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1 paper Introducao a Pesquisa

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INTRODUÇÃO. À PESQUISA.
 CONSEITO, ESTRUTURA E ELABORAÇÃO
Ana Beckert
Cláudia Madalozzo
Cristiane de Jesus**
Daniele Balninott
Prof. Eduardo Pereira de Jesus
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso QUI001 – Trabalho de Graduação 
20/06/2017
RESUMO
A proposta deste estudo é abordar a importância da pesquisa de campo qualitativa, desenvolvida a partir de referenciais teóricos. Evidenciando através dela a obtenção de resultados em tempo real, exploratória e não tem como finalidade resultados estatísticos e matemáticos no processo de análise de um problema como método principal e sim o próprio pesquisador sendo o instrumento da pesquisa. Assim, esse paper tem o intuito de apresentar este tema, como formar conhecimento e traçar o conceito, da abordagem qualitativa de pesquisa da qual emergem as ideias, conceitos, estrutura e elaboração.
Palavras-chave: pesquisa; qualitativa; pesquisador.
1 INTRODUÇÃO
O sucesso de uma pesquisa depende cada vez mais do conhecimento, habilidade, criatividade e estimulação do pesquisador. O bom andamento da pesquisa, por sua vez, depende da atuação do pesquisador para lapidar o grande volume de informações recebidas e interpretar da melhor maneira possível. 
E nesta visão deve-se tomar muito cuidado com as interpretações das informações utilizadas em vários estudos nas mais variadas áreas do conhecimento. 
2 CONCEPÇÃO TEÓRICOS E CONCEITUAIS
Observando a tendência da pesquisa metodológica, buscamos como foco a pesquisa de campo qualitativa. Segundo José Filho (2006) “o ato de pesquisar traz em si a necessidade do diálogo com a realidade a qual se pretende investigar” e para Goldenberg (2004), pode-se entender a pesquisa qualitativa como “a pesquisa que tem a preocupação do pesquisador com o aprofundamento da compreensão”, ou seja, buscam compreender o “como”, não se preocupando com a neutralidade e sim com a objetividade, assim estabelecem requisitos que bem interpretados e aplicados viabilizam a pesquisa de campo. 
Esclarece Fonseca (2002, p. 20):
Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente.
Com o propósito que a pesquisa de campo seja realizada Gerhart e Silveira (2009), citam que “só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer buscar a resposta”, com o fornecimento destas informações podem auxiliar nas respostas de suas indagações.   
Desta forma, o processo de pesquisa proporciona condições necessárias para o desenvolvimento e desenrolar do tema escolhido pelo pesquisador.
3 PESQUISA DE CAMPO
Os pesquisadores que adotam a forma qualitativa não podem fazer julgamentos e nem permitir que seus preconceitos, crenças contaminem a pesquisa, conforme cita Goldenberg em seu livro A Arte de Pesquisar 2004. Nesse modelo o pesquisador é simultaneamente o sujeito e o objetivo da pesquisa. 
Na pesquisa qualitativa se imagina que o pesquisador trabalhará em uma abordagem prático de seu objeto. Desta forma, ele parte de uma fronteira metodológica preestabelecido, para em seguida preparar ferramentas de coleta de dados, que bem conduzidas, elaborados e aplicada fornecerão conteúdo e conhecimento riquíssimo ao pesquisador. Logo após a coleta de dados, passa-se a etapa da análise e desta forma proceder a discussão dos resultados de sua pesquisa. 
Importante para se analisar os dados coletados é conhecer as características da pesquisa qualitativa conforme cota Gerhart e Silveira (2009) na obra Métodos de Pesquisa: 
“objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências.” (GERHART E SILVEIRA. 2009, p. 32).
Gerhart e Silveira (2009) conceituam que o pesquisador sempre deve observar a alguns riscos como:
a excessiva confiança do investigador como instrumento de coleta de dados; 
risco de que a reflexão exaustiva possam representar a influência do observador sobre o objeto de estudo; 
falta de detalhes que alterem as conclusões as quais foram alcançadas; 
falta de observância de aspectos diferentes sob enfoques diferentes; 
certeza do próprio pesquisador com relação a seus dados; 
sensação de dominar profundamente seu objeto de estudo; 
envolvimento do pesquisador na situação pesquisada, ou com os sujeitos pesquisados. 
Os estudos qualitativos têm como total atenção ao estudo e a análise em seu ambiente. Godoy (1995, pag 6) cita que a abordagem valoriza o contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo estudada. 
3.1 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS
Após o pesquisador ter em posse e conhecido todo o material bibliográfico é hora de ir a campo evidenciando suas idéias e projetos. Para isso, precisa estar pronto ou estabelecer instrumentos os quais servirão para a coleta de dados, que bem elaborado e aplicado fomentarão e direcionarão todo o trabalho de pesquisa. 
A pesquisa qualitativa envolve o estudo do uso e a coleta de uma variedade de materiais empíricos – estudo de casos; experiência pessoal; introspecção; história de vida; entrevista; artefatos; textos e produções culturais; textos observacionais/registros de campo; históricos interativos e visuais – que descrevem momentos significativos rotineiros e problemáticos na vida dos indivíduos. Portanto, os pesquisadores dessa área utilizam uma ampla variedade de práticas interpretativas interligadas na esperança de sempre conseguirem compreender melhor o assunto que está ao seu alcance. (DENZIN; LINCOLN. et al. 2006, p. 17)
É sempre importante observar que não seja confundida uma revisão de literatura que presume numa pesquisa em cima apenas de experiências vividas, com uma pesquisa qualitativa que garante através da coleta de dados uma resposta do tema pesquisado.
3.2 – ENTREVISTAS
O recurso aplicado pelo pesquisador nas investigações dos resultados esperados pode ser por meio de entrevistas, questionários, observações de campo e comportamentos, coletas de dados, comparativos, tabulações de dados, formulários e experimentos que darão subsídios suficientes para interpretar certos fatos relevante e até mesmo aprofundar conceitos quantitativos tendo como tendo como base conceitos bibliográficos ou documentais. 
A entrevista vem sendo muito utilizadas, em pesquisa. Ela facilita ao pesquisador uma gama enorme de dados e informações. Feres e Brito citam em seu artigo que a investigação é capaz de oferecer e produzir conhecimento a respeito de uma área ordenado em relação ao que já se sabe.
Podemos citar como formas de entrevistas:
- questionário estruturado - o entrevistado dará respostas às perguntas formuladas pelo investigador. 
- roteiro possui perguntas - geralmente de identificação ou classificação, onde o entrevistado tem a liberdade de explanar sobre o tema proposto.
 - ou voltada apenas para uma determinada problemática. 
É de suma importânciaa preparação dessas entrevistas uma vez que é preciso ter um planejamento de todas as etapas da entrevista, observando sempre quem é o foco, qual será o material ou equipamento a ser utilizado, hora e local, assim criando uma clima favorável a entrevista.
4 MATERIAL E MÉTODOS
Importante ressaltar que todo material coletado primeiro deve ser preparado para que o mesmo possa ser analisado corretamente.
Selecionar de acordo com o método utilizado, como áudios, documento escrito, organizar de forma que conste o nome do entrevistado, data, assunto. Registrar também a pergunta que foi feita, a resposta adquirida, inserir comentários, anotações importantes não confundir com as respostas coletadas e registros. 
Após a organização, separar o que será expressivo para a análise. Ordenar por palavras, tópicos temas, tudo pré-estabelecido e planejado. A análise de dados qualitativos é a etapa que exige muita perspicácia, tempo e atenção do pesquisador.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a realização da pesquisa o pesquisador  precisa apresentar os dados encontrados na parte experimental. Visando então  discutir, confirmar ou  até negar processos indicados anteriormente, que podem ser feita através  de  ilustrações com quadros, tabelas, fotografias, entre outros recursos no qual deve conter a resposta da proposta estudada.
Por tanto a discussão refere-se ao confrontamento  dos  dados encontrados nas bibliografias ou documentos utilizados com base. 
6 CONCLUSÃO
Nesta proposta de estudos procuramos explorar a natureza dos estudos qualitativos  abordando  uma apresentação sistemática dos  procedimentos utilizados em uma  pesquisa de campo qualitativa. Hoje em dia, a abordagem qualitativa, por meio de seus diferentes subtipos de pesquisa tem seu lugar assegurado como uma forma viável e promissora nos  trabalhos das mais diversas áreas  do conhecimento.
Lembrando que  confiabilidade e a legitimidade de uma pesquisa dependem, fundamentalmente, da capacidade do pesquisador articular a teoria com a pratica, através dos recursos utilizados, isso demanda esforço, leitura e  experiência.  
É  a partir deste pressuposto que o pesquisador pode então  divulgar, difundir e tornar realidade  a   proposta  estudada.
REFERÊNCIAS
GODOY, Arllda Schmidt. INTRODUÇÃO À PESQUISA QUALITATIVA E SUAS POSSIBILIDADES: Uma revisão histórica dos principais autores e obras que refletem esta metodologia de pesquisa em Ciências Sociais.. 1995. 7 f. Tese (Doutorado) - Curso de Administração de Empresa, Educação, Rae, São Paulo, 1995. Cap. 35.
 BUONO, Regina del. Diferenças entre pesquisa de campo. Disponível em: <http://www.abntouvancouver.com.br/2014/09/diferencas-entre-pesquisa-de-campo.html>. Acesso em: 20 maio 2017.
BUONO, Regina del. Pesquisa acao pesquisa de campo. Disponível em: <http://www.abntouvancouver.com.br/2013/03>. Acesso em: 20 maio 2017.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de Pesquisa. Porto Alegre, Rs: Ufrgs, 2009. 120 p.
GUERRA, Elaine Linhares de Assis. MANUAL PESQUISA QUALITATIVA. Belo Horizonte, Mg: Anima Educaçao, 2014. 52 p.
DUARTE, RosÁlia. PESQUISA QUALITATIVA: REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO DE CAMPO. 2002. 16 f. Tese (Doutorado) - Curso de Departamento de Educação, Departamento de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rj, 2002. Cap. 115.
GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: Como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2004. 57 p.
FERES JÚNIOR, Nazir; BRITTO JÚNIOR, Álvaro Francisco de. A utilização da técnica da entrevista em trabalhos científicos. Araxá: Evidência, 2011. 250 p.

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