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Unidade 5 - Instalações e Equipamentos

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Instalações e Equipamentos 
Unidade 5: 
Os requisitos básicos na construção de galpões são a simplicidade, execução 
rápida, seguro e durável, baixo custo, que permita um manejo eficiente e o 
condicionamento térmico natural. Normalmente, os galpões podem receber diferentes 
focos construtivos, dependendo do grau de tecnificação e do segmento de produção. 
Assim, galpões de aves de corte podem-se diferenciar dos empregados em aves de postura 
comerciais, como estes diferirão daqueles utilizados no segmento de ovos férteis. De modo 
geral, o que buscamos é o conforto da ave durante a criação. 
 
Ambiência 
A evolução nos programas de melhoramento genético de aves comerciais levou ao 
surgimento de linhagens mais produtivas. O grande desafio é dominar o dinamismo da 
genética, que tornou as aves muito mais exigentes, principalmente, sob os aspectos 
nutricional e ambiental, sendo necessário modernizar as práticas de manejo em instalações 
cada vez mais automatizadas, com ambiente controlado e maior número de aves por área. 
Fatores ambientais externos e o microclima dentro das instalações exercem efeitos 
diretos e indiretos sobre a produção das aves em todas as fases de produção, acarretando 
redução na produtividade, com consequentes prejuízos econômicos. Esse ramo, conhecido 
por ambiência, é definido como o conforto baseada no contexto ambiental, quando se 
analisa as características de meio ambiente em função da zona de conforto térmico, 
associado a características fisiológicas que atuam na regulação da temperatura interna da 
ave. A ambiência também leva em conta o bem-estar dos animais, através da redução de 
fatores estressantes como densidade animal, conforto e ausência de poluição sonora e 
ambiental. As aves são animais homeotérmicos, portanto mantêm a temperatura corporal 
dentro de certos limites relativamente estreitos, mesmo que a temperatura ambiente flutue 
e que sua atividade varie intensamente. 
A troca de energia térmica da ave se dá por meio de calor sensível, através da 
condução, convecção e radiação. Radiação é a transferência de energia térmica de um 
corpo a outro, através de ondas eletromagnéticas. Condução é o mecanismo de 
transferência de energia térmica entre corpos e entre partes de um mesmo corpo. O animal 
ganha ou perde calor por condução através de contato direto com substâncias frias ou 
quentes, incluindo o ar, a água e materiais sólidos. Convecção é a perda de calor através de 
uma corrente de fluído (líquido ou gasoso), que absorve energia térmica em um dado local 
e que, então, se desloca para outro local, onde se mistura com porções mais frias do fluído 
e para elas transfere a energia. A ventilação favorece as perdas de calor entre as aves e o 
ambiente. 
 
Instalações 
Existem, atualmente, diferentes modelos de aviários de norte a sul do país. 
Encontramos aviários convencionais, semiautomatizados, automatizados e os climatizados. 
Dependendo da região e do grau de tecnificação, o custo de um aviário pode ser o dobro de 
um outro ou até mais. 
Aviários convencionais: são os mais antigos, de instalações simples, com cobertura 
de telha de barro ou fibrocimento, de equipamentos normais e baratos, geralmente 
manejados pelos próprios proprietários. Apresentaram sucesso de produção e lucratividade 
em épocas anterior, onde a avicultura não era tão competitiva, se bem manejado, ainda 
geram excelentes resultados. São usados com êxito em zonas tropicais, como galpão 
aberto. As vantagens deste tipo de galpão é que requer menor capital e equipamento e 
ainda, a ventilação não depende da fonte de eletricidade. As desvantagens são a dificuldade 
de controlar a maturidade sexual do lote, roedores e fatores que possam propagar doenças. 
Aviários semiautomatizados: são modelos convencionais, mas com algum tipo de 
tecnologia, ou seja, painéis que controlam a ventilação, nebulização, bebedouro nipple e 
comedouros automático e até o sistema de aquecimento. 
Aviários automatizados: trata-se de instalações modernas, muitas delas com telhados 
isolantes, ventilação tipo túnel, equipamentos totalmente automáticos, controlados por 
painéis eletrônicos. 
Aviários climatizados: os aviários climatizados tratam-se de galpões de ambiente 
controlado, que são muito bons durante o período de recria, porque facilitam o controle da 
maturidade sexual. 
Todos os galpões devem ser construídos de modo 
que possam ser limpos e desinfetado de maneira fácil e 
completa. Milhares de aves comerciais já se encontram 
alojadas em instalações modernas nos mercados nacionais 
e internacionais, com as seguintes características: alta 
densidade de alojamento; necessidade de pouco espaço 
físico; redução do percentual de ovos não aproveitáveis; 
menor custo de mão de obra; menor desperdício de ração; 
maior controle dos fatores ambientais e maior 
competitividade no mercado. Porém, estas instalações 
exigem maior custo de implantação e grandes lotes de 
reposição e há dificuldade no manejo de dejetos, controle sanitário e adaptabilidade das 
aves. 
Os tipos de instalações avícolas para aves de corte, postura e matrizes modificaram-
se muito nos últimos dez anos. Os antigos galpões avícolas, fechados ou com muretas 
laterais de 0,60m ou mais de altura (própria de climas temperados), foram substituídos por 
instalações totalmente abertas e leves, pés direitos mais elevados, materiais de melhor 
comportamento térmico, etc. Simultaneamente, a partir da metade da década de 90, o 
acondicionamento térmico ambiente por meio natural e artificial passaram a compor o 
projeto dos aviários, quando também se iniciaram os primeiros galpões ventilados com 
sistema de ventilação negativa em modo túnel. O padrão atual contempla dois tipos 
dominantes e semi-climatizados: a) aviários abertos, com sistema de ventilação positiva em 
modo túnel e lateral; b) abertos, com sistema de ventilação negativa em modo túnel. O 
resfriamento, geralmente, ocorre por via evaporativa com uso de materiais porosos ou 
nebulizadores. 
 
Principais características construtivas 
Localização: a escolha do local adequado para implantação do aviário visa otimizar 
os processos construtivos, de conforto térmico e sanitários. O local deve ser escolhido de 
tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação natural do ar e se evite a insolação 
no interior da edificação. 
 
 
Ambiente climatizado 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
Orientação: os galpões devem ser 
construídos com o seu eixo longitudinal 
orientado no sentido leste-oeste. Nessa 
posição, nas horas mais quentes do dia, a 
sombra vai incidir embaixo da cobertura e a 
carga calorífica recebida pelo aviário será a 
menor possível. 
Disposição dos galpões: o afastamento 
entre galpões deve ser suficiente para que uns 
não atuem como barreira à ventilação natural 
de outros. Recomenda-se afastamento de 10 vezes a altura da construção para os dois 
primeiros galpões e 20 a 25 vezes essa altura do segundo galpão em diante. 
Dimensões: existe uma tendência mundial de se construir galpões com 12 m de 
largura x 100 m de comprimento. Para a largura de 12 m, o pé-direito ideal é de cerca de 4 
m, tendo em vista o acondicionamento natural desejável para climas quentes, 
principalmente, se associado à presença do lanternin. Não se recomenda construir galpões 
com mais de 200m de comprimento. Além disso, é aconselhado fazer divisórias internas ao 
longo do aviário para diminuir a competição e facilitar o manejo das aves. 
O piso é importante para proteger o interior do aviário contra a entrada de umidade e 
facilitar o manejo. Este deve ser de material lavável, impermeável, não liso, com espessura 
de 6 a 8cm de concreto no traço 1:4:8 (cimento, areia e brita) ou 1:10 (cimento e cascalho), 
revestido com 2cm de espessura de argamassa 1:4 
(cimento e areia).Pode ser construído em tijolo deitado, 
que apresenta boas condições de isolamento térmico. 
Deverá ter inclinação transversal de 2% do centro para as 
extremidades do aviário para facilitar a lavagem do 
galpão. 
Beiral: tem função de sombrear o ambiente próximo 
ao galpão, principalmente no período quente do dia, além 
de proteger o interior do galpão da água das chuvas. De 
maneira geral, 
recomendam-se beirais de 
1,5 a 2,5m, de acordo com o pé-direito. 
Mureta: a altura da mureta de 20cm tem se 
mostrado satisfatória, pois permite a entrada de ar ao nível 
das aves e não evita a entrada de água da chuva e que a 
cama seja jogada para fora do aviário. Entre a mureta e o 
telhado deve ser colocado tela. A tela tem a finalidade de 
proteger a cortina e evitar a entrada de pássaros, que, além 
de trazerem enfermidades, poderão consumir ração das 
aves. A malha da tela deve ser de 2,5 cm, fio 16. 
 
Aviário construído na orientação leste-oeste 
 
 
Detalhe do beiral 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
 
 
Detalhe da mureta 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
 
 
Cortinas: as cortinas poderão ser de plástico 
especial trançado ou lona, confeccionadas em fibras 
diversas, porosas para permitirem a troca gasosa com o exterior, funcionando apenas como 
quebra-vento, sem capacidade de isolamento térmico. Devem ser fixadas para possibilitar 
ventilação diferenciada para condição de inverno e verão. Para atender ambas situações, é 
ideal que seja fixada a dois terços da altura do pé direito e que seja aberta das extremidades 
para o ponto de fixação. 
Oitões: as paredes das extremidades do aviário, conhecidas como oitões, devem ser 
fechadas até o teto. Para climas quentes, que não possuem correntes de ventos provindas 
do sul, recomenda-se que os oitões sejam de tela como nas laterais e providos de cortinas. 
Os oitões devem ser protegidos do sol nascente e poente, pintando as paredes com cores 
claras, sombreando-os por meio de vegetação, beirais ou sombrites. Dependendo da região, 
os oitões podem ser de madeira, telhas onduladas, fibra de vidro, lâminas de isopor ou 
alvenaria. 
Cobertura: esta parte tem tido grande importância por reduzir a carga térmica 
radiante do sol. Nas regiões tropicais, onde a intensidade de radiação é alta em quase todo 
o ano, recomenda-se escolher telhado de grande resistência térmica, como o sapé ou a telha 
cerâmica. Contudo, por comodidade e economia, é comum o emprego de telhas de cimento 
amianto, que é material de baixo conforto para as aves. O telhado pode ser de telhas de 
cimento amianto, que são de fácil colocação e necessitam 
de menor madeiramento, desde que recebam material para 
melhorar a sua eficiência térmica, como isolantes (forro), 
pinturas refletoras, aspersão. O forro atua como uma 
segunda barreira física, a qual permite a formação de uma 
camada de ar móvel junto à cobertura. Nas pinturas, 
buscamos a reflexividade solar da cor branca da parte 
superior e a preta, da parte interna do material de 
cobertura. Para regiões quentes, utilizar telhas com 
isolamento térmico, como o poliuretano, telhas cerâmicas 
ou telhas de fibrocimento, pintadas com tinta acrílica 
branca. No entanto, em termos de conforto térmico, a telha 
de cerâmica ainda é a mais indicada. 
 
Lanternim: é a abertura na parte superior do telhado. Permite a renovação contínua do 
ar pelo processo de termossifão, resultando em ambiente confortável. Este deve permitir 
abertura mínima de 10% da largura do aviário. 
O aviário ainda deverá ter portas nas 
extremidades para facilitar, ao avicultor, o fluxo 
interno e as práticas de manejo. Estas devem ter 
pedilúvio fixo, que ultrapasse a largura das portas 
em 40cm de cada lado, largura de 1m e 
profundidade de 5 a 10cm. Para facilitar o 
carregamento de aves, a carga nova e a descarga 
de cama velha, é conveniente também a instalação 
de uma porta em cada extremidade do aviário, que permita a entrada de um veículo ou 
trator. 
 
Sistema de acondicionamento térmico artificial 
Vários são os tipos de sistemas de acondicionamento térmico artificiais, possíveis de 
uso em galpão avícola aberto. No entanto, para o emprego desses sistemas, é conveniente 
Oitão de um aviário 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
 
 
Cobertura de telhas de cerâmica (barro) 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
 
Vista frontal de um galpão com lanternim 
que a instalação atenda às recomendações do acondicionamento térmico natural, tais como 
aquelas relativas à localização, orientação, paisagismo circundante e aspectos 
arquitetônicos. 
Ventilação forçada: a ventilação forçada simples corresponde ao sistema mais 
comum de acondicionamento térmico artificial, utilizado na avicultura brasileira. A 
ventilação mecânica ou forçada, além de ser independente das condições atmosféricas, 
apresenta as vantagens de possibilitar o tratamento do ar (filtração, umidificação, etc.) e 
sua melhor distribuição. Geralmente, existe dois tipos de ventilação forçada, o sistema de 
ventilação positiva e o negativo. 
Sistema de ventilação de pressão positiva ou diluidora – neste sistema, os ventiladores 
forçam o ar externo para dentro da instalação, com aumento de pressão do ar. O gradiente 
de pressão interno-externo, assim gerado, movimenta por sua vez o ar interno para fora. É 
o sistema mais usado nas instalações avícolas. 
Sistema de ventilação positiva lateral: neste sistema os ventiladores usados nos galpões 
avícolas abertos devem ser dispostos na lateral desses galpões, de forma a promover o 
fluxo do ar no sentido da largura do galpão, succionando o ar fresco do exterior, injetando-
o para o interior e expulsando o ar viciado pelo lado posterior. Além deste, o sistema de 
ventilação positivo pode ser associado à nebulização. 
Sistema de ventilação positiva em modo túnel: quando se deseja um maior controle e 
uniformidade da ventilação positiva, pode-se usar a ventilação em modo túnel. A 
ventilação em túnel consiste em 
possibilitar a entrada de ar por uma das 
extremidades do galpão e sua exaustão 
pela extremidade oposta, estando as 
laterais do galpão totalmente fechadas. 
Em regiões extremamente quentes, a 
ventilação simples, natural ou artificial, 
pode ser insuficiente para promover o 
arrefecimento de temperatura do ar. 
Quando isso ocorre, a temperatura 
interna das instalações costuma ser tão 
elevada que se torna necessário promover o pré-resfriamento do ar que entra no galpão. 
Uma das forma mais eficientes de resfriamento do ar que pode ser adotada em instalações 
abertas ou fechadas é o resfriamento adiabático evaporativo, o qual possibilita uma 
redução substancial da temperatura do ar, em media de 6 ºC nas condições brasileiras. O 
processo de resfriamento consiste em forçar a passagem do ar por material poroso 
umedecido por gotejador de água, utilizando para isto um ventilador. Com esse processo, o 
ar externo é resfriado antes de ser conduzido, por ventilação, ao interior do galpão. 
Sistema de ventilação positiva associado a nebulização: o sistema de nebulização 
consiste na formação de gotículas extremamente pequenas, que aumenta muito a superfície 
de uma gota dágua exposta ao ar, o que assegura evaporação mais rápida. A nebulização, 
associada ao movimento do ar ocasionado pelo ventilador, acelera a evaporação e evita que 
a pulverização ocorra em um único lugar, molhando a cama. Ao passar do estado líquido 
para o gasoso, a água retira do ambiente aproximadamente 584 kcal para cada kg de água 
evaporada, dependendo da temperatura. Na prática, poderíamos reduzir em cerca de 6 ºC 
com 5 min de uso dos nebulizadores. Além deste, o sistema de ventilação positiva pode ser 
associado com nebulizadores em modo túnel. 
Sistema de ventilação de pressão negativa ou exaustora – este sistema força a saída do 
ar, criandoum vácuo parcial na instalação. Por sua vez, a diferença de pressão do ar, assim 
gerado entre o interior e o exterior do galpão, succiona o ar externo para o interior da 
 
Fonte: Manual de frango e corte AgRoss 
instalação. Esse é o sistema de ventilação mais comum para incubatórios e/ou galpões 
climatizados. A principal forma de admissão são os galpões climatizados com uso de 
ventilação negativa. O galpão climatizado é um sistema totalmente automatizado, que se 
utiliza de ventilação negativa para geração de um túnel de vento. Em um dos processos de 
climatização, nas extremidades laterais de uma das cabeceiras do galpão, são dispostas 
aberturas nas quais é instalado um sistema de placas evaporativas para resfriamento do ar 
que entra no alojamento. Na extremidade oposta devem ser colocados exaustores de todo o 
ar do galpão a cada min. Assim, com o sistema em funcionamento, o ar é succionado por 
uma das extremidades, percorre todo o galpão e sai através dos exaustores, na extremidade 
oposta. 
 
Equipamentos 
Os equipamentos necessários para o galpão de criação de aves constam, 
essencialmente, de comedouros, bebedouros, campânulas e círculos de proteção. Outros 
equipamentos e acessórios ao bom manejo são gaiolas e ninhos, debicador, bomba de 
pulverização, caixas para transporte dos frangos e trator com reboque ou camioneta para 
transporte de rações e outros serviços. É importante lembrar que os equipamentos 
necessários à criação de poedeiras comerciais e à produção de pintos de um dia em fases de 
crescimento serão idênticos aos equipamentos requeridos na criação de frangos. No 
incubatório, serão necessárias máquinas de incubação, câmaras de eclosão, incinerador e 
caixas para transporte dos pintinhos, além de outros equipamentos menores, como 
ovoscópio para exame de ovos, tanque de lavagem, carrinhos transportadores de ovos, 
equipamento de limpeza e desinfecção. É necessário também uma ou mais camionetas para 
entrega de pintinhos, equipadas com renovação de ar. 
Campânulas: existem vários tipos de campânulas, quanto à forma e fonte de energia. 
No Brasil, as mais econômicas são as aquecidas a gás, já que a eletricidade ainda é muito 
cara. As que usam carvão como fonte de calor devem ser evitadas, pois expelem gases 
(CO2) tóxicos aos pintinhos. As campânulas a gás são fabricadas, geralmente com 
capacidade para 500 pintos. 
Círculo de proteção: Os círculos de proteção circundarão cada campânula para evitar 
que os pintinhos escapem para fora da área aquecida e como proteção contra as correntes 
de ar. São, na verdade, uma parede divisória de 40 a 
60cm de altura feita, normalmente, com fibra de madeira 
prensada (eucatex, duratex). Este círculo de proteção 
será desmontável e estará situado a aproximadamente 
60cm de distância da borda da campânula nos primeiros 
dias. 
Tipo de comedouros: 
A principal função dos comedouros é o fornecimento 
de ração, além de facilitar o consumo e diminuir ou 
evitar o desperdício. Existem vários tipos de 
comedouros, considerando a idade da ave, seu 
funcionamento e o grau de tecnologia empregado. Para pintinhos, usa-se, geralmente, o 
comedouro de bandeja. Para frangos, após as primeiras duas semanas dispomos de 
comedouros tubulares e automáticos. 
Comedouro tipo bandeja: utilizados para fornecer alimento a aves jovens (pintinhos), 
são recipientes rasos, de madeira ou zinco, nas dimensões de 50 x 65cm e com uma borda 
com 1cm de altura. Uma bandeja é suficiente para cada 100 pintos nos primeiros dias de 
vida. Neste tipo de comedouro, usado nos 10 primeiros dias, é necessário peneirar a ração 
diariamente, pois os pintos defecam sobre ela. 
 
 
Círculo de proteção em funcionamento 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
Comedouro tubular: também chamado de semi-
automático, são constituídos por um prato e um depósito 
de ração na forma de cone ou cilíndro. Este depósito, 
normalmente, pode armazenar ração suficiente para dois 
dias, já que a ração desce sob pressão e mantém o prato do 
comedouro sempre cheio. Um comedouro com 1,20m de 
circunferência é o suficiente para 20 a 30 frangos desde o 
11º dia de idade até o abate. De preferência, distribuí-los 
em fileiras com equidistância de dois metros um do outro, 
alternado por bebedouro. O principal ponto para ajustar o 
nível de ração no prato é o volume de ração que 
colocamos no tubo. Como regra geral para manejo de comedouros, na primeira semana os 
pratos devem estar com 80 a 90% de sua capacidade, 
reduzindo de modo que, na última semana tenhamos um 
mínimo de ração no prato, suficiente para manter o 
consumo sem desperdício. 
Comedouro automático ou mecânico: existe e 
m duas formas básicas, uma de corrente aberta dentro 
de comedouros lineares e outra de tubos, que transportam 
a ração para comedouros tubulares. O comedouro 
mecânico de corrente consta de um depósito de ração 
central e de um motor que aciona uma corrente com elos 
transportadores, que conduzem a ração através do 
comedouro linear em circuito fechado por dentro de todo o galpão. Já o comedouro 
automático tubular conduz a ração por correntes transportadoras dentro de tubos aéreos que 
desembocam diretamente no depósito dos comedouros tubulares, estrategicamente 
dispostos dentro do galpão. Ao decidirmos se vamos instalar comedouros mecânicos 
automáticos ou comedouros tubulares, devemos sempre analisar o custo inicial de cada um 
dos sistemas e comparar com a economia da mão-de-obra no caso dos automáticos. Quanto 
à altura dos comedouros, temos que nos preocupar, pois antigamente trabalhávamos com 
pratos na altura do dorso das aves e, atualmente se sabe que quanto mais alto o comedouro, 
maior a tendência de aumento na conversão alimentar e menor o ganho de peso. 
Recomenda-se colocar os comedouros à altura imediatamente abaixo do papo das aves. 
Comedouros tipo helicoidal (rosca flexível): este comedouro possui bandejas 
semelhantes aos comedouros tubulares, as quais são abastecidas automaticamente, através 
de espiral que, por meio de um tubo, conduz a ração diretamente às bandejas. Capacidade 
de 20 a 30 aves. 
Tipo de bebedouros: 
 
 
Comedouro tubular 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
 
 
Comedouro automático 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
 
Os bebedouros são equipamentos que merecem receber 
a maior atenção, já que a composição do peso corporal das 
aves é fundamentalmente água (85% nos primeiros dias). 
Além disso, a água pode determinar o maior ou menor 
consumo de alimento. Essencialmente, existem três tipos 
de bebedouros encontrados no mercado: bebedouro 
infantil (de pintinhos), bebedouro pendular e nipple. 
Bebedouro copo pressão: os bebedouros para pintinhos nas duas primeiras semanas de 
vida são em geral do tipo “copo pressão”, com prato e copo invertido. A capacidade de 
armazenamento de água deste bebedouro de 3 a 4 litros, suficiente para 100 pintos. Esse 
tipo de bebedouro tem sido pouco usado em escala industrial, mais ainda, são úteis em 
pequenas propriedades. 
Bebedouro pendular: tem sido um dos mais utilizados na prática. O manejo dos 
bebedouros pendulares envolve pelo menos três pontos fundamentais: nível de água, altura 
e número de vezes que a água deve ser trocada e o bebedouro lavado. Nos primeiros dias 
de vida dos pintos, devemos regular o nível de água para que atinja pelo menos 50% da 
capacidade para facilitar o consumo de água. A regulagem da altura, no 
início, deve ser o suficiente para não se encostar ao chão e, à medida 
que a ave vai crescendo este ajuste é fundamental em função do modo 
com que a ave ingere água, ou seja, recolhe determinada quantidade no 
bico, levanta a cabeça e a água desce, fazendo a ingestão. Desta forma, 
quanto mais baixo o bebedouro, maior a dificuldade para ingestão, 
maior o desperdício, umidade de cama emaior tempo junto ao 
bebedouro para beber. A maior vantagem deste tipo de bebedouro é o 
volume de água que pode oferecer; e a desvantagem pode ser a 
possibilidade de contaminação da água, além da necessidade de 
limpeza diária. 
Bebedouro nipple: bebedouro que vem, atualmente, 
conquistando espaço no mercado. A vantagem deste 
bebedouro é uma maior economia de água, redução de 
mão de obra, qualidade de água e melhor saúde das aves, 
consequentemente. Recomenda-se de 12 a 15 aves/nipple. 
No manejo deste bebedouro, três pontos são relevantes: 
limpeza, altura e pressão. A limpeza do bebedouro deve 
ser feita semanalmente, ou com maior frequência se a 
água for de baixa qualidade; quanto à altura do bebedouro, 
precisamos fazer o melhor possível em termos de 
regulagem para que as aves possam satisfazer-se da 
melhor maneira possível; já a pressão do bebedouro nipple 
expõe vazões diferentes. Acredita-se que no uso de bebedouros nipples com vazão superior 
a 100 cm3/min, se faz necessário o parador para evitar umidade de cama. 
Bebedouro Sparkcup: segundo Cony & Zocche (2004), vem sendo usado na Europa um 
bebedouro que seria uma fusão do bebedouro nipple com o pendular. Entre as vantagens 
podemos encontrar: cama seca, redução do desperdício de água, bom volume de água, 
capacidade para abastecer cerca de 35 frangos. 
Gaiolas de postura: as gaiolas de arame galvanizado medindo (25x45x40cm) com 
capacidade para abrigar duas poedeiras, podendo alojar apenas uma galinha, considerando 
melhor área de espaço. Geralmente, quatro compartimentos formando um conjunto de um 
metro linear de gaiola. As gaiolas devem permitir que o ovo, recém posto, role 
naturalmente até a borda, facilitando o recolhimento do mesmo. O bebedouro, geralmente 
 
Bebedouro copo pressão 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
 
 
Bebedouro pendular 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
 
 
Bebedouro nipple 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
“nipple”, estará sempre localizado de lado oposto ao comedouro para evitar que a água 
respingue sobre a ração. O comedouro estará mais acima e poderá ser de madeira ou metal, 
com bordos nas beiras para evitar desperdício de ração. 
Tipo de ninhos: 
Ninhos convencionais: foram os primeiros a serem 
usados na avicultura industrial e ainda hoje são muito 
utilizados. Permitem bons desempenhos das aves e, 
como vantagem, apresenta baixo custo de implantação e 
versatilidade da produção. Ou seja, pode-se agregar 
maior número de ninhos em aviários com lotação de 
aves. Como desvantagem, os ninhos convencionais 
requer 30 a 40% a mais de mão de obra por dúzia de 
ovos coletado em relação aos ninhos automáticos, além 
de necessitar de reposição rotineira da cama. Nos ninhos convencionais, pode-se observar 
características peculiares como dificuldade de limpeza e desinfecção, maiores riscos 
sanitários, bem como possui problema de coluna que aflige tratadores, devido à postura nas 
coleta dos ovos. 
Ninhos automáticos: seu uso depende de fatores, tais como mão de obra, facilidade de 
manejo e biossegurança. Os tipos de ninhos mecânicos atualmente disponíveis no mercado 
são: ninhos de abertura individual com correia de coleta lateral; ninhos de abertura 
individual com correia de coleta central; e ninhos comunitários. Os ninhos automáticos 
coletivos apresentam-se basicamente em metal ou madeira com forro de plástico, com 
2,4m de comprimento e 60cm de largura. As unidades possuem abertura dos dois lados, 
que não são individualizados. As correias de coleta são centrais ou laterais. As vantagens 
deste tipo de ninho são: automatização da coleta de ovos, redução da mão de obra e menor 
risco de problemas sanitários. Por outro lado, os ninhos automatizados apresentam a 
desvantagem do maior custo de implantação, da 
necessidade do controle térmico do aviário, devido ao 
aumento da temperatura de alojamento, manutenção 
complicada, além da limpeza e desinfecção cuidadosa. 
Geralmente, são utilizadas cerca de quatro galinhas para 
cada boca de ninho. 
Debicador: existem debicadores que cortam e, ao 
mesmo, tempo cauterizam o corte por meio da lamina 
quente. Esta lamina cortante e cauterizante é aquecida por 
um sistema elétrico. De preço razoável, um debicador é 
fundamental à prática da debicagem e é necessário nas 
granjas de postura e produção de ovos férteis, por evitar o 
canibalismo e a seleção da partícula de ração. 
Caixa de transporte: as caixas para transporte das aves da granja ao abatedouro ou 
outros manejos dentro da granja são fundamentais. Por medida de higiene, possuem um 
jogo de caixas em cada granja. Estas caixas serão preferencialmente de plástico, com um 
alçapão na parte superior, por onde passam as aves. 
Bomba de pulverização: uma pequena bomba de pulverização movida a gasolina, 
óleo diesel ou mesmo eletricidade será de grande utilidade nos trabalhos de limpeza e 
desinfecção dos galpões. Ligada à bomba, teremos uma mangueira de bom comprimento 
que termine num pico pulverizador capaz de produzir jatos direcionais de grande pressão, 
para limpeza inicial e finas pulverizações em forma de “spray”, para desinfecção do 
ambiente e paredes do galpão. 
 
 
 
 
 
 
Ninhos convencionais 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
 
 
Caixa de transporte 
Fonte: Prof. Jordão Filho, J. 
Criação com equipamentos definitivos: em criações de frangos de corte, em que se 
utilizam equipamentos modernos, não são necessários círculos de proteção, pois os 
pintinhos são contidos nas extremidades do galpão. Os equipamentos utilizados são 
definitivos, usados do primeiro dia até a saída do lote. Estes são: aquecedor infravermelho 
com capacidade para 1.000 a 2.500 pintinhos; bebedouro nipple e comedouro automático 
tipo helicoidal. 
 
 
 
Prof. José Jordão Filho 
UFPB virtual 
Avicultura

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