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EXCEÇÕES Processo Penal

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EXCEÇÕES
É um procedimento incidental, ou seja, procedimento da competência do juízo da ação penal, cujo objeto se fundamentará, segundo Eugênio Pacelli de Oliveira:
“Em uma questão preliminar, a reclamar solução prévia, antes da apreciação do mérito da pretensão punitiva;
Em uma questão de natureza cautelar, ou acautelatória dos interesses patrimoniais que emergem do processo principal;
Em uma questão probatória, atinente tanto à comprovação da imputabilidade do agente, caso do incidente de sanidade mental, quanto à constatação da materialidade do delito, como ocorre no incidente de falsidade. (Artigo 145 ao 148, do Código de Processo Penal)”
As questões prejudiciais se referem ao próprio mérito do fato criminoso, enquanto as questões preliminares se referem à validade do processo. As exceções são empregadas para afirmar ausência de condições da ação ou pressupostos processuais. São classificadas como exceções dilatórias e exceções peremptórias, constituindo matéria de defesa indireta, não referente ao mérito da ação, mas sim às questões cuja solução antecede ao julgamento daquele.
São dilatórias aquelas cuja solução não põe fim ao processo principal (a ação penal), e sim apenas implica em uma delonga ou atraso do julgamento final, assim como ocorre com a exceção de incompetência do juízo, de suspeição, impedimento ou incompatibilidade. 
São peremptórias aquelas que, uma vez acolhidas, põe fim a relação processual principal, encerrando a ação penal em curso. É o caso da exceção de coisa julgada, de litispendência e, por fim, da ilegitimidade de parte. Importante ressaltar que implicará a extinção do processo, mas não impedirá a instauração de uma nova ação penal pela parte legitimada.
Exceção de Suspeição 
Não há distinção no tratamento da matéria, sendo que todas elas se ocupam da tutela de um único e mesmo valor positivado no ordenamento processual: a imparcialidade da jurisdição. Lembrando que a imparcialidade do juiz é requisito de validade do processo, inserido no princípio constitucional do devido processo legal. Tanto as causas que estabelecem a suspeição quanto aquelas que determinam casos de impedimento do juiz se referem a fatos e circunstâncias, subjetivos ou objetivos, que de alguma forma podem prejudicar a imparcialidade do julgador na apreciação do caso concreto.
Segundo o Professor Wolfram da Cunha Ramos Filho: 
“Se o juiz reconhece a suspeição ele deve suspender o processo, juntar toda a documentação trazida pelo excipiente e remeter os autos ao substituto.
Se o juiz não aceitar a suspeição o processo não é suspenso e a exceção é autuada em apartada, remetendo os autos ao Tribunal para julgamento.
Se a exceção for julgada procedente, os atos do processo são anulados e o juiz deve pagar as custas em caso de erro inescusável. Não há recurso para atacar essa decisão.
As exceções também podem ser arguidas contra: serventuários, peritos, intérpretes.
Quem julga exceção de suspeição arguida contra membro do MP é o juiz singular.
Não cabe exceção de suspeição contra autoridade policial durante o inquérito policial.
Se o membro do MP (Ministério Público) participar das investigações criminais, não ficará impedido ou suspeito de atuar no processo criminal. (súmula 234 STJ)”
Impedimento ou Incompatibilidade
Referem-se a fatos e/ou circunstâncias relativos e intimamente ligados ao próprio processo submetido inicialmente à jurisdição do juiz.
Em todos os casos, a razão da suspeição virá de um fato, evento, circunstâncias e convicções pessoais a qual a origem se encontrará fora do processo judicial em que se questiona a imparcialidade do juiz. 
Seja como for, o importante é que em todas elas, seja causa de suspeição, seja de impedimento, haja a imparcialidade do juiz. Quando a causa da exceção for anterior à ação penal e do conhecimento das partes, ela deverá ser oposta na primeira oportunidade. Mas poderá ser reconhecido mesmo após o transito em julgado da ação condenatória (exceto na sentença absolutória) se comprovada a violação da imparcialidade do julgador.
Exceção de Incompetência
	Excepcionada ou não a incompetência, reconhecida espontaneamente ou não pelo juiz, o processo poderá ser anulado a qualquer tempo, quando este for referente à incompetência absoluta. Assim, se tratando da incompetência territorial, ou seja, incompetência relativa, o interesse que prevalece é o das partes litigantes na justiça, já que se atribui a elas a função do ônus da prova de suas alegações. O Código de Processo Penal atribuiu ao juiz que mesmo a incompetência relativa seja reconhecida de ofício, que deve ser realizada o quanto antes possível, desde que respeitadas as garantias constitucionais do acusado. Para se evitar a repetição de atos processuais, como regra, a incompetência relativa deverá se resolver até a fase de instrução. Da decisão que aceitar declinatória, reconhecendo a incompetência, caberá recurso em sentido estrito, com fundamento no art. 581, III, do CPP. Quando for recusada exceção, a regra é o não-cabimento de qualquer recurso previsto na lei, podendo ter cabimento, todavia, o habeas corpus, com fundamento no art. 648, III, do CPP.
http://ensinejus.blogspot.com.br/2011/06/direito-processual-penal-questoes-e.html
Demais Exceções
Para apreciação das exceções de litispendência, ilegitimidade de parte e de coisa julgada, será utilizado o mesmo procedimento previsto para o julgamento da exceção de incompetência.
Sendo que por ilegitimidade das partes, quando proposta por quem não possui legitimidade ativa, a exceção poderá ser oposta tanto como matéria de defesa quanto mediante exceção, autuada em apartado. Na ilegitimidade ad processum, poderá ser feita mediante exceção de ilegitimidade de parte, assim como por via de defesa direta, nos autos principais.
A litispendência, neste caso, é a repetição de causa já instaurada anteriormente, com as mesmas partes e o mesmo fato delituoso.
Já a coisa julgada, é a decisão judicial que tenha apreciado o fato principal, ou seja, aquele indicado na parte dispositiva da sentença. Somente o que faz coisa julgada no processo penal é o fato real objeto da imputação feita na inicial, ou seja, o que acontece em julgado é a realidade histórica, ou seja, o que ocorreu, e não a realidade imputada ou descrita na acusação. Sendo que a coisa julgada por sentença condenatória, não permite uma nova ação penal, mas permite que haja revisão criminal, no interesse do acusado.
As questões referentes à exceção, mesmo as de incompetência absoluta, podem ser alegadas como matéria de defesa, em qualquer tempo. E caso haja mais de uma exceção, estas devem constar em uma única petição. As exceções serão realizadas em autos apartados e não suspenderão o processo principal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- OLIVEIRA, Eugênio Pacelli. Curso de Processo Penal – 13° edição
- http://ensinejus.blogspot.com.br/2011/06/direito-processual-penal-questoes-e.html

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