos. Nessa escala, os materiais são medidos em nanômetros ou bilionésimos de um metro. As nanopartículas possuem propriedades físicas (e termodinâmicas) e/ou reações químicas que são diferentes quando analisadas para os mesmos materiais que ocorrem em intervalos de tamanho maiores, como por exemplo, acima de 0,1 mm (Banfield e Navrotsky, 2001). Partículas de nanoescala, filmes e fluidos confinados são onipresentes na natureza, nos continentes, na atmosfera e nos oceanos. Minerais, como jade, apatita, magnetita e hematita, podem formar nanocristais. Foi sugerido que a nanociência e a tecnologia são as chaves para a próxima geração de pesquisa revolucionária nas Ciências da Terra (Hochella, 2006). Investigações na geologia ambiental utilizando a nanociência para a remediação são muito promissoras. Nanomateriais também apresentam propriedades exclusivas que podem ser exploradas pela indústria.
Arte
A arte sempre foi associada aos humanos. Desde as antigas pinturas em cavernas (cuja cor da tinta deriva de minerais), até as esculturas dos reis egípcios talhadas em pedra e as recentes cerâmicas e seus esmaltes, os minerais são um ingrediente completo do mundo das artes. Conhecendo as propriedades físicas dos minerais e das rochas, os artistas utilizam esses materiais com objetivos específicos. A cerâmica é feita de misturas de minerais (a porcelana é principalmente feita de quartzo, e a louça de barro, de argila), assim como muitos esmaltes coloridos usados na decoração (p.ex., possuem cobre ou rutilo, Ti02). As pinturas podem ser vistas como registros da história humana. Com seus pigmentos derivados de materiais feitos de minerais, as primeiras pinturas em cavernas mostram cenas de caçadores, enquanto as pinturas pré-históricas egípcias e quadros renascentistas podem ilustrar práticas minerais. Os minerais têm fornecido a cor que dá suporte a esse mundo das artes ao longo do tempo, mas nos dias de hoje, muitas cores são de origem sintética (química).
Arqueologia
A arqueologia aplica os princípios científicos para o estudo de povos e culturas antigas. Os minerais encontrados em sítios antigos ajudam os cientistas a deduzir rotas de comércio, determinar fontes de materiais utilizados na colheita e preparação de alimentos e interpretar a prosperidade das sociedades.
Na América Central, o sal (halita) foi um importante item comercial, enquanto na Ásia, foi a turquesa. O sílex foi utilizado para fazer pontas de flecha, e o basalto, para triturar sementes.
O estudo de minerais fornece inspirações para várias áreas das ciências e humanidades. Esses são apenas alguns exemplos de como a mineralogia é parte de muitas outras aplicações.
Disciplinas da Ciência dos Minerais
Mineralogia descritiva
A mineralogia descritiva é a medida e o registro das propriedades físicas que ajudam a descrever e identificar um mineral. Algumas características de um mineral, tais como forma cristalográfica, dureza, cor e densidade relativa, podem ser avaliadas em espécimes de mão por meio da observação e/ou utilizando algum equipamento básico de teste. Outros aspectos mais objetivos de um mineral, como as propriedades ópticas e a forma de uma cela unitária (elementos do menor bloco componente da estrutura atômica), requer técnicas e equipamentos especializados. Exemplos de equipamentos necessários para essas medidas incluem a microscopia Petrográfica e o sistema de difração de raios X.
Cristalografia
A cristalografia é um granderamo da ciência que diz respeito ao arranjo atômico dos materiais sólidos. Consequentemente, ela se relaciona com outras disciplinas, tais como a ciência dos materiais e a química inorgânica. Inicialmente, a cristalografia centrava-se na forma geométrica, simetria externa e propriedade óptica dos cristais. A descoberta dos raios
X e os experimentos subsequentes utilizando-os levaram a uma revolução da cristalografia. O escopo da cristalografia moderna é a determinação da estrutura interna de materiais cristalográficos, referida como sendo sua estrutura cristalina. A determinação da estrutura do cristal fornece informações sobre a localização de todos os átomos, posição e tipo de ligação atômica, simetóa interna e a composição química dos blocos componentes básicos dos minerais. Essa informação é fundamental para os conceitos da cristaloqu{mica, a inter-relação entre a química e a estrutura do cristal.
Cristaloquímica
A cristaloquímica, ou a química dos cristais, está relacionada com a composição química, a estrutura interna e as propriedades físicas dos materiais cristalinos. Um dado mineral é definido com base em sua estrutura cristalina e composição química. Estas, por sua vez, dizem respeito às propriedades físicas dos minerais. Em muitos grupos de minerais, a estrutura inteira é relativamente constante, mas a composição química é altamente variável.A avaliação do tipo de estrutura, arranjo das ligações atômicas, variabilidade química e mudanças relacionadas com as propriedades físicas dos materiais cristalinos estão incluídas na cristaloquímica.
Classificação Mineralógica
A classificação de minerais é a maneira pela qual esses materiais são logicamente ordenados, similarmente ao que é feito na biologia ou na química. Existem aproximadamente 4.200 espécies de minerais formalizadas e cada qual tem um nome distintivo. Para dar sentido à diversidade química e estrutural representada por esses minerais, é costume classificá-los de acordo com um esquema que incorpora esses dois aspectos, o químico e o estrutural. De acordo com análises cuidadosas, eles são, em primeiro lugar, classificados por seus ânions ou grupos aniônicos. Isso resulta em diversas classificações, tais como, elementos nativos, sulfetos, óxidos, carbonatos e silicatos. Em segundo, em grupos com muitas espécies e estruturas complexas, como o grupo de silicatos, mais subclassificações são feitas. Essas subclassificações são primeiramente baseadas nos arranjos estruturais (atômicos), tais como as várias ligações do tetraedro de silicato.
A ocorrência geológica refere-se ao contexto geológico no qual um mineral é encontrado e às associações características que ele tem com outros minerais (frequentemente denominada paragênese). Por exemplo, uma ocorrência comum do mineral pirita, FeS2, seria referida como sendo "em depósitos de minérios de origem hidrotermal". A granada, um silicato quimicamente complexo, é especialmente característica de rochas metamórficas. Dependendo da constituição química da granada, sua ocorrência pode ser anotada como "principalmente em tipos de rocha ricas em alumínio que resultam do metamorfismo regional" ou como "em calcários ricos em ferro e cálcio que foram alterados por metamorfismo de conta to".
O campo da Ciência dos Minerais abrange hoje urna ampla área de estudos. As principais áreas de pesquisa relacionada à mineralogia já foram descritas e também no tópico Definindo um mineral de modo mais amplo. Outros campos relacionados incluem a análise de minerais por raio X, difração de elétrons e nêutrons, e síntese de minerais. Outras áreas de estudo enfocam a estabilidade termodinâmica de minerais, as análises de rochas e minerais em microscópio (petrografia) e aspectos de metalurgia e cerâmica. O campo da Ciência dos Minerais encontra-se em contínua expansão, uma vez que novas descobertas científicas são feitas e novas técnicas experimentais e instrumentos analíticos são desenvolvidos.
CONCLUSÃO
Após ter feito o trabalho conclui que a mineralogia tem uma relação com varias ciências geológicas e também tem relação com outras ciências como matemática, física, geografias e muito mais.
A Mineralogia é particularmente relacionada com a química inorgânica pelo fato dos minerais serem compostos químicos inorgânicos. Os minerais, por serem sólidos químicos complexos da própria natureza, ajudam os químicos a entender os materiais inorgânicos complicados. A disciplina da ciência e engenharia de materiais é um campo multidisciplinar que se encontra na produção de novos materiais para uma função específica. Estas disciplinas usam minerais como modelos para o desenvolvimento de novos materiais. A arqueologia aplica os princípios científicos para o estudo de povos e culturas antigas.
E também tem divisões gerais da mineralogia que são
Cristalografia: estrutura interna e forma externa das substâncias cristalinas
Mineralogia Física: propriedades físicas (densidade, dureza, clivagem, brilho etc.)
Mineralogia Química: propriedades químicas e composição química dos minerais
Mineralogia Descritiva: descrição das várias classes minerais, suas propriedades (cristalográficas, físicas e químicas), modo de ocorrência, aspectos diagnósticos etc.
Mineralogia Determinativa: identificação minerais pelas propriedades (pricipalmente as físicas)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KLEIN, C. The Manual of Mineral Science. New York: John Wiley & Sons, 2002, 646 p.
PRESS e SIEVER, (2000), Understanding Earth (3.ª edição). Freeman Publisher, New York. 
Godinho (1994) - A saga dos elementos químicos na crusta continental.  Colóquio/Ciências, Fundação Calouste Gulbenkian, n.º 15, p. 31-51.
 Ferreira Pinto - Apontamentos de Mineralogia e Petrologia (Biologia). Departamento de Ciências da Terra, 173 p. 
 
Bibliografia online:
http://www.webelements.com/
http://www.uh.edu/~jbutler/physical/onlinefall2001.html

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