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06 - Os Contratualistas – Thomas Hobbes

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06 - Os Contratualistas – Thomas Hobbes – 27/08/2017
Os Contratualistas
Teoria de que a origem da sociedade e do poder político está em um contrato. Legitimação da política. Noções que estão por trás da organização dos Estados e Sistemas Nacionais
O contrato é um esquema jurídico que aplicado às relações de poder entre os homens, permite legitimá-los e racionalizá-los. 
Passos para a investigação dos Contratualistas, onde o poder dos governantes sobre os governados para se tornar legitima.
Um experimento mental, que é estado de natureza e do Estado de natureza eles encontram problemas que só serão resolvidos pelo contrato.	Comment by Daniel Lichtman: É um experimento mental, que serve para entendermos o que está em jogo e quais os problemas que existem na sociedade sem o estado. 	Comment by Daniel Lichtman: Conjunto de regras e deveres entre as partes contratantes, que visa solucionar um conflito ou possível conflito entre as partes. Neste caso, as partes são a sociedade (ou indivíduo) e o Governo (Estado)
De um lado nós temos uma teoria, sobre o processo de formação do Estado Nacional e o porquê desta organização política e jurídica existe e que visa solucionar os problemas da sociedade. 
Questionam a legitimação divina do poder, a legitimação do poder do governante deve vir da razão. Rompem com a tradição de pensamento que o poder provém de origem divina.
Hobbes (1558-1629), Locke (1632-1704), Rousseau (1712-1778)	Comment by Daniel Lichtman: Absolutismo	Comment by Daniel Lichtman: Liberalismo – Propõe o pacto escrito, a Constituição.	Comment by Daniel Lichtman: Democracia/coletivismo
Modelo de análise comum: estado de natureza <-> contrato <-> legitimidade
Questões Preliminares:
O homem é bom ou mal?
Qual a finalidade do Estado?
Existe governo legitimo?
Se sim, o que dá legitimidade a um governo?	Comment by Daniel Lichtman: Fruto de um pacto
Pontos em comum:
Partem da hipótese do Estado de Natureza = momento pré-político (experimento mental) é imaginado como seria a convivência humana sem governo e leis positivadas. NÃO EXISTE NA REALIDADE. Apenas um experimento para se pensar os problemas da convivência humana. É inteligível. 
Política são frutos de uma decisão racional do homem para resolver problemas advindos da conveniência (não é produto da natureza humana) 
Noção de contrato serve como instrumento teórico para compreender e verificar a legitimidade da ordem política e jurídica.
Política se funde numa relação jurídica = direitos e deveres que legitimam relações de poder entre governantes e governados.
Rejeição da história como fonte (principal) para o conhecimento cientifico da política. Não vão buscar no mundo antigo lições, para se extrair conclusões que sirvam para resolver os problemas na legitimação do poder. Conhecimento racional, uma especulação racional teórica. São inspirados pelo modelo de ciência moderna, que com base nos dados advindos da experiência consegue se chegar alguns resultados. A fonte principal é o conhecimento teórico, a partir do auto analise.
Thomas Hobbes
Escreve no período de guerras civis, um período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, em que ocorrem a formação dos Estados Nacionais. Marca que o problema político central, é como se irá pacificar as relações entre os homens. Se sai de um momento “Game of Thrones” onde os reinos são instáveis e quase sempre guerreiam entre si pelo poder central e mais poderoso, para a criação de um Estado único. 
Hobbes descreve a origem dos Estados Nacionais, que são processos violentos e traumáticos. 
A natureza humana é egoísta e violenta <-> Estado de natureza = Guerra de todos contra todos. Não existe direito, pois não existe condições contratuais.
Submissão absoluta é o preço que se paga pela paz.
O Estado é a condição para a existência dos contratos, assim como, do direito em virtude de seu poder de coação.
Uso da força, e apenas um líder (poder irrevogável e incondicional).
O Estado de Natureza
O homem no estado de natureza não é um selvagem, pois a natureza humana é universal, nós compartilhamos da mesma natureza humana. Não tem como estabelecer que ela entra em conflito, pois os seres humanos são selvagens. É necessário se entender a natureza humana para que se descubra como a natureza política é formada. 	Comment by Daniel Lichtman: O estado de natureza é racional, e não selvagem. Pois mesmo no estado de natureza os homens são racionais. Os seres humanos, no estado de natureza é racional, e por terem o mesmo pensamento, existe um permanente estado de guerra. Os seres humanos pensam em sua sobrevivência, e por isso tomam medidas para sua preservação. Porém é o homem sem as convenções política criadas para se resolver esses conflitos.
Para Hobbes, quando não se tem uma natureza política, é natural matar, guerrear, pois é a lei da sobrevivência. Pois estamos interessados na manutenção da nossa própria vida, e por isso temos desejos semelhantes. Estamos em relativa igualdade, ao ponto de que nunca haverá alguém que irá se sobressair e dominar os demais. E portanto o ser humano fica em um estado de desconfiança permanente, pois eu sempre posso ser atacado, e com esse estado de desconfiança permanente não se existe comercio nem relações entre pessoas possíveis.
Estado de natureza como Estado de Guerra permanente <-> igualdade de capacidades + igualdade de desejos + baixa confiança
O ataque é uma reação racional.
Três causas de conflito:
Competição – Homens atacam uns aos outros com vistas ao lucro, a garantir o ganho material. O que impede isso de acontecer é a coerção estatal, que se não existisse, seria racional obter o máximo de lucro sobre os outros para garantir que ele não faça o mesmo consigo. 
Desconfiança - homens atacam uns aos outros com vistas à segurança, a garantir a sua integridade humana. O que impede isso de acontecer é a coerção estatal, que se não existisse todos iriam atacar uns aos outros.
Glória – Homens atacam uns aos outros com vistas à reputação, para não parecerem fracos e impedir que outros o ataque.
Se contrapõe à visão dos Gregos (Platão e Aristóteles) de que deve-se educar o ser humano e modificar a sua essência, para Hobbes nãos e deve modificar a essência humana e sim entender e achar solução para esses problemas.
Lei natural (diferente de Locke) – direito de todos a todas as coisas tendo liberdade de usar o seu poder <-> a vida de cada um está sob constante ameaça.
Hobbes defende que a solução para o Estado de Natureza é um poder absoluto forte. O contrato deve dar ao governante o poder absoluto, pois só assim eu abro mão do meu poder, liberdade, de conseguir o que quero, para que o governante me proteja. Para que não se retorne ao Estado de Natureza, é necessário que o poder seja exercido de forma absoluta.
Como pôr fim ao Estado de Natureza
Todos e ao mesmo tempo devem abdicar de sua liberdade da lei natural <-> Estado armado capaz de impor esta lei a todos. “Pacto sem espada não passa de palavras”. Um exemplo disso é o Desarmamento Civil, onde TODOS sejam desarmados ao mesmo tempo. O cidadão, hoje, não entrega suas armas pois os bandidos não foram desarmados, e os bandidos pensam o mesmo. O desarmamento só pode ser sugerido, se o Estado for forte o suficiente para desarmar a todos. 
A Lei Natural, ao contrário de Locke, não basta para instaurar a ordem política.
O poder tem que ser suficientemente grande para que todos abram mão do poder sobre todas as coisas sem temer que outros não o façam. Ordem política depende de estabelecer a confiança.
O poder do Estado deve ser absoluto = irrevogável e incondicional.
Características do Contrato
Um pacto de submissão
Deve ser irrevogável, uma vez que acordado não se pode ser desacordado. Um pacto de submissão, o Leviatã não se submete a este contrato ou pacto. 
Além disso o contrato deve ser incondicional, não se pode condicionar ou aceitar o contrato em determinadas partes. Deve se aceitar por inteiro.
Absolutismo e Liberdade	Comment by Daniel Lichtman: Princípio pelo qual o Estadodeve exercer o seu poder. 
Teoria que diz qual a função e porque o Estado existe.
Estado= situação onde todos transferem o seu direito de autogoverno a um representante que pode ser um homem ou uma assembleia.
Se o poder do Estado não é absoluto, abre-se a incerteza sobre quem tem a soberania, desfazendo a confiança e provocando a regressão ao Estado de Natureza.
Submissão absoluta é o preço que se paga pela paz.
A soberania absoluta <-> Garantir a paz <-> Preservar a vida.
Liberdade do súdito: de revolta + descumprir a ordem <-> Preservar a vida
“[...] quando a nossa recusa de obedecer prejudica o fim em vista do qual foi criada a soberania, não há liberdade de recusar; mas caso contrário há essa liberdade.”	Comment by Daniel Lichtman: Preservar a vida.
Em suma, o medo de uma morte violenta é o que faz os homens abrirem mão ao seu direito sobre todas as coisas. Assim, para que este caos (estado de natureza) não aconteça, seria necessário um governo central forte, sancionador das atitudes bélicas. Eis a defesa pelo autor de um contrato social com o governo de um soberano absoluto, estabelecedor da almejada paz
O Leviatã	Comment by Daniel Lichtman: O Leviatã é o Estado. O estado é uma multidão de homens unidos numa só pessoa, que os representa a todos.
O Leviatã não está sujeito ao pacto, mantem o seu direito natural. Isso diminuiu a desconfiança, pois se conhece a única ameaça, e portando se facilita descobrir o que fazer e deixar de fazer para não levantar a ira do Leviatã. 
Monstro nem tanto pelo poder absoluto, mas pelo seu caráter artificial, pois “quem o ocupa pode ser um homem ou vários homens, não na qualidade de indivíduos naturais, mas sim como representantes de uma única vontade consolidada pelo pacto entre os homens’. Então, o Estado coloca-se acima dos indivíduos, embora represente-o e tenha sido criado pelo próprio homem. Ele se constitui como uma unidade formada por várias pessoas, e sua vontade passa a ser a vontade de todos. 
O Estado será o único que não se submete ao contrato. Ele tem o poder para poder fazer tudo, para exercer as suas liberdades.

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