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AULA Gestão de material, patrimonio e logistica

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Aula 1: A Cadeia de Suprimentos	
Compreendendo a cadeia de suprimentos
Vamos conhecer então como funciona uma cadeia de suprimentos na prática das empresas?
Logística é vista como a competência que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores.
As informações recebidas de clientes e sobre eles fluem pela empresa na forma de atividades de vendas, previsões e pedidos.
Os dados são filtrados em planos específicos de compras e de produção.
No momento do suprimento de produtos e materiais, é iniciado um fluxo de bens de valor agregado resultando na transferência de propriedade de produtos acabados aos clientes. Assim, o processo tem duas ações inter-relacionadas:
Antes de abordarmos cada fluxo detalhadamente, duas observações se fazem necessárias:
01 A consideração de operações internas isoladamente é útil para mostrar a importância fundamental da integração de todas as funções e atividades envolvidas na logística. Embora essa integração seja pré-requisito para o sucesso, não é suficiente para garantir que a empresa alcance suas metas de desempenho. Para ser totalmente eficaz no atual ambiente competitivo, a empresa deve expandir sua abordagem integrada para incorporar clientes e fornecedores. Essa extensão, por meio da integração externa, é denominada gerenciamento da cadeia de suprimento.
02 O processo básico não se restringe a empresas com fins lucrativos, nem é exclusivo de empresas industriais, incluindo a área pública. É importante integrar necessidades e operações, pois ocorre em todas as empresas, assim como em organizações do setor público
As empresas e instituições dedicam muito tempo procurando meios para diferenciar seus produtos daqueles de seus concorrentes.
Quando a gerência reconhece que a Logística afeta uma parte significativa dos custos e que o resultado das decisões tomadas leva a diferentes níveis de serviços ao cliente, ela está em condições de usá-la de maneira eficaz para penetrar em novos mercados, para ampliar a sua participação no mercado e para elevar os lucros.
Um produto ou um serviço tem pouco valor se não estiver disponível aos clientes no tempo e no lugar em que eles desejam consumi-lo. Quando uma empresa incorre em custos para movimentar os produtos em direção aos clientes ou tornar um estoque disponível de maneira oportuna, o valor que não estava lá antes foi criado pelo cliente.
Em geral, admite-se que o negócio gere quatro tipos de valor em produtos e serviços:
FORMA, TEMPO, LUGAR E POSSE
A Logística controla o valor do tempo e lugar nos produtos, principalmente por intermédio das atividades logísticas.
Os principais componentes na estrutura da cadeia de suprimentos – o papel dos ciclos de atividades: diferenças e semelhanças
A principal unidade de análise da Logística é o Ciclo de Atividades dentro da estrutura da cadeia de suprimentos.
Os Ciclos de Atividades devem operar de forma integrada, principalmente com o uso da Tecnologia da Informação, fornecendo uma perspectiva básica da dinâmica, das interfaces e das integrações dos processos logísticos, em tempo real, dentro do sistema de operações.
Características do Ciclo de Atividades de Suprimentos
São necessárias várias atividades ou tarefas para facilitar um fluxo ordenado de materiais, componentes ou estoque de produtos acabados para um complexo de produção ou de distribuição. São elas:
Seleção de fontes de suprimento
Colocação de pedidos e expedição
Transporte
Recebimento
Essas atividades são essenciais para completar o processo de suprimento. Uma vez recebidos materiais, componentes ou produtos de revenda adquiridos, as necessidades de armazenagem, o manuseio e o transporte subsequentes, para facilitar a fabricação ou a redistribuição, são atendidas de maneira adequada por outros ciclos de atividades.
O ciclo de suprimento é semelhante ao ciclo de processamento de pedidos de clientes. Embora existam exceções, o objetivo básico do suprimento é executar as compras pelo menor custo. O valor mais baixo de materiais e peças, em relação aos produtos acabados, acarreta uma possibilidade maior de gerenciamento de trade-off 1 entre o custo de manutenção de estoque em trânsito e o tempo de deslocamento, visando utilizar meios de transporte de baixo custo.
Como o custo diário para manter os materiais e a maioria dos componentes no canal de suprimento é menor que o custo de manutenção de estoque de produtos acabados, o pagamento de taxas mais altas por um transporte mais rápido, normalmente, não traz nenhum benefício. Os ciclos de atividades no suprimento são, geralmente, mais longos do que os de processamento de pedidos de clientes.
ATENÇÃO: É claro que toda regra tem exceção. Quando são empregados na fabricação componentes de alto valor, a ênfase muda para compras em lotes menores e quantidades exatas, que exigem um controle logístico acurado. Nessas situações, o valor dos materiais ou componentes talvez justifique o uso de serviços premium de entrega rápida e confiável.
Características do Ciclo de Atividades de Apoio à Manufatura
O apoio logístico à produção tem como principal objetivo estabelecer e manter um fluxo econômico e ordenado de materiais e estoque em processo para cumprir as programações de produção.
A movimentação e a armazenagem de produtos, materiais, componentes e peças semiacabadas entre instalações da empresa representam a responsabilidade operacional da logística de apoio à produção.
Uma atividade semelhante ocorre em empresas varejistas e atacadistas, que devem selecionar o sortimento de estoque a ser movido para o nível seguinte na cadeia de agregação de valor.
A segregação do apoio à manufatura como uma área operacional distinta é um conceito relativamente novo no gerenciamento logístico. A justificativa para tratar os ciclos de atividades no sentido de darem apoio à produção está relacionada com as restrições e as necessidades operacionais particulares das estratégias de produção modernas.
Para proporcionar máxima flexibilidade, estão sendo reavaliados paradigmas tradicionais relativos à economia de escala para conciliar produções mais curtas e rápidos ajustes de máquinas. É necessário um apoio logístico preciso para aperfeiçoar essas estratégias.
É importante enfatizar que:
a missão de apoio logístico à produção é facilitar “o quê”, “o onde” e “o quando” da produção, e não “o como”. A meta é dar apoio a todas as necessidades da produção da maneira mais eficiente.
Quando a empresa possui várias fábricas, cada uma especializada em atividades específicas, o sistema de apoio à produção pode exigir uma ampla rede de ciclos de atividades. Visto que fábricas especializadas executam estágios próprios de produção antes da montagem final, são normalmente necessários inúmeros manuseios e transferências para concluir o processo de fabricação. É função da logística de manufatura facilitar esse processo.
Em certas situações, a complexidade do apoio à produção pode exceder a complexidade da distribuição física ou do suprimento. Operações de apoio à manufatura, ao contrário das operações de distribuição física ou de suprimento, têm seu movimento limitado ao controle de gerenciamento interno da empresa. Portanto, na condução da logística de apoio à produção, pode ser controlada a variação decorrente de entrada aleatória de pedidos e de desempenho irregular de fornecedores, permitindo, assim, operações mais contínuas e sincronizadas, o que resulta em estoque de segurança menor.
Características do Ciclo de Distribuição Física
As operações de distribuição física abrangem basicamente o processamento de pedidos de clientes e a entrega de mercadorias. Torna-se claro que a distribuição física tem influência direta no desempenho de Marketing e das Vendas, pois proporciona a disponibilidade de produtos de maneira econômica e em tempo hábil.
O processo integral de conquistar e manter clientes pode ser dividido em:
1 Atividades que geram transações: Como, por exemplo, a publicidade e as vendas.
2 Atividades de execução física: A distribuição física é um exemplo desta atividade. O ciclo comum de atividades:
Transmissãode pedidos
Processamento de pedidos
Separação de pedidos
Transporte da mercadoria paga
Do ponto de vista da Logística, a Distribuição Física vincula a empresa a seus clientes e também combina iniciativas de produção e marketing em um esforço integrado. No entanto, a interface entre marketing e produção pode ser conflitante:
Por um lado, a atividade de Marketing dedica-se à conquista de clientes. Na maioria das empresas, são impostos limites mínimos às áreas de Marketing e de Vendas, quando se trata de sua adequação às necessidades de clientes. Dessa maneira, qualquer nível de exigência dos clientes, seja ele grande ou pequeno, pode ser satisfeito. A meta é atingir um serviço com zero defeito, como apoio aos esforços de Marketing orientado para o cliente. Por outro lado, a filosofia tradicional de produção é baseada no controle de custo, o qual é normalmente alcançado com produções estáveis e longas corridas. Processos industriais contínuos mantêm a economia de escala e geram o menor custo por unidade. Nesse tipo de processo, uma linha ilimitada de produtos é fabricada em massa.
O resultado final dessas decisões, de certo risco, é que, em uma situação crítica, o estoque existente pode ser inadequado, na tentativa de dar apoio eficiente às exigências de serviço ao cliente.
Nesse ponto, torna-se claro que a distribuição física tem influência direta no desempenho de Marketing e das Vendas, pois proporciona a disponibilidade de produtos de maneira econômica e em tempo hábil.
Vamos reconhecer os Ciclos de Atividades da Logística da Natura?
Assista ao vídeo e identifique as características de cada ciclo: Suprimentos, Produção e Distribuição.
Vamos continuar detalhando a Cadeia de Suprimentos.
O que significa Atividades Logísticas?
O alinhamento estratégico, discutido anteriormente, requer que a cadeia de suprimentos de uma empresa atinja o equilíbrio entre responsividade e eficiência que dê melhor suporte à estratégia competitiva da empresa.
Vejamos agora os principais componentes das atividades logísticas.
O papel da Tecnologia da Informação
A vantagem do fluxo rápido de informação está diretamente relacionada com o equilíbrio do fluxo da cadeia. Faz pouco sentido para uma empresa acumular pedidos em um escritório local de vendas durante uma semana, remetê-los pelo correio para um escritório regional, processá-los em lote, designar-lhes um armazém de distribuição e, em seguida, despachá-los por via aérea para conseguir uma entrega rápida.
Se há o intercâmbio eletrônico de dados ( Eletronic Data Interchange — EDI) entre o escritório do cliente e uma transportadora rodoviária, embora mais lenta que uma transportadora aérea, as entregas podem ser ainda mais rápidas, com um custo total mais baixo. O objetivo básico é combinar equilibradamente os componentes do sistema logístico.
O gerenciamento de pedidos e as projeções são duas áreas do processo logístico que dependem de informação, abrangendo o trabalho envolvido no atendimento de necessidades específicas do cliente. O pedido do cliente, interno ou externo, é a principal transação na Logística.
CLIENTES EXTERNOS: São aqueles que consomem o produto ou serviço, como qualquer parceiro comercial independente que compra produtos ou serviços.
CLIENTES INTERNOS: São unidades organizacionais dentro de uma empresa que precisam de apoio logístico para a execução do trabalho a elas designado.
O processo de gerenciamento de pedidos envolve todos os aspectos do gerenciamento das necessidades do cliente, desde o recebimento inicial do pedido até a entrega da mercadoria, incluindo o faturamento e, frequentemente, a cobrança.
Quanto mais eficiente for o projeto do sistema logístico de uma empresa, mais precisas deverão ser as informações.
Sistemas logísticos bem elaborados, baseados no tempo, não têm excesso de estoque para compensar erros operacionais, pois os estoques de segurança são mantidos em um nível mínimo. No entanto, informações incorretas e atrasos no processamento de pedidos podem prejudicar o desempenho da logística.
O fluxo de informações torna um sistema logístico dinâmico. Assim, a disponibilidade de informação de boa qualidade, em tempo hábil, é fator-chave para as operações logísticas
Adiante haverá uma abordagem aprofundada sobre Tecnologia de Informação e as necessidades da logística, incluindo uma apresentação especifica sobre o gerenciamento de pedidos e previsões.
O papel dos transportes
Dada uma rede de instalações com capacitação em termos de informação, o transporte é a área operacional da Logística que posiciona geograficamente os materiais e produtos.
Em razão da sua importância fundamental e da facilidade de apuração de seu custo, o transporte tem recebido uma atenção gerencial considerável no decorrer dos anos. Quase todas as empresas, grandes e pequenas, possuem executivos responsáveis pelo transporte.
As necessidades de transporte podem ser atendidas de por três tipos de transporte:
1 Privado: Pode-se operar uma frota exclusiva de veículos.
2 Contratado: Pode-se fazer contratos com empresas de transporte.
3 Comum (eventual ou spot): A empresa pode contratar os serviços de várias transportadoras que oferecem serviços diversos de transporte de cargas individuais.
Do ponto de vista do sistema logístico, três fatores são fundamentais para o desempenho do transporte: custo, velocidade e consistência.
Os sistemas logísticos devem ser projetados para utilizar o tipo de transporte que minimize o custo total do sistema. Isso significa que o transporte mais barato nem sempre resulta no custo total mais baixo de movimentação física.
A velocidade do transporte é o tempo necessário para completar uma movimentação especifica. A velocidade e o custo do transporte relacionam-se de duas maneiras:
As empresas de transporte capacitadas para fornecer um serviço mais rápido normalmente cobram taxas mais altas;
Quanto mais rápido o serviço de transporte, mais curto será o intervalo de tempo durante o qual o estoque ficará em trânsito e indisponível.
Um aspecto crítico no processo de seleção do modal de transporte mais indicado é o equilíbrio entre a velocidade e o custo do serviço.
· A consistência do transporte abrange as variações do tempo necessário par executar uma movimentação especifica, considerando diversos carregamentos.
· A consistência é um reflexo da confiabilidade do transporte.
· Há anos, os gerentes de transporte consideram a consistência a característica mais importante de um transporte de qualidade.
Exemplo
Se uma movimentação específica levar 2 dias na primeira vez e 6 dias na vez seguinte, essa variação pode criar sérios problemas na operação logística. Sem consistência no transporte, será necessária a formação de maiores estoques de segurança como medida de proteção contra atrasos imprevisíveis no serviço. A consistência do transporte afeta o risco de falta de produto, dado o nível de estoque comprometido, tanto do lado do vendedor quanto do lado do comprador.
No projeto de sistemas logísticos, deve-se procurar manter um equilíbrio sutil entre custo de transporte e qualidade de serviço. Em alguns casos, um transporte lento e de baixo custo pode ser o mais adequado. Em outras situações, um serviço mais rápido pode ser essencial para alcançar metas operacionais. Encontrar e gerenciar a combinação de transporte desejada é uma responsabilidade básica e logística.
O papel dos estoques
As necessidades de estoque de uma empresa dependem da estrutura da rede e do nível desejado de serviço ao cliente. O objetivo é fornecer o serviço desejado ao cliente mantendo o mínimo em estoque, consistente com o menor custo total possível.
Estoques excessivos podem compensar deficiências no projeto básico de uma rede logística e, até certo ponto, deficiências de competência gerencial.
O objetivo básico da gerência de estoque é obter máxima rotatividade satisfazendo, ao mesmo tempo, os compromissos com o cliente. Uma política de estoque adequada é baseada em cinco questões relativas ao processo de alocação seletiva: segmentação de clientes, especificidade de produtos,integração do transporte, necessidades relativas a operações baseadas no tempo e desempenho competitivo.
Cada uma destas questões será abordada de maneira resumida.
Empresas que vendem seus produtos a diversos clientes defrontam-se com ampla faixa de rentabilidades em suas transações. Alguns clientes são altamente lucrativos e têm potencial de crescimento, enquanto outros, não. A rentabilidade das operações com um cliente depende dos produtos adquiridos, dos volumes das vendas, dos preços, dos serviços de valor agregado requeridos e das atividades complementares que são essenciais para o desenvolvimento e a manutenção de uma relação de fidelidade.
Clientes altamente lucrativos constituem o mercado preferencial de uma empresa. As estratégias de estoque devem concentrar-se na satisfação das necessidades desses clientes preferenciais. A chave para uma logística segmentada eficaz está no planejamento das prioridades de estoque, objetivando dar apoio aos clientes preferenciais.
O compromisso de entregar produtos rapidamente para atender às necessidades do cliente é um mecanismo propulsor importante da logística.
Em geral, nas operações em que prazos de entrega são críticos, procura-se reduzir os estoques por meio do desenvolvimento da capacidade de resposta rápida e precisa às necessidades dos clientes, tanto do varejo quanto da produção. Nesse sentido, a entrega rápida de produtos e materiais pode permitir a redução de estoques nas fábricas. Da mesma maneira, o reabastecimento rápido de lojas de varejo pode reduzir o estoque de segurança mantido na ponta da cadeia de suprimento.
O papel da armazenagem, do manuseio de materiais e da embalagem
As últimas funções da logística a serem apresentadas também são partes integrantes do processo. Geralmente, as mercadorias necessitam ser armazenadas em momentos específicos durante o processo logístico. Os veículos de transporte exigem manuseio de materiais para carregá-los e descarrega-los eficientemente. Por fim, os produtos são manuseados de uma maneira mais eficiente quando embalados em quantidade, em caixas de papelão ou em outros tipos de embalagem.
Quando há necessidade de depósitos em um sistema logístico, a empresa pode escolher entre contratar os serviços de uma empresa especializada e operar por meio de suas próprias instalações. A decisão é mais ampla do que a simples seleção de uma instalação para armazenar estoque, visto que várias atividades essenciais ao processo logístico são tipicamente executadas enquanto os produtos estão ainda armazenados.
Exemplo: Separação, sequenciamento, seleção de pedidos, consolidação de cargas para transporte e, em alguns casos, modificação e montagem de produtos.
No depósito, o manuseio de materiais é uma atividade importante. Os produtos devem ser recebidos, movimentados, separados e agrupados de modo a atender às necessidades dos pedidos de clientes. A mão de obra direta e o capital investido em equipamento de manuseio de materiais constituem uma parte importante do custo logístico total.
Quando executado de maneira insatisfatória, o manuseio de materiais pode resultar em substanciais avarias de produtos.
Naturalmente, quanto menos um produto é manipulado, menor é a possibilidade de avaria e maior é a eficiência geral do depósito.
Existe uma variedade de dispositivos automatizados e mecanizados para auxiliar o manuseio de materiais. Em essência, cada depósito e seus recursos de manuseio de materiais representam um subsistema dentro do processo logístico geral.
Quando efetivamente integrados às operações logísticas, a armazenagem, o manuseio de materiais e a embalagem simplificam e aumentam a rapidez do fluxo de produtos ao longo de todo o sistema logístico.
A cadeia de suprimentos é um fluxo dinâmico que envolve três grandes ciclos:
O primeiro (Suprimentos), identificado como Fornecedor, atende às necessidades de suprimento (entrada) de insumos, matéria-prima, equipamentos, peças etc.
Já o segundo ciclo (Produção), identificado como Fabricante, é responsável pela transformação do processo produtivo (produção) em produtos acabados ou serviços.
Enquanto que o terceiro ciclo é responsável pela transferência ou Distribuição dos produtos acabados ou serviços (saída) aos diversos tipos de clientes e consumidores.
Na próxima aula, você verá com detalhes os fatores de produção; a administração de recursos materiais e patrimoniais; os bens públicos: conceitos e classificação; os enfoques e a abrangência da administração de materiais e recursos patrimoniais.
Aula 2: Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais
Fatores de Produção
Toda produção depende da existência conjunta de cinco fatores: natureza, capital e trabalho e tecnologia integrados por um quinto fator denominado empresa. Para os economistas, todo processo produtivo se fundamenta na conjunção desses fatores de produção.
Cada um dos fatores de produção tem uma função específica, a saber:
NATUREZA: Fornece os insumos necessários à produção, como as matérias-primas, os materiais, a energia etc. Proporciona as entradas de insumos para que a produção possa se realizar.
CAPITAL: Fornece o dinheiro necessário para adquirir os insumos e pagar o pessoal, ou seja, permite meios para comprar, adquirir e utilizar os demais fatores de produção.
TRABALHO: Representa o fator de produção que atua sobre os demais, isto é, que aciona e agiliza os outros fatores de produção. É comumente denominado mão de obra, porque se refere principalmente ao operário manual ou braçal que realiza operações físicas sobre as matérias-primas, com ou sem o auxílio de máquinas e equipamentos.
EMPRESA: É o fator integrador capaz de aglutinar a natureza, o capital e o trabalho em um conjunto harmonioso, permitindo que o resultado alcançado seja muito maior do que a soma dos fatores aplicados no negócio. Isto significa que a empresa tem um efeito multiplicador, capaz de proporcionar um ganho adicional, que é o lucro. Mas adiante, ao falarmos de sistemas, teremos a oportunidade de conceituar esse efeito, também denominado sinérgico ou sinergia.
TECNOLOGIA: É um recurso que ganha importância a cada dia. Tecnologias mais avançadas produzem um diferencial em relação aos demais, normalmente traduzido em menos custos, ou outro diferencial que possa ser transformado em algum tipo de vantagem econômica, como mais lucro.
Praticamente todos os teóricos da área de Administração de Materiais são unânimes em considerar a tecnologia como um fator de produção, ao lado dos recursos clássicos. Dessa forma, nada mais oportuno que uma análise um pouco mais detalhada dos recursos tecnológicos.
Ao ouvirmos a palavra tecnologia, em geral, a associamos com algo intangível incorporado a entidades concretas, a bens físicos, como máquinas, ferramentas e produtos químicos. A Tecnologia abrange bem mais do que isso, pois ela é o corpo de conhecimentos com o qual a empresa conta para produzir produtos ou serviços.
Então, da mesma forma que temos de gerenciar materiais, patrimônio, recursos humanos e de capital, temos de gerir o conhecimento dentro das empresas. Isto significa saber como ele é adquirido, como se aprimora e desenvolve e como é transmitido, aplicado e preservado.
A visão sobre Recursos Materiais e Patrimoniais
Praticamente, existe um consenso entre os autores sobre o significado das definições do tema tratado nesta aula. Martins e Campos (2014) explicam de uma forma mais abrangente em seu livro indicado em nossa bibliografia.
Os autores dizem que administrar recursos escassos tem sido a preocupação dos gerentes, engenheiros, administradores e praticamente todas as pessoas direta ou indiretamente ligadas às atividades empresariais e institucionais, tanto na produção de bens tangíveis quanto na prestação de serviços.
A abrangência de recursos administráveis é bem ampla, podendo desdobrar-se em uma infinidade de temas, cada um deles com características peculiares, necessitando de profissionais especialmente formados e treinados para tal.
Entende-se por recurso tudo aquilo que gera ou tem capacidade de gerar riqueza,no sentido econômico do termo.
Exemplo: Um item de estoque é um recurso, pois é agregado a um produto acabado, que deverá ser vendido por um preço superior ao somatório de todos os custos incorridos em sua fabricação;
Um edifício que abriga as instalações de uma empresa é um recurso, já que é essencial a seu funcionamento.
As pessoas que trabalham nas empresas também constituem recursos, pois com o seu conhecimento geram novas ideias, transformadas em novos produtos, novos métodos de trabalho, e serviços cada vez mais adequados ao uso de consumidores de produtos e serviços.
O capital, sob a forma de numerário, é o recurso mais facilmente reconhecido, por sua característica de liquidez, fazendo com que ele possa ser utilizado inclusive na aquisição de outros recursos.
Assim, de forma geral, os bens transmitem a ideia de serem capazes de gerar produtos e serviços e produzirem riquezas. Os bens são muitas vezes considerados como sinônimo de recursos. Um veículo ou uma máquina são considerados bens móveis, podendo ser utilizados na prestação de um serviço com valor econômico.
Classificações dos Recursos Materiais e Patrimoniais
Martins e Campos (2014) também apresentam uma ampla classificação de Recursos Patrimoniais, em linhas gerais, vejamos a seguir.
Recursos Patrimoniais são instalações utilizadas nas operações do dia a dia da empresa, mas adquiridos esporadicamente, como prédios, equipamentos e veículos.
Os bens patrimoniais são classificados das mais variadas formas, dependendo da área de especialização de quem discorre sobre o assunto, sejam engenheiros, administradores, advogados, economistas ou contadores. Não é nosso objetivo tratar ou mesmo discutir as várias denominações. Iremos citá-las apenas para fornecer uma ideia de sua grande diversidade.
É possível separar as definições entre recursos materiais e patrimoniais, de acordo com Fenili (2014), além de considerar uma visão contábil, conforme os parágrafos seguintes que tiveram como base o livro do autor: Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais – para concursos.
Como podemos definir bens públicos?
Formam a substância patrimonial do Estado — correspondendo às aplicações de recursos — e devem ser entendidos como o conjunto de coisas corpóreas ou incorpóreas, móveis e imóveis, créditos, direitos e ações, sobre as quais o ente estatal exerce o direito de soberania em favor da coletividade ou o direito de propriedade privada, quer eles pertençam às entidades estatais, autárquicas e paraestatais.
Constituem o patrimônio do Estado e classificam-se segundo dois critérios: jurídico e contábil.
1: JURÍDICO
2: CONTÁBIL
Estão definidos por lei. São públicos os bens de domínio nacional pertencentes às pessoas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa que pertencerem. A classificação desses bens, nos níveis federal, estadual e municipal está claramente definida na Constituição Federal e nas legislações complementares.
Diferenciam-se dos bens privados não apenas por sua titularidade, mas principalmente por seu regime jurídico de direito público. Esse regime estabelece uma série de prerrogativas dos bens públicos, uma série de restrições a seu uso, disponibilidade, atributos, aquisição e à sua alienação.
São aqueles pertencentes à União, aos estados e aos municípios e algumas entidades da administração indireta (as autarquias, gênero que inclui os territórios, as fundações de direito público e as associações públicas — também denominadas consórcios públicos). Portanto, empresas públicas e sociedades de economia mista, uma vez que são regidas pelo direito privado, não têm bens públicos, mas privados.
A Classificação dos Bens Públicos
Quanto à Destinação
São classificados do modo a seguir, segundo a obra de Marques Neto (2010). Também Silva Dias (2006) interpretou essa classificação. Ambas estão baseadas na legislação em vigor.
Bens de uso comum do povo: (ou bens de domínio público): correspondem a todos os bens destinados ao uso da comunidade, quer individual ou coletivamente, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças, sejam constituídos natural ou artificialmente, e por isso apresentam as seguintes características:
· não são contabilizados como ativo, embora as obrigações decorrentes sejam incluídas no passivo;
· não são inventariados ou avaliados;
· não podem ser alienados;
· são impenhoráveis e imprescritíveis;
· o uso pode ser oneroso ou gratuito; e
· estão excluídos do patrimônio (ativo permanente) do ente estatal.
Bens de uso especial: (ou do patrimônio administrativo): são os destinados à execução dos serviços públicos, como os edifícios ou terrenos utilizados pelas repartições ou estabelecimentos, bem como os móveis e materiais indispensáveis a seu funcionamento, inclusive autarquias.
Tais bens têm uma finalidade pública permanente, razão pela qual são denominados bens patrimoniais indispensáveis.
Os bens de uso especial possuem as seguintes características:
· são contabilizados como ativo;
· são inventariados e avaliados;
· são inalienáveis quando empregados no serviço público. Nos demais casos, são alienáveis, mas sempre nos casos e na forma que a lei estabelecer; e
· estão incluídos no patrimônio da entidade estatal.
Bens dominicais: (ou do patrimônio disponível): constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. São aqueles que não têm uma destinação pública específica, pois sua função é apenas compor o patrimônio estatal (reservas financeiras, dívida ativa, terras devolutas, imóveis abandonados e móveis inservíveis.
Os bens dominicais têm as seguintes características:
· estão sujeitos à contabilização;
· são inventariados e avaliados;
· podem ser alienados nos casos e nas formas que a lei estabelecer;
· estão incluídos no patrimônio da entidade estatal; e
· geralmente, produzem renda.
Bens móveis e imóveis: Ainda sob o critério jurídico, os bens patrimoniais do Estado podem ser classificados em:
MÓVEIS: por sua natureza, são suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia. A lei também considera bens móveis os direitos reais sobre objetos, móveis, os direitos de obrigação e as ações correspondentes, bem como os direitos do autor.
Portanto, são considerados bens móveis ou diversos materiais para o serviço público, o numerário, os valores, os títulos e os efeitos que existam em caixa ou nos cofres do Estado.
IMÓVEIS: por sua natureza ou por destino, ou pelo objeto a que se referem, os seguintes:
O solo com sua superfície, seus acessórios e suas adjacências naturais, compreendendo árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo;
b) Tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente lançada à terra, os edifícios e as construções, de modo que não se possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano; e
c) Tudo quanto no imóvel o proprietário mantiver intencionalmente empregado em sua exploração industrial, uso estético, ou por comodidade.
Atenção
Ressalta-se que os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele mesmo se reempregarem, não perdem caráter de imóveis.
Bens públicos sob critério contábil
São classificados segundo sua utilização com o objetivo de possibilitar a escrituração nos grupos abaixo previstos na Lei 4.320, de 17 de março de 1964 e suas alterações, regulamentações e legislações posteriores em vigor. São interpretados também por Silva Dias (2006).
Os enfoques e a abrangência da Administração de Materiais
A abordagem da Administração de Materiais pode ser estudada sobre a ótica de três áreas igualmente importantes:
Área de Gestão de Compras: Seu objetivo principal é assegurar o suprimento dos bens e serviços necessários, tanto para a produção quanto para as demais atividades da empresa.
Essa gestão começa pela busca de fornecedores que tenham condições de oferecer bens e serviços de boa qualidade, dentro dos requisitos estabelecidos pela empresa, atendendo aos prazos fixados e entregando os bens e serviçosdentro das especificações, com boas condições de fornecimento.
Também, envolve atender às necessidades de reposição dos estoques planejados pelos diversos órgãos que compõem uma empresa ou instituição, de acordo com as quantidades os e prazos por ela fixados.
Área de Gestão dos Estoques: Trata do gerenciamento dos materiais por meio do uso de técnicas de previsão de consumo, sistemas de controle dos estoques etc., com o objetivo primordial de adequar os níveis de estoques às necessidades dos usuários dos diversos materiais, com o menor custo possível, sem comprometer o nível de serviço esperado para atender às exigências dos usuários, evitando faltas, riscos, paralisações eventuais na produção e satisfazendo às necessidades dos clientes e usuários.
Área de Gestão de Centros de Distribuição: Seu objetivo é receber os materiais adquiridos pela área de Gestão de Compras e planejados pela área de Gestão de Estoques, efetuar sua guarda e atender às solicitações dos usuários desses materiais nos mais diversos setores da empresa, suprindo-os nas quantidades requeridas e no momento certo.
O Centro de Distribuição (CD) passou a se constituir em um dos mais importantes e dinâmicos elos da cadeia de abastecimento, o CD é um armazém cuja missão consiste em gerenciar o fluxo de materiais e informações, consolidando estoques e processando pedidos para a distribuição física:
ele pode manter o estoque necessário para controlar e equilibrar as variações entre o planejamento de produção e a demanda;
permite acumular e consolidar produtos de vários pontos de fabricação de uma ou de várias empresas, combinando o carregamento para clientes ou destinos comuns;
possibilita entregas no mesmo dia a clientes-chave e
serve de local para a customização de produtos, incluindo embalagem, etiquetagem e precificação, entre outras importantes atividades.
Aula 3: Compras e Suprimentos
Uma visão ampla da função de Compras e Suprimentos
O pensamento de Baily e outros (2014)
Define que a função Compras é um segmento essencial do departamento de Materiais ou Suprimentos, cuja finalidade é suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar armazenamento.
 Compras é, portanto, uma operação da área de Materiais muito essencial entre as que compõem o processo de 
suprimento.
Quais são os objetivos de Compras?
Segundo Dias (2014), a função Compras é de primordial importância para um correto gerenciamento da área de Materiais. Pode-se dizer que os objetivos gerais seriam:
1 - Suprir a organização com um fluxo seguro de materiais e serviços para atender às suas necessidades.
2 - Assegurar continuidade de suprimentos para manter relações efetivas com fontes existentes, desenvolvendo outras origens alternativas ou para atender a necessidades emergentes ou planejadas.
3 - Comprar eficiente e sabiamente, obtendo por meios éticos o melhor valor por centavo gasto.
4 - Administrar estoques para proporcionar o melhor serviço possível aos usuários e ao menor custo.
5 - Manter relacionamentos cooperativos sólidos com outros departamentos, fornecendo informações e aconselhamentos necessários para assegurar a operação eficaz de toda a organização.
6 - Desenvolver funcionários, políticas, procedimentos e organização para assegurar o alcance dos objetivos previstos.
Além disso, podemos acrescentar alguns objetivos mais específicos, como:
Selecionar os melhores fornecedores do mercado;
Ajudar a gerar o desenvolvimento eficaz de novos produtos;
Ajudar a gerar o desenvolvimento eficaz de novos produtos;
Manter o equilíbrio correto de qualidade/valor;
Monitorar as tendências do mercado de suprimentos;
Negociar eficazmente para trabalhar com fornecedores que buscarão benefício mútuo por meio de desempenho economicamente superior.
Evolução de Compras
A aquisição de bens e serviços a serem utilizados na produção e na revenda de produtos pode ser considerada a atividade responsável por um dos maiores componentes do custo de produção e das mercadorias vendidas.
Alguns autores chegam a dimensionar a amplitude desse impacto, observando que entre 50% e 60% do custo de produção ou revenda são representados pela compra de componentes, materiais e serviços, adquiridos dos fornecedores externos.
O Ponto de Mutação foi a crise do petróleo de 1973-1974 para mudança do desempenho de Compras ou Suprimentos, porque a redução de matéria-prima no cenário mundial demandou uma atitude mais proativa e estratégica para o suprimento das necessidades internas das empresas. A sua atuação, durante aquele período de escassez, trouxe uma significativa cautela da organização para o setor.
Os estágios de desenvolvimento de Compras e suas características
De acordo com Baily e outros (2014) foram identificadas as características de quatro estágios de desenvolvimento da função de Compras:
Estágio 01 Não tem direção estratégica e, principalmente, atende as solicitações de outras funções. Voltada para operações rotineiras, com pouca comunicação interfuncional e seleção de fornecedores orientada para preço e disponibilidade.
Estágio 02 Adota as técnicas e práticas mais recentes, mas a sua orientação estratégica não está alinhada com a estratégia empresarial. Orientação voltada para redução de custos e aumento da eficiência. A alta administração reconhece a importância de Compras e Suprimentos e sua contribuição para a rentabilidade das empresas.
Estágio 03 Apoia a estratégia competitiva da empresa ao adotar técnicas e práticas que fortalecem a estratégia competitiva da empresa. Agora os compradores são incluídos nas reuniões sobre estudos da demanda. Mercados, produtos e fornecedores são continuamente monitorados e analisados. Os fornecedores são considerados recursos importantes para as empresas.
Estágio 04 Está plenamente integrada na estratégia competitiva das empresas. Linhas permanentes de comunicação são estabelecidas entre as outras áreas funcionais. O desempenho da função Compras e Suprimentos está relacionado com o sucesso da empresa.
Organização de Compras
Como diz Dias e Baily (2014), a necessidade de comprar cada vez melhor é enfatizada por todos os empresários juntamente com as necessidades de estocar em níveis adequados e de racionalizar o processo produtivo. Comprar bem é um dos meios que devem usar para reduzir custos.
Independentemente do porte da empresa, os princípios básicos de organização constituem-se em normas fundamentais, assim consideradas:
1 - Autoridade para compra
2 - Registro de compra
3 - Registro de preços
4 - Registro de estoques e consumo
5 - Registro de fornecedores
6 - Arquivos e especificações
7 - Arquivos de catálogos
Atividades Típicas
São citadas como atividades típicas da Seção de Compras:
· Pesquisa: 
· 
· estudo de mercado;
· estudo de materiais;
· análise de custos;
· investigação das fontes de fornecimento;
· inspeção das fábricas dos fornecedores;
· desenvolvimento de fontes de fornecimento;
· desenvolvimento de fontes de materiais alternativos.
· Aquisição: 
· 
· conferência de requisições;
· análise de cotações;
· decisão de comprar por meio de contratos ou no mercado aberto;
· entrevista de vendedores;
· negociação de contratos;
· efetuação das encomendas de compras;
· supervisão do recebimento de materiais.
· Administração: 
· 
· manutenção de estoques mínimos;
· transferências de materiais;
· contenção de excessos e obsolescência de estoque;
· padronização do que for possível.
· Diversos:
· 
· estimativa de custo;
· disposição de materiais desnecessários, obsoletos ou excedentes;
· cuidado nas relações comerciais recíprocas.
Atividades compartilhadas
Além das atividades típicas dentro da organização de compras, outras responsabilidades poderão ser compartilhadas com distintos setores:
· determinação do que fabricar ou comprar;
· padronização e simplificação;
· especificações e substituições de materiais;
· testes comparativos;
· controle de estoques;
· seleção de equipamentos deprodução;
· programas de produção dependentes da disponibilidade de materiais.
Centralização de Compras
A tomada de decisão pode ser centralizada ou descentralizada, depende da análise das vantagens e desvantagens de cada caso.
Vantagens: Centralizar o processo de Compras é uma alternativa que pode prover algumas vantagens:
a. A estratégia de compras está baseada em uma perspectiva global de mercado, em fontes de fornecimento únicas ou número reduzido de fontes.
b. Intensifica uma cooperação com o fornecedor, que deve ser orientada para a melhoria contínua da qualidade, embasada nas filosofias do Just-in-Time e no conceito de custo ótimo.
c. A centralização de compras envolve menores custos no processamento de pedidos,
d. Possibilita a compra de maiores quantidades, oferecendo ganhos de escala nas negociações.
e. Decisões são tomadas por gestores que possuem uma visão global da empresa.
f. Estas escolhas são mais consistentes com os objetivos empresariais globais, eliminando esforços duplicados e reduzindo os custos operacionais.
g. A intenção é promover uma maior especialização e o aumento das habilidades com a centralização das atividades/operações.
Desvantagens: Após a discussão da problemática de centralização, ou desvantagens, considerações sobre a descentralização das compras, suas vantagens e desvantagens inerentes ao processo.
a. Uma das grandes desvantagens desta alternativa para comprar decorre em razão das decisões serem tomadas por gestores distanciados dos fatos.
b. Não há contato com as pessoas e conhecimento acurado das situações envolvidas.
c. As linhas de comunicação mais distanciadas provocam demoras e maior custo operacional.
d. Pelo envolvimento de muitas pessoas, cresce a possibilidade de distorções e erros pessoais no processo.
Descentralização das Compras
Ocorre quando cada unidade toma suas próprias decisões em termos do que, quando e quanto comprar.
.
Vantagens da Descentralização de Compras: A descentralização do processo de compras agrega algumas vantagens.
a. O atendimento rápido e mais adequado às necessidades dos clientes
b. Mais motivação dos gestores, e o desenvolvimento da capacidade de gestão.
c. Decisões tomadas mais rapidamente pelos próprios executores da ação, pois são eles que têm mais informações sobre a conjuntura.
d. Mais controle dos processos.
e. Maior participação no processo essencial da tomada de decisão.
f. Promove-se a motivação e a moral, o que proporciona novas oportunidades de desenvolvimento.
g. O conhecimento mais profundo dos fornecedores locais pode constituir outra importante faceta.
Desvantagens da Descentralização nas Compras: Também existem problemas nesta alternativa de decisão para efetividade das compras empresariais.
a. Pode ocorrer falta de informação e falhas na coordenação entre os departamentos envolvidos com o processo.
b. Maior custo pela exigência de melhor seleção e treinamento dos gestores também é uma possibilidade que não pode ser descartada.
c. A compra em linhas gerais tende a ser em menor volume.
d. Geração dos melhores condicionantes referentes ao preço (limitação no tamanho dos lotes de compra, gerando a perda da economia de escala, viável em compras de maior quantidade).
e. A especialização do comprador, que é uma vantagem por um lado, mas uma grande perda quando este colaborador deixa a organização.
f. O tempo perdido neste processo deve ser considerado um risco da escolha.
A centralização de compras envolve menores custos e possibilita a aquisição de maiores quantidades, oferecendo ganhos de escala nas negociações, redundando em menores custos totais.
Estas escolhas são mais consistentes com os objetivos empresariais globais, eliminando esforços duplicados e reduzindo os custos operacionais.
O poder de negociação aumenta com a agregação da demanda reduzindo os preços unitários.
Conceitos e características das etapas de Classificação, Seleção, Avaliação e Relacionamento com Fornecedores
Essas etapas foram bem descritas nas obras de Baily e outros (2014), Martins e Alt (2014), Dias (2014) e Gonçalves (2013).
Selecionar fornecedores é reunir um grupo, do maior tamanho possível, que preencha todos os requisitos básicos e suficientes, dentro das normas e dos padrões preestabelecidos como adequados. O objetivo principal é encontrar fornecedores que possuam condições de fornecer os materiais necessários dentro das quantidades, dos padrões de qualidade requeridos e confiabilidade, no tempo determinado, com menores preços e/ou competitivos e nas melhores condições de pagamento.
Normalmente, nas empresas e instituições, a aprovação de um novo fornecedor não é responsabilidade da área de Compras e sim compartilhada com os demais setores, quanto:
Ao preço
À qualidade
Às condições de pagamento
Às condições de embalagem e transporte
Após a aprovação e o preenchimento de todos os quesitos, dá-se início ao fornecimento normal. Deve-se, então, fazer a análise inicial das entregas para avaliar se há:
1 - Cumprimento dos prazos de entrega estabelecidos.
2 - Manutenção dos padrões de qualidade estabelecidos.
3 - Política de preços determinada.
4 - Assistência técnica.
As principais avaliações podem ser divididas em duas etapas:
– AVALIAÇÃO TÉCNICA –
Composição do corpo técnico em relação às necessidades da empresa;
recursos técnicos disponíveis e utilizados;
disponibilidade de operadores, máquinas ferramentas e instrumentos adequados às exigências técnicas.
– AVALIAÇÃO ADMINISTRATIVA –
Composição do staff responsável pela administração da empresa;
procedimentos usuais e conceituação no mercado;
grau de interesse em participar do corpo de fornecedores.
Pode-se classificar um bom fornecedor se ele tem:
· bons relacionamentos com os clientes;
· estrutura e know-how suficiente;
· condições de satisfazer às especificações do comprador, nas quantidades desejadas e nos prazos necessários;
· sólida posição financeira;
· preços competitivos;
· constante necessidade de desenvolvimento de seus produtos, e
· seus interesses alcançados e melhor atendimento a seus clientes.
Um dos instrumentos mais eficazes no relacionamento do comprador e seus fornecedores é a confiança mútua. Quanto mais aberta e clara a negociação, maiores são as chances de boa compra.
Da mesma forma que o comprador quer estar seguro de receber seus produtos pelo melhor preço e da melhor qualidade no prazo determinado, o fornecedor quer ter garantia de clientes fiéis e satisfeitos.
Medidas de desempenho empregadas em Compras e Suprimentos
Dias (2014) e Baily e outros (2014) contemplaram a importância das medidas de desempenho em Compras. Os indicadores têm sido utilizados para mensurar o desempenho de inúmeras atividades produtivas e devem apresentar algumas características básicas:
· Expressarem a avaliação feita de forma simples, direta e atual;
· Serem bem compreendidos por todos e representativos;
· Serem representados por dispositivos, gráficos, figuras etc. de rápida visualização e compreensão quase instantânea;
· Garantirem perfeita adequação do indicador à situação, ao contexto da organização.
Principais tipos de indicadores em Compras & Suprimentos:
Nível de atendimento por pedidos, setores, departamentos.
Valor das compras por pedidos, setores, departamentos.
Nível de qualidade por especificação e padrões de qualidade esperados.
Desempenho na entrega em termos de quantidade e prazos.
Níveis de preços, estimado e real evolução dos preços.
Conclusão
Ter um bom processo de seleção de fornecedores é imprescindível. O sucesso de Compras começa por aí.
O objetivo da função Compras é conseguir tudo ao mesmo tempo: qualidade, quantidade, prazo de entrega e preço. Uma vez tomada a decisão sobre o que comprar, a segunda decisão mais importante refere-se ao fornecedor certo.
Ao se avaliar corretamente um fornecedor, pode-se escolher melhor com quais se relacionar. Quando escolhidos corretamente, os benefícios, avanços e ganhos no bom andamento do projeto são inúmeros, tais como: produtividade e redução de custos, garantia de prazo de fornecimento, mais confiabilidade entre aspartes interessadas, garantia de prazo na execução do projeto, atendimento aos requisitos de certificação e, por fim, satisfação do cliente.
Aula 4: Aquisição de Recursos Materiais e Patrimoniais
Aquisição de Recursos Materiais
Compras são vistas por algumas empresas, e mais apropriadamente desempenhadas, quando estão próximas ao ponto de necessidade dos bens ou serviços que são adquiridos.
Quais são os fatores-chaves de Compras?
Revela a importância da identificação das variáveis que afetam as decisões de compra de bens e serviços, bem como a necessidade de se estabelecer uma estrutura para analisar e interpretar tais variáveis.
O impacto da decisão considera as variáveis essenciais para analisar cada possibilidade, tendo em vista a escolha daquela que melhor atenda aos objetivos da empresa. As particularidades da companhia devem ser respeitadas para definição e análise das diversas variáveis que possam impactar a decisão de compras.
As variáveis que compõem um modelo específico de decisão podem mudar conforme o tipo de organização pesquisada; o setor de atuação; o nível de desenvolvimento da atividade de Compras; os objetivos, as estratégias e políticas da organização.
É importante salientar que as variáveis no processo de decisão de compra não devem ser analisadas separadamente, tendo em vista que determinada variável pode impactar diretamente outra variável qualquer.
Padrões de qualidade
Conforme Dias (2014), a qualidade de um produto define-se pela comparação de suas características com os desejos do consumidor ou com as normas e especificações de fabricação.
Um produto pode ter alta qualidade para o consumidor e qualidade apenas regular para os departamentos técnicos que o fabricam.
O problema central do controle de qualidade é manter determinado nível de qualidade para um produto de acordo com a política de empresa, ou seja, conforme os padrões estabelecidos.
A empresa, ao definir que o produto será fabricado de acordo com certas especificações de qualidade, deve ter realizado, previamente, uma análise de dois fatores básicos de um produto:
Aspecto interno: As condições materiais, instalações, matéria-prima, pessoal e quais os custos para atingir ou manter determinado nível de qualidade. A medida de confiabilidade de um produto aceito como de boa qualidade em relação às especificações do projeto e do processo é a qualidade de fabricação.
Aspecto externo: Quais os desejos dos consumidores? Existem condições governamentais quanto à qualidade do produto fabricado? Ocorrem exigências para um tipo de mercado consumidor.
Quais os desejos dos consumidores? Existem condições governamentais quanto à qualidade do produto fabricado? Ocorrem exigências para um tipo de mercado consumidor.
Os padrões de qualidade devem os mais práticos possíveis. Devem apresentar tolerâncias, ou seja, limites dentro dos quais determinado produto pode ser fabricado e aceito pelo consumidor. Essas tolerâncias podem ser:
Quantitativas: Dimensões, pesos, composições químicas, processo de fabricação, especificações de materiais utilizados, tratamentos térmicos.
Qualitativas: Dimensões, pesos, composições químicas, processo de fabricação, especificações de materiais utilizados, tratamentos térmicos.
O controle de qualidade tem como principais funções:
estabelecimento de normas e especificações que determinarão os níveis ou padrões de qualidade a serem seguidos;
inspeção e registros de dados;
aplicação de normas formais, recomendações oficiais e técnicas estatísticas de controle;
certificação e manutenção de equipamentos e ferramentas de inspeção e controle;
prevenção das condições que prejudicam a qualidade.
A inspeção tem como objetivo determinar se um produto deve ser aprovado ou rejeitado, considerando os padrões e especificações estabelecidos. Podemos dividir as atividades de inspeção em:
inspeção de matéria-prima ou de recebimento;
inspeção de processo de produção: automática, pelo operador e por profissional especializado;
inspeção final ou de produto acabado.
A decisão de aplicar um controle de qualidade já não é simplesmente baseada na vantagem de custos que isso pode trazer, mas as empresas que adotam o controle de qualidade devem aproveitar, especialmente, a maior eficiência do processo produtivo, ganhando assim em competitividade com relação aos concorrentes. Os custos são devidos a:
Produtos defeituosos, refugos, aumento de mão de obra, perda de vendas;
Inspeção de matéria-prima, de processo e inspeção final;
Prevenção, treinamento, especificações, administração.
A decisão de aplicar um controle de qualidade já não é simplesmente baseada na vantagem de custos que isso pode trazer, mas as empresas que adotam o controle de qualidade devem aproveitar, especialmente, a maior eficiência do processo produtivo, ganhando assim em competitividade com relação aos concorrentes. Os custos são devidos a:
Produtos defeituosos, refugos, aumento de mão de obra, perda de vendas;
Inspeção de matéria-prima, de processo e inspeção final;
Prevenção, treinamento, especificações, administração.
A definição da qualidade do material a ser comprado é determinada considerando-se o parecer final do departamento utilizador, e deve ser expressa de tal maneira que:
O comprador saiba exatamente o que está sendo desejado;
O contrato ou o pedido de compra seja emitido com uma descrição adequada do que se deseja;
O fornecedor seja devidamente posicionado das exigências de qualidade;
Existam meios apropriados de inspeção e testes para serem utilizados, a fim de verificar se os materiais entregues satisfazem aos padrões de qualidade;
Os materiais entregues estejam de acordo com as especificações de qualidades aceitáveis para a empresa do comprador.
Preço-custo
Custos
É muito importante para um comprador conhecer ou fazer uso da análise preço-custo e ter algum conhecimento básico de sistemas de custos, ou seja, conhecer como é montada a estrutura do preço de venda, incluindo também os impostos devidos. Ele deve perguntar a si próprio (DIAS, 2014):
a) Como o fornecedor estabelece seu preço?
b) Qual é a reação do mercado?
c) Qual a reação do mercado com produtos dos concorrentes?
d) Qual o grau de confiabilidade nas estimativas do fornecedor?
e) Qual deve ser a margem em que atua o fornecedor?
Atenção: É bom esclarecer uma posição muito importante:
Por preço entende-se o valor que o fornecedor exige ao vender seu produto;
Por custo entende-se o quanto ele gasta para fabricar esse mesmo produto;
Custo pode significar a soma de esforços aplicados para se produzir alguma coisa.
Redução de custos
Em um sistema correto de negociação, o controle de preços pode ser executado em centros de custo, visando ao estabelecimento de técnicas de gerenciamento que permitem manter um adequado controle sobre o preço de produtos comprados, já que o lucro da empresa é altamente influenciado pelos mesmos.
Torna-se essencial que as compras mais representativas em termos de volume de dinheiro sejam adequadamente controladas.
É fundamental que se estabeleçam condições ideais de compra e os termos de comparação válidos para sua avaliação. Podemos, então, definir economia negociada como: melhorar os preços ou as condições de compra, empregando-se parâmetros adequados para aferir a melhoria.
Dada a diversidade de tipos de negociação, é difícil fixar quais os casos em que uma vantagem possa ser realmente considerada como economia negociada. Tipos clássicos podem ser considerados, como, por exemplo:
	Produto novo
	Sempre que negociada a compra, a diferença entre o preço objetivo estimado, ou levantado, 
e o preço pago será considerada como economia.
	Variações econômicas
	Reajustes solicitados serão objeto de análises, sumárias ou não, dos fatores econômicos que
 influem no preço. A negociação final, discutida com o vendedor com base nos valores 
fornecidos pelo analista, dará como resultado um número que, diferente do solicitado, será 
computado como economia negociada. Para as mercadorias de pequeno valor, tomam-se 
como base os índices de correção monetária.
	Negociação puraSempre que se conseguir reduzir um preço por meio de qualquer negociação, será computada
 a economia obtida.
	Alterações da data de validade
	Um aumento, formalmente solicitado com a data da proposta indicada, deve ser objeto de 
discussão. A alteração pode até dividir o aumento em duas etapas. O montante de entregas 
feitas dentro do período obtido é economia negociada.
	Aumento devido à alteração de produto
	Qualquer modificação do desenho ou especificação será objeto de uma estimativa de alteração
 de preço. Qualquer diferença entre a estimativa de alteração de preço e o preço efetivamente 
pago será computada como economia negociada.
	Alteração de programação
	Produtos adquiridos em grande volume de dois ou mais fornecedores podem ser objeto de 
negociações favoráveis, com a alteração de porcentagem de distribuição afetando o preço mais
 favorável.
	Condições de pagamento
	Qualquer aumento do prazo de pagamento sem juros adicionais será computado também como
 economia negociada; para o cálculo da economia, considera-se a taxa de juros vigente no 
período em que foi realizado.
	Adiantamento de entregas
	O conhecimento antecipado de um aumento expressivo nos preços permite que se estude uma
 antecipação no recebimento de produtos ao preço em vigor, sem o reajuste.
Para analisar a economia realizada em compras de manutenção e equipamentos, devem-se seguir os seguintes tópicos:
Negociação pura que resulte em redução do preço que vem sendo pago;
Novo fornecedor capaz de entregar o mesmo material por melhor preço;
Aumento da quantidade resultante de pedidos repetitivos, como redução do preço;
Sistema de pedidos em aberto por tempo de seis meses a um ano de duração;
Dilatação dos prazos de pagamento sem acréscimos de juros;
Variação de materiais de marcas diferentes e de tipos similares;
Negociação das condições de entrega, posto na fábrica ou no estabelecimento do comprador.
Análise, controle e reajustes de preços
De acordo com Dias (2014) e Baily e outros (2011), podemos considerar que determinado produto tem preço justo e correto quando o comprador estabelece uma adequada relação entre qualidade, quantidade, atendimento e utilidade.
As condições que definem o preço podem ser:
· Qualidade
· Utilidade
· Integridade do fornecedor
· Quantidade
· Entrega
· Termos de aceitação do pedido
· Atendimento
· Capacidade competitiva
· Política da empresa
Em toda negociação de compra, esses parâmetros estão inclusos, podendo estar explícitos ou implícitos. A ênfase em algum desses elementos se dará em conformidade com a compra negociada. Deve-se considerar que, nem sempre, ao conseguir o melhor preço, se realizou a melhor negociação.
Condições de compra
Prazos
Dias (2014) afirma que prever as necessidades de uma empresa consiste em calcular o que lhe virá a ser necessário durante determinado período, quer seja para assegurar o funcionamento da linha de produção, quer seja para o funcionamento de toda a empresa.
No caso das empresas que trabalham por programação, os prazos foram gerados de um programa de produção, e este, resultante de uma previsão de vendas.
Determinar as quantidades a serem compradas, assim como os prazos, é uma função do PCP ou de qualquer outra área dentro da empresa responsável pela informação.
1 - Departamento de Vendas
Fornece uma previsão de vendas que pode ser traduzida em programa de produção; logo, também em uma programação de compras
2 - Departamento de Produção
Apresenta suas necessidades em quantidades e prazos previstos de utilização do material
3 - Departamento de Engenharia
Define em tempo hábil todas as modificações, seja de inclusão, seja de exclusão, a serem feitas nos produtos
4 - Departamento Financeiro
Aliado a uma previsão de demanda da produção, requer alterações de prazos, em função de um fluxo de caixa
Mesmo não sendo de responsabilidade da seção de compras, a definição dos prazos necessários para que os materiais estejam na fábrica, é de sua competência o esforço máximo para consegui-los. Nos casos em que se verifica uma impossibilidade no cumprimento dos prazos, tanto por atraso da entrega como por não conseguir fornecedor que atenda, o departamento usuário ou o PCP deverá ser informado imediatamente, para que sejam tomadas medidas corretivas.
Frete
O frete também é analisado na obra de Dias (2014). Atualmente, o frete já está representando uma parcela bastante significativa no preço do produto e merece ser analisado em separado.
As condições mais frequentes são para preços FOB ou CIF 1, ou seja, o transporte do fornecedor até a fábrica não está incluso, ou então, no preço está inclusa a entrega.
É importante atualmente avaliar a diferença existente entre as duas situações, a fim de concluir e fechar a melhor condição.
Dentro da análise de frete, é importante verificar a modalidade de transporte que o fornecedor está utilizando e saber se existem alternativas mais viáveis.
Embalagens
Também, de acordo com Dias (2014), outro fator preponderante no preço do produto comprado é o tipo de embalagem na qual vem acondicionado; deve-se sempre lembrar e verificar se não existe um preço elevado por causa da contribuição do fator de embalagem.
A embalagem com que o setor de compras deve preocupar-se é a de transporte, que trará o produto comprado do fornecedor até a fábrica, dando a ele total proteção, sem excessos ou sofisticação.
Pode-se ter a embalagem de transporte dividida em duas categorias:
Retornáveis: As embalagens retornáveis (cestos metálicos, caixas e engradados de madeira reforçados, contentores de aço ou de plástico), quando planejadas adequadamente, têm longa vida de uso; geralmente, levam a marca do fornecedor e, no caso de um não retorno ou de avaria, o valor da embalagem é debitado ao cliente-comprador.
Não-retornáveis: As não retornáveis, em geral, são construídas de madeira, papelão ondulado, plástico ondulado, sacos multifolhados de papel, tambores de fibra etc. Normalmente, essas embalagens já estão inclusas no preço do produto, e qualquer modificação desejada será acrescentada no preço final de venda.
As não retornáveis, em geral, são construídas de madeira, papelão ondulado, plástico ondulado, sacos multifolhados de papel, tambores de fibra etc. Normalmente, essas embalagens já estão inclusas no preço do produto, e qualquer modificação desejada será acrescentada no preço final de venda.
Condições de pagamento e descontos
Dias (2014) e Baily e outros (2014) escreveram também sobre condições de pagamento e desconto. Toda negociação de compra e venda de algum produto ou serviço baseia-se na negociação de preços e, logicamente, de descontos.
Sem considerarmos descontos de característica ilícita, eles podem ser obtidos por intermédio de negociação de quantidades, prazos de pagamento legítimos, justos ou lucrativos.
Os descontos de pagamentos à vista já estão integrados totalmente em qualquer negociação, por todos os fornecedores de produtos industriais ou não.
O importante é o diferencial em porcentagem do preço à vista e do faturado em um número específico de dias. Podem ocorrer situações em que existam vantagens substanciais para o pagamento à vista, e do mesmo modo as vantagens podem ser para o parcelado.
Os descontos para quantidades são aqueles em que são obtidas reduções de preços em função de um aumento da quantidade comprada.
Esses tipos de descontos normalmente são de difícil análise, porque está envolvido todo o dimensionamento de estoque da empresa.
Se o comprador aceitar um desconto em função de um aumento das quantidades adquiridas, poderá ocorrer o risco muito grande, de uma hora para outra, de ver os estoques da empresa demasiadamente elevados.
Sistemas de Compras diferenciados
Esses sistemas foram estudados por Baily e outros (2014). Sem dúvida, não se trata de qualquer organização pensar em desenvolver relacionamentos mútuos ou de parceria com todos os seus fornecedores. Percebe-se que não há melhor enfoque para os relacionamentos: uma abordagem transacional pode bem ser vista como apropriada com as compras rotineiras, enquanto uma abordagemestratégica beneficiará um relacionamento mútuo das compras críticas.
O foco apenas em grupos específicos de pessoas ou organizações permite a análise de seus desejos e de suas necessidades e o posterior desenvolvimento de produtos e programas de marketing voltados para esses desejos e necessidades — e o estabelecimento de relacionamentos de longo prazo.
Com o tempo, é possível tornar-se ainda melhor na satisfação das necessidades dos clientes selecionados, o que confere uma vantagem competitiva. Isto é verdadeiro tanto em uma empresa privada, um órgão do governo ou em uma organização sem fins lucrativos. Utilizada de maneira adequada, a segmentação de mercado oferece quatro benefícios, gerando oportunidade para construir e fortalecer relacionamentos de longo prazo.
Negociação: Uma ferramenta que pode fazer a diferença em Compras
A negociação está presente no dia a dia, mesmo sem se dar conta, as pessoas negociam o tempo todo. Desta forma, o profissional de Compras que domina e tem essa habilidade acaba conseguindo vantagens e resultados positivos. A negociação é uma competência indispensável ao desenvolvimento profissional nesta área.
No mundo empresarial, a negociação se apresenta como uma grande ferramenta para obter melhores resultados e é uma competência muito valorizada. É importante destacar que os princípios da negociação valem para todas as organizações, independentemente do segmento, tamanho ou lucro.
Há também conceitos que versam sobre buscar resultados que sejam o melhor possível para ambas as partes: a chamada negociação ganha-ganha.
Aula 5: Administração de Compras Públicas
Os princípios constitucionais
Em primeiro lugar, precisamos levar em consideração os princípios constitucionais da administração pública expressos no artigo 37, da Constituição brasileira:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte...
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998
Veja, a seguir, a que se refere cada um dos princípios:
Legalidade: Garante a segurança jurídica do procedimento, obrigando que a licitação seja processada na forma da lei; significa que o administrador público está, em toda sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei, e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso.
Impessoalidade: Traz que as opções, decisões e fundamentações da administração pública devem ser pautadas na estrita objetividade, nunca sendo levadas em consideração preferências pessoais do agente público.
Os atos administrativos devem ser imparciais, inibindo quaisquer tipos de privilégios, interesses e discriminações, e assegura a defesa do interesse público sobre o privado.
Moralidade: Não está ligado à consciência do agente e sim ao conjunto de regras que podem ser observadas dentro de toda a administração pública, portanto é extraído da administração.
Por este princípio, não bastará ao administrador o cumprimento da estrita legalidade, ele deverá respeitar os conceitos éticos de razoabilidade e justiça, pois a moralidade constitui pressuposto de validade de todo ato administrativo praticado. (MORAES, 2005, p. 296)
Publicidade: Manifesta a exigência da administração em divulgar seus atos. Os atos são divulgados no diário oficial (União, estadual ou municipal) como a obrigação constante na lei em garantir a transparência da administração dando conhecimento generalizado e produzindo seus efeitos jurídicos.
É necessário que os atos e as decisões tomados sejam devidamente publicados para o conhecimento de todos, o sigilo só é permitido em casos de segurança nacional.
Eficiência: Zela pela “boa administração”, aquela que consiga atender aos anseios na sociedade, consiga de modo legal atingir resultados positivos e satisfatórios, como o próprio nome já faz referência, ser eficiente. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em se desempenhar apenas com uma legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento às necessidades da comunidade e de seus membros.
Zela pela “boa administração”, aquela que consiga atender aos anseios na sociedade, consiga de modo legal atingir resultados positivos e satisfatórios, como o próprio nome já faz referência, ser eficiente. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em se desempenhar apenas com uma legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento às necessidades da comunidade e de seus membros.
Os princípios encontrados em nossa Constituição Federal são: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Esses apresentados, são referentes à administração pública. Todos eles estão presentes no artigo 37 da Constituição Federal.
Licitação e as modalidades licitatórias
Conceito de licitação
Sendo um procedimento da administração pública para aquisição de bens que se encontra expressa em lei, apesar de ter uma lei vasta com mais de cem artigos a regulamentando, nenhum deles, de forma clara, descreve o conceito de licitação, portanto, não há um conceito definido de modo geral pela Lei nº 8.666/93.
O pregão é a sexta modalidade de licitação, sendo instituído pela Lei n.º 10.520/2002 e regulamentado pelo Governo Federal pelos Decretos n. 3.555/2000 e 5.450/2005.
Conheça os princípios legais, fundamentos e como funcionam as diferentes modalidades de licitação:
Concorrência
O que diz a legislação? § 1° Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Como funciona? A concorrência é utilizada nas seguintes situações (qualquer que seja o valor do contrato):
Compra de imóveis.
Alienação de imóveis público.
Concessão de direito real de uso.
Licitações internacionais.
Celebração de contratos de concessão de serviços público.
Celebração de contratos de parcerias público-privadas (PPP).
Deve ser realizada com ampla publicidade para assegurar a participação de quaisquer interessados que preencham os requisitos previstos no edital.
Não se faz necessário o registro prévio ou cadastro dos interessados, mas que seja atendido o que prevê o edital, que deverá ser publicado 30 dias antes do recebimento das propostas, porém esse prazo poderá ser dilatado para 45 dias caso o certame seja julgado de acordo com os critérios de menor preço, técnica e preço e melhor técnica.
A concorrência é modalidade obrigatória para obras e serviços de engenharia quando se tratar de valores superiores estabelecidos em lei.
Tal modalidade deve ser adotada nos casos de compra de bens imóveis, alienações de bens imóveis desde que não tenha sido adotada a modalidade Leilão, concessões de direito real de uso, serviço ou obra pública e licitações internacionais.
Tomada de Preços
O que diz a legislação? § 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Como funciona? É a licitação para contratos de valor estimado imediatamente inferior ao estabelecido para a concorrência.
A tomada de preços é admissível nas:
contratações de obras;
serviços e compras – dentro dos limites de valor estabelecidos em lei e corrigidos por ato administrativo competente.
A grande característica dessa modalidade, que a distingue da concorrência, é a habilitação prévia dos licitantes, por meio dos registros cadastrais.
1 Esses cadastros são registros dos fornecedores de bens, executores de obras e serviços que ali se inscreveram, mantidos por órgãos e entidades administrativasque frequentemente realizam licitações.
2 Deverá correr, na tomada de preços, um prazo de 15 dias, no mínimo, entre a publicação e a data fixada para o recebimento das propostas.
3 Caso o certame seja julgado na conformidade dos "tipos", ou seja, pelos critérios de "melhor técnica" ou de "técnica e preço", o prazo será de, pelo menos, 30 dias, sendo a contagem feita da mesma forma que na concorrência
Convite
O que diz a legislação? § 3°. Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
Como funciona? Podem participar aqueles que, mesmo não sendo convidados, estiverem cadastrados na correspondente especialidade e manifestarem seu interesse com antecedência de 24 horas da apresentação das propostas.
O convite é, dentre todas as modalidades de licitação, a mais simples, sendo adequada a pequenas contratações, cujo objeto não contenha complexidades, ou seja, de pequeno valor.
É a única modalidade de licitação que não exige publicação de edital, já que a convocação é feita por escrito, obedecendo a uma antecedência legal de cinco dias úteis, por meio da carta-convite.
Nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou a entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no país.
Concurso
O que diz a legislação? § 4°. Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
§ 5º No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não.
Como funciona? O concurso deve ser anunciado com ampla divulgação pela imprensa oficial e particular, por meio de edital, publicado com uma antecedência mínima legal de 45 dias para a realização do evento.
A qualificação exigida aos participantes será estabelecida por um regulamento próprio do concurso, que conterá também as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho, bem como as condições de realização e os prêmios a serem concedidos.
O julgamento é feito por uma comissão especial, integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria, sejam ou não servidores públicos com base nos critérios fixados pelo regulamento do concurso.
Leilão
O que diz a legislação? § 5°. Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994).
Como funciona? Antes do leilão, devem os bens ser previamente avaliados, constando no edital o preço mínimo a ser ofertado. Indispensável se faz ainda que o edital descreva os bens, possibilitando sua perfeita identificação.
Deve, além disso, indicar o local onde se encontram, possibilitando o exame por parte dos interessados. O dia, horário e local do pregão são especificados também pelo instrumento convocatório, com lances verbais.
Para o leilão, não se exige qualquer tipo de habilitação prévia dos licitantes, tendo em vista que a venda é feita à vista ou em curto prazo.
Admite-se, entretanto, a exigência, quando o pagamento não for todo à vista, de um depósito percentual do preço, servindo como garantia.
Quanto aos critérios de julgamento das propostas:
A regra geral é a adoção do tipo, ou critério de julgamento "menor preço". O que se objetiva é a vantagem econômica na obtenção da obra, serviço ou compra, sendo o objeto de rotina, a técnica uniforme e a qualidade padronizada.
O segundo tipo, "melhor técnica", que constitui exceção, leva em consideração, primeiramente, a obra, o serviço ou material mais perfeito e adequado. Justifica-se a adoção de tal tipo para obras, serviços ou fornecimentos de alta complexidade e especialização.
Negociam-se as condições propostas, com base nos orçamentos detalhados apresentados e tendo como referência limite a proposta de menor preço apresentada entre as licitantes que obtiveram a valorização mínima. Em havendo impasse nessa negociação, procede-se à negociação com os demais proponentes, por ordem de classificação técnica, até que se chegue a um acordo para a contratação.
O tipo "técnica e preço" se caracteriza por combinar os dois fatores. A técnica é relevante, mas o preço deve também ser considerado no julgamento. A Administração deve escolher a proposta mais vantajosa economicamente, mas segundo critérios mínimos de técnica exigidos no edital.
A licitação que utiliza o tipo "técnica e preço" deve, igualmente à de "melhor técnica", estar restrita aos serviços de natureza intelectual.
Há ainda o tipo "maior lance ou oferta", que foi resultado de uma inovação na Lei de Licitações e Contratos Públicos (Lei n.º 8.666/93), introduzida pela lei que lhe alterou (Lei n.º 8.883/94).
Pregão
O que diz a legislação? É a sexta modalidade de licitação, sendo instituída pela Lei n.º 10.520/2002. Essa modalidade de licitação é utilizada para aquisição de bens e serviços comuns de qualquer valor em que a disputa pelo fornecimento é feita em sessão pública, por meio de propostas e lances, para classificação e habilitação do licitante com a proposta de menor preço, podendo ser realizada de maneira presencial (onde os licitantes se encontram e participam da disputa) ou eletrônica (onde os licitantes se encontram em sala virtual pela internet, usando sistemas de governo ou particulares).
Como funciona? O pregão vem se somar às demais modalidades previstas na Lei n.º 8.666/93, que são a concorrência, a tomada de preços, o convite, o concurso e o leilão. Porém, diferente destas modalidades, o pregão pode ser aplicado a qualquer valor estimado de contratação, de forma que constitui alternativa a todas as modalidades.
Essa é uma modalidade aberta para todo o público, onde qualquer cidadão interessado pode acompanhar o processo licitatório em curso, os valores de cada lance efetuado, o vencedor e até a duração da disputa, aumentando assim a transparência e o controle social.
Mas o que são bens e serviços comuns?
São produtos cuja escolha pode ser feita tão somente com base nos preços ofertados, tendo em vista que são comparáveis entre si e não necessitam de avaliação minuciosa.
O bem ou serviço será comum quando for possível estabelecer, para efeito de julgamento das propostas, mediante especificações utilizadas no mercado, padrões de qualidade e desempenho peculiares ao objeto.
Preços de Referência
A aquisição de bens e a contratação de serviços e obras pela administração pública deve ser precedida da realização de procedimento licitatório, disciplinado pela Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos.
Dentre os objetivos da licitação, elencados no art. 3º da referida lei, está a seleção da proposta mais vantajosa para a celebração do contrato de interesse da Administração.
Daí a importância da estimativa de preços que antecede as compras realizadas pelo Estado para proporcionar uma avaliação segura das propostas. Toda compra pública está submetida a regras de licitação, destinada a selecionar a proposta mais vantajosa. Em geral, isso significa a proposta com o menor preço.
É a pesquisa de preços que fundamenta o julgamento

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