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13/03/2019 1 Operações Farmacêuticas e Cálculos Farmacotécnica Princípio a+vo Adi+vos Fórmulas Farmacêu+cas Operações Farmacêu+cas Formas Farmacêu+cas 13/03/2019 2 Farmacotécnica Operações Farmacêuticas O nome que se dá ao conjunto de processos empregados na preparação da matéria prima que será incorporada nas diversas formas farmacêuticas para constituição do medicamento OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS Operações propriamente ditas Operações de usos geral Farmacotécnica Operação de Uso Geral • Para avaliar a importância destas operações, basta compreender que a segurança, qualidade e biodisponibilidade dos medicamentos dependem em grande parte delas. • Assim, as operações farmacêuticas compõem, no desenvolvimento do medicamento, a fase farmacotécnica. 13/03/2019 3 Farmacotécnica Operação de Uso Geral Pesagem Medição de volumes Farmacotécnica Operação de Uso Geral PESAGEM üA pesagem de princípios ativos e/ou excipientes deve ser cercada de procedimentos que garantam a proporção correta do fármaco no medicamento, garantindo assim a dose e a sua eficácia • Atenção: 1. Conversão correta de unidades (Ex. mg para g) 2. Utilização correta de fatores de correção (EX. Sais de fármacos) Balanças semi-analíEcas Balanças AnalíEcas Grau de precisão a parEr de 0,001g Grau de precisão a parEr de -0,0001g Quanto em mg? 13/03/2019 4 Farmacotécnica Operação de Uso Geral MEDIDAS DE VOLUME üA medição de volume também é uma prática bastante comum nas farmácias de manipulação, garantindo uma proporção correta entre princípios ativos, excipientes e veículo. • Instrumentos u*lizados: 1. Micropipeta 2. Pipetas graduadas 3. Buretas 4. Provetas 5. Cálices 6. Balões volumétricos Farmacotécnica Operação de Uso Geral MEDIDAS DE VOLUME üA escolha de um instrumento será feita mediante análise de qual fornece maior exatidão para o volume necessário. Pipeta volumétrica, balões volumétricos e buretas são mais precisos, enquanto provetas e cálices são menos precisos “ Os aparelhos volumétricos são empregados nas medidas de volume nos testes, nos ensaios e nos doseamentos farmacopeicos, e devem estar aferidos à temperatura de 25ºC” Vidrarias que não devem ser u/lizadas para medições precisas 13/03/2019 5 Farmacotécnica Operação de Uso Geral MEDIDAS DE VOLUME üNa prática farmacêutica diária, os instrumentos mais utilizados são as pipetas graduadas, os cálices e as provetas, que devem ser escolhidos levando-se em consideração que a quantidade a ser mantida esteja próxima à capacidade da vidraria. Farmacotécnica Operação de Uso Geral MISTURA üCombinação de duas ou mais substâncias, respeitando suas características obtendo uma mistura homogênea. üDiluição de pós üDiluições realizadas por motivos farmacotécnicos (facilitar a pesagem ou medida) ou de segurança (fármacos potentes utilizados em baixas concentrações). Ex.: T3, T4, Digoxina, Vitamina B12 A correção do teor deve ser feita de acordo com a diluição! 13/03/2019 6 Farmacotécnica Operação de Uso Geral • MISTURA • Diluição geométrica: técnica de homogeneização empregada para garantir, durante a mistura, a distribuição uniforme dos componentes da fórmula. • É realizada com o objetivo de facilitar e aumentar a segurança e precisão das pesagens de fármacos de baixa dosagem e difíceis de pesar com exatidão. Farmacotécnica Operação de Uso Geral • MISTURA üAs diluições normalmente empregadas dependem da faixa de dosagem das substâncias e são de : • 1:10 • 1:100 • 1:1000 üAté 0,1 mg, recomenda-se diluição de 1:1000 üDe 0,11 mg a 0,99 mg recomenda-se a diluição de 1:100 üAcima de 1 mg recomenda-se diluição de 1:10 13/03/2019 7 Farmacotécnica Operação de Uso Geral • MISTURA • Diluição geométrica üAs diluições normalmente empregadas dependem da faixa de dosagem das substâncias e são de : • 1:10 (Fármacos com dosagem acima de 1mg) • 1:100 (Fármacos com dosagem entre 0,11 e 0,99 mg) • 1:1000 (Fármacos com dosagem até 0,1 mg) Farmacotécnica Operação de Uso Geral • MISTURA • Diluição geométrica • Verificar condições de limpeza • Pesar todos os componentes da preparação • Adicionar o diluente em igual quan9dade do fármaco no gral • Adicional o fármaco • Misturar o pó com gral e pis9lo • Adicionar diluente em quan9dade igual à quan9dade já presente no gral. • Repe9r o processo quantas vezes for necessário 13/03/2019 8 Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas Transformação de uma matéria prima em uma forma farmacêu5ca Físicas Mecânicas Operações que promovem alterações .sicas ou químicas no fármaco. Operações que promovem modificações no aspecto exterior das drogas, mas não alteram o seu estado físico ou constituição química. • Separação • Divisão Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO ü Triagem ou monda: Separação de partes inertes ou alteradas 13/03/2019 9 Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO üLevigação: separação por sedimentação das partículas mais pesadas em líquido inerte üSólido insolúvel no líquido üBaseia-se nas diferentes velocidades de sedimentação. Na farmácia magistral a levigação também pode representar a trituração a úmido com o auxílio do gral e do pistilo Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO • Levigação: üA levigação é um processo que permite a incorporação de um princípio ativo, de baixa solubilidade e de difícil dispersão, em um veículo e é realizada através de um agente de solubilização ou agente levigante ou molhante,, a fim de facilitar sua incorporação. üEX.: óleo mineral, glicerina, propilenoglicol, água ou álcool 13/03/2019 10 Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO • Tamisação: separação e calibração de partículas sólidas • O grau de divisão é relacionado à malha do tamis, uma peneira granulométrica constituída por malhas de diferentes aberturas Mesh: Número de orifícios por polegada linear (2,54) de uma rede Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO • Decantação: Consiste em deixar a mistura em repouso e o componente mais denso, sob ação da força da gravidade, formará a fase inferior e o menos denso ocupará a fase superior. 13/03/2019 11 Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO üFiltração: Separação de partículas sólidas de um líquido por um filtro. O papel de filtro é o material mais utilizado para esta finalidade na prática farmacêutica, juntamente com o funil. üA porosidade varia de 20 a 0,75 mcm. Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO • Centrifugação: é usada para acelerar a decantação por meio de um movimento de rotação intenso (força centrífuga) de tal forma que o componente mais denso se deposite no fundo do recipiente. 13/03/2019 12 Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES MECÂNICAS DE DIVISÃO • Divisão grosseira ou moagem: operação mecânica de redução dos tamanhos das partículas sólidas. üSecção: divisão por instrumentos cortantes. üContusão: redução a dimensões desiguais por almofariz, martelo ou esmagadores üRasuração: divisão por atrito contra superfície áspera por limas ou raladores. TEORIA DA MOAGEM Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES MECÂNICAS DE DIVISÃO • Divisão fina ou pulverização: redução do tamanho das partículas de um produto sólido, fármaco, excipiente, com o auxílio do pistilo. üPULVERIZAÇÃO POR ALMOFARIZ• Contusão: processo no qual a substância deverá ser pressionada com o pisBlo contra a parede do gral • Trituração: comprimir o material om movimentos circulares, com o pisBlo contra a parede do gral. ATENÇÃO! Alguns fármacos podem sofrer polimorfismo ao passar por processo de trituração 13/03/2019 13 Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES MECÂNICAS DE DIVISÃO • Divisão fina ou pulverização • PULVERIZAÇÃO POR INTERMÉDIO (LEVIGAÇÃO) • Água, álcool, propilenoglicol • PULVERIZAÇÃO POR MOINHOS • Reduz a pó grande quantidade de substância Manual Motorizado Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES MECÂNICAS DE DIVISÃO • Emulsificação: Divisão do líquido em pequenos glóbulos com conseqüente aumento de sua área superficial 13/03/2019 14 Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas Transformação de uma matéria prima em uma forma farmacêu5ca Físicas Mecânicas Operações que promovem alterações .sicas ou químicas no fármaco. Operações que promovem modificações no aspecto exterior das drogas, mas não alteram o seu estado Bsico ou cons5tuição química. • Frio ou calor • Dissolução Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas • OPERAÇÕES FÍSICAS QUE EXIGEM INTERVVENÇÃO DO FRIO OU CALOR üRefrigeração: Tem por fim baixar a temperatura de um corpo. üEvaporação: Consiste na formação de vapores à superfície de um líquido, os quais o vão abandonando gradualmente, resultando disso uma diminuição progressiva do volume inicial da fase líquida. üSecagem: É a operação que tem por fim privar os corpos da umidade neles existente üLiofilização: Técnica especial que permite a secagem de um corpo após prévio congelamento, removendo-se a água congelada por sublimação 13/03/2019 15 Farmacotécnica Operações Propriamente Ditas OPERAÇÕES FÍSICAS QUE EXIGEM INTERVVENÇÃO DO FRIO OU CALOR üCarbonização: peração na qual são provocadas decomposições profundas em substâncias vegetais ou animais submetendo-as a temperaturas elevadas. üCalcinação: Consiste em submeter um corpo a uma temperatura bastante elevada, de modo a alterar profundamente a sua composição ou reduzi-lo a cinzas üCristalização: Executa-se com o fim de purificar substâncias sólidas, sendo baseada nas suas diferenças de solubilidade num determinado solvente. ü Fusão: Consiste em fazer passar um corpo do estado sólido a líquido por ação do calor. üDestilação: É um conjunto de operações que tem por fim separar as substâncias voláteis das que não são, ou separar os constituintes de uma mistura líquida cujos componentes tenham pontos de ebulição diferentes. Cálculos farmacêu.cos 13/03/2019 16 Farmacotécnica Manipulação de medicamentos Controle de qualidade Farmácia hospitalar Controle de qualidade Farmacotécnica Cálculos em Farmacotécnica üBasicamente são cinco tipos de cálculos: • Conversão de unidade de medida • Regra de três • Porcentagem • Densidade • Concentração 13/03/2019 17 Farmacotécnica Cálculos em Farmacotécnica Conversão de unidades e medidas (peso) Quilograma Kg Grama g 1x10-3 Miligrama mg 1x10-6 Micrograma mcg (µg) 1x10-9 Nanograma ng 1x10-12 Farmacotécnica Cálculos em Farmacotécnica Conversão de unidades e medidas (volume) Litro L Mililitro mL (cm3) 1x10-3 Microlitro µL (mm3) 1x10-6 13/03/2019 18 Farmacotécnica Cálculos em Farmacotécnica Conversão de unidades e medidas (utensílios) Medida Volume Colher de café 5 mL Colher de sobremesa 10 mL Colher de Sopa 15 mL 20 gotas 1 mL Farmacotécnica Equivalências • 1kg – 1000g; • 1g – 1000mg; • 1mg – 1000mcg; • 1mg – 0,001g; • 1g – 0,001kg; • 1L – 1000mL; • 1mL – 0,001L; • 1mL = 1 cm3. 13/03/2019 19 Farmacotécnica Concentração: a relação entre a quan0dade de soluto e da solução - g/ml – g de soluto por ml de solução - partes por milhão (ppm) - partes por bilhão (ppb), p. ex: µg.L-1 - Molaridade - Porcentagem Medidas de Concentração Farmacotécnica PORCENTAGEM • % - 1 parte em 100mL ou g de material • Porcentagem (p/V) – Expressa o numero de gramas em 100mL de solução. • Porcentagem (V/V) – Expressa o número de mL de um constituinte em 100 mL de solução. • Porcetagem (p/p) – Expressa o número de gramas de um constituinte em 100g de preparação. Medidas de Concentração 13/03/2019 20 Regra de três: relação entre grandezas proporcionais. A regra de três permite de forma simples, estruturar o problema obtendo sua solução, que neste caso, é a prescrição determinada. 1º) Verificar se a regra é direta ou inversa 2º) Colocar na mesma fila as grandezas iguais. Medidas de Concentração Farmacotécnica Diluição e Concentração üA concentração de uma preparação farmacêutica é baseada na quantidade de ingrediente primário pelo total da preparação. üA alteração de uma destas duas quantidades resulta em preparações com maior ou menor concentração. 13/03/2019 21 Farmacotécnica Diluição e Concentração üSignifica diminuir a concentração da preparação pela adição de solvente. üSignifica tornar a preparação menos concentrada aumentando a quantidade de solvente. C1 x V1 = C2 X V2 FÓRMULA Farmacotécnica Densidade Matéria Prima Densidade Água 1,000 Glicerina 1,250 Xarope 1,300 a 1,330 13/03/2019 22 Farmacotécnica Densidade D = m V üDensidade é a relação de massa (g) sobre volume (mL). üExemplo: considerando que a densidade do hexano é 0,6548g/mL qual a massa de hexano em 1,5Lts? Farmacotécnica Cálculo do Fator de correção (fcr) • SITUAÇÕES EM QUE SE EMPREGA O FATOR DE CORREÇÃO: üSubstâncias que por razões farmacotécnicas e de segurança são diluídas nas farmácias üAgentes nutracêuticos relacionados em prescrições e disponíveis em forma diluída (Ex. Licopeno, luteína, isoflavonas) üCorreção do teor, quando o doseamento indicar valores menores do que o mínimo especificado. 13/03/2019 23 Cálculo do Fator de correção (fcr) Fcr = 100 teor da substância ou elemento Exemplo: Betacaroteno 11%, qual o fator de correção? Cálculo do Fator de Correção (Fcr) De Umidade Para correção da umidade, a partir do teor de umidade indicado no certificado de análise: Fcr = 100_________ 100 – teor de umidade Exemplo: Metotrexato 8% de água ou umidade. Qual o fator de correção? 13/03/2019 24 Farmacotécnica Fator de equivalência (feq) ü O Fator de Equivalência (FEq) é utilizado para fazer o cálculo da conversão da massa do sal ou éster para a do fármaco ativo, ou da substância hidratada para a anidra. ü SITUAÇÕES EM QUE SE EMPREGA O FATOR DE EQUIVALÊNCIA ü Substância comercializada em sua forma diluída ü Substância na forma química de sal ou éster cujo produto farmacêutico de referência que a contém é dosificado em relação à sua molécula base. ü Substância comercializada na forma de sal ou base hidratada cujo produto de referência é dosificado em relação à base ou sal anidro. Fator de equivalência (feq) Feq = PM do sal PM da base Feq = PM base hidratada PM base anidra Matéria-prima disponível na forma de sal: Matéria-prima disponível na forma de base hidratada: Matéria-prima disponível na forma de sal hidratado: Feq = PM sal hidratado PM sal anidra • Amoxicilina trihidratada • Lisinopril trihidratado • Estolato de eritromicina • Acetato de hidrocortisona • Sulfato de salbutamol • Acetato de cálcio monohidratado 13/03/2019 25 Um paciente, internado na clínica cirúrgica, recebe prescrição de 40 gotas de dipirona por via oral. Sabendo-se que na unidade tem- se disponíveis frascos de 500mg/ml, quantos gramas do analgésico o pacienteirá receber? 20 gotas ________ 1ml 40 gotas ________ x 20x=40.1 X= 40 20 x= 2 ml 500mg ________ 1ml x _______2ml x=500.2 X=1000 1 x= 1000 mg R: O paciente receberá 1g do analgésico Durante a internação de um paciente adulto, foram-lhe prescritos 125 mg (EV) do medicamento Ampicilina a ser administrado de 6 em 6 horas. A farmácia disponibilizou frasco ampola de 1 g, em 10 ml. Considerando a informação anterior, calcule quantos ml deverão ser administrados para que a dose em cada horário seja de 125 mg? 1000mg _______ 10ml 125 mg ________ x 1000x=10.125 X= 1250 1000 x= 1,25 ml R: Serão necessários 1,25 ml do medicamento prescrito 1g=1000mg 13/03/2019 26 5.Foram prescritas para um paciente adulto 20 UI de insulina regular (100 UI/ml). No momento da aplicação, no posto de enfermagem, só havia seringa de 3,0 ml. Qual a quantidade de ml deverá ser administrada para que a dose seja a prescrita? 100 UI _______ 1ml 20 UI ________ x 100x=1.20 X= 20 100 x= 0,2 ml R: Serão necessários 0,2 ml da Insulina Um creme de isotre+noína precisa ser preparado a 0,05% a par+r de um já preparado com concentração de 0,2%. Qual é a quan+dade de creme a 0,2% necessária para se obter 20g do cremea 0,05%? 13/03/2019 27 Um creme de isotretinoína precisa ser preparado a 0,05% a partir de um já preparado com concentração de 0,2%. Qual é a quantidade de creme a 0,2% necessária para se obter 20g do cremea 0,05%?
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