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DIREITO PROCESSUAL PENAL I - CCJ0040 Título Caso Concreto 1 Descrição CASO 1 1) A Autoridade Policial da 13ª Delegacia de Polícia da Comarca da Capital, que investiga o crime de lesão corporal de natureza grave, do qual foi vítima o segurança da boite The Night Agenor Silva, obtém elementos de informação que indicam a suspeita de autoria dos fatos ao jovem de classe média Plininho, de 19 anos. O Delegado então determina a intimação de Plininho para que o mesmo compareça em sede policial para prestar esclarecimentos, sob pena de incorrer no crime de desobediência, previsto no art. 330 do CP. Pergunta-se: a) Caso Plininho não compareça para prestar declarações, poderá responde pelo crime do art. 330 do CP? R: Em analogia ao artigo 457 do CPP, que prevê o direito do réu solto não comparecer a sessão do júri quando for intimado. O não comparecimento do acusado é uma decorrência lógica do direito de silêncio e de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. A regra do não comparecimento não deve ser limitada ao júri, mas poder ser aplicada a todo e qualquer processo seja na fase judicial ou do Inquérito Policial. Recentemente o STF vem entendendo ser ilegal a condução coercitiva sem rastro mínimo de provas de autoria e materialidade do crime. b) E se houvesse processo penal tramitando regularmente e o juiz da Vara Criminal intimasse Plininho para o interrogatório, poderia o mesmo responder pelo delito em questão? R: No mesmo sentido é o que prevalece para o crime de desobediência, não incorre o agente na prática do delito quando deixa de comparecer ao interrogatório, haja vista não estar obrigado a qualquer tipo de manifestação nos termos do inciso LXIII, art. 5º da CF/88. 2) Esse princípio refere-se aos fatos, já que implica ser ônus da acusação demonstrar a ocorrência do delito e demonstrar que o acusado é, efetivamente, autor do fato delituoso. Portanto, não é princípio absoluto. Também decorre desse princípio a excepcionalidade de qualquer modalidade de prisão processual. (...) Assim, a decretação da prisão sem a prova cabal da culpa somente será exigível quando estiverem presentes elementos que justifiquem a necessidade da prisão. Edilson Mougenot Bonfim. Curso de Processo Penal. O princípio específico de que trata o texto é o da(o) a) Livre convencimento motivado. b) Inocência. c) Contraditório e ampla defesa. d) Devido processo legal. 3) Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as afirmativas a seguir: I. O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha, etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante. II. O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser instado pela autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia sob pena de responder por crime de desobediência. III. O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu. IV. O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não é lícito ao juiz aumentar a pena do condenado utilizado como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo. Assinale: a) Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. b) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. c) Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. d) Se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. e) Se todas as afirmativas estiverem corretas. Carol Bissoli Carol Bissoli Carol Bissoli Carol Bissoli
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