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DESAFIO AUDITORIA

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DESAFIO PROFISSIONAL
 Prof. MS. Dirceu Carneiro de Araujo
Tutor: Rafael Capuano de Oliveira 
 Alunos: Cassiany A. De Oliveira 7981715924
Daiana V. O. Schmitz 7536650410
Josefa O. Martins 424436
Marivone Battisti Santos 423581
Marco Antônio Moretti 432021
Tangará da Serra-MT novembro de 2016.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................03
PASSO 1...................................................................................................................................04
PASSO 2...................................................................................................................................10
PASSO 3...................................................................................................................................12
PASSO 4...................................................................................................................................14
CONCLUSÃO.........................................................................................................................16
REFERENCIAS......................................................................................................................17
INTRODUÇÃO
O desafio profissional tem objetivo de favorecer a aprendizagem e estimular para que a mesma seja eficaz e eficiente. Com base nas disciplinas norteadoras serão apresentados conceitos de sistema financeiro, instituições financeiras e mercados de capitais. Além disso, será desenvolvida a importância da controladoria e dos sistemas de informações bem como a relação deste conteúdo com o caso do Banco Panamericano.
Outro ponto importante será também a perícia contábil judicial que auxilia as sentenças judiciais através do parecer de um contador devidamente escolhido para tal atividade. Para finalizar a diferença entre auditoria interna e externa e necessidade de ambas trabalharem em acordo para que as informações sejam confiáveis, apresentando também relação entre o caso da falha de auditoria do Banco Panamericano.
PASSO 1: SISTEMA FINANCEIRO, INSTITUIÇOES FINANCEIRAS E MERCADOS DE CAPITAIS.
SISTEMA FINANCEIRO:
O sistema financeiro compreende o conjunto de instituições financeiras que asseguram, essencialmente, a canalização da poupança para o investimento nos mercados financeiros, através da compra e venda de produtos financeiros. Estas instituições asseguram um papel de intermediação entre os agentes econômicos que se podem assumir como aforradores ou como investidores.
O sistema financeiro brasileiro foi reestruturado no Governo Castello Branco quando foram aprovados três documentos que estabelecem a base legal do sistema: a Reforma Bancária (Lei Nº 4595 de 31/12/1964); a reforma Habitacional, criando o sistema financeiro de habitação (Lei Nº 4380 de 21/08/1964) e a Reforma do Sistema Financeiro e do Mercado de Capitais (Lei Nº 4728, de 14/07/1965).
Estas reformas foram norteadas pela segmentação do mercado financeiro, através da especialização das funções das instituições financeiras, e da vinculação da captação com a aplicação dos recursos. As principais instituições financeiras eram as seguintes: bancos comerciais, bancos de investimento, sociedades de crédito financiamento e investimento, e sociedades de crédito imobiliário.
O sistema financeiro pode ser definido ainda como um conjunto de instituições, organizações, normas, convenções, hábitos de pensamento e de comportamento que definem os instrumentos financeiros, as condições e o ambiente/contexto econômico em que os indivíduos/organizações estabelecerão as transações financeiras.
A função e atuação do sistema financeiro é reunir a poupança da economia e aloca-la de forma eficiente, permitindo que os recursos fluam dos agentes superavitários para os deficitários e desta maneira todos tenham suas necessidades satisfeitas. Como estas trocas não são possíveis de serem realizadas diretamente entre os agentes, é necessária a participação de instituições especializadas para este fim. Portanto o sistema financeiro atua na intermediação entre unidades superavitárias e deficitárias; nos serviços financeiros: seguros, pensões, consórcios; nos mecanismo de pagamentos e também como instrumento de ajuste de portfólio.
Dentre suas funções outras que se destacam é a importância de adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa. 
O sistema financeiro desempenha um papel crucial em tudo o que diga respeito à utilização da moeda pela economia. Este desenvolvimento do sistema financeiro é fundamental para o exercício das economias modernas, já que o mesmo é constituído por entidades com funções diferenciadas.
Os bancos asseguram o funcionamento dos sistemas de pagamentos o que permite que os mercados locais desenvolvam a sua atividade e que os particulares e as empresas se desloquem e atuem respectivamente em locais distantes. A inexistência de um sistema bancário bem estruturado não permitiria a circulação da moeda, sendo também mais difícil a criação de mercados de bens e serviços, bem como a circulação de pessoas e bens.
Os bancos são também fundamentais na intermediação financeira, isto é, recolhem a poupança de quem possui recursos excedentários e disponibilizam esses recursos a quem deles necessita. Sem esta operação, a capacidade de investir dos particulares e das empresas ficaria muito limitada.
Os agentes econômicos são todos os indivíduos, instituições ou conjunto de instituições que, através das suas decisões e ações, tomadas racionalmente, intervêm num qualquer circuito económico. Apesar de terem funções diferenciadas no circuito económico, de produção, de consumo ou de investimento, estabelecem entre si relações econômicas essenciais.
- Estado: Que toma decisões de consumo, de investimento e de política econômica; assume funções de administração pública, de cobrança de impostos e de gestão da segurança e das prestações sociais.
- Famílias: Que tomam decisões sobre o consumo de bens e serviços e de poupança, mediante os rendimentos auferidos;
Empresas: Dedicam-se à produção de bens e prestam serviços e tomam decisões sobre investimento, sobre produção e a oferta de trabalho.
Estes três agentes, em conjunto com as instituições financeiras, fazem parte de uma economia fechada. Contudo, e cada vez mais, deve considerar-se um quarto agente, o exterior, com os quais os restantes agentes económicos nacionais estabelecem, num quadro de economia aberta, relações econômicas intensas.
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS:
As instituições financeiras exercem atividades específicas distintas que as caracterizam e permitem classificá-las com base no papel que desempenham. O Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) divide as entidades financeiras em dois grupos principais: Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.  
As Instituições de Crédito são empresas cuja atividade consiste em receber do público depósitos ou outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta própria mediante a concessão de crédito; de entre as Instituições de Crédito, destacam-se os Bancos e as Caixas.
As Sociedades Financeiras são as empresas que não são instituições de crédito, na verdade elas inserem as sociedades financeiras de corretagem, corretoras, mediadoras de mercados monetários ou de câmbios, sociedades gestoras de fundos de investimento, patrimônios, fundos de titularização decréditos, sociedades de desenvolvimento regional e agências de câmbios. 
Uma Instituição financeira é uma instituição que providencia serviços financeiros aos seus clientes e membros. Um dos serviços financeiros mais relevantes, é a intermediação financeira, quer possibilitando transação em mercados organizados quer fazendo a ponte de encontro entre as necessidades de poupança e financiamento, numa economia. A maior parte das instituições financeiras é altamente regulamentada por entidades governamentais. 
É inegável a importância para a economia de um país a capacidade de sua população de fazer reservas financeiras, ou seja, não canalizar todas as suas receitas financeiras para o consumo imediato, mas fazer reservas para utilização futura. Também sabemos que a melhor e mais segura maneira de fazer tal reserva é colocando aos cuidados de uma instituição financeira. Esta, além da guarda, pode oferecer rendimentos pelo uso que fará de seus recursos enquanto lá estiverem. As principais instituições financeiras escolhidas para serem estudadas neste trabalho são o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Itaú.
O Banco do Brasil: consiste na primeira instituição financeira do Brasil, criado pelo Rei D. João VI no ano de 1808, tinha o objetivo de financiar a abertura de empresas manufatureiras na época do Brasil colônia. Dessa forma as empresas importariam matérias primas e exportariam produtos industrializados movimentando o comércio brasileiro, mas em razão de saques de alto valor e o retorno de D. João VI a Portugal essa instituição veio a falir. No ano de 1851 o Banco do Brasil ressurge sob a direção do Visconde de Mauá, com o propósito de servir ao Governo na concessão de linhas de crédito nas situações de extrema importância. O Banco era responsável por emitir a moeda do país, hoje essa responsabilidade é do Banco Central. Atualmente é situado como um dos maiores bancos do Brasil, tanto em agências quanto em patrimônio e receita líquida. 
O Banco do Brasil é considerado uma empresa pública de economia mista, isto é, o governo possui a maioria das ações e tem como objetivo principal contribuir de forma intensa no crescimento econômico, industrial, comercial e social do Brasil, atuando diretamente em situações pouco atrativas aos bancos privados, como exemplo o crédito rural, que precisa estar ao alcance de todos. Hoje, é um banco comercial comum, embora responsável pela Câmara de Confederação. 
A Caixa Econômica Federal: Criada em 12 de janeiro de 1861, a Caixa Econômica Federal é o maior banco público da América Latina. A CEF foi fundada com o objetivo de promover entre a população, o hábito de poupar, principalmente entre as pessoas de baixa renda. Percebe-se assim, que a Caixa Econômica, ao lado do Banco Central e do Banco do Brasil, é um dos principais agentes da política econômica do governo brasileiro. A instituição, totalmente pública, funciona atualmente como um banco como os outros, no entanto, também possui um caráter especial, uma vez que é centralizadora de operações relativas ao FGTS, PIS, Bolsa-Família, etc. A Caixa também é responsável pelas operações dos jogos lotéricos no Brasil desde 1962. a CEF caracteriza-se por estar voltada ao financiamento habitacional e ao saneamento básico. É um instrumento governamental de financiamento social. 
O Itaú Unibanco: Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro baixou medidas de represálias econômicas contra alemães e italianos. Uma dessas medidas determinou a liquidação de filiais de bancos cujas matrizes estivessem nos países inimigos, o que provocou o encerramento das atividades de diversos bancos tradicionais em São Paulo, foi então neste contexto que surgiu o Banco Itaú. 
A história do tradicional banco tem início na pequena cidade de Pratápolis, distrito de Itaú, Minas Gerais, quando Alfredo Egydio de Souza Aranha, um advogado e empresário empreendedor, fundou, no dia 30 de dezembro de 1943, o Banco Central de Crédito. No ano seguinte, após um período de organização administrativa do novo banco, foram obtidas as primeiras cartas patentes pela Caixa de Mobilização e Fiscalização Bancária, autorizando o banco a realizar operações bancárias, com a abertura de quatro agências em locais diferentes. 
O Itaú é o segundo maior banco privado do Brasil e 4º colocado no ranking geral. Em todo o Brasil, a tecnologia disponível permite que 78% das transações de clientes sejam efetuadas por meio dos canais de autoatendimento, aumentando a conveniência e reduzindo as despesas para o banco. 
MERCADO DE CAPITAIS:
O mercado de capitais é um mecanismo de distribuição de valores mobiliários, que tem o objetivo de gerar liquidez aos títulos emitidos pelas empresas e viabilizar o seu processo de capitalização. Isso quer dizer que o objetivo é direcionar os recursos financeiros da sociedade (poupança) para o comércio, a indústria e outras atividades econômicas, assim remunerando melhor o investidor e contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.
O mercado de capitais é um sistema criado para facilitar a capitalização das empresas, isto é, para financiá-las através da emissão e venda de ações ao público. Se uma empresa precisa de dinheiro para crescer, ela vende ações no mercado. 
O Mercado de Capitais é constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas. O mesmo é subdividido em Mercado Primário e o Mercado Secundário.
No Mercado Primário é onde se negocia a subscrição de novas ações ao público, isto é, onde os valores mobiliários circulam pela primeira vez e onde a empresa obtém o capital para seus empreendimentos, pois o dinheiro da venda vai para a empresa.
Já o Mercado Secundário são as demais negociações com esses títulos, como simples trocas de possuidores, pois a empresa emissora já não terá mais contato com o dinheiro proveniente dessas trocas. Esse último mercado se caracteriza também pelas negociações realizadas fora das bolsas, em negociações que denominamos como mercado de balcão, trazendo dessa forma mais liquidez para esses ativos financeiros.
A inflação pode ser caracterizada como a queda do valor de compra do dinheiro, ou até mesmo, como a queda do valor de mercado, sendo popularmente usada para remeter ao aumento geral dos preços. Ter um controle da inflação é indispensável, uma vez que seu desequilíbrio traz consequências prejudiciais ao país, como a queda dos investimentos em setores produtivos, gerando um aumento da especulação financeira e o clima de desconfiança por parte dos investidores.
Com a inflação elevada, a moeda vai perdendo seu valor com o passar do tempo e os consumidores (trabalhadores) que não tem reajustes constantes não conseguem comprar os mesmos produtos com o mesmo valor usado anteriormente. 
Um fundo de investimento é uma forma de aplicação financeira, formada pela união de vários investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro, não possuindo personalidade jurídica, e sendo constituído tal qual um condomínio, visando um determinado objetivo ou retorno esperado, dividindo as receitas geradas e as despesas necessárias para o empreendimento. 
O individuo que pretende investir, pode responder o API – Análise de Perfil do Investidor que é um método criado para proteger os interesses dos investidores e das instituições financeiras. Um conjunto de perguntas avalia seus objetivos de vida e a sua tolerância ao risco, criando o seu perfil como investidor em determinado momento de vida. Esse perfil deve ser considerado por você e pela instituição financeira na escolha de seus investimentos.
Os fundos de investimento são um meio para se nos investir mais diversos produtos. Eles são divididos em pedaços chamados de cotas. Então, quando você aloca dinheiro em um fundo irá receber X cotas.
No caso optaria por um fundo em curto prazo, como o próprio nome diz, esses fundos são focados em remuneração de curto prazo. Apesar de ser um investimento parecido com a poupança, ele possuem uma vantagem,a sua rentabilidade é diária. 
PASSO 2: CONTROLADORIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS.
A função da controladoria consiste em apoiar o processo de decisão, utilizando-se para tanto de um sistema de informações que possibilite e facilite o controle operacional, por meio do monitoramento das atividades da empresa. A controladoria pode ter funções diversas, dependendo das dimensões da empresa e da filosofia que orienta a sua administração. A tendência de gestores e dos grupos empresariais é aumentar a visão de seus negócios para obterem um entendimento que satisfaça o gerenciamento próprio e o entendimento do complexo mundo empresarial em que está ligada. 
A Controladoria possui uma importante função, pois ela ajuda na sobrevivência, no crescimento e na consolidação, e atua na reestruturação de empresas em crise financeira. Possui um planejamento estratégico, ou seja, a elaboração de um processo para futuras tomadas de decisões o qual requer todas as formalidades possíveis. 
Percebe-se, que a controladoria é uma área de extremo valor nas empresas, sendo considerada a centralizadora da informação para fins de monitoramento e reporte de informações. Para tanto, logicamente conta com o apoio das demais áreas da empresa e tem como objetivo apoiá-las.
Essa área aqui mencionada, para existir e gerir as atividades concernentes a ela demanda um profissional com a devida competência e formação e necessário conhecimento: o controller. O controller deve atuar em uma empresa como um maestro atuante em uma regência de orquestra. No caso a atuação desse profissional consiste em reger (fornecer informações relevantes para as áreas executarem os planos e monitorar o desempenho consequente) a empresa como um todo. Essa atividade se dá por meio da informação, amparada em eficientes sistemas e ferramentas tecnológicas conjugados com o adequado desempenho das pessoas.
A partir da leitura do artigo “BANCO PANAMERICANO – UM PROBLEMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA?” foi possível identificar uma analise SWOT sobre o caso. Na verdade a Análise SWOT ou Análise FOFA é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário ou análise de ambiente, sendo usada como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário.
Neste caso, foram identificados através da analise SWOT, as seguintes forças, fraquezas, oportunidade e ameaças do Banco Panamericano: 
	FORÇAS:
- Ativos de 11,9 bilhões;
- Diversas parcerias;
-Banco múltiplo.
	FRAQUEZAS:
- Assumia responsabilidades pela inadimplência;
- Auditoria interna e externa ineficaz;
- Fraudes, informações duvidosas.
	
OPORTUNIDADES:
- Atender todas as classes sociais;
- Possibilidade de se reerguer;
- Variedade de serviços.
	
AMEAÇAS:
- Havia um cliente que sustentava boa parte do negócio e este era também proprietário;
- Perca da imagem confiável diante dos clientes;
Desenvolvimento de um planejamento estratégico básico:
Identificação da empresa: É um banco brasileiro, com sede em São Paulo, fundado por Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos, controlado de 1990 até 2011, pelo Grupo Silvio Santos. Seu foco é o financiamento ao varejo, financiamento de veículos, cartões de crédito, empréstimo pessoal e consignado.
Missão da empresa: Ser um banco sustentável que inspire os Colaboradores a surpreender os clientes. 
Visão da empresa: O banco ágil e descomplicado, que surpreende.
 Identificar a relevância da empresa/negócio para o mercado: O banco atua como uma instituição financeira, especializada no fornecimento de crédito para o consumo popular. Devido à fraude descoberta e como o banco atua principalmente com o fornecimento de crédito, o risco para a pessoa física no momento era baixo. Uma vez feito o empréstimo, a maior parte consignado, o correntista fica com a obrigação apenas quitar sua dívida, sem a possibilidade de perder dinheiro. Quem investiu nos papéis do banco na bolsa perdeu naturalmente com a desvalorização das ações. 
Descrever quais metas e objetivos para lidar com a análise SWOT: Para lidar com a ameaça principal ocasionada pela fraude, no caso a perda da imagem confiável do banco diante da sociedade o mesmo precisa investir muito em publicidades, a fim de renovar sua imagem institucional.
PASSO 3: PERÍCIA CONTÁBIL NAS AÇÕES JUDICIAIS.
A Perícia Contábil é uma das áreas de aplicação das Ciências Contábeis, cuja função é exercida pelo bacharel em Ciências Contábeis, o contador, devidamente registrado em órgão da categoria, o Conselho Regional de Contabilidade – CRC, para poder cumprir uma exigência judicial que possa trazer a verdade real demonstrada de maneira técnico/científica às decisões judiciais ou extrajudiciais. Seu trabalho é minuciosamente elaborado e revisado, o seu compromisso com a verdade, a moral e a ética são o lastro que alicerça essa função. A função pericial é utilizada, principalmente, para esclarecer litígios em processos judiciais que envolvam pessoas ou patrimônio.
Citando as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC TP 01), Resolução n.º 1243/09, perícia contábil é definida como: A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnico-científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio ou constatação de um fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente.
A perícia contábil é de competência exclusiva de contador em situação regular perante o Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição. O perito é a pessoa nomeada pelo juiz ou pelas partes (em caso de perícia extrajudicial).
A Justiça recorre ao perito contábil quando o juiz necessita de um laudo profissional especializado ou para atender ao pedido de uma das partes envolvidas no processo. Muitas perícias na área da contabilidade são hoje requeridas principalmente na parte de revisão de encargos financeiros contra bancos, também referentes ao Sistema Financeiro Habitacional, e demais questões como leasing, condomínios, entre outros. A perícia é um meio de prova previsto no Direito, assim como a documental, a testemunhal e a do depoimento pessoal.
O perito contábil, além da condição legal, da capacidade técnica e da idoneidade moral, tem uma responsabilidade enorme, já que suas afirmações envolvem interesses e valores consideráveis.
No caso de perícia judicial, o prazo estabelecido para a conclusão dos trabalhos, fixado pelo juiz, deve ser cumprido pelo perito como forma de não obstar a celeridade processual. O perito-assistente deve cumprir o prazo fixado em lei, para suas manifestações sobre o laudo pericial, de forma a não prejudicar a parte que o indicou.
Uma pericia judicial, demonstrando o parecer do perito podem ter diversas paginas abaixo o modelo de um parecer técnico contábil (o modelo abaixo é hipotético): 
Exmo. Sr. Doutor(a) Juiz(a) de Direito da Vara Cível do Tribunal de Justiça do Mato Grosso.
Nº do Processo: 00000000-00	
Natureza da Ação: 	
Autor: 
Réu: 
(nome do perito contador), à perícia contábil deferida nos autos em epígrafe, vem perante a presença de Vossa Excelência com fulcro no parágrafo único do art. 433 do CPC, oferecer o seu Parecer sobre o Laudo do Perito Oficial, o fazendo nos termos a seguir apresentados.
O Sr. _______ ao proceder com a atualização dos valores, o fez de acordo com os índices da UFIR e não computou o juros de 0,5% ao mês. Por ser tratar de valores devidos em processo da área cível, conforme Vara e Tribunal supramencionado, há de se ressaltar que a metodologia aplicada para os cálculos não computou os juros,  previstos na legislação vigente, e também deixou de utilizar os índices aceitos por esse Tribunal, ORTN/OTN/BTN/BTNF/INPC/URV e IPCR. 
Conforme fundamentado neste Parecer, este Perito, se coloca em desacordocom a metodologia utilizada pelo Sr. _____________ posto que a forma correta seria a aplicação do INPC do período apresentado nos autos e juros de 0,5% ao mês. 
É o Parecer. ·.
Tangará da Serra, 09 de novembro de 2016. 
___________________________________
(nome do perito contador assistente técnico)
Contador CRC/DF n.º 00000
Perito Contador 
PASSO 4: AUDITORIA INTERNA E EXTERNA.
A Auditoria é sem sombra de dúvidas, uma destas ferramentas essenciais de apoio a administração de qualquer organização. É objetivo deste estudo, desmistificá-la trazendo à luz, seus tipos, modalidades, formas, diferenças entre Auditoria interna e externa, objetivos, enfim, a sua importância como instrumento de controle e posteriormente de direcionamento para os acertos a serem feitos, visando à maximização dos lucros e a consequente atenuação de perdas e prejuízos.
Auditoria é um exame cuidadoso e independente das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor, cujo objetivo é averiguar se elas estão de acordo com as disposições planejadas e/ou estabelecidas previamente, se foram implantadas com eficácia e se estão adequadas com os objetivos traçados pela empresa.
Para Nascimento e Pinho (2008) a Auditoria é a técnica que consiste no exame de documentos, livros e registros, inspeções, obtenção de informações e confirmações externas e internas, obedecendo a normas apropriadas de procedimento, objetivando verificar se as demonstrações contábeis representam adequadamente a situação nelas demonstrada, de acordo com os princípios fundamentais e normas de contabilidade de maneira uniforme.
Com a expansão dos negócios as empresas tiveram a necessidade de uma pessoa que além de revisar os controles internos e os procedimentos operacionais, também auxiliasse na administração e na execução das atividades. Surgiu então o auditor interno, para realizar uma auditoria mais periódica, com maior grau de profundidade e visando também outras áreas não relacionadas com a contabilidade, para verificar se as normas internas vêm sendo seguidas.
Segundo o Audibra (Instituto dos Auditores Interno no Brasil): A missão básica da Auditoria Interna é; emitir a opinião conclusiva ou considerações a respeito das operações examinadas, avaliarem os fluxos dos sistemas, plano de controle interno e desempenho da organização ou de qualquer de seus segmentos; auxiliar a Alta Administração e demais membros do corpo gerencial da organização a se desincumbirem de maneira eficaz de suas responsabilidades.
A Auditoria Externa das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a adequação com que estas representam à posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da entidade auditada, seguindo as Normas Brasileiras de Contabilidade e a legislação específica.
A auditoria externa desempenha um papel extremamente importante para as organizações sujeitas a esta avaliação. Os acionistas e investidores das empresas de capital aberto, precisam sempre confirmar a veracidade das informações prestadas pelos responsáveis pela função administrativa destas empresas, sempre com imparcialidade para com os interesses da organização auditada no momento.
Em relação ao caso do Banco Panamericano, as investigações do Banco Central (BC) sobre o rombo bilionário do Panamericano apontaram falhas no trabalho da Deloitte, a empresa que auditava o banco.
Fica claro, que a fraude bilionária no Banco Panamericano é o resultado de um acúmulo de irregularidades contábeis constantes do balanço da instituição desde meados de 2006, que passaram pelo crivo de diversas instituições, em especial, empresas de auditoria, mas só foram descobertas recentemente pelo Banco Central. A prática adotada pelo Banco consistia em inflar seus balanços por meio do registro de carteiras de créditos vendidas a outras instituições como parte de seu patrimônio. A maquiagem permitiu que o valor da empresa fosse ampliado antes da abertura de seu capital, em novembro de 2007.
Acredito que diante de todo o caso, a principal falha esta na auditoria, que têm o papel fundamental de dar conformidade nas demonstrações financeiras das empresas de capital aberto, e de demonstrar também com clareza e veracidade os dados, o que neste caso não ocorreu.
 Existe a possibilidade de o banco ter fraudado não só as demonstrações do ano de 2010, quando foi percebida pelo Banco Central, mas também nos anos anteriores. A Deloitte como auditava as contas do Panamericano desde 2004, pode não ter percebido nada. Consequentemente questiona-se o trabalho da Deloitte, como poderia ter executado a auditoria do banco por tanto tempo e não ter percebido nada? Caso tenha sido percebida, a fraude deveria ser comunicada a administração, mesmo que o efeito sobre as demonstrações contábeis seja irrelevante.
 A mesma deveria orientar a empresa a modificar os procedimentos na elaboração das demonstrações contábeis e aperfeiçoar seu controle interno. Persistindo o problema, o auditor deveria retirar-se do trabalho.
CONCLUSÃO
Diante do conteúdo apresentado através das disciplinas norteadoras foi possível identificar os conceitos do sistema financeiro, sua atuação e importância para economia, bem como as instituições e o mercado de capitais. Verificamos também a importância dos agentes para economia, a fim de regulamentar os superávit e déficit existentes.
Todo o propósito do trabalho gira em função de relacionar o caso do Banco Panamericano com os conteúdos, com intuito também de identificar a importância da auditoria para as organizações. 
REFERÊNCIAS 
BANCO PANAMERICANO – UM PROBLEMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA? http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnANPAD/enanpad_2012/EPQ/Tema%2006/2012_EPQ975.pdf. Acesso 01/11/2016.
DINIZ, Joenice L. Desafio Profissional de Contabilidade. [On-line]. Londrina, 2016, p. 01-12. Disponível em: Acesso em: abr. 2016. 
IMPACTO DAS FRAUDES CONTÁBEIS NO BANCO PANAMERICANO SOBRE A REPUTAÇÃO DA DELOITTE. http://revistas.ufpr.br/rcc/article/view/33961/23557. Acesso 01/11/2016.
JESUS LIMA, Leandra de. APARECIDO LIMA, Robernei. A importância da auditoria interna nas organizações. Disponível em: http://www.classecontabil.com.br/artigos/ver/1445 Acesso em: 11/11/2016.
LAGIOIA, Umbelina C. T. Fundamentos do Mercado de Capitais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
MACEDO, F.; FRIEDLANDER, D. Contador revela esquema do rombo no Panamericano. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 9 abr. 2011.
NASCIMENTO, Roberto Sergio do. PINHO, Ruth Carvalho de Santana. O papel do Auditor e da Auditoria pós-Enron: Algumas considerações sobre a auditoria governamental. Disponível em: http://cursos.acep.org.br/audit/art4.htm Acesso em: 11/11/2016.

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