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Vol II 10 Nocoes de Administracao de Recursos Materiais

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE 
RECURSOS MATERIAIS
Didatismo e Conhecimento 1
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Prof. Evilin Magalhães. 
Administração UNESP Campus Tupã. Membro do grupo de pesquisas REAP-
Rede de Educação Ambiental da Alta Paulista (Projeto de Extensão). Professora do módulo de Informática e inglês na UNATI- 
Universidade para Terceira Idade. Autora e co-autora de artigos e resumos expandidos em revistas qualificadas e anais de eventos, 
notadamente na área a administração e engenharia ambiental. Ex Consultora Empreender Jr. Consultoria Empresarial e Agrone-
gócios - UNESP Tupã.
1 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS. 
1.1 TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO. 
A Administração de Recursos Materiais é definida como sendo um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma em-
presa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal 
das respectivas atribuições. Tais atividades abrangem desde o circuito de reaprovisionamento, inclusive compras, o recebimento, a 
armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques etc.
A Administração de Materiais destina-se a dotar a administração dos meios necessários ao suprimento de materiais imprescin-
díveis ao funcionamento da organização, no tempo oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo.
A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanho dos estoques. Assim, suprir antes do mo-
mento oportuno acarretará, em regra, estoques altos, acima das necessidades imediatas da organização. Por outro lado, a providência 
do suprimento após esse momento poderá levar a falta do material necessário ao atendimento de determinada necessidade da admi-
nistração.
São tarefas da Administração de Materiais: Controle da produção; Controle de estoque; Compras; Recepção; Inspeção das entra-
das; Armazenamento; Movimentação; Inspeção de saída e Distribuição.
⇒	 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS.
Sem o estoque de certas quantidades de materiais que atendam regularmente às necessidades dos vários setores da organização, 
não se pode garantir um bom funcionamento e um padrão de atendimento desejável. Estes materiais, necessários à manutenção, aos 
serviços administrativos e à produção de bens e serviços, formam grupos ou classes que comumente constituem a classificação de 
materiais. Estes grupos recebem denominação de acordo com o serviço a que se destinam (manutenção, limpeza, etc.), ou à natureza 
dos materiais que neles são relacionados (tintas, ferragens, etc.), ou do tipo de demanda, estocagem, etc.
Classificar um material então é agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo, uso etc. A classificação não deve gerar con-
fusão, ou seja, um produto não poderá ser classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo semelhante. A clas-
sificação, ainda, deve ser feita de maneira que cada gênero de material ocupe seu respectivo local. Por exemplo: produtos químicos 
poderão estragar produtos alimentícios se estiverem próximos entre si. 
Classificar material, em outras palavras, significa ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-o de acordo com a semelhan-
ça, sem, contudo, causar confusão ou dispersão no espaço e alteração na qualidade.
Um sistema de classificação e codificação de materiais é fundamental para que existam procedimentos de armazenagem adequa-
dos, um controle eficiente dos estoques e uma operacionalização correta do estoque. 
O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e 
codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa.
O sistema de classificação é primordial para qualquer Departamento de Materiais, pois sem ele não poderia existir um controle 
eficiente dos estoques, armazenagem adequada e funcionamento correto do almoxarifado.
O princípio da classificação de materiais está relacionado à:
•	 Catalogação
A Catalogação é a primeira fase do processo de classificação de materiais e consiste em ordenar, de forma lógica, todo um con-
junto de dados relativos aos itens identificados, codificados e cadastrados, de modo a facilitar a sua consulta pelas diversas áreas da 
empresa.
Didatismo e Conhecimento 2
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Simplificar material é, por exemplo, reduzir a grande diversidade de um item empregado para o mesmo fim. Assim, no caso de 
haver duas peças para uma finalidade qualquer, aconselha-se a simplificação, ou seja, a opção pelo uso de uma delas. Ao simplificar-
mos um material, favorecemos sua normalização, reduzimos as despesas ou evitamos que elas oscilem. Por exemplo, cadernos com 
capa, número de folhas e formato idênticos contribuem para que haja a normalização. Ao requisitar uma quantidade desse material, o 
usuário irá fornecer todos os dados (tipo de capa, número de folhas e formato), o que facilitará sobremaneira não somente sua aqui-
sição, como também o desempenho daqueles que se servem do material, pois a não simplificação (padronização) pode confundir o 
usuário do material, se este um dia apresentar uma forma e outro dia outra forma de maneira totalmente diferente.
•	 Especificação
Aliado a uma simplificação é necessária uma especificação do material, que é uma descrição minuciosa para possibilitar melhor 
entendimento entre consumidor e o fornecedor quanto ao tipo de material a ser requisitado.
•	 Normalização
A normalização se ocupa da maneira pela qual devem ser utilizados os materiais em suas diversas finalidades e da padronização 
e identificação do material, de modo que o usuário possa requisitar e o estoquista possa atender os itens utilizando a mesma termino-
logia. A normalização é aplicada também no caso de peso, medida e formato.
•	 Codificação
É a apresentação de cada item através de um código, com as informações necessárias e suficientes, por meio de números e/ou 
letras. É utilizada para facilitar a localização de materiais armazenados no estoque, quando a quantidade de itens é muito grande. Em 
função de uma boa classificação do material, poderemos partir para a codificação do mesmo, ou seja, representar todas as informa-
ções necessárias, suficientes e desejadas por meios de números e/ou letras. Os sistemas de codificação mais comumente usados são: 
o alfabético (procurando aprimorar o sistema de codificação, passou-se a adotar de uma ou mais letras o código numérico), alfanu-
mérico e numérico, também chamado “decimal”. A escolha do sistema utilizado deve estar voltada para obtenção de uma codificação 
clara e precisa que não gere confusão e evite interpretações duvidosas a respeito do material. Este processo ficou conhecido como 
“código alfabético”. Entre as inúmeras vantagens da codificação está a de afastar todos os elementos de confusão que porventura se 
apresentarem na pronta identificação de um material.
O sistema classificatório permite identificar e decidir prioridades referentes a suprimentos na empresa. Uma eficiente gestão de 
estoques, em que os materiais necessários ao funcionamento da empresa não faltam, depende de uma boa classificação dos materiais.
Deve considerar os atributos para classificação de materiais: Abrangência, a Flexibilidade e Praticidade.
•	 Abrangência: deve tratar de um conjunto de características, em vez de reunir apenas materiais para serem classificados;
•	 Flexibilidade: deve permitir interfaces entre os diversos tipos de classificação de modo que se obtenha ampla visão do ge-
renciamento do estoque;
•	 Praticidade: a classificação deve ser simples e direta.
Para atender às necessidades de cada empresa, é necessária uma divisão que norteie os vários tipos de classificação.
⇒	 TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO
Dentro das empresas existem vários tipos de classificação de materiais.
Os principaistipos de classificação são: Por tipo de demanda, materiais críticos, perecibilidade, quanto à periculosidade, possi-
bilidade de fazer ou comprar, tipos de estocagem, dificuldade de aquisição e mercado fornecedor.
•	 Por tipo de demanda: A classificação por tipo de demanda se divide em materiais não de estoque e materiais de estoque. 
Materiais não de estoque: são materiais de demanda imprevisível para os quais não são definidos parâmetros para o ressuprimento. 
Esses materiais são utilizados imediatamente, ou seja, a inexistência de regularidade de consumo faz com que a compra desses ma-
teriais somente seja feita por solicitação direta do usuário, na ocasião em que isso se faça necessário. O usuário é que solicita sua 
aquisição quando necessário. Devem ser comprados para uso imediato e se forem utilizados posteriormente, devem ficar temporaria-
mente no estoque. A outra divisão são os Materiais de estoques: são materiais que devem sempre existir nos estoques para uso futuro 
e para que não haja sua falta são criadas regras e critérios de ressuprimento automático. Deve existir no estoque, seu ressuprimento 
deve ser automático, com base na demanda prevista e na importância para a empresa.
Os materiais de estoque se subdividem ainda; Quanto à aplicação, Quanto ao valor de consumo e Quanto à importância ope-
racional.
•	 Quanto à aplicação eles podem ser: Materiais produtivos que compreendem todo material ligado direta ou indi-
retamente ao processo produtivo. Matéria prima que são materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte 
do processo produtivo. Produtos em fabricação que são também conhecidos como materiais em processamento que estão sendo 
processados ao longo do processo produtivo. Não estão mais no estoque porque já não são mais matérias-primas, nem no estoque 
final porque ainda não são produtos acabados. Produtos acabados: produtos já prontos. Materiais de manutenção: materiais aplicados 
em manutenção com utilização repetitiva. Materiais improdutivos: materiais não incorporados ao produto no processo produtivo da 
empresa. Materiais de consumo geral: materiais de consumo, aplicados em diversos setores da empresa.
Didatismo e Conhecimento 3
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
•	 Quanto ao valor de consumo: Para que se alcance a eficácia na gestão de estoque é necessário que se separe de forma 
clara, aquilo que é essencial do que é secundário em termos de valor de consumo. Para fazer essa separação nós contamos com uma 
ferramenta chamada de Curva ABC ou Curva de Pareto, ela determina a importância dos materiais em função do valor expresso pelo 
próprio consumo em determinado período.
•	 Quanto à importância operacional: Esta classificação leva em conta a imprescindibilidade ou ainda o grau de difi-
culdade para se obter o material.
- Classe A: Grupo de itens mais importante que devem ser trabalhados com uma atenção especial pela administração. Os dados 
aqui classificados correspondem, em média, a 80% do valor monetário total e no máximo 20% dos itens estudados (esses valores são 
orientativos e não são regra). 
- Classe B: São os itens intermediários que deverão ser tratados logo após as medidas tomadas sobre os itens de classe A; são 
os segundos em importância. Os dados aqui classificados correspondem em média, a 15% do valor monetário total do estoque e no 
máximo 30% dos itens estudados (esses valores são orientativos e não são regra). 
- Classe C: Grupo de itens menos importantes em termos de movimentação, no entanto, requerem atenção pelo fato de gerarem 
custo de manter estoque. Deverão ser tratados, somente, após todos os itens das classes A e B terem sido avaliados. Em geral, so-
mente 5% do valor monetário total representam esta classe, porém, mais de 50% dos itens formam sua estrutura (esses valores são 
orientativos e não são regra).
A Curva ABC é muito usada para a administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para estabelecimento de 
prioridades, para a programação da produção.
Analisar em profundidade milhares de itens num estoque é uma tarefa extremamente difícil e, na grande maioria das vezes, 
desnecessária. É conveniente que os itens mais importantes, segundo algum critério, tenham prioridade sobre os menos importantes. 
Assim, economiza-se tempo e recursos.
Para simplificar a construção de uma curva ABC, separamos o processo em 6 etapas a seguir:
1º) Definir a variável a ser analisada: A análise dos estoques pode ter vários objetivos e a variável deverá ser adequada para cada 
um deles. No nosso caso, a variável a ser considerada é o custo do estoque médio, mas poderia ser: o giro de vendas, o mark-up, etc.
2º) Coleta de dados: Os dados necessários neste caso são: quantidade de cada item em estoque e o seu custo unitário. Com esses 
dados obtemos o custo total de cada item, multiplicando a quantidade pelo custo unitário.
Didatismo e Conhecimento 4
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
3º) Ordenar os dados: Calculado o custo total de cada item, é preciso organizá-los em ordem decrescente de valor, como mostra 
a tabela a seguir:
Item Quant. Média em estoque (A) Custo unitário (B)
Custo total
(A x B)
Ordem
Unidades R$/unid. R$
Apontador 5 2.000,00 10.000,00 3º
Bola 10 70,00 700,00 10º
Caixa 1 800,00 800,00 9º
Dado 100 50,00 5.000,00 5º
Esquadro 5000 1,50 7.500,00 4º
Faca 800 100,00 80.000,00 1º
Giz 40 4,00 160,00 11º
Herói 50 20,00 1.000,00 8º
Isqueiro 4 30,00 120,00 12º
Jarro 240 150,00 36.000,00 2º
Key 300 7,50 2.250,00 6º
Livro 2000 0,60 1.200,00 7º
TOTAL 144.730,00
4º) Calcular os percentuais: Na tabela a seguir, os dados foram organizados pela coluna “Ordem” e calcula-se o custo total acu-
mulado e os percentuais do custo total acumulado de cada item em relação ao total.
Ordem Item Q u a n t . Média em 
Custo unitário 
(B)
Custo total (A 
x B)
Custo total 
acumulado Percentuais %
Unidades R$/unid. R$
1º Faca 800 100,00 80.000,00 80.000,00 55,3
2º Jarro 240 150,00 36.000,00 116.000,00 80,1
3º Apontador 5 2.000,00 10.000,00 126.000,00 87,1
4º Esquadro 5000 1,50 7.500,00 133.500,00 92,2
5º Dado 100 50,00 5.000,00 138.500,00 95,7
6º Key 300 7,50 2.250,00 140.750,00 97,3
7º Livro 2000 0,60 1.200,00 141.950,00 98,1
8º Herói 50 20,00 1.000,00 142.950,00 98,8
9º Caixa 1 800,00 800,00 143.750,00 99,3
10º Bola 10 70,00 700,00 144.450,00 99,8
11º Giz 40 4,00 160,00 144.610,00 99,9
12º Isqueiro 4 30,00 120,00 144.730,00 100,0
TOTAL 144.730,00
5º) Construir a curva ABC
Desenha-se um plano cartesiano, onde no eixo “x” são distribuídos os itens do estoque e no eixo “y”, os percentuais do custo 
total acumulado.
Didatismo e Conhecimento 5
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
6º) Análise dos resultados
Os itens em estoque devem ser analisados segundo o critério ABC. Na verdade, esse critério é qualitativo, mas a tabela abaixo 
mostra algumas indicações para sua elaboração:
Classe % itens Valor acumulado Importância
A 20 80% Grande
B 30 15% Intermediária
C 50 5% Pequena
Pelo nosso exemplo, chegamos à seguinte distribuição:
Classe N º itens % itens
Valor acu-
mulado
Itens em esto-
que
A 2 16,7% 80,1% Faca, Jarro
B 3 25,0% 15,6% Apontador, Es-
quadro, Dado
C 7 58,3% 4,3%
Key, Livro, He-
rói, Caixa, Bola, 
Giz, Isqueiro.
A aplicação prática dessa classificação ABC pode ser vista quando, por exemplo, reduzimos 20% do valor em estoque dos itens 
A (apenas 2 itens), representando uma redução de 16% no valor total, enquanto que uma redução de 50% no valor em estoque dos 
itens C (sete itens), impactará no total em apenas 2,2%. Logo, reduzir os estoques do grupo A, desde que calculadamente, seria uma 
ação mais rentável para a empresa do nosso exemplo.
•	 Quanto à importância operacional: Esta classificação leva em conta a imprescindibilidade ou ainda o grau de dificuldade 
parase obter o material.
Os materiais são classificados em materiais:
- Materiais X: materiais de aplicação não importante, com similares na empresa;
- Materiais Y: materiais de média importância para a empresa, com ou sem similar;
- Materiais Z: materiais de importância vital, sem similar na empresa, e sua falta ocasiona paralisação da produção.
Didatismo e Conhecimento 6
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Quando ocorre a falta no estoque de materiais classificados como “Z”, eles provocam a paralisação de atividades essenciais e 
podem colocar em risco o ambiente, pessoas e patrimônio da empresa. São do tipo que não possuem substitutos em curto prazo. Os 
materiais classificados como “Y” são também imprescindíveis para as atividades da organização. Entretanto podem ser facilmente 
substituídos em curto prazo. Os itens “X” por sua vez são aqueles que não paralisam atividades essenciais, não oferecem riscos à se-
gurança das pessoas, ao ambiente ou ao patrimônio da organização e são facilmente substituíveis por equivalentes e ainda são fáceis 
de serem encontrados.
Para a identificação dos itens críticos devem ser respondidas as seguintes perguntas: O material é imprescindível à empresa? 
Pode ser adquirido com facilidade? Existem similares? O material ou seu similar podem ser encontrados facilmente?
Ainda em relação aos tipos de materiais temos;
•	 Materiais Críticos: São materiais de reposição específica, cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem como 
base o risco. Por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer estocados até sua utilização, não estan-
do, portanto, sujeitos ao controle de obsolescência.
A quantidade de material cadastrado como material crítico dentro de uma empresa deve ser mínimo.
Para a identificação dos itens críticos devem ser respondidas as seguintes perguntas: O material é imprescindível à empresa? 
Pode ser adquirido com facilidade? Existem similares? O material ou seu similar podem ser encontrados facilmente?
Os materiais são classificados como críticos segundo os seguintes critérios: Críticos por problemas de obtenção de material 
importado, único fornecedor, falta no mercado, estratégico e de difícil obtenção ou fabricação; Críticos por razões econômicas de 
materiais de valor elevado com alto custo de armazenagem ou de transporte; Críticos por problemas de armazenagem ou transporte 
de materiais perecíveis, de alta periculosidade, elevado peso ou grandes dimensões; Críticos por problema de previsão, por ser difícil 
prever seu uso; Críticos por razões de segurança de materiais de alto custo de reposição ou para equipamento vital da produção.
•	 Perecibilidade: Os materiais também podem ser classificados de acordo com a possibilidade de extinção de suas proprie-
dades físico-químicas. Muitas vezes, o fator tempo influencia na classificação; assim, quando a empresa adquire um material para 
ser usado em um período, e nesse período o consumo não ocorre, sua utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza a 
estocagem por longos períodos. Ex. alimentos, remédios;
•	 Quanto à periculosidade: O uso dessa classificação permite a identificação de materiais que devido a suas características 
físico-químicas, podem oferecer risco à segurança no manuseio, transporte, armazenagem. Ex. líquidos inflamáveis.
•	 Possibilidade de fazer ou comprar: Esta classificação visa determinar quais os materiais que poderão ser recondicionados, 
fabricados internamente ou comprados: 
- Fazer internamente: fabricados na empresa;
- Comprar: adquiridos no mercado;
- Decisão de comprar ou fazer: sujeito à análise de custos;
- Recondicionar: materiais passíveis de recuperação sujeitos a análise de custos.
•	 Tipos de estocagem: Os materiais podem ser classificados em materiais de estocagem permanente e temporária.
- Permanente: materiais para os quais foram aprovados níveis de estoque e que necessitam de ressuprimento constantes.
- Temporária: materiais de utilização imediata e sem ressuprimento, ou seja, é um material não de estoque.
•	 Dificuldade de aquisição: Os materiais podem ser classificados por suas dificuldades de compra em materiais de difícil 
aquisição e materiais de fácil aquisição. As dificuldades podem advir de: Fabricação especial: envolve encomendas especiais com 
cronograma de fabricação longo; Escassez no mercado: há pouca oferta no mercado e pode colocar em risco o processo produtivo; 
Sazonalidade: há alteração da oferta do material em determinados períodos do ano; Monopólio ou tecnologia exclusiva: dependência 
de um único fornecedor; Logística sofisticada: material de transporte especial, ou difícil acesso; Importações: os materiais sofrer 
entraves burocráticos, liberação de verbas ou financiamentos externos.
•	 Mercado fornecedor: Esta classificação está intimamente ligada à anterior e a complementa. Assim temos: Materiais do 
mercado nacional: materiais fabricados no próprio país; Materiais do mercado estrangeiro: materiais fabricados fora do país; Mate-
riais em processo de nacionalização: materiais aos quais estão desenvolvendo fornecedores nacionais.
A principal meta de uma empresa é obter o maior lucro sobre o capital investido em instalações, equipamentos e em estoques. Mas 
com frequência, a empresa não consegue responder rapidamente a aumentos bruscos da demanda, havendo necessidade de estoques de 
produtos acabados para atender a esses aumentos; em outras ocasiões, a entrega de matérias-primas não acompanha as necessidades da 
produção, pelo que também se justificam seus estoques.
Didatismo e Conhecimento 7
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
2 GESTÃO DE ESTOQUES. 
A administração de estoques, ou gestão de estoques é, basicamente, o ato de gerir recursos ociosos possuidores de valor econô-
mico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de material, numa organização.
As principais funções do estoque são:
a) Garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos de: demora ou atraso no fornecimento de materiais; 
sazonalidade no suprimento; riscos de dificuldade no fornecimento.
b) Proporcionar economias de escala: através da compra ou produção em lotes econômicos; pela flexibilidade do processo pro-
dutivo; pela rapidez e eficiência no atendimento às necessidades.
A administração de estoques deverá conciliar da melhor maneira possível, os objetivos dos quatro departamentos (Compras, 
Produção, Vendas e Financeiro), sem prejudicar a operacionalidade da empresa.
A função do controle de estoque é: a) determinar “o que” deve permanecer em estoque (Número de itens); b) determinar “quan-
do” se devem reabastecer os estoques (Periodicidade); c) determinar “quanto” de estoque será necessário para um período predeter-
minado; quantidade de compra; d) acionar o Departamento de Compras para executar aquisição de estoque; e) receber, armazenar e 
atender os materiais estocados de acordo com as necessidades;
f) controlar os estoques em termos de quantidade e valor, e fornecer informações sobre a posição do estoque; g) manter inventá-
rios periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos 
e danificados. 
O Inventário Físico determina a contagem física dos itens de estoque e em processos, para comparar a quantidade física com os 
dados contabilizados em seus registros, a fim de eliminar as discrepâncias que possam existir entre os valores contábeis, dos livros, 
e o que realmente existe em estoque.
O inventário pode ser geral ou rotativo: O inventário geral é elaborado no fim de cada exercício fiscal de cada empresa, com a 
contagem física de todos os itens de uma só vez. O inventário rotativo é feito no decorrer do ano fiscal da empresa, sem qualquer tipo 
de parada no processo operacional, concentrando-se em cada grupo de itens em determinados períodos.Toda e qualquer razão para manter estoques pode ser eliminada mediante um trabalho inteligente e técnico. O ideal de uma em-
presa é manter ESTOQUE ZERO. O problema é que o custo disso pode ser maior que o custo de manutenção do estoque.
Manter estoques é um efeito que encobre ineficiência do produtor ou do fornecedor. Estoques consomem recursos que poderiam 
aumentar o resultado de uma empresa. Por exemplo:
•	 Recursos Financeiros – o valor pago pelos itens e estoque poderia estar rendendo juros em aplicações financeiras ou redu-
zindo juros pagos pela empresa por conta de empréstimos;
•	 Espaço no chão de fábrica – espaço é um recurso escasso e caro. Gastar dinheiro com aluguéis ou na compra de galpões 
maiores do que o necessário é uma perda para a empresa;
•	 Movimentação desnecessária – estoques obstruem corredores e inviabilizam a instalação de um arranjo físico mais adequa-
do para os equipamentos produtivos.
•	 Mão de obra – se existe estoque, são necessários funcionários para receber, armazenar, controlar e expedir;
•	 Perdas e danos – Estoques estão sujeitos a se deteriorar se não forem utilizados dentro de um prazo estipulado pelo fabri-
cante. Além disso, podem acontecer acidentes danificando os materiais estocados, de modo que fiquem inutilizados ou requeiram 
consertos;
•	 Custos – o seguro necessário para os estoques é um custo desnecessário.
Manter estoque pode ser viável quando: Há dependência de fatores com variabilidade muito grande, tais como: desembaraço 
alfandegário, condições de tráfego, disponibilidade de frete, etc.; Os custos de perda de vendas e de manutenção da fábrica parada 
por faltas de materiais ou componentes comprados são maiores do que o custo de manutenção do estoque; Há previsão de aumentos 
consideráveis no preço de compra, tais como desvalorização cambial, escassez no mercado internacional, etc.; Os descontos concedi-
dos pelos fornecedores para compra e retirada de grandes quantidades são maiores do que o custo de manutenção de estoque durante 
o período de consumo; Equipamentos-gargalo (aqueles com a menor capacidade de produção e que determinam a velocidade com 
que o produto final é fabricado) não podem interromper a produção por falta de materiais em processo. Ex: sopro de garrafas PET na 
linha de produção de bebidas.
Didatismo e Conhecimento 8
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Classificação dos estoques os estoques podem se dividir em: Estoques de Matérias-Primas (MPs); Estoques de Materiais em 
Processamento ou em Vias;
Estoques de Materiais Semi acabados; Estoques de Materiais; acabados ou Componentes; Estoques de Produtos Acabados (PAs).
- Estoques de Matérias-Primas (MPs): Constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo da 
empresa.
- Estoques de Materiais em Processamento ou em Vias: Também denominados materiais em vias - são constituídos de mate-
riais que estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa.
- Estoques de Materiais Semi acabados: Referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento está em algum 
estágio intermediário de acabamento e que se encontram também ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo.
- Estoques de Materiais Acabados ou Componentes: Também denominados componentes - referem-se a peças isoladas ou 
componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto.
- Estoques de Produtos Acabados (PAs): Se referem aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado 
inteiramente.
INVENTÁRIO FÍSICO DE ESTOQUES
A falta de confiabilidade das informações sobre saldos dos materiais em estoque que ocorre nos depósitos, áreas reservadas na 
produção, almoxarifados, centros de distribuição e no varejo (lojas) provoca transtornos para todos os envolvidos, comprometendo 
o atendimento aos clientes finais e internos, gerando perdas e retrabalhos, proteções excessivas no planejamento e até mesmo provo-
cando questionamentos dos controles contábeis e gerenciais, hoje muito mais rigorosos.
 Nos diagnósticos de gestão de estoques realizado pela, este problema é um dos mais populares incômodos que identificamos nas 
empresas, e poucas podem afirmar que confiam integralmente (>99,5%) em seus saldos lógicos nos sistemas de gestão empresarial.
 
Conceito: Acurácia de Saldos
 
Acurácia é sinônimo de qualidade ou confiabilidade das informações. Na moderna gestão de estoques, a acurácia dos saldos em 
estoque se tornou um importante indicador gerencial que expressa, em percentagem, a proporção de informações corretas no sistema 
de gestão de estoques, sendo apurada através da contagem física de uma amostra, que é posteriormente confrontada contra o saldo 
contábil correspondente.
 Para se ter uma ideia da ordem de grandeza deste desafio, constatamos através de pesquisas que ¾ das empresas apresentam 
acurácia de saldo inferior à 99%. Ou seja, a importância deste indicador não se restringe apenas no aspecto contábil.
 O fato é que não existem meios para a medição direta do grau de conformidade dos processos físicos e administrativos. No 
entanto, quaisquer atividades que não estejam em plena conformidade com os padrões provocam, como consequência, algum refle-
xo no saldo final. Desta maneira, ao medir a acurácia dos seus saldos, a empresa indiretamente pode constatar a qualidade de seus 
processos.
 
Controle
 
Existem basicamente duas sistemáticas mais usuais de controle da acurácia dos saldos. No inventário periódico, tradicionalmente 
realizado anualmente, todos os itens em estoque, inclusive materiais de terceiros em nosso poder e nossos materiais em poder de 
terceiros são fisicamente contados, e estas quantidades são confrontadas com o saldo lógico registrado.
 Na outra sistemática, conhecida como inventário rotativo ou contagem cíclica, distribuímos todo o esforço das contagens físicas 
ao longo dos dias do ano, realizando contagens por parcelas, mediante um plano de contagem livre de vícios. Este procedimento visa 
o monitoramento de falhas nos sistemas e sua efetiva solução, assegurando a confiabilidade das informações.
 Portanto, a Recontagem Cíclica é uma rotina de contagem física de itens do estoque, de modo que todos os itens sejam contados 
a uma frequência especificada, e os registros sejam periodicamente reconciliados com os dados reais.
Quando comparamos as duas estratégias, fica evidente que a segunda é muito mais produtiva e efetiva.
 
Inventário Anual
 
•	 Esforço concentrado (pico de custo);
•	 Gera impacto na atividade da empresa (almoxarifado de portas fechadas);
•	 Produtividade da mão-de-obra decrescente (ocorrem erros durante o processo);
•	 Almoxarifes têm que “reaprender” todo ano;
•	 As causas das divergências não são identificadas;
•	 Acurácia dos saldos não melhora.
Didatismo e Conhecimento 9
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
 Contagem Cíclica
 
•	 Processo de ajustes;
•	 Causas são identificadas rapidamente (feedback imediato eleva qualidade);
•	 São tomadas ações preventivas;
•	 Os erros são reduzidos;
•	 Sem grandes esforços, os custos são distribuídos (gratuitos até);
•	 Ocorre constante incremento da produtividade (todos participam);
•	 É possível a continuidade operacional do atendimento (portas abertas);
•	 Contínuo aprimoramento da acurácia dos saldos.
 
Diagnóstico
 
Quando concluído o levantamento, os saldos apurados são confrontados com o saldo no sistema: Caso a divergência seja inferior 
ao parâmetro de tolerância, aceitamos o saldo do sistema como adequado, caso contrário iniciamos uma investigação para apurar as 
causas das divergências, e então geramos a documentação de ajuste.
 Este processo de apuração das causas das divergências emprega as sete ferramentas da qualidade, e outras metodologias mais 
elaboradas para analise de problemas, e também precisam ser sistematizadaspara maior produtividade e efetividade.
 Gerencialmente, após constatadas as causas das divergências, estas são expostas a todos através de um gráfico de controle visual 
e sistematicamente saneadas.
 Inicialmente, podem ser necessários diversos ajustes, mas após um esforço sistemático estas divergências passam a ser ocorrên-
cias raras. Portanto, espera-se que o gráfico apresente tendência de melhora para que possamos assegurar que a acurácia dos saldos 
está efetivamente sob controle.
DEPRECIAÇÃO
 
Depreciação corresponde ao encargo periódico que determinados bens sofrem, por uso, obsolescência ou desgaste natural.
A taxa anual de depreciação de um bem, será fixada em função do prazo, durante o qual se possa esperar utilização econômica.
A quota de depreciação a ser registrada na escrituração contábil da pessoa jurídica, como custo ou despesa operacional, será 
determinada mediante aplicação da taxa de depreciação sobre o valor do bem em reais.
Observe-se que o limite de depreciação é o valor do próprio bem. Desta forma, deve-se manter um controle individualizado, por 
bem, do tipo “ficha do imobilizado” ou “planilha de item do imobilizado” para que o valor contabilizado da depreciação, somado ás 
quotas já registradas anteriormente, não ultrapasse o valor contábil do respectivo bem.
 
CÁLCULO DAS QUOTAS DE DEPRECIAÇÃO
 
Bens já Existentes no Patrimônio no Exercício Anterior
 
Depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
Segundo a NBC T 19.5, é obrigatório o reconhecimento da depreciação, amortização e exaustão.
 A taxa anual de depreciação de um bem será fixada em da estimativa de sua vida útil ou prazo de utilização.
 A quota de depreciação a ser registrada na escrituração contábil da pessoa jurídica, como custo ou despesa operacional, será 
determinada mediante aplicação da taxa de depreciação sobre o valor do bem em reais.
 Observe-se que o limite de depreciação é o valor do próprio bem. Desta forma, deve-se manter um controle individualizado, por 
bem, do tipo “ficha do imobilizado” ou “planilha de item do imobilizado” para que o valor contabilizado da depreciação, somado ás 
quotas já registradas anteriormente, não ultrapasse o valor contábil do respectivo bem.
 
INÍCIO E TÉRMINO DA DEPRECIAÇÃO
 
A depreciação de um ativo começa quando o item está em condições de operar na forma pretendida pela administração, e cessa 
quando o ativo é baixado ou transferido do imobilizado. 
A depreciação não cessa quando o ativo torna-se obsoleto ou é retirado temporariamente de operação a não ser que o ativo esteja 
totalmente depreciado.
Didatismo e Conhecimento 10
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
 VIDA ÚTIL, PERÍODO DE USO E VOLUME DE PRODUÇÃO
 
Os seguintes fatores devem ser considerados ao se estimar a vida útil, período de uso e volume de produção de um ativo:
 a) o uso esperado do ativo, que deve ser avaliado com base na capacidade esperada ou na produção física do ativo;
b) o desgaste físico esperado, que depende de fatores operacionais, tais como o número de turnos durante os quais o ativo será 
usado, o programa de reparo e manutenção, inclusive enquanto estiver ocioso;
c) a obsolescência tecnológica resultante de mudanças ou aperfeiçoamentos na produção ou mudanças na demanda no mercado 
pelo produto ou serviço produzido pelo ativo; e
d) os limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo, tais como datas de expiração dos respectivos arrendamentos, permissões 
de exploração ou concessões.
 Observe que a legislação do imposto de renda fixa limites máximos de depreciação para os bens, constantes no anexo 1 da IN 
SRF 162/1998.
 
Exemplo:
 
Valor de Edificações da sede: R$ 105.000,00
Taxa anual de depreciação: 4%
Valor da Depreciação no ano: R$ 105.000,00 x 4% = R$ 4.200,00
Valor da Depreciação mensal: R$ 4.200,00 : 12 meses = R$ 350,00
 
CONTABILIZAÇÃO
 
O registro contábil do encargo de depreciação será feito a débito de uma conta de custo ou despesa operacional e a crédito da 
conta redutora do ativo imobilizado intitulada depreciação acumulada.
 
Exemplo:
 
Depreciação de R$ 10.000,00 de máquinas e equipamentos:
 
D – Depreciações (Custo ou Despesa Operacional – Conta de Resultado)
C - Depreciação Acumulada - Máquinas e Equipamentos (Ativo Imobilizado)
R$ 10.000,00
3 COMPRAS.3.1 MODALIDADES DE COM-
PRA. 3.2 CADASTRO DE FORNECEDORES. 
O sistema de compras baseia-se em uma ação que envolve atividades de pesquisas para a melhor adequação dos objetivos or-
ganizacionais.
Suas atividades básicas são: analisar ordem de pedido, buscar melhores preços, encontrar fornecedores certos, fontes de forneci-
mentos, novos materiais, novos mercados e assim por diante. 
Compras dependem de sistemas de gestão moderna e com uso de tecnologia, são fontes geradoras de benefícios e de lucros 
para as empresas. Compra deve trabalhar com pesquisa constante em todo seu envolvimento. Podemos ressaltar as seguintes ações; 
Suprimentos e de Apoio.
Ações de suprimento: Solicitação de compras; Coleta de preços; Análise dos preços; Pedido de Compras; Acompanhamento do 
pedido.
Ações de apoio: Desenvolvimento de fornecedores; Desenvolvimento de novos materiais; Qualificação de fornecedores; Ne-
gociação Solicitação de Compras. É o documento que contém as informações sobre o que comprar. Pode ser originado por vários 
setores, dependendo do tipo de material: Material processo de fabricação (matéria-prima, material de manutenção e material auxiliar) 
– Estoque; Material de uso específico do solicitante, originado nos setores funcionais da empresa.
Didatismo e Conhecimento 11
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
O Objetivo da função de compras: Apesar da variedade de compras que uma empresa realiza, há alguns objetivos básicos da 
atividade de compras, que são válidos para todos os materiais e serviços comprados. Materiais e serviços podem: Ser da qualidade 
certa; Ser entregues rapidamente, se necessário; Ser entregues no momento certo e na quantidade correta; Ser capazes de alteração 
em termos de especificação, tempo de entrega ou quantidade (flexibilidade); Ter preço correto.
Um aspecto das compras a ser analisado periodicamente diz respeito aos tipos de produtos ou mercadorias que se compra. Nas 
empresas industriais a análise é fácil de fazer, pois o que define os tipos de matérias-primas e insumos a serem adquiridos são as 
linhas de produtos fabricados pela empresa. Nas firmas prestadoras de serviços, também é simples analisar e avaliar o que está sendo 
comprado, pois os produtos são definidos em função dos tipos de serviços prestados pela empresa. Já na empresa comercial, analisar 
que tipos de mercadorias estão sendo compradas é uma questão difícil e complexa. De um modo geral, podemos classificar as merca-
dorias de uma empresa comercial em três tipos, de acordo com a rotatividade de seus estoques: Mercadorias de alto giro; Mercadorias 
de médio giro; Mercadorias de baixo giro.
As mercadorias de alto giro são aquelas destinadas a provocar tráfego no salão de vendas. Esse tipo de mercadoria quase sempre 
dá pouco lucro, mas exerce um efeito de atração da clientela. Num bar, por exemplo, são aquelas que ficam bem à vista do freguês: 
cigarro, fósforo, chicletes, balinhas etc.
As mercadorias de médio e baixo giro são aquelas que apresentam uma rotação de estoque mais lenta. Permitem taxas de marca-
ção mais elevadas para compensar a demora de suas saídas.
Como pode ser observado, para analisar se o que você está comprando para vender no varejo são os tipos de mercadorias ideais 
para o seu ramo de atividade, tem-se, obrigatoriamente, de levar em consideração a rotatividade dos seus estoques, utilizando o se-
guinte roteiro: Agrupamento das mercadorias de acordo com a sua frequência de saída (alta, média ou baixa rotatividade); Levanta-
mento doscustos das mercadorias em estoque, por grupos, de acordo com o seu giro; Somatório dos valores encontrados nos grupos 
de mercadorias; Cálculo do percentual correspondente a cada grupo, em relação ao somatório; Análise dos percentuais encontrados.
Os princípios básicos da organização de compras constituem-se de normas fundamentais assim consideradas: autoridade para 
compra; registro de compras; registro de preços; registro de estoques e consumo; registro de fornecedores; arquivos e especificações; 
arquivos de catálogos.
Completando a organização, podemos incluir como atividades típicas da seção de compras:
a) Pesquisa dos fornecedores: estudo do mercado; estudo dos materiais; análise dos custos; investigação das fontes de forneci-
mento; inspeção das fábricas dos fornecedores; desenvolvimento de fontes de fornecimento; desenvolvimento de fontes de materiais 
alternativos.
b) Aquisição: conferência de requisições; análise das cotações; decidir comprar por meio de contratos ou no mercado aberto; 
entrevistar vendedores; negociar contratos; efetuar as encomendas de compras; acompanhar o recebimento de materiais.
c) Administração: manutenção de estoques mínimos; transferências de materiais; evitar excessos e obsolescência de estoque; 
padronizar o que for possível.
d) Diversos: fazer estimativa de custo; dispor de materiais desnecessários, obsoletos ou excedentes; cuidar das relações comer-
ciais recíprocas.
Além das atividades típicas dentro da organização de compras, outras responsabilidades poderão ser partilhadas com outros 
setores: determinação do que fabricar ou comprar; padronização e simplificação; especificações e substituições de materiais; testes 
comparativos; controle de estoques; seleção de equipamentos de produção; programas de produção independentes da disponibilidade 
de materiais.
É lógico que esses não são completos, pois variam de empresa para empresa, devendo adaptar-se ao tipo de organização de cada 
uma.
Normalmente as grandes empresas envolvem várias fábricas; quase sempre se enquadram nesses casos as multinacionais. O 
volume de operações de compras, dependendo do empreendimento, pode alcançar quantidades apreciáveis; nesses casos é necessário 
saber se todas as compras da organização devem ser feitas em um ponto centralizado, ou estabelecer-se em seções de compras sepa-
radas para cada fábrica ou divisão operacional. Ambos os métodos poderão ser empregados. A razão para se estabelecer a descentra-
lização das compras podem ser assim resumidas: distância geográfica; tempo necessário para a aquisição de materiais; facilidade de 
diálogo.
A centralização completa das compras reúne certas vantagens, conforme podemos verificar: oportunidade de negociar maiores 
quantidades de materiais; homogeneidade da qualidade dos materiais adquiridos; controle de materiais e estoques.
A organização de compras por divisão de grupos é funcional quando as seções são de tamanho moderado e quando tais atribui-
ções são entregues a compradores individuais. Os itens de cada grupo são especificados de acordo com a origem, necessidade e valor 
do material. A figura a seguir mostra um organograma de uma seção de compras.
Didatismo e Conhecimento 12
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
As Etapas do processo de compra são as seguintes; 1) Coleta de Preços: Documento de registro da pesquisa de preços que fazemos 
em função de ter recebido a solicitação de compra dos fornecedores que temos aprovado para este material específico. Nele anotamos 
os dados recebidos dos fornecedores. 2) Pedido de Compras: É o contrato formal entre a empresa e o fornecedor, deverá representar 
todas as condições estabelecidas nas negociações. No pedido deverá constar: preço unitário e total, condições de fornecimento, prazo 
de entrega, condições de pagamento, especificações técnicas do fornecimento, embalagens e transporte. 3) Acompanhamento do Pe-
dido: Conhecido como follow-up, é o procedimento para manter sob controle todos os pedidos, até o momento em que ele é liberado 
para o processo de nossa empresa. Sua finalidade é evitar atrasos, problemas para o cliente na entrega do pedido. 4) Desenvolvimento 
de fornecedores: É o procedimento que possibilita à empresa selecionar os futuros fornecedores sendo os melhores fornecedores do 
mercado e que tenham condições de atender a todas especificações e exigências da empresa. 5) Desenvolvimento de novos materiais: 
É o procedimento que possibilita à empresa pesquisar e selecionar novos materiais ou materiais alternativos o principal objetivo é es-
tabelecer alternativas econômicas ou técnicas para melhorar o desempenho dos produtos no mercado. Baseando-se em especificações 
e parâmetros fornecidos pelo mercado ou pela engenharia. 6) Qualificação de fornecedores: É responsabilidade da área de engenharia; 
a área de compras tem um a função de ligação entre o fornecedor e a engenharia, ou seja, pesquisa de mercado. 7) Negociação: É um 
procedimento de relacionamento entre a empresa e o fornecedor , quando ambas as partes ganham, esse procedimento é fácil não cria 
conflito entre as partes, é um importante elemento de fortalecimento dos laços de interesses, de melhorias contínuas e principalmente de 
aumento dos lucros para ambas empresas.
Compras e Desenvolvimento de Fornecedores: A atividade de compras é realizada no lado do suprimento da empresa, estabele-
cendo contratos com fornecedores para adquirir materiais e serviços, ligados ou não à atividade principal.
Os gestores de compras fazem uma ligação vital entre a empresa e seus fornecedores. Para serem eficazes, precisam compreen-
der tanto as necessidades de todos os processos da empresa, como as capacitações dos fornecedores que podem fornecer produtos e 
serviços para a organização. A figura abaixo demonstra as etapas da interação empresa/fornecedor:
Didatismo e Conhecimento 13
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
A compra interfere diretamente nas vendas. A qualidade, quantidade, preço e prazo dos produtos fabricados numa indústria de-
pendem muito das condições em que foram adquiridos os insumos e as matérias-primas. No comércio, as compras de mercadorias 
realizadas em melhores condições proporcionam venda mais rápida e, possivelmente, com maior margem de lucro.
A gestão de compras é tida como um fator estratégico nos negócios. Comprar significa à manutenção, funcionamento e expansão 
da empresa. As comprar significa procurar, adquirir e receber mercadorias e insumos necessários à manutenção, funcionamento e 
expansão da empresa.
As compras são responsáveis por uma margem de 50% a 80% dos gastos da empresa e, portanto, causa grande impacto nos 
lucros.
É muito importante refletir sobre como a empresa desenvolve suas compras. Vejamos quais são as modalidades de compras mais 
utilizadas:
•	 Compras de emergência – realizadas às pressas para atender uma necessidade surgida de surpresa. Isso é desvantajoso 
porque reduz seu poder de negociação com o fornecedor e a competitividade da empresa no mercado. As compras de emergência 
ocasionam aquisição de mercadorias com preços altos e rupturas no estoque, além da paralisação da unidade, motivado por falta de 
controle por parte de quem requisita ou compra. Assim, para reduzir ou anular as compras de emergência, a empresa deve estabelecer 
controle de estoque adequado.
•	 Compras especulativas – são feitas para especular com possível alta de preços, geralmente antes da necessidade se apre-
sentar. Esta modalidade é perigosa, pois além de comprometer o capital de giro pode acarretar prejuízos para a empresa, se não 
acontecer a alta de preços prevista.
•	 Compras contratadas – realizadas por meio de contratos que preveem a entrega dos produtos em épocas preestabelecidas. 
Esta modalidade é muito utilizada na indústria, para fornecimento de matéria-prima e no comércio, para mercadorias especiais, mo-
delos exclusivos ou produtosnovos não lançados ainda no mercado.
•	 Compras de reposição – compras realizadas para adquirir mercadorias que apresentam comportamento estável de vendas. 
É muito utilizada no comércio, principalmente em supermercados, onde os produtos de primeira necessidade (pão, leite, arroz, feijão, 
outros produtos alimentícios) e produtos de higiene e limpeza pessoal (sabonete, pasta de dentes e outros) apresentam um comporta-
mento de vendas equilibrado, durante o ano todo.
A compra pode ser feita em empresas atacadistas ou em grandes varejistas. Mas no momento em que você começa a analisar 
mais profundamente esta questão, vai notar que não é tão fácil definir quais os fornecedores que apresentam todas as condições 
necessárias: se o preço de aquisição é justo e oferece condições de marcar um preço de venda que permita concorrer no mercado e, 
ao mesmo tempo, obter uma boa margem de lucro; se a qualidade dos produtos oferecidos tem a perfeição do acabamento exigida 
pelo consumidor; se a quantidade oferecida é suficiente para as necessidades de produção e vendas de um determinado período; se os 
prazos de entrega satisfazem as programações de vendas da empresa; se os prazos de pagamento cobrem os prazos médios de vendas 
e não comprometem o capital de giro próprio.
Didatismo e Conhecimento 14
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
⇒	 PERFIL DO COMPRADOR.
O comprador é um elemento experiente e a função é tida e reconhecida como uma das mais importantes em uma empresa. O 
padrão atual exige que um comprador tenha ótimas qualificações e esteja preparado para usá-las em todas as ocasiões. Para conduzir 
eficazmente suas compras, deve demonstrar conhecimentos amplos das características dos produtos, dos processos e das fases de 
fabricação dos itens comprados. Deve estar preparado para discutir em igual nível de conhecimento com os fornecedores.
O comprador ideal deve saber ouvir atentamente os argumentos apresentados pelo vendedor, para depois agir sensatamente. 
Muitas vezes as razões e opiniões apresentadas pelo vendedor poderão ser bem contra argumentadas, levando a negociação a repre-
sentar um benefício para a empresa. Assim, uma agressividade bem orientada, por firmeza de convicções leva a um bom termo uma 
negociação que, à primeira vista, poderia parecer de resultado inglório.
Outra característica do com comprador é estar perfeitamente identificado com a política e os padrões de ética definidos pela 
empresa, como, por exemplo, a manutenção do sigilo nas negociações que envolvam mais de um fornecedor ou até mesmo quando 
um só está envolvido.
Compradores com boa qualificação profissional fornecem às empresas condições de fazer bons negócios; daí vem a maior res-
ponsabilidade, constituindo o comprador uma força vital, que faz parte da própria vida da empresa, pois o objetivo é comprar bem e 
eficientemente, e com isso atender aos objetivos de lucro, uma vez que o departamento de compras é, em igualdade de condições com 
outras áreas, um centro de lucro. E será mais ainda um centro de lucro quando os fornecedores forem encorajados a enfrentar novas 
ideias e novos projetos, dispondo-se a aproveitar a oportunidade de fazerem novos negócios.
As atividades de compras nas pequenas empresas, geralmente são funções exercidas pelo proprietário. De qualquer modo o en-
carregado de compras – seja ele o próprio dono ou um funcionário – deve conhecer e seguir algumas regras básicas ao bom desempe-
nho de suas funções: Ele conhece bem o mercado? Ele conhece bem os estoques da empresa? Ele conhece o orçamento da empresa? 
Ele é cauteloso? Ele acompanha permanentemente os pedidos? Ele faz os pedidos por escrito? Ele é atualizado? Ele possui requisitos 
para desenvolver suas tarefas (responsabilidade; paciência; habilidade no trato com pessoas; bom senso e iniciativa; capacidade para 
se comunicar; senso de organização; boa memória; gosto pela leitura)?
⇒	 CADASTRO DE FORNECEDORES.
Um dos documentos primordiais do Departamento de Compras é o Cadastro de Fornecedor e a Ficha de Material, quando então 
existem condições de escolher o fornecedor ou prováveis fornecedores de determinado material. Através deste cadastro é que se re-
alizará a seleção dos fornecedores que atendam a quatro condições básicas de uma boa compra: preço, prazo, qualidade e condições 
de pagamento.
Toda empresa deve possuir um bom cadastro, onde são registradas as informações necessárias sobre os fornecedores (endereço, 
número do CNPJ, número da inscrição, objetivos sociais, pessoas para contato, linhas de produtos ou mercadorias, prazo médio de 
entrega, condições de pagamento, política de descontos etc.). 
O setor de compras deve possuir dois tipos de cadastro, um por fornecedor e outro por tipo de material, dos quais apresentamos 
modelos. O cadastro de fornecedor reúne fichas de diversos fornecedores, especificando os materiais que fabricam, ou que represen-
tam; o cadastro de material são fichas em que se identificam os fornecedores aprovados dos quais se pode adquirir. A necessidade 
desses dois cadastros é devida a situações em que o comprador desconhece o fornecedor de determinado produto; nesse ele deve 
consultar o cadastro de material.
Uma excelente fonte de informação sobre a performance do fornecedor é também acompanhar as suas entregas, tendo como 
finalidade registrar as compras efetuadas, os recebimentos, as devoluções, as alterações de preço e condições de pagamento, os can-
celamentos e as alterações de prazos de entrega.
4 COMPRAS NO SETOR PÚBLICO.
 4.1 EDITAL DE LICITAÇÃO. 
Nas empresas estatais e autárquicas, como também no serviço público em geral, ao contrário da iniciativa privada, as aquisições 
de qualquer natureza obedecem a Lei nº. 8.666, de 21-6-1993, alterada pela Lei nº. 8.883, de 8-6-1994, motivo pelo qual se tornam 
totalmente transparentes. Observa-se que a diferença entre os tipos de compras é a formalidade no serviço público e a informalidade 
na iniciativa privada. Independentemente dessa particularidade, os procedimentos são praticamente idênticos. O artigo 14 da lei de 
licitações e contratos administrativos disciplina de forma objetiva: para que a administração efetue qualquer compra, preliminarmen-
te, deve curvar-se a dois princípios fundamentais:1 - A definição precisa do seu objeto; 2 - A existência de recursos orçamentários que 
garantam o pagamento resultante. Assim está determinado no citado artigo 14:
Didatismo e Conhecimento 15
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
“Art. 14 - Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orçamentários para 
seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa ”. 
Para se caracterizar o objeto da compra deve-se: 1. Avaliar a necessidade (planejamento); 2. Definir o quanto adquirir; 3. Verificar 
as condições de guarda e armazenamento; 4. Buscar atender o princípio da padronização; 5. Obter as informações técnicas quando 
necessárias; 6. Proceder a pesquisas de mercado; 7. Definir a modalidade e tipo de licitação ou a sua dispensa / inexigibilidade; 8. 
Indicar (empenho) os recursos orçamentários.
O Objeto de Licitação é o bem/ serviço ao qual a Administração pretende adquirir. Ex.: Prestação de serviços de mão-de-obra, 
Aquisição de Móveis, etc...
Nos tempos atuais, diante de tamanha evolução no campo tecnológico, empresarial e social, o Estado não pode ficar à margem, 
apenas como expectador. A ideia de uma Administração Pública baseada na tradição, na rigorosidade formal, numa ordem burocrática 
pesada, está se tornando modelo ultrapassado e nada eficiente.
Urge a necessidade de um modelo gerencial na gestão administrativa, capaz de realizar a função pública de forma eficiente, 
moderna, acompanhando a evolução econômica e financeira da sociedade, sem olvidar dos princípios basilares que orientam a Ad-
ministração Pública.
Coma crescente demanda por bens, obras, serviços em todo o País, quando ao Estado cumpre garantir o desenvolvimento eco-
nômico e social, tornou-se imprescindível adoção de procedimentos e mecanismos de controle, que garantam a aplicação do grande 
volume de recursos disponíveis, com eficiência e transparência. Uma das formas eficientes utilizadas pela Administração Pública é 
a licitação.
A Constituição de 1988, art. 37, inc. XXI criou bases, nas quais mais tarde, em 21 de junho de 1993, assentou-se a Lei Federal 
nº 8.666, que instituiu o Estatuto das Licitações e Contratos Administrativos.
Para o setor público o instrumento utilizado para compras é a licitação, como forma de dar transparência à compra pública.
Licitação é o procedimento administrativo pelo qual uma pessoa governamental pretendendo alienar, adquirir ou locar bens, 
realizar obras ou serviços, segundo condições por ela estipuladas previamente, convoca interessados na apresentação de propostas, 
a fim de selecionar a que se revele mais conveniente em função de parâmetros antecipadamente estabelecidos e divulgados. Este 
procedimento visa garantir duplo objetivo: de um, lado proporcionar às entidades governamentais possibilidade de realizarem o ne-
gócio mais vantajoso; de outro, assegurar aos administrados ensejo de disputarem entre si a participação nos negócios que as pessoas 
administrativas entendam de realizar com os particulares.
A Administração Pública lançará mão da licitação toda vez que for comprar bens, executar obras, contratar serviços, ou conceder 
a um terceiro o poder de, em seu nome, prestar algum tipo de serviço público, como é o caso das concessões.
Quem está obrigado a licitar: União, Estados, Municípios, Distrito Federal, Territórios e autarquias estão obrigados a licitar, em 
obediência às pertinentes leis de licitação, o que é ponto incontroverso. O problema que se põe é saber se as sociedades de economia 
mista e empresas públicas também se sujeitam ao dever de licitar.
Inexigibilidade De Licitação: A obrigatoriedade somente não se aplica em determinados casos descritos a seguir conforme 
decreto-lei Nº 200 de 25 de fevereiro de 1967: Art. 126. As compras, obras e serviços efetuar-se-ão com estrita observância do prin-
cípio da licitação.
A licitação só será dispensada nos casos previstos nesta lei. § 2.0. É dispensável a licitação: Nos casos de guerra, grave per-
turbação da ordem ou calamidade pública; Quando sua realização comprometer a segurança nacional, a juízo do Presidente da Re-
pública; Quando não acudirem interessados à licitação anterior, mantidas, neste caso, as condições preestabelecidas; Na aquisição 
de materiais, equipamentos ou gêneros que só podem ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivos, 
bem como na contratação de serviços com profissionais ou firmas de notória especialização; Na aquisição de obras de arte e objetos 
históricos; Quando a operação envolver concessionário de serviço público ou, exclusivamente, pessoas de direito público interno ou 
entidades sujeitas ao seu controle majoritário; Na aquisição ou arrendamento de imóveis destinados ao Serviço Público; Nos casos 
de emergência, caracterizada a urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízos ou comprometer a segurança de 
pessoas, obras, bens ou equipamentos; Nas compras ou execução de obras e serviços de pequeno vulto, entendidos como tal os que 
envolverem importância inferior a cinco vezes, no caso de compras e serviços, e a cinquenta vezes, no caso de obras, o valor do maior 
salário mínimo mensal.
Como todo sistema jurídico, o instituto das licitações também tem seus princípios norteadores. Discorreremos acerca de alguns 
deles, ainda que forma bastante simples.
O princípio da legalidade, como princípio geral previsto no art. 5º, II, da Constituição de 1988, segundo o qual “ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer senão em virtude de lei”, obriga a Administração Pública, quando da compra, obra, contração 
de serviços ou alienação, a proceder de acordo com o que a Constituição Federal e Leis preveem. A não observação desse princípio 
impregnará o processo licitatório de vício, trazendo nulidade como consequência.
Pelo princípio da isonomia, é assegurada a igualdade no tratamento a todos quantos venham participar do certame licitatório.
Didatismo e Conhecimento 16
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
O princípio da competitividade garante a livre participação a todos, porém, essa liberdade de participação é relativa, não signifi-
cando que qualquer empresa será admitida no processo licitatório. Por exemplo, não faz sentido uma empresa fabricante de automó-
veis tencionar participar de um processo de licitação, quando o objeto do certame seja compra de alimentos.
A Administração Pública se balizará no princípio da impessoalidade para evitar a preferência por alguma empresa especifica-
mente, cuja não observação implicaria prejuízo para a lisura do processo licitatório, e como consequência a decretação da nulidade 
do processo.
Como a licitação busca atender ao interesse público, à coletividade, a escolha e julgamento da melhor proposta obedecerão ao 
princípio da publicidade, que visa tornar a futura licitação conhecida dos interessados e dar conhecimento aos licitantes bem como 
à sociedade em geral, sobre seus atos. Outra função desse princípio é garantir aos cidadãos o acesso à documentação referente à lici-
tação, bem como sua participação em audiências públicas, nas hipóteses previstas no art. 39, da Lei nº 8.666/93.
A proposta mais vantajosa nem sempre é a mais barata. Como dizem alguns, às vezes o barato sai caro. A Administração Pública 
deve saber definir quando, quanto, o que e por que vai comprar, a exemplo da situação onde há opção de compra ou locação. É nessa 
análise que o princípio da economicidade se revela, auxiliando a aplicação dos recursos públicos com zelo e eficiência.
Modalidades da Licitação: Cinco são as modalidades de licitação previstas na lei - art. 22 (O § 8’ veda a criação de outras mo-
dalidades licitatórias ou sua combinação): Concorrência - é a modalidade de licitação própria para contratos de grande valor, em 
que se admite a participação de quaisquer interessados, cadastrados ou não, que satisfaçam as condições do edital, convocados com 
a antecedência mínima prevista na lei, com ampla publicidade pelo órgão oficial e pela imprensa particular; Tomada de preços - é a 
licitação realizada entre interessados previamente registrados, observada a necessária habilitação, convocados com a antecedência 
mínima prevista na lei, por aviso publicado na imprensa oficial e em jornal particular, contendo as informações essenciais da licitação 
e o local onde pode ser obtido o edital. A nova lei aproximou a tomada de preços da concorrência, exigindo a publicação do aviso 
e permitindo o cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas; Convite - é a modalidade de licitação 
mais simples, destinada às contratações de pequeno valor, consistindo na solicitação escrita a pelo menos três interessados do ramo, 
registrados ou não, para que apresentem suas propostas no prazo mínimo de cinco dias úteis. O convite não exige publicação, porque 
é feito diretamente aos escolhidos pela Administração através de carta-convite. A lei nova, porém, determina que cópia do instrumen-
to convocatório seja afixada em local apropriado, estendendo-se automaticamente aos demais cadastrados da mesma categoria, desde 
que manifestem seu interesse até vinte e quatro horas antes da apresentação das propostas; Concurso - é a modalidade de licitação 
destinada à escolha de trabalho técnico ou artístico predominantemente de criação intelectual. Normalmente, há atribuição de prêmio 
aos classificados, mas a lei admite também a oferta de remuneração; Leilão - é espécie de licitação utilizável na venda de bens móveis 
e semoventes e, emcasos especiais, também de imóveis.
•	 Publicação Dos Editais: os editais de concorrência, tomada de preços, concurso e leilão deverão ser publicados com antece-
dência, no mínimo, por uma vez no Diário Oficial da União, no Diário Oficial do Estado, ou em jornal de grande circulação no Estado 
e também, se houver, em jornal de circulação no Município, dependendo da estância da licitação.
•	 Prazos Para Publicação Do Edital: o prazo mínimo que deverá mediar entre a última publicação do edital resumido ou da 
expedição do convite e o recebimento das propostas será: De quarenta e cinco dias para: Concurso; Concorrência: do tipo “melhor 
técnica” ou “técnica e preço”, ou execução por empreitada integral; De trinta dias para: Concorrência, nos casos não especificados 
acima; Tomada de preços, quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”; De quinze dias para: Tomada de 
preços, nos casos não especificados acima; Leilão; De cinco dias úteis para: Convite. 
•	 Procedimento Da Licitação: Apesar dos atos que compõem o procedimento terem, cada um, finalidade específica, eles têm 
um objetivo comum: a seleção da melhor proposta. Este ato derradeiro do procedimento é um ato unilateral que se inclui dentro 
do próprio certame, diferentemente do contrato, que é externo ao procedimento. “O procedimento da licitação será iniciado com a 
abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação 
sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:...” Da Requisição de Compra 
deverá constar obrigatoriamente: Justificativa do pedido, endossada pelo titular do órgão; Especificação adequada do produto a ser 
adquirido; Indicação do recurso próprio a ser onerado, devidamente confirmado pela Seção de Contabilidade da unidade requisitante; 
Atendimento ao princípio de padronização, sempre que possível for; Indicação dos fatores a serem considerados e expressamente 
declarados no Edital, para fins de julgamento das propostas.
Segundo Hely Lopes Meirelles, esta é a fase interna da licitação à qual se segue a fase externa, que se desenvolve através dos 
seguintes atos, nesta ordem: 
- Edital ou convite de convocação dos interessados; 2. Recebimento da documentação e propostas; 3. Habilitação dos licitantes; 
4. Julgamento das propostas (classificação) 5. Adjudicação e homologação.
A modalidade em que todas as fases da licitação se encontram claramente definidas é a concorrência.
- Edital: “É o instrumento pelo qual a Administração leva ao conhecimento público a abertura deconcorrência, de tomada de 
preços, de concurso e de leilão, fixa as condições de sua realização e convoca os interessados para a apresentação de suas propostas”. 
Como lei interna da licitação, vincula a Administração e os participantes.
Didatismo e Conhecimento 17
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Funções do edital: o edital dá publicidade à licitação; Identifica o objeto licitado e delimita o universo das propostas; Circuns-
creve o universo dos proponentes; Estabelece os critérios para análise e avaliação dos proponentes e das propostas; Regula atos e 
termos processuais do procedimento;
Fixa cláusulas do futuro contrato.
- Habilitação: A habilitação, por vezes denominada “qualificação”, é a fase do procedimento em que se analisa a aptidão dos 
licitantes. Entende-se por aptidão a qualificação indispensável para que sua proposta possa ser objeto de consideração, sendo que o 
licitante pode ser habilitado ou não pelo órgão competente.
Obs.: Na modalidade de licitação chamada “convite” inexiste a fase de habilitação. Ela é presumida; é feita a priori pelo próprio 
órgão licitante que escolhe e convoca aqueles que julgam capacitados a participar do certame, admitindo, também, eventual interes-
sado, não convidado, mas cadastrado.
3) Classificação: “É o ato pelo qual as propostas admitidas são ordenadas em função das vantagens que oferecem, na confor-
midade dos critérios de avaliação estabelecidos no edital”. Após se confrontar as ofertas, classificam-se as propostas e escolhe-se o 
vencedor, a partir das vantagens que oferecem, na conformidade dos critérios de avaliação estabelecidos no edital a quem deverá ser 
adjudicado o objeto da licitação.” A classificação se divide em duas fases: Na primeira, ocorre a abertura dos envelopes “proposta” 
entregues pelos participantes do certame. Os envelopes são abertos em ato público, previamente designado, do qual se lavrará ata 
circunstanciada; Na segunda, há o julgamento das propostas, que deve ser objetivo e em conformidade com os tipos de licitação. 
Critérios de classificação: Existem quatro tipos básicos de licitação (4 critérios básicos para avaliação das propostas): Licitação de 
menor preço - é a mais comum. O critério do menor preço é , sem dúvida, o mais objetivo. É usual na contratação de obras singe-
las, de serviços que dispensam especialização, na compra de materiais ou gêneros padronizados; Licitação de melhor técnica - esse 
critério privilegia a qualidade do bem, obra ou serviço proposto em função da necessidade administrativa a ser preenchida. O que a 
Administração pretende é a obra, o serviço, o material mais eficiente, mais durável, mais adequado aos objetivos a serem atingidos; 
Licitação de técnica e preço - neste tipo de licitação, combinam-se os dois fatores: técnica e preço.
Esse critério pode consistir em que a técnica e preço sejam avaliados separadamente, de modo a que, após selecionar as propostas 
que vierem a alcançar certo índice de qualidade ou de técnica, o preço será o fator de decisão. Pode-se, ainda atribuir pesos, ou seja, 
ponderação aos resultados da parte técnica e ponderação ao preço, que serão considerados em conjunto; Licitação de maior lance ou 
oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso (art. 45 § 1’ da Lei 8.666/93). As propostas que estiverem 
de acordo com o edital serão classificadas na ordem de preferência, na escolha conforme o tipo de licitação. Aquelas que não se 
apresentarem em conformidade com o instrumento convocatório serão desclassificadas. Não se pode aceitar proposta que apresente 
preços unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, ainda que o instrumento convocatório não tenha estabelecido limites mínimos 
(v. § 3’ do art. 44 da Lei 8.666/93).
*Texto adaptado de acordo com o Manual de Gestão de Material em Almoxarifado na Administração Pública Estadual .
5 RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM. 
5.1 ENTRADA. 5.2 CONFERÊNCIA. 5.3 CRI-
TÉRIOS E TÉCNICAS DE ARMAZENAGEM. 
RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM.
Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a 
conferência dos materiais destinados à empresa.
As atribuições básicas do Recebimento são: coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de materiais; anali-
sar a documentação recebida, verificando se a compra está autorizada; controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto 
de Transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos; proceder a conferência visual, verificando as condições de embala-
gem quanto a possíveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos documentos; 
proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos; decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso; 
providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento ao fornecedor; liberar o material desembaraçado 
para estoque no almoxarifado;
A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a função em quatro fases : 1a fase : Entrada de materiais; 2a fase 
: Conferência quantitativa; 3a fase : Conferência qualitativa; 4a fase : Regularização
Didatismo e Conhecimento 18
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS1a fase - Entrada de Materiais : A recepção dos veículos transportadores efetuada na portaria da empresa representa o início 
do processo de Recebimento e tem os seguintes objetivos : a recepção dos veículos transportadores; a triagem da documentação 
suporte do recebimento; constatação se a compra, objeto da Nota Fiscal em análise, está autorizada pela empresa; constatação se a 
compra autorizada está no prazo de entrega contratual; constatação se o número do documento de compra consta na Nota Fiscal; 
cadastramento no sistema das informações referentes a compras autorizadas, para as quais se inicia o processo de recebimento; o 
encaminhamento desses veículos para a descarga.
As compras não autorizadas ou em desacordo com a programação de entrega devem ser recusadas, transcrevendo-se os motivos 
no verso da Nota Fiscal. Outro documento que serve para as operações de análise de avarias e conferência de volumes é o “Conheci-
mento de Transporte Rodoviário de Carga”, que é emitido quando do recebimento da mercadoria a ser transportada.
As divergências e irregularidades insanáveis constatadas em relação às condições de contrato devem motivar a recusa do recebi-
mento, anotando-se no verso da 1a via da Nota Fiscal às circunstâncias que motivaram a recusa, bem como nos documentos do trans-
portador. O exame para constatação das avarias é feito através da análise da disposição das cargas, da observação das embalagens, 
quanto a evidências de quebras, umidade e amassados. 
Os materiais que passaram por essa primeira etapa devem ser encaminhados ao estoque. Para efeito de descarga do material no 
estoque, a recepção é voltada para a conferência de volumes, confrontando-se a Nota Fiscal com os respectivos registros e controles 
de compra. Para a descarga do veículo transportador é necessária a utilização de equipamentos especiais, quais sejam: paleteiras, 
talhas, empilhadeiras e pontes rolantes.
2a fase - Conferência Quantitativa; É a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornecedor na Nota Fiscal corres-
ponde efetivamente à recebida. A conferência por acusação também conhecida como “ contagem cega “ é aquela no qual o conferente 
aponta a quantidade recebida, desconhecendo a quantidade faturada pelo fornecedor. A confrontação do recebido versus faturado é 
efetuada a posteriori por meio do Regularizador que analisa as distorções e providencia a recontagem.
Dependendo da natureza dos materiais envolvidos, estes podem ser contados utilizando os seguintes métodos : Manual : para o 
caso de pequenas quantidades; Por meio de cálculos : para o caso que envolvem embalagens padronizadas com grandes quantidades; 
Por meio de balanças contadoras pesadoras: para casos que envolvem grande quantidade de pequenas peças como parafusos , porcas, 
arruelas; Pesagem : para materiais de maior peso ou volume, a pesagem pode ser feita através de balanças rodoviárias ou ferroviárias; 
Medição : em geral as medições são feitas por meio de trenas;
3ª fase - Conferência Qualitativa: Visa garantir a adequação do material ao fim que se destina. A análise de qualidade efetuada 
pela inspeção técnica, por meio da confrontação das condições contratadas na Autorização de Fornecimento com as consignadas na 
Nota Fiscal pelo Fornecedor, visa garantir o recebimento adequado do material contratado pelo exame dos seguintes itens: Caracte-
rísticas dimensionais; Características específicas; Restrições de especificação;
4ª fase – Regularização: Caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento, pela confirmação da conferência qualitativa e 
quantitativa, respectivamente por meio do laudo de inspeção técnica e pela confrontação das quantidades conferidas versus faturadas.
O processo de Regularização poderá dar origem a uma das seguintes situações: liberação de pagamento ao fornecedor ( material 
recebido sem ressalvas); liberação parcial de pagamento ao fornecedor; devolução de material ao fornecedor; reclamação de falta ao 
fornecedor; entrada do material no estoque.
Os objetivos da armazenagem de produtos são vários, o objetivo primário da armazenagem é o de guardar a mercadoria por um 
determinado período, isso quer dizer que a mercadoria deve ser mantida no depósito por certo período, ate que seja o momento de sua 
consumação ou comercialização, características importantes também levadas em conta são: segurança, extravios e furtos.
Na armazenagem a correta utilização do espaço disponível demanda estudo exaustivo das cargas a armazenar, dos níveis de 
armazenamento, das estruturas para armazenagem e dos meios mecânicos a utilizar.
Indica-se a real ocupação do espaço por meio do indicador “taxa de ocupação volumétrica”, que leva em consideração o espaço 
disponível versus o espaço ocupado. 
Para entendermos plenamente a utilização do espaço vertical, há que se analisar a utilidade de paletes para a movimentação, 
manuseio e armazenagem de materiais. A paletização vem sendo utilizada em empresas que demandam manipulação rápida e arma-
zenagem racional, envolvendo grandes quantidades. A paletização tem como objetivo realizar, de uma só vez, a movimentação de um 
número maior de unidades. Ao pallet é atribuído o aumento da capacidade de estocagem, economia de mão-de-obra, tempo e redução 
de custos. O emprego de empilhadeiras e pallets já proporcionaram a muitas empresas economia de até 80 % do capital despendido 
com o sistema de transporte interno. 
Inicialmente os pallets eram empregados na manipulação interna de armazéns e depósitos e hoje acompanham a carga, da linha 
de produção à estocagem, embarque e distribuição. Em razão da padronização das medidas do pallet pelos países como Estados 
Unidos e Inglaterra, eles passaram a serem utilizados através dos continentes em caminhões, vagões ferroviários e embarcações 
marítimas.
Os Critérios de Armazenagem dependem das características do material, a armazenagem pode dar-se em função dos seguintes 
parâmetros: fragilidade; combustibilidade; volatilização; oxidação; explosividade; intoxicação; radiação; corrosão; inflamabilidade; 
volume; peso e forma.
Didatismo e Conhecimento 19
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
Os materiais sujeitos à armazenagem não obedecem a regras taxativas que regulem o modo como os materiais devem ser dispos-
tos no estoque. Por essa razão, devem-se analisar, em conjunto, os parâmetros citados anteriormente, para depois decidir pelo tipo de 
arranjo físico mais conveniente, selecionando a alternativa que melhor atenda ao fluxo de materiais: armazenagem por tamanho esse 
critério permite bom aproveitamento do espaço; armazenamento por frequência: esse critério implica armazenar próximo da saída 
do almoxarifado os materiais que tenham maior frequência de movimento; armazenagem especial, onde se destacam: os ambientes 
climatizados; os produtos inflamáveis, que são armazenados sob rígidas normas de segurança; os produtos perecíveis. 
A Armazenagem em área externa. Devido à sua natureza, muitos materiais podem ser armazenados em áreas externas, o que 
diminui os custos e amplia o espaço interno para materiais que necessitam de proteção em área coberta. Podem ser colocados nos 
pátios externos os materiais a granel, tambores e “containers”, peças fundidas e chapas metálicas. Coberturas alternativas : não sendo 
possível a expansão do estoque, a solução é a utilização de galpões plásticos, que dispensam fundações, permitindo a armazenagem 
a um menor custo. Independentemente do critério ou método de armazenamento adotado é oportuno observar as indicações contidas 
nas embalagens em geral.
Layout é a disposição física de equipamentos, estoques, fluxo de pessoas e de material de forma que tudo se organize harmo-
niosamente, pode ser uma instalação real, um projeto ou um trabalho. O seu estudo busca encontrar a melhor maneira de dispor 
fisicamente todos os meio de produção, arrumando o espaço de trabalho a fim de aperfeiçoar

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