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PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

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PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
Para garantia à segurança jurídica, verte na questão a necessidade de respeito ao princípio da irretroatividade, nas palavras do jurista Aliomar Baleeiro, que diz:
“O Estado de Direito encontra na irretroatividade os necessários suportes de segurança, previsibilidade e confiança. O que a Constituição garante, por meio da irretroatividade, é a perenidade do Direito expresso em lei e, em certo momento, revelado no ato administrativo ou judicial.”
Desta maneira, o Princípio da Irretroatividade Tributária, é o princípio de Direito Tributário que estabelece que não haverá cobrança de tributo sobre fatos que aconteceram antes da entrada em vigor da lei que o instituiu.
A Súmula 584 do STF permitia a “retroatividade imprópria” do Imposto de Renda, caracterizada pela retroação da lei para atingir a renda auferida ainda antes do início da sua vigência, desde o começo do período de apuração. Dela se diferencia a retroatividade própria, verificada quando a lei retroage para alcançar períodos de apuração findos anteriormente ao início da sua vigência, que é indiscutivelmente lesiva ao princípio da irretroatividade tributária.
Com o advento da CF/88 e, principalmente, da Emenda Constitucional nº 42, tornou-se inaplicável a referida Súmula.
	O Princípio da Irretroatividade Tributária encontra seu fundamento legal na Constituição Federal, em seu art. 150, III, "a":
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;(grifo nosso)
O princípio da irretroatividade tributária possui duas exceções e três aplicações para situações benignas, previstas no artigo 106 do Código Tributário Nacional:
Situações para interpretação benigna:
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática.
Exceções:
a) A lei tributária retroagirá quando for interpretativa. Lei tributária interpretativa é aquela promulgada para explicar uma lei anterior. A lei deve ser materialmente interpretativa.
b) A lei tributária retroagirá quando for mais benéfica para o contribuinte em matéria de infração, desde que o ato não tenha sido definitivamente julgado. Neste caso existem duas condições: lei mais benéfica e matéria de infração, e um pressuposto: ato não definitivamente julgado. Lei tributária mais benéfica em relação a pagamento de tributos não retroage.
Jurisprudências relativas à retroatividade benigna da lei tributária:
Recurso Especial n. 184.642/SP, verbis:
TRIBUTÁRIO. MULTA. REDUÇÃO. LEI MAIS BENIGNA. Constitui ato não definitivamente julgado o lançamento fiscal impugnado por meio de embargos do devedor em execução fiscal  (CTN, art.106, II, c), mas o lançamento fiscal que já não pode sofrer ataque por meio de embargos de devedor, porque decorrido o prazo destes, é ato definitivamente julgado, que não pode ser revisto por petição atravessada nos autos da execução fiscal. Recurso Especial conhecido e provido.
Recurso Especial n. 94.511/PR:
EXECUÇÃO FISCAL. REDUÇÃO DE MULTA EM FACE DO DECRETO – LEI N° 2.471/88. ART. 106, II, C, DO CTN. RETROATIVIDADE DA LEI MAIS BENIGNA AO CONTRIBUINTE. POSSIBILIDADE.

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