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Prof. Ms. Eduardo Henrique Lima Paixão Consultor de Logística Empresarial CONSULTORIA E TREINAMENTO Movimentação de Materiais – Principais Atividades e Leis da Movimentação 1. Atividades Principais do Manuseio O objetivo primordial do manuseio é a separação das cargas de acordo com a necessidade dos clientes. As três principais atividades do manuseio são: • Recebimento: mercadorias e materiais chegam, normalmente, ao armazém em quantidades maiores do que as expedidas. A primeira atividade de movimentação é a descarga de veículos. Na maioria dos armazéns, ela é manual. Entretanto, têm sido desenvolvidos métodos mecanizados e parcialmente automatizados capazes de adaptar-se às diferentes características dos produtos. Geralmente, a descarga é feita por uma ou duas pessoas. Os produtos são empilhados, manualmente, em paletes ou em “slip sheet” para formar uma unidade a ser movimentada. Em alguns casos, esteiras transportadoras são usadas para descarregar os veículos mais rapidamente. Dessa forma, pode ser descarregada dos veículos maior quantidade de mercadorias para entrada no armazém. • Manuseio Interno: o manuseio interno inclui toda e qualquer movimentação dos produtos dentro do armazém. Após o recebimento dos materiais, é necessária sua transferência interna para colocá-los em locais de armazenagem ou para separar pedidos. Finalmente, quando os pedidos são recebidos, os produtos solicitados são acumulados e transportados para a área de expedição. Existem dois tipos de manuseio dentro do armazém: transferência e separação. Existem pelo menos duas transferências em armazéns tradicionais. Primeiramente, as mercadorias são levadas para dentro do armazém e colocadas no local previamente determinado. Depois, os produtos são transferidos para a área de separação ou seleção à medida que são processados os pedidos. Essa segunda movimentação pode ser suprimida quando as mercadorias possuem elevado peso e / ou volume. Na transferência final, os sortimentos de produtos solicitados pelos clientes são levados, diretamente, do armazém para a plataforma de carga. A separação dos produtos é uma função básica de armazenagem. O processo agrupa materiais, peças e produtos de acordo com os pedidos dos clientes. Geralmente, a área de separação é localizada em um ponto do armazém que minimiza as distâncias a serem percorridas. • Expedição: a expedição consiste, basicamente, na verificação e no carregamento das mercadorias nos veículos. Como no recebimento, a expedição é realizada, manualmente, na maioria dos sistemas. A expedição de cargas unitizadas está se tornando cada vez mais comum porque, dessa forma, o tempo de carregamento de veículos pode ser reduzido consideravelmente. 2. Seleção de Equipamentos Os equipamentos de movimentação devem ser selecionados obedecendo a um plano geral de administração do fluxo e materiais e de produtos, para que, no final dos investimentos, tenha-se um todo coerente capaz de atender bem às necessidades da empresa. Entretanto, observa-se, em muitas empresas, uma aquisição esparsa de equipamentos e, às vezes, dirigida a uma solicitação isolada de alguma seção da empresa, sem coordenação com uma diretriz geral. Acumulam-se equipamentos de tipos e marcas diferentes e, no final, os investimentos poderão atingir um montante equivalente àqueles que se atingiria se as aquisições fossem bem coordenadas desde o início. Recomenda-se sempre que se desenvolva um plano geral de administração dos fluxos de materiais e de produtos, para que dentro dessas diretrizes do planejamento, seja possível adquirir equipamento a equipamento, de forma que, no final, o todo seja harmônico e contribua para a elevação da produtividade da empresa. Prof. Ms. Eduardo Henrique Lima Paixão Consultor de Logística Empresarial CONSULTORIA E TREINAMENTO 3. Leis da Movimentação O manuseio de materiais concentra-se no armazém. Há uma diferença básica entre o manuseio de materiais embalados e a granel. Materiais a granel necessitam de equipamentos especiais para descarga. As considerações a seguir são referentes ao manuseio de embalagens no sistema logístico. Para se manter um sistema de movimentação eficiente, deve-se obedecer a algumas “leis”, sempre que possível: 1. Obediência ao fluxo das operações: como já mencionado anteriormente, não deve haver desvios que não agregam valor ao produto, redundando, apenas, em perda de produtividade. 2. Mínima distância: quanto menores forem as distâncias percorridas, tanto menor a chance de ocorrerem erros e conseqüente perda de eficiência. 3. Mínima manipulação: assim como a mínima distância, quanto menos se manipula, menor a chance de erros. 4. Segurança e satisfação: como a mão-de-obra é um elemento importante do sistema, funcionários seguros e satisfeitos tendem a ter maior produtividade. 5. Padronização: quando se faz a padronização dos equipamentos, reduz-se a quantidade de peças de reposição em estoque, diminuindo o capital imobilizado e o custo da empresa. 6. Flexibilidade: o sistema deve ter flexibilidade para poder manusear diferentes tipos de materiais, para que não haja necessidade de novos investimentos a qualquer mudança operacional. 7. Máxima utilização do equipamento: quando se utilizam, ao máximo, os equipamentos, o capital investido é plenamente empregado e dá mais retorno ao investimento. 8. Máxima utilização da gravidade: a gravidade é uma energia gratuita. Assim, quanto mais tirarmos proveito dela, tanto mais eficiente será o manuseio. 9. Método do espaço disponível: a racionalização do espaço disponível, com a preocupação de facilitar o trânsito de equipamentos de movimentação, melhora a eficiência do sistema. 10. Método alternativo: os procedimentos de manuseio devem, sempre que possível, contemplar métodos alternativos para a movimentação dos materiais, evitando ou reduzindo a perda de produtividade quando houver problemas. 11. Menor custo total: este, na realidade, deve ser o objetivo final do Sistema Logístico, no qual o Sistema de Manuseio está inserido. Referências BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas,1998. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1993. NOVAES, Antonio Galvão N. ; ALVARENGA, Antonio Carlos. Logística Aplicada: suprimentos e distribuição física. São Paulo: Pioneira, 1994.
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