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Direito Tributário - Aula 7

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Matéria: Direito Tributário 
Professor: Cadu Carrilho 
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Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Cadu Carrilho 
 
Prof. Cadu Carrilho 2 de 88 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
Estamos mais ou menos na metade de todo conteúdo da matéria. Espero 
que até aqui você esteja aproveitando. Aprenderemos os dispositivos no CTN 
sobre legislação tributária, quais os instrumentos normativos que são utilizados 
especificamente nos assuntos tributários, no que tange à instituição, fiscalização 
e arrecadação dos tributos. Aprenderemos sobre as formas de aplicar e 
interpretar a legislação tributária. Por fim, as maneiras com que se pode integrar 
a legislação tributária. 
Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem 
desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você 
andar". 
Josué 1:9 
 
SUMÁRIO 
1 - Legislação Tributária ......................................................................3 
1.1 - Leis .............................................................................................. 3 
1.2 – Tratados e Convenções Internacionais .............................................. 8 
1.3 – Decretos ....................................................................................... 9 
1.4 – Normas Complementares .............................................................. 10 
2- Vigência, eficácia e aplicação da legislação tributária ............... 13 
2.1 – Vigência no Espaço....................................................................... 14 
2.2 – Vigência no Tempo ....................................................................... 15 
2.3 – Aplicação da Legislação Tributária .................................................. 17 
3- Interpretação e Integração da Legislação Tributária ................. 20 
3.1 – Interpretação da Legislação Tributária ............................................ 21 
3.2 – Métodos de Interpretação ............................................................. 21 
3.3 – Integração da Legislação Tributária ................................................ 25 
4 – Questões Comentadas ................................................................. 28 
5 – Lista de Exercícios ....................................................................... 69 
6 – Gabarito ...................................................................................... 88 
 
 
Aula - Legislação tributária: fontes do Direito Tributário, 
vigência, aplicação, integração e interpretação. 
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Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Cadu Carrilho 
 
Prof. Cadu Carrilho 3 de 88 
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Alguns autores chamam esse assunto de fontes do Direito Tributário, ou 
seja, de onde tiraremos os conceitos, definições, diretrizes e regras que serão 
aprendidas e aplicadas no Direito Tributário. As fontes formais são o conjunto 
de normas referentes ao Direito Tributário que o próprio CTN chama de 
Legislação Tributária. A legislação tributária abrange não apenas as leis, mas 
acrescenta-se a essas os tratados e convenções internacionais, bem como os 
decretos e as normas complementares, quando esses atos normativos versarem 
sobre tributos e as relações jurídicas relacionadas. Vamos ver melhor cada um 
desses atos. 
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os 
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas 
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e 
relações jurídicas a eles pertinentes. 
 
 
Entretanto, a enumeração de normas que compõem a “legislação 
tributária” acima descrita é apenas exemplificativa, não sendo exaustiva. O 
próprio CTN, em seu art. 2º, afirma que “o sistema tributário nacional é regido 
pelo disposto na EC nº 18/65, em leis complementares, em resoluções do 
Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, 
nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais”. 
Tenha atenção, portanto, pois os conceitos de legislação tributária e de lei 
tributária são diferentes, veja que a lei é uma espécie do gênero legislação 
tributária. Vejamos agora cada uma das normas listas pelo art. 96 do CTN: 
 
 
As leis são atos normativos que se originam no Poder Legislativo, são 
os únicos instrumentos aptos a inovar no ordenamento jurídico criando direitos 
e obrigações, sendo que temos as leis ordinárias e as leis complementares 
– exceção feita a outros atos que tenham força de lei, como as medidas 
provisórias. 
Legislação 
Tributária 
compreende
as leis
os tratados e as convenções internacionais
decretos
normas complementares
1 - Legislação Tributária 
 
1.1 - Leis 
 
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Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
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No termo lei também se incluem a nossa Lei Maior, Constituição Federal 
de 1988, e todas as emendas constitucionais já promulgadas. Não podemos 
esquecer ainda das leis delegadas e das Resoluções do Senado Federal. 
Saiba da existência da Lei Delegada, a qual é editada pelo Presidente da 
República, por delegação feita por Resolução do Congresso Nacional. A lei 
delegada também integra a legislação tributária, embora praticamente não seja 
utilizada atualmente. A CF de 88 não previu a figura do decreto-lei, apesar de 
ainda existirem alguns que foram recepcionados e estão em vigor. 
Conforme já vimos na aula sobre princípios gerais, quando falamos sobre 
o princípio da legalidade aplicado aos tributos, o art. 97 do CTN determina as 
matérias que somente podem ser reguladas por lei. Diversos assuntos sobre 
tributos só podem ser criados e alterados por meio de lei, ou ato normativo com 
força de lei. A instituição ou a extinção de tributo deve ser feita por meio de 
lei, em regra lei ordinária, mas alguns tributos só podem ser criados por meio 
de lei complementar, relembrando, empréstimos compulsórios, imposto sobre 
grandes fortunas, imposto residual e contribuições sociais residuais. 
A lei também aumenta e diminui tributo, sendo que existem casos em 
que essa regra comporta exceção, como já vimos. Lei também deve definir fato 
gerador da obrigação tributária e sujeito passivo, ou seja, a identificação de 
quem deve pagar o tributo. 
A lei fixa alíquota e base de cálculo dos tributos, são os aspectos 
numéricos resultando no valor a ser cobrado. A lei que modifica base de cálculo 
onerando a tributação é considerado aumento do tributo. No entanto, a 
atualização monetária da base de cálculo não é considerada aumento de 
tributo. Além disso, lembramos que, conforme o STF, a fixação do prazo para 
recolhimento de tributo também não se sujeita à reserva legal. 
Lei define também penalidades aplicadas para as infrações tributárias. As 
situações caracterizadas como exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários precisam estar previstas na lei. 
Art. 97. Somente a lei podeestabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, 
ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito 
passivo; 
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado 
o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua 
base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. 
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§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto 
no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da 
respectiva base de cálculo. 
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a 
seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 
 
 
Outro tópico bastante importante ainda no assunto lei é o estudo do art. 
146 da CF, que regula as atribuições à lei complementar em regular matéria 
tributária. Importante conhecer os assuntos que são regulados por um 
instrumento normativo diferente da regra geral, já que por vezes as bancas 
exploram essa peculiaridade. Toda vez que a Constituição disser que um 
assunto deve ser regulado por meio de lei complementar, quer dizer que esse 
assunto só poderá ser tratado por meio desse instrumento mais rigoroso que é 
a lei complementar. O artigo da CF citado elenca os diversos assuntos que 
deverá estar previsto em lei complementar. Cabe à lei complementar dispor 
sobre conflito de competência tributária entre os entes da federação, deve 
também regular as limitações ao poder de tributar, essas limitações estão 
previstas na constituição em forma de princípios e imunidades, a lei 
complementar regulará mais especificamente esses assuntos. A lei 
complementar deve estabelecer normas gerais em matéria tributária, o CTN tem 
esse papel em diversos aspectos. A norma geral em forma de lei complementar 
deve definir tributos, definir os fatos geradores, base de cálculo e contribuintes 
dos impostos. A LC também define obrigação, lançamento, crédito prescrição e 
decadência tributários. A LC deve dispor sobre cooperativismo e sobre o 
tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte, hoje regulado pela LC 123 de 2006, que trata 
também do Simples Nacional. 
 
Reserva Legal
relacionada a tributos
Instituição e 
extinção de 
tributos
Majoração 
e redução 
de tributos
Definição do 
Fato 
Gerador da 
obrigação 
principal
Fixação da 
alíquota e 
Base de 
Cálculo
Cominação de 
penalidades, 
e suas 
dispensas ou 
reduções
Hipóteses de 
extinção, 
exclusão e 
suspensão do 
crédito 
tributário
Não constitui majoração 
de tributo a atualização 
do valor monetário da 
respectiva base de 
cálculo. 
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Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
 II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos 
impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos 
geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas 
sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes 
especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das 
contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que 
se refere o art. 239. 
 
 
Cabe à LC
Dispor sobre conflito de competência entre U, E, DF e M
Regular Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar
Estabelecer normas gerais em 
matéria tributária, 
especialmente sobre
Definição de tributos e 
suas espécies
Definição de FG, BC e 
contribuinte dos impostos
Obrigação, Lançamento, 
Crédito, Prescrição e 
Decadência Tributários
Adequado tratamento ao 
ato cooperativo
Tratamento diferenciado 
e favorecido para ME e 
EPP
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Quanto às matérias não reservadas à lei complementar, que podem ser 
reguladas pelo ente federativo por meio de lei ordinária, tal qual a instituição de 
taxas, você deve conhecer uma regra importante: o STF entende que, nos casos 
em que for utilizada a lei complementar para tratar de matéria não reservada à 
lei complementar, a norma será formalmente complementar e 
materialmente ordinária. Em outras palavras, a lei complementar valerá 
como lei ordinária, tendo eficácia de lei ordinária. 
Nesse sentido, o STF rejeitou os Recursos Extraordinários 377.457 e 
381.964, nos quais os advogados sustentavam que era ilegítima a revogação 
de uma lei complementar (LC 70/91) que isentava a cobrança por uma lei 
ordinária (9.430/96) que determinou a cobrança da Cofins às sociedades civis. 
Assim, em virtude de se tratar de matéria não reservada à lei 
complementar, a lei complementar que instituir uma taxa é materialmente 
ordinária, sendo, por esse motivo, válida a alteração dessa norma por meio de 
lei ordinária. 
 (FGV/ISS Cuiabá/2014) Determinado Estado da Federação 
aprova, por meio de lei complementar, uma taxa que vem depois a ser 
modificada por lei ordinária em relação a dois de seus comandos: alíquota e 
base de cálculo. Com base no exposto, assinale a afirmativa correta. 
a) A lei ordinária é inválida, pois não pode alterar a lei complementar. 
b) A lei ordinária é válida, pois a matéria por ela regulada não é reservada a 
uma lei complementar. 
c) A lei ordinária é válida em relação à alíquota mas não em relação à base de 
cálculo. 
d) A lei ordinária é válida em relação à base de calculo mas não em relação à 
alíquota. 
e) A lei ordinária é inválida e sequer poderá ser convalidada por lei 
complementar superveniente. 
Comentários: 
Nem a instituição de taxas, nem a definição de sua alíquota e de sua base de 
cálculo são matérias reservadas à lei complementar, podendo, desse modo, o 
ente federativo, por meio de lei ordinária, instituir a taxa e determinar a alíquota 
e base de cálculo aplicáveis. Assim, em virtude de se tratar de matéria não 
reservada à lei complementar, a leicomplementar do Estado que instituiu a taxa 
é materialmente ordinária, sendo, por esse motivo, válida a sua alteração por 
meio de lei ordinária da alíquota e da base de cálculo previstas. 
Gabarito: B 
 
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Primeiramente é preciso que você saiba que “tratado internacional” e 
“convenção internacional” são expressões equivalentes. Ambos são acordos 
entre países, concluídos por escrito e regidos pelo Direito Internacional, esses 
acordos podem ser bilaterais ou multilaterais. São feitos não apenas entre 
Estados Soberanos, mas também por Organismos Internacionais. No direito 
tributário, os tratados e convenções internacionais normalmente objetivam 
evitar a bitributação internacional e a evasão de divisas por partes dos 
países que realizam o acordo. 
Há um procedimento para sua conclusão, que envolve as seguintes 
etapas, primeiro o Presidente da República por meio de algum representante 
faz o acordo, depois essa celebração assinada pelo Presidente precisa ser 
internalizada em nosso ordenamento, isso é feito pelo Congresso Nacional que 
analisa e vota, utilizando o Decreto Legislativo como instrumento. Despois é 
ratificado pelo Chefe de Estado e depois promulgado e publicado: 
 
 Quem celebra e assina o acordo, tratado ou convenção é o Presidente da 
República em âmbito externo, enquanto que internamente a aprovação é 
parlamentar por meio do decreto legislativo do Congresso Nacional que 
confere força de lei ao tratado internacional. 
O art. 98 do CTN dispõe que os tratados internacionais revogam ou 
modificam a legislação interna e devem ser também observados mesmo 
depois que surgirem novas leis. Essa regra causa uma grande discussão sobre 
as situações jurídicas que podem surgir em decorrência da aplicação desse 
dispositivo. 
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam 
a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes 
sobrevenha. 
 
No que diz respeito à primeira parte da frase, o CTN apresenta uma 
imprecisão ao mencionar que o tratado internacional revoga ou modifica a 
legislação tributária interna. A doutrina entende que os tratados, na verdade, 
apenas suspendem ou modificam a legislação anterior com eles incompatível, 
não a revogando. Apesar do entendimento doutrinário, e da imprecisão jurídica 
atente-se que cai em prova, muitas vezes, a previsão literal desse artigo. 
Celebração
do acordo pelo 
Presidente da 
República
Decreto 
Legislativo do 
Congresso 
Nacional
Ratificação 
pelos Chefes 
de Estado
Promulgação
1.2 – Tratados e Convenções Internacionais 
 
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No que tange à segunda parte da frase, pela literalidade, não seria possível 
uma lei posterior revogar ou alterar as regras constantes do tratado. Entretanto, 
o STF tem posição consolidada no sentido de que os tratados internacionais, 
após cumpridos os procedimentos, adquirem status hierárquico idêntico ao das 
leis ordinárias (somente aqueles que tratam de direitos humanos estariam em 
posição de supremacia). Assim, entende o STF que pode uma lei ordinária 
vir a modificá-lo ou revogá-lo internamente. Se assim não fosse, os 
representantes do povo, legisladores, estariam “presos” ao acordo internacional 
sem poder mudar o regramento enquanto outro acordo não fosse feito. 
De acordo com a doutrina majoritária, as normas tributárias dos tratados 
internacionais se sobrepõem às das leis internas não por uma superioridade 
formal, mas em razão do princípio da especialidade. De acordo com tal 
princípio, o conflito aparente entre normas deve ser resolvido pela aplicação da 
norma mais específica em detrimento de uma norma mais genérica. Ademais, 
muita atenção aos termos utilizados no artigo citado, pois apesar de toda 
discussão sobre o tema, por vezes as bancas cobram a literalidade do artigo 98 
do CTN, vamos ver questões que versam sobre isso. 
 
 
Decretos são atos normativos emanados pelo Chefe do Poder Executivo, 
seja Presidente, Governador ou Prefeito. Existem dois tipos de decretos: (a) 
decreto regulamentar (previsto no art. 84, IV, da CF) e (b) decreto 
autônomo (previsto no art. 84, VI, da CF). 
O primeiro, decreto regulamentador, é ato normativo emanado pelo 
Chefe do Executivo (Presidente, Governador ou Prefeito) com a função de 
regulamentar o conteúdo das leis. O escopo desse tipo de decreto não é criar 
novas obrigações ou direitos e sim regulamentar o conteúdo das leis. 
CF - Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir 
decretos e regulamentos para sua fiel execução; 
 
O segundo tipo de decreto, chamado de decreto autônomo, é restrito às 
matérias enumeradas no art. 84, VI. Assim, em matéria tributária, a utilização 
do decreto autônomo é vedada. 
Assim, em direito tributário, só pode haver decreto regulamentar. 
Conforme o art. 99 do CTN, um decreto não pode inovar no ordenamento 
jurídico. 
1.3 – Decretos 
 
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Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis 
em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das 
regras de interpretação estabelecidas nesta Lei. 
 
A grande maioria da doutrina entende que o decreto deve ser considerado 
norma secundária, um ato infralegal, mesmo com essa leitura dos juristas, 
precisamos marcar na prova que o CTN não colocou no rol das normas 
complementares. 
Atenção à pegadinha! Veja que o CTN não incluiu os decretos entre 
as normas complementares da legislação tributária! 
Exemplos: em matéria tributária temos vários exemplos de decretos 
relativos aos impostos, exemplos regulamento do IR, regulamento do IPI, 
regulamentos estaduais do ICMS, etc. 
 
 
Vimos que as normas complementares fazem parte do que a lei chamou 
de “legislação tributária”, vamos entender agora um pouco melhor quais os 
instrumentos considerados normas complementares segundo o CTN. 
As normas complementares são atos normativos expedidos pelo 
Executivo com a função de complementar o conteúdo das leis, tratados e 
decretos. Como apenas detalham a aplicação das normas que complementam, 
as normas complementares não podem inovar no mundo jurídico. 
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das 
convenções internacionais e dos decretos: 
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição 
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; 
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades 
administrativas;IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios. 
 
1.4 – Normas Complementares 
 
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a. Atos Normativos expedidos pelas autoridades administrativas: 
São todos os atos expedidos pelas autoridades do poder executivo. Assim, 
outras autoridades, além do Chefe do Poder Executivo (inclui desde 
os mais altos escalões até os chefes de repartições), possuem poder para 
expedir normas que regulem minudências não tratadas nas leis e 
decretos. 
Exemplos: portarias ministeriais, resoluções do Ministro da Fazenda, 
instruções normativas do secretário da Receita Federal, etc. 
 
b. Decisões dos órgãos de jurisdição administrativa a que a lei 
atribua eficácia normativa 
São somente as decisões proferidas pelos órgãos de jurisdição 
administrativa para os quais a lei atribui eficácia normativa. Ocorre 
que o Executivo possui estruturas julgadoras em sua organização 
para tratar de casos controvertidos em matéria tributária – o que não 
afasta a possibilidade de discussão na esfera judicial. Essas decisões de 
jurisdição administrativa não possuem, a princípio, efeito normativo, 
produzindo efeitos somente para os casos concretos submetidos a exame. 
Contudo, é possível que o ente político (U, E, DF ou M) atribua, por lei, 
efeito normativo às decisões proferidas por seu órgão de jurisdição 
administrativa, fazendo com que alcancem situações idênticas as dos 
litígios que as originaram. 
Exemplo: Decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais 
(CARF), o qual faz parte do Ministério da Fazenda. Decisões dos 
Conselhos de Contribuintes Estaduais. Lembre-se não são todas as 
decisões, mas sim àquelas que a lei atribua eficácia normativa. 
 
 
Normas 
Complementares
(art. 100, CTN)
Atos normativos expedidos pelas autoridades 
administrativas
Decisões dos órgãos de jurisdição administrativa
a que a LEI atribua eficácia normativa
Práticas REITERADAMENTE OBSERVADAS pelas 
autoridades administrativas
Convênios que entre si celebrem a União, os 
Estados, o DF e os Municípios
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c. Práticas reiteradamente observadas pelas autoridades 
administrativas 
São os costumes administrativos (também chamados de praxe 
administrativa), geralmente relacionados à forma de aplicar as leis. São 
todos os procedimentos costumeiramente adotados os quais passam a 
fazer parte da rotina do órgão administrativo, desde que não sejam 
contrários às leis nem às decisões do Poder Judiciário. Cuidado: os usos 
e costumes admitidos são somente os meramente interpretativos, 
não podendo ocorrer inovação na ordem jurídica, nem a revogação da 
lei pelos usos e costumes. É o que acontece quando as autoridades fiscais 
interpretam reiteradamente uma norma jurídica em determinado sentido, 
de modo que o sujeito passivo acredite que estará agindo de forma 
correta se seguir aquele entendimento. Se houver modificação na 
interpretação adotada, seus efeitos só atingirão situações futuras. 
Importante que você conheça um entendimento pacífico do STJ acerca 
desse assunto: “Se o contribuinte recolheu o tributo à base de prática 
administrativa adotada pelo Fisco, eventuais diferenças devidas só podem 
ser exigidas sem juros de mora e sem atualização do valor monetário da 
respectiva base de cálculo” (REsp 98.703/1998). 
 
d. Convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o DF e os 
Municípios. 
Convênios são ajustes de vontades dos entes políticos internos 
para a prática ou omissão de determinados atos com o objetivo de 
aprimorar a arrecadação e fiscalização tributárias. Podem ser celebrados, 
por exemplo, para permitir o compartilhamento de informações ou a 
uniformização de obrigações acessórias. Em regra, possuem eficácia 
infralegal. Contudo, os convênios relativos ao ICMS, por determinação 
constitucional, podem apresentar FORÇA DE LEI. É o caso dos 
convênios entre estados e DF pelos quais benefícios fiscais são concedidos 
ou revogados. 
 
A observância das normas complementares exclui a imposição de 
PENALIDADES, a COBRANÇA DE JUROS DE MORA e a ATUALIZAÇÃO DO 
VALOR MONETÁRIO da base de cálculo do tributo. 
Art. 100 - Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo 
exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a 
atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. 
 
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Atenção, pois esses itens chovem em provas! Outro ponto a se observar 
é a nomenclatura e divisão de disciplinas em provas. Apesar de o termo 
Legislação Tributária se referir a toda legislação que agora vimos, em geral, 
os editais classificam como “Direito Tributário” os conhecimentos básicos que 
são encontrados na constituição, doutrina e leis complementares. Esses 
conhecimentos estamos adquirindo neste curso. Já “Legislação Tributária” é 
usado pelas bancas para auferir os conhecimentos acerca dos Regulamentos e 
leis específicas de cada tributo. Por exemplo, voltando a nossa pirâmide 
exemplo da legislação do ICMS. 
 
Em provas, geralmente a disciplina Direito Tributário irá tratar dos dois 
itens de cima da pirâmide e Legislação tributária tratará de todos, mas de 
maneira mais aplicada às situações e com foco no Regulamento. 
 
 
Primeiramente, devemos conhecer as diferenças entre alguns termos 
relacionados e frequentemente confundidos: vigência, eficácia e validade de 
uma norma jurídica: 
Válida: é a lei constitucional, que obedeceu a todos os ritos, prazos e 
iniciativas de proposição e criação estabelecidos. Pode-se falar em validade 
formal e validade material. Validade formal ocorre quando os procedimentos de 
elaboração da lei foram observados e respeitados, enquanto a validade material 
trata do fato de o conteúdo da lei estar de acordo com a ordem constitucional 
estabelecida. 
Vigente: é a lei que terminou seu ciclo de produção, foi publicada, existe 
juridicamente e já cumpriu o prazo porventura determinado na própria lei para 
que possua força de produzir efeitos. Muitas leis vêm com o um artigo no final 
que diz que essa lei entra em vigor na data da sua publicação, ou ainda, na data 
“tal ou mesmo “daqui a tanto tempo”. O tempo entre a publicação e a vigência 
é chamado de vacatio legis. Nem sempre a lei em vigor já produz seus efeitos, 
já que produção de efeitos tem a ver com a eficácia. Além disso, para estar em 
vigor é preciso que a lei não tenha sido revogada. 
CF: A Constituição outorga competência a SP para instituir o ICMS, Art. 155 Inciso II
Lei Federal de normas Gerais: CTN e Lei Complementar Federal nº 87/96 (LeiKandir ) 
Lei Estadual cria o ICMS em SP: Lei nº 6374 de 1989
Regulamento: Decreto nº 45.490/00 (RICMS-SP)
2- Vigência, eficácia e aplicação da legislação tributária 
 
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Eficaz: é a lei que está completamente apta para a efetiva produção de 
efeitos. Leis tributárias são ótimos exemplos de análise de vigência, pois uma 
lei que cria um tributo pode ser publicada em um dia e entrar em vigor no 
mesmo dia, mas ao ter que respeitar os princípios da anterioridade anual e 
nonagesimal só produzirá efeitos algum tempo depois. Torna-se eficaz a partir 
do momento em que a lei pode produzir os efeitos para a qual foi criada. Produz 
efeito também enquanto o STF não a declara inconstitucional. 
Em regra, a vigência e a eficácia de uma lei ocorrem simultaneamente. 
Contudo, há casos em que ocorre vigência sem eficácia e também casos em 
que ocorre eficácia não havendo mais vigência. O lapso de tempo entre a 
publicação de uma norma e a sua entrada em vigor (vigência) denomina-se 
vacatio legis. O CTN determina que a vigência, no tempo e no espaço, da 
legislação tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas 
jurídicas em geral, com algumas exceções que são delineadas nos artigos 
seguintes. 
Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-
se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, 
ressalvado o previsto neste Capítulo. 
 
 
A vigência no espaço da legislação tributária descreve qual o âmbito 
territorial em que cada norma vigora, de modo que, nesse espaço 
determinado, ela deverá ser cumprida. Basta entender a questão da 
territorialidade. As normas de cada ente, em regra, aplicam-se no seu território. 
Exemplo: normas da União vigora em todo território nacional, lei Estadual vale 
no Estado da lei e regra municipal aplica-se dentro do próprio Município. 
O CTN, na verdade, explorou a exceção a essa regra, ou seja, casos em 
que será possível a aplicação da extraterritorialidade, de modo que a norma 
de um determinado ente possa alcançar limites fora de seu território. A 
extraterritorialidade será reconhecida e aplicável nos casos de convênios entre 
os entes ou em casos de normas gerais expedidas pela União ou mesmo pelo 
CTN que é uma norma geral também. Exemplo de convênio: um Município 
ajusta com outro a possiblidade de fiscalização do ISS sobre prestadores de 
serviços, que tem sede em um desses municípios, mas presta serviço no outro. 
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em 
que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que 
participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais 
expedidas pela União. 
2.1 – Vigência no Espaço 
 
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Refere-se ao tempo de vida da norma jurídica, período em que deve ser 
respeitada pela sociedade. O projeto de lei, após ser discutido pelo Legislativo 
e sancionado pelo Executivo, é promulgado e publicado. Porém, a 
obrigatoriedade imposta pelo instrumento normativo só estará configurada 
com o início de sua vigência. Vigência no tempo configura o tempo de vida 
da norma jurídica. 
Como o art. 101 do CTN determina que, em regra, a vigência, no tempo 
e no espaço, da legislação tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis 
às normas jurídicas em geral, quando a lei não mencionar a data de início de 
sua vigência, aplica-se a regra geral contida no art. 1º da Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro, a qual afirma que: “Salvo disposição contrária, 
a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada”. Regra, lei entra em vigor na data estipulada pela 
própria lei, caso a lei seja omissa nesse aspecto, entrará em vigor 45 dias após 
a sua publicação. 
 
 
O CTN, contudo, traz algumas regras especiais sobre o início da vigência 
de normas complementares tributárias. Fique atento pois as bancas adoram 
embaralhar esses incisos nas questões. Lembre-se que falamos sobre as normas 
complementares da legislação tributária, o próprio CTN nos ensina regras de 
vigência no tempo sobre essas normas complementares. 
Regra: 
Princípio da 
Territorialidade
Norma tem vigência
na área pertencente 
ao ente estatal que a 
expediu
Exceções:
Extraterritorialidade 
prevista em
Convênios
Lei Complementar da 
União sobre normas 
gerais de Direito 
Tributário e o CTN
As leis 
entram em 
vigor
2.2 – Vigência no Tempo 
 
Na data estabelecida em seu texto 
 
Na data estabelecida em seu texto 
Na ausência de determinação, 45 
dias após sua publicação 
 
Na ausência de determinação, 45 
dias após sua publicação 
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Mais uma vez podemos afirmar que a regra da vigência pode estar descrita 
no próprio instrumento normativo. Se a norma for omissa vale a regra de que 
os atos administrativos entram em vigor na data da sua publicação. Já as 
decisões administrativas com eficácia normativa têm vigência 30 dias 
após a publicação e os convênios entram em vigor na data prevista neles. 
Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor: 
I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data 
da sua publicação; 
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus 
efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação; 
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles 
prevista. 
 
Vejamos na tabela abaixo: 
NORMA 
INÍCIO DA VIGÊNCIA 
Atos normativos das autoridades 
administrativas 
Data de sua publicação, SDC 
Decisões de jurisdição administrativa, 
a que a lei atribua eficácia normativa 
quanto a seus efeitos normativos, 
30 dias após a publicação, SDC 
Convênios entre U, E, DF e M Data neles prevista 
 *SDC = Salvo disposição em contrário ☺ 
 
O art. 104 do CTN traz regras especiais sobre a vigência de certas leis 
tributárias no que tange à entrada em vigor de lei tributária que versam sobre 
impostos sobre o patrimônio e a renda em relação à instituição, majoração e 
novas hipóteses de incidência de tributos. Versam também sobre vigência de 
extinção ou redução de isenção. 
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em 
que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos 
sobre o patrimônio ou a renda: 
I - que instituem ou majoram tais impostos; 
II - que definem novas hipóteses de incidência; 
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser demaneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 
178. 
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Atenção: esse dispositivo é tema de diversos debates. Ele não se 
confunde com a regra da anterioridade. Como já visto, o princípio da 
anterioridade impede a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em 
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Assim, o princípio 
da anterioridade é uma regra relativa à produção de efeitos (eficácia), NÃO se 
referindo à vigência. Já o art. 104 do CTN apresenta regras pertinentes à 
vigência, embora semelhantes ao regramento da anterioridade. Entretanto, 
parte da doutrina entende que os incisos I e II do art. 104 do CTN não foram 
recepcionados pela CF/88. Ademais, as bancas continuam cobrando, por vezes, 
o conhecimento do artigo citado. 
 
 
No caso de extinção ou redução de isenções, o CTN traz uma proteção 
maior que a conferida pela CF, na interpretação do STF. De acordo com o 
STF, a extinção de uma isenção poderia produzir efeitos imediatos. Contudo, o 
CTN determina que, para impostos sobre o patrimônio e a renda, a extinção 
de uma isenção somente entra em vigor no primeiro dia do exercício seguinte, 
a não ser que a própria lei disponha de maneira mais favorável ao contribuinte. 
Fique atento a essa divergência, pois os dois entendimentos caem em prova. 
Para a prova leve que o entendimento do STF é que a lei que revoga isenção 
ou extingue isenção pode ser aplicada desde a sua publicação, e o CTN 
diz que deve entrar em vigor só no ano seguinte, responda de acordo com 
o solicitado pelo enunciado. 
 
 
A legislação tributária é composta por normas abstratas e gerais que 
devem ser seguidas por todos os destinatários dessas normas. Aplicar a 
legislação tributária consiste em fazer com que as situações abstratas, genéricas 
e universais que configuram apenas hipóteses previstas nas normas, sejam 
aplicadas aos casos e às situações concretos. 
Entram em vigor no 1º dia do
exercício seguinte àquele 
em que ocorra a sua 
publicação os dispositivos de 
lei, referentes a 
IMPOSTOS 
sobre o 
PATRIMÔNIO 
e RENDA que
instituam ou 
majorem tais 
impostos
definam novas
hipóteses de 
incidência
extinguam ou 
reduzam
insenções
2.3 – Aplicação da Legislação Tributária 
 
IR, IGF, ITR, IPTU, 
IPVA, ITCMD e ITBI 
 
2.3 – Aplicação da 
Legislação 
TributáriaIR, IGF, 
ITR, IPTU, IPVA, 
ITCMD e ITBI 
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Significa colocar em prática a vontade do legislador, aplicando a legislação 
tributária e as consequências previstas. A legislação tributária aplica-se 
imediatamente a fatos geradores que virão a partir dela, ou seja, a fatos 
futuros ou ainda aos fatos pendentes. Trata-se da irretroatividade, a 
contrário senso, não pode a legislação tributária retroagir aplicando-se a fatos 
pretéritos, pelo menos em regra, já que ao fato passado aplica-se a regra em 
vigor à época em que ocorreu o fato. A aplicação também pode ser para fatos 
pendentes, são fatos que tenham se iniciado, mas ainda não tenham sido 
concluídos. De acordo com o art. 105 do CTN, fatos pendentes são aqueles 
cuja ocorrência tenha tido início, mas não estejam completos. Assim, a 
legislação tributária se aplicaria a fatos que se aperfeiçoarão em um momento 
futuro. 
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos 
geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja 
ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 
116. 
 
Conforme vimos na aula sobre princípios gerais, como regra geral, a lei 
tributária não retroagirá. Quanto à instituição ou majoração de tributos, a lei 
tributária NUNCA RETROAGIRÁ. Contudo, em relação a outros temas, o 
princípio da irretroatividade não é um postulado absoluto. Conforme os incisos 
I e II do art. 106 do CTN, temos duas exceções ao princípio da irretroatividade 
tributária: 
A primeira refere-se às leis meramente interpretativas, que buscam 
esclarecer o conteúdo de uma lei anterior. Há casos em que a legislação pode 
ser aplicada a fatos do passado, parece meio estranho e sem sentido, mas para 
entender melhor precisamos conhecer os casos em que se aplica a lei a atos ou 
fatos pretéritos. A lei que for expressamente interpretativa pode ser 
aplicada a fatos pretéritos, sendo que essa lei interpretativa não pode impor 
penalidade à infração sobre dispositivo interpretado. Nesses casos, por não 
haver, de fato, uma inovação no ordenamento jurídico, não há impedimentos 
para a aplicação da lei em relação a fatos pretéritos. Ainda assim, o CTN 
proíbe a punição dos contribuintes que agiram em desacordo com o dispositivo 
interpretado pela lei nova, em razão da possibilidade de o equívoco ter sido 
cometido pela falta de clareza da lei. Exemplo: se um contribuinte tiver 
efetuado o pagamento de um tributo em um valor menor que o devido e 
posteriormente uma lei nova esclareça o sentido da antiga na qual ele havia se 
baseado, evidenciando o equívoco, ele deverá pagar a diferença, mas não será 
cobrada multa sobre esse valor. 
 A segunda exceção trata das leis mais benignas aplicadas aos 
infratores da legislação tributária em relação a atos não definitivamente 
julgados. Acontece, em relação a atos passados, quando a lei: 
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• Deixe de defini-los como infração; 
• Deixe de tratá-los como contrários a qualquer exigência de ação 
ou omissão, desde que NÃO tenham sido FRAUDULENTOS ou NÃO 
tenham implicado em FALTA DE PAGAMENTO DE TRIBUTO; 
• Comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente 
ao tempo de sua prática. Exemplo: uma infração cometida por um 
contribuinte prevê penalidade de 50% de multa sobre o valor do imposto 
devido, dois anos depois a lei altera essa multa para 25%, depois de mais 
um ano esse contribuinte é fiscalizado, o fiscal constata a infração e na 
hora de aplicar a multa, deve utilizar a lei mais benéfica em relação à 
multa, ou seja, mesmo que na época da infração a multa prevista fosse 
de 50%, ele deve aplicar os 25%, e apesar de ser uma lei que veio depois, 
deve ser aplicada por ser mais benéfica em relação à penalidade. 
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída 
a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação 
ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicadoem falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei 
vigente ao tempo da sua prática. 
 
 
 
Irretroatividade
Regra:
Legislação tributária aplica-se 
imediatamente aos fatos 
geradores futuros e aos 
pendentes
Exceções: 
a lei aplica-
se a ato ou 
fato 
pretérito
em qualquer caso, quando seja 
expressamente
interpretativa, excluída a 
aplicação de penalidade à 
infração dos dispositivos 
interpretados
tratando-se de ato não 
definitivamente julgado, 
quando mais benigna ao 
infrator
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ATENÇÃO À PEGADINHA! A retroatividade da lei mais benigna somente se 
aplica no campo do direito tributário penal (aplicação de penalidades), isto 
é, nos casos de infração à legislação tributária e sua respectiva punição. Uma 
lei mais benigna no sentido de aplicar uma alíquota menor, por exemplo, não 
terá efeitos retroativos! A lei aplica-se a fatos pretéritos em relação à 
penalidade, mas não em relação ao tributo. 
 
 
 
 
 
 
Interpretar as normas tributárias é descobrir o alcance, o sentido e o 
objetivo da norma aos casos concretos. 
Integrar é poder utilizar-se de outros aspectos jurídicos para aplicação ao 
caso concreto, quando constatada lacunas na legislação tributária. 
Vamos ver o que o CTN nos ensina sobre esses dois assuntos. 
 
 
 
A lei aplica-se a 
ato ou fato 
pretérito 
 
tratando-se de ato não 
definitivamente 
julgado 
 
defini-lo como 
infração 
 
deixe de 
 
tratá-lo como 
contrário a qualquer 
exigência de ação ou 
omissão 
 
desde que não tenha sido fraudulento e não tenha 
implicado em falta de pagamento de tributo ou omissão 
 
quando lhe comine 
penalidade 
menos severa 
que a prevista na 
lei vigente ao 
tempo da sua 
prática 
 
3- Interpretação e Integração da Legislação Tributária 
 
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Trata-se de um trabalho investigativo, intelectual, de buscar o sentido das 
leis para delas extrair a norma aplicável. Há diversas modalidades 
interpretativas, que costumam ser classificadas de acordo com o modo como 
são realizadas e com a fonte que promove a interpretação. 
 Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto 
neste Capítulo. 
 
 
Com o objetivo de extrair o conteúdo e o alcance da norma, a doutrina 
apresenta diversos métodos interpretativos que analisam a norma sobre 
diferentes prismas. Métodos de interpretação é a maneira com que uma norma 
pode e deve ser analisada, a metodologia aplicada na hora de “ler” a lei, são 
diversas as maneiras descritas pelos entendidos no assunto que podem ser 
usadas para interpretar a legislação. O método de interpretação pode ser literal, 
teleológico, sistemático e histórico. O esquema abaixo explica melhor esses 
métodos. 
 
 
Existem fontes utilizadas pelos operadores do direito, essas fontes são 
doutrinárias, judicias, executivas e autênticas: 
Métodos de 
Interpretação
Literal
leva em consideração somente o 
conteúdo das palavras, sem 
reflexão sobre outro valor
Teleológica
reflexão sobre a finalidade, a 
intenção da norma (o "espírito da 
lei")
Sistemática
busca harmonia do texto da lei 
com todo o ordenamento
jurídico
Histórica
considera as circunstâncias
políticas, sociais e econômicas
em que a lei foi editada
3.1 – Interpretação da Legislação Tributária 
 
3.2 – Métodos de Interpretação 
 
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A doutrina considera que o ideal é a aplicação integrada desses métodos, 
sem prevalência de um específico. O CTN, contudo, em alguns casos específicos, 
determina as modalidades interpretativas que devem ser utilizadas. 
A CTN estabelece a interpretação literal sobre suspensão e exclusão do 
crédito tributário e a outorga de isenção, claro que mais para frente 
aprenderemos detalhadamente quais os casos de suspensão e exclusão. Além 
disso, deve ser interpretada literalmente a dispensa do cumprimento de 
obrigações tributárias acessórias. 
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha 
sobre: 
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
 
 
 
 
 
 
Fonte de 
realização -
Interpretação
Doutrinária
realizada pelos estudiosos do 
Direito
Judicial realizada pelos juízes e tribunais
Executiva
realizada pelo Poder Executivo
por meio de atos normativos e
jurisdição administrativa
Autêntica
realizada pelo Poder Legislativo, 
o próprio órgão que expediu a lei, 
por meio de lei interpretativa
Interpreta-se literalmente a legislação tributária 
que disponha sobre:
suspensão e exclusão
do crédito tributário
outorga de 
isenção
dispensa do 
cumprimento de 
obrigações tributárias 
acessórias
PARC MO DE RE LA = PARCelamento; MOratória; DEpósito do seu 
montante integral; REclamações e REcursos; Liminar em mandado de 
segurança; Liminar ou tutela Antecipada em outras espécies de ações 
 
3.3 – Integração da Legislação TributáriaPARC MO DE RE LA = 
PARCelamento; MOratória; DEpósito do seu montante integral; 
REclamações e REcursos; Liminar em mandado de segurança; Liminar ou 
tutela Antecipada em outras espécies de ações 
Isenção e Anistia 
 
Isenção e Anistia 
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Interpreta-se LITERALMENTE: 
A suspensão do crédito tributário significa que a dívida do sujeito 
passivo com a Fazenda Pública não pode ser prontamente exigida e, na 
exclusão do crédito tributário, a dívida é definitivamente afastada: ou o 
tributo não é exigido (isenção), ou a punição não é aplicada (anistia). 
Na outorga de isenção também acontece exclusão do crédito tributário, 
sendo sua menção no inciso II apenas uma redundância do CTN (se não 
houvesse o inciso II nada mudaria no artigo, pois esse inciso já está englobado 
no inciso I). 
A dispensa do cumprimento de obrigação acessória acontece quando 
se deixa de exigir o cumprimento de determinado dever instrumental, como 
emitir nota fiscal, escriturar livros fiscais, etc. 
Não se preocupe tanto com esses conceitos agora, pois eles serão 
estudados detalhadamente em aula posterior. O importante é que vocêperceba 
que as três situações nas quais o CTN preceitua a necessidade utilização da 
interpretação literal são excepcionalidades. A regra é cobrar o crédito 
tributário, não suspendê-lo ou excluí-lo. Da mesma forma, a regra é que se 
exijam as obrigações acessórias previstas em lei, não dispensá-las. Assim, 
qualquer previsão legal que afaste essas regras deve ser interpretada de forma 
literal, pois as exceções devem ser fixadas de forma expressa na lei. 
Atenção: Embora o comando do CTN seja no sentido da interpretação literal, 
importante você saber também que o STJ já se mostrou favorável à 
possibilidade de interpretação extensiva dos referidos dispositivos. 
 
Ainda no que tange à interpretação, temos o caso muito utilizado no direto 
penal, e com aplicação aqui também que é o art. 112 do CTN. Esse artigo traz 
a aplicação do princípio do in dubio pro reo, ou seja, qualquer dúvida na 
interpretação da lei punitiva, que defina infrações ou estabeleça 
penalidades, deve ensejar a adoção da posição mais favorável ao acusado. A 
interpretação, nesses casos tributários punitivos, deve ser mais favorável ao 
acusado quando houver dúvidas em relação à capitulação legal do fato 
praticado, em relação à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à 
natureza ou extensão dos seus efeitos. Dúvidas quanto à autoria, 
imputabilidade, punibilidade, natureza da penalidade aplicável, ou à sua 
graduação, devem ser sanadas e interpretadas de maneira mais favorável ao 
contribuinte. Veja não se trata de cobrança de tributo e sim de penalidade. 
Exemplo: um contribuinte cometeu uma infração, e não é possível determinar 
exatamente qual a infração cometida, existe uma dúvida, já que a lei elenca 
duas situações muito parecidas para o caso em tela, na aplicação da penalidade, 
a autoridade deve aplicar a punição menos severa. 
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Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, 
interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida 
quanto: 
I - à capitulação legal do fato; 
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou 
extensão dos seus efeitos; 
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; 
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
 
 
 
 
CUIDADO! Não há que se falar em interpretação mais favorável quando se 
tratar de lei que discipline o próprio tributo, definindo, por exemplo, o fato 
gerador, a alíquota, a base de cálculo ou o contribuinte. 
 
Os artigos 109 e 110 trazem outros dispositivos acerca da interpretação 
da legislação tributária. 
Os princípios gerais de direito privado podem ser utilizados em 
casos tributários, só não poderão ser usados para definir os efeitos tributários. 
O exemplo clássico apontado para explicar essa previsão legal é o caso de 
uma compra e venda simulada com objetivo evitar o pagamento de ITCMD, 
supostamente mais gravoso que o ITBI. Embora os atos jurídicos praticados 
pelo contribuinte referentes a institutos do direito privado, como a compra e 
venda, sejam conceituados por esse ramo, os efeitos tributários serão 
decorrentes da lei tributária, podendo ocorrer tributação sobre a doação. 
Já o 110 diz que os conceitos levantados pela legislação tributária 
não podem alterar os conceitos do direito privado. 
A lei tributária que define infrações, 
ou lhe comine penalidades, 
interpreta-se da maneira MAIS 
FAVORÁVEL ao acusado, em caso 
de dúvida quanto:
à capitulação legal do fato
à natureza ou às circunstâncias 
materiais do fato, ou à natureza
ou extensão dos seus efeitos
à autoria, imputabilidade ou 
punibilidade
à natureza da penalidade
aplicável ou à sua graduação
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Exemplo: os Estados não podem alargar o conceito de mercadorias, 
considerando que este inclua bens imóveis, de modo a ampliar a cobrança de 
ICMS, bem como os municípios não podem incluir veículos dentro do conceito 
de bens imóveis para realizar a cobrança de IPTU sobre eles. 
Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para 
pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, 
conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos 
tributários. 
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o 
alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, 
expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições 
dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, 
para definir ou limitar competências tributárias. 
 
 
Já que a lei não consegue estipular todas as situações que podem 
acontecer no caso concreto, podemos afirmar que ocorrem situações não 
previstas abstratamente pelo legislador e que exigem soluções do aplicador do 
Direito, como os magistrados ou as autoridades fiscais. O mecanismo utilizado 
para suprir as lacunas da lei é chamado de integração: processo dedutivo em 
que, de certa forma, cria-se uma norma aplicável ao caso concreto. Há diversas 
formas de se realizar essa integração do Direito, mas o art. 108 do CTN delimita 
aquelas que devem ser utilizadas na seara tributária. Quando não houver norma 
expressa sobre um caso específico, ou seja, lacuna na legislação tributária, a 
autoridade poderá se utilizar da integração na ordem estabelecida. 
Primeiramente deve utilizar a analogia, se ainda não for suficiente, usa os 
princípios gerais de direito tributário. Se a solução ainda não vier, deve 
usar os princípios gerais de direito público e por fim, a equidade. No uso 
da analogia a autoridade não poderá cobrar ou exigir tributo que não esteja 
previsto em lei. O uso da equidade não pode resultar em dispensar o 
contribuinte de pagar o tributo. 
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente 
para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem 
indicada: 
I - a analogia; 
II - os princípios gerais de direito tributário; 
III - os princípios gerais de direito público; 
IV - a eqüidade. 
3.3 – Integração da Legislação Tributária 
 
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§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo 
não previsto em lei. 
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do 
pagamento de tributo devido. 
 
 
 
 
ATENÇÃO: 
➢ As formas de integração da legislação tributária somente podem ser 
utilizadas na ausência de disposições expressa na lei tributária. 
➢ A lista apresentada pelo CTN é taxativa e hierárquica, pois não podem 
ser usados outros mecanismos além dos mencionados e deve serrespeitada a ordem apresentada. 
 
Vejamos cada uma das formas de integração: 
1º Analogia: busca norma jurídica aplicada a casos semelhantes para 
utilizá-la no caso não previsto expressamente pelo legislador. De acordo 
com o § 1º do art. 108 do CTN, o emprego da analogia NÃO poderá 
resultar na exigência de tributo não previsto em lei, o que decorre 
do princípio da legalidade. 
 
2º Princípios gerais do Direito Tributário: São aqueles fixados pela 
Constituição e pelo CTN, como princípio da capacidade contributiva, 
princípio do não confisco, etc. 
 
1º - ANALOGIA
2º - PRINCÍPIOS gerais do direito 
TRIBUTÁRIO
3º - PRINCÍPIOS gerais do direito 
PÚBLICO
4º - EQUIDADE
Integração da 
Legislação Tributária 
(na ordem) 
 
4 – Questões 
ComentadasIntegra
ção da Legislação 
Tributária (na 
ordem) 
não poderá resultar 
na exigência de 
tributo não previsto 
em lei. 
não poderá resultar 
na dispensa do 
pagamento de 
tributo devido 
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3º Princípios gerais do Direito Público: Em não havendo solução por 
analogia ou nos princípios gerais do Direito Tributário, busca-se nos 
princípios do Direito Público uma forma de preencher a lacuna legal no 
caso concreto. São exemplos a moralidade administrativa, a 
indisponibilidade dos bens públicos, etc. 
 
4º Equidade: É a justiça aplicada ao caso concreto, levando-se em 
consideração suas circunstâncias e particularidades. O § 2º do art. 108 
do CTN preceitua que o emprego da equidade NÃO poderá resultar 
na dispensa do pagamento de tributo devido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. (FCC/SEFAZ-MA/Auditor Fiscal/2016) De acordo com o CTN, deverá 
ser interpretada da maneira mais favorável ao 
a) responsável tributário, a legislação tributária que lhe atribui essa condição, 
mesmo que não esteja prevista na legislação tributária a existência de benefício 
de ordem. 
b) contribuinte, a lei tributária que define o fato gerador do tributo, sempre que 
se tratar de empresa de porte pequeno, assim definida nos termos da lei. 
c) sujeito passivo, a lei tributária que define benefícios fiscais, quando houver 
dúvida sobre a abrangência e o alcance de um convênio ICMS. 
d) acusado, a lei tributária que define infrações, se houver dúvida quanto às 
circunstâncias materiais do fato. 
e) contribuinte, ao responsável e ao terceiro, a legislação tributária relacionada 
com a forma, circunstâncias e prazos referentes ao cumprimento de obrigações 
acessórias. 
Comentários: 
O CTN regula que deve ser interpretada de maneira mais favorável em relação 
ao acusado, é o princípio do in dubi pro reo, ou seja, ocorre quando alguém 
comete uma infração tributária e por isso terá que sofrer a aplicação da 
penalidade, mas na hora de aplicar essa punição existe dúvida quanto a algumas 
situações. Em caso de dúvida em relação à natureza ou às circunstâncias 
materiais do fato deve ser feita uma interpretação mais favorável ao acusado. 
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, 
interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida 
quanto: 
I - à capitulação legal do fato; 
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou 
extensão dos seus efeitos; 
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; 
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
Lembre-se que essa regra se aplica a questão das infrações a aplicação da 
punição, não em relação a cobrança do tributo em si sobre o contribuinte ou 
responsável. 
4 – Questões Comentadas 
 
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Gabarito 1: D 
 
2. (FCC/SEFAZ-MA/Auditor Fiscal/2016) Quando uma lei deixar de 
definir um ato como infração, essa lei, de acordo com o CTN, 
a) deverá ser aplicada a ato pretérito, desde que ainda não tenha sido 
definitivamente julgado. 
b) não poderá ser aplicada a ato pretérito, se já tiver sido iniciado o processo 
relativo ao julgamento desse ato infracional. 
c) não poderá ser aplicada a ato pretérito, em nenhuma hipótese. 
d) deverá ser aplicada a ato pretérito, apenas para excluir a exigência de juros 
de mora e de multa de mora, desde que ainda não tenha sido definitivamente 
julgado. 
e) poderá ser aplicada a ato pretérito, apenas para excluir a exigência de juros 
de mora, mesmo que o ato já tenha sido definitivamente julgado. 
Comentários: 
Uma lei que deixa de definir um ato como infração configura uma situação em 
que a lei poderá ser aplicada a atos anteriores, pretéritos. Essa aplicação só 
será possível se o ato em análise ainda não estiver definitivamente julgado. 
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída 
a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação 
ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado 
em falta de pagamento de tributo; 
A lei tributária que define 
infrações, ou lhe comine 
penalidades, interpreta-se da 
maneira MAIS FAVORÁVEL ao 
acusado, em caso de dúvida
quanto:
à capitulação legal do fato
à natureza ou às 
circunstâncias materiais do 
fato, ou à natureza ou extensão
dos seus efeitos
à autoria, imputabilidade ou 
punibilidade
à natureza da penalidade
aplicável ou à sua graduação
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c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei 
vigente ao tempo da sua prática. 
 
Gabarito 2: A 
 
3. (FCC/SEFAZ-MA/Arrecadação e Fiscalização de Mercadorias em 
Trânsito/2016) Relativamente às taxas e às contribuições de melhoria, o CTN 
a) determina que as normas atinentes à dispensa ou à redução de penalidades 
previstas por infração à legislação desses tributos estejam previstas em lei. 
b) autoriza que a cominação de penalidades para infrações definidas nas 
legislações desses tributos sejam estabelecidas em regulamento, que deverão 
ser aprovados por meio de decreto. 
c) determina que a instituição ea extinção desses tributos sejam feitas por meio 
de lei complementar. 
d) autoriza que a majoração ou redução desses tributos seja feita por meio de 
decreto. 
e) determina que a definição do fato gerador desses tributos seja feita por meio 
de lei complementar. 
Comentários: 
a) Correta – Dispensa e redução de penalidade tem que estar prevista em lei. 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, 
ou de dispensa ou redução de penalidades. 
b) Errada – As cominações de penalidades devem ser estabelecidas em lei e não 
por meio de decreto. 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
Irretroatividade
Regra:
Legislação tributária aplica-se 
imediatamente aos fatos 
geradores futuros e aos 
pendentes
Exceções: 
a lei aplica-
se a ato ou 
fato 
pretérito
em qualquer caso, quando seja 
expressamente
interpretativa, excluída a 
aplicação de penalidade à 
infração dos dispositivos 
interpretados
tratando-se de ato não 
definitivamente julgado, 
quando mais benigna ao 
infrator
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V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a 
seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
c) Errada – A instituição e a extinção de tributos, como as taxas e contribuições 
de melhoria podem ser feitos por meio de lei ordinária. 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
d) Errada – Em regra, a majoração ou redução de tributos deve ser feita por 
meio de lei e não de decreto. 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
e) Errada – A CF determina que a lei complementar deve definir o fato gerador 
dos impostos, em relação às taxas e contribuições de melhoria a definição de 
fato gerador pode ser feita por meio de lei complementar. 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, 
ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito 
passivo; 
 
Gabarito 3: A 
 
4. (FCC/SEFAZ-MA/Tecnologia da Informação/2016) O Código 
Tributário Nacional tem um capítulo dedicado à interpretação e integração da 
legislação tributária. De acordo com esse Código, a 
a) suspensão da exigibilidade do crédito tributário deve ser interpretada 
teleologicamente. 
b) outorga de isenção deve ser interpretada sistematicamente. 
c) concessão de benefícios fiscais deve ser interpretada historicamente. 
Reserva Legal
relacionada a tributos
Instituição 
e extinção 
de tributos
Majoração 
e redução 
de tributos
Definição 
do Fato 
Gerador da 
obrigação 
principal
Fixação da 
alíquota e 
Base de 
Cálculo
Cominação 
de 
penalidades, 
e suas 
dispensas ou 
reduções
Hipóteses de 
extinção, 
exclusão e 
suspensão 
do crédito 
tributário
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d) dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias deve ser 
interpretada literalmente. 
e) exclusão da condição de responsável tributário deve ser interpretada 
restritivamente. 
Comentários: 
O capítulo do CTN que versa sobre interpretação tem o dispositivo no artigo 111 
do CTN que estabelece os assuntos que devem ser interpretados literalmente, 
como a suspensão, exclusão do crédito tributário, outorga de isenção e a 
dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha 
sobre: 
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
a) Errada – Suspensão da exigibilidade do crédito tributário deve ser 
interpretada literalmente. 
b) Errada – Outorga de isenção deve ser interpretada literalmente. 
c) Errada – Não tem citação direta de interpretação sobre concessão de 
benefício fiscal. 
d) Correta – Essa está de acordo com o inciso III do Artigo 111. 
e) Errada – Não há essa previsão no CTN quanto à interpretação. 
 
Gabarito 4: D 
 
5. (FCC/SEGEP-MA/Técnico Fiscal da Receita Estadual/2016) A 
Constituição Federal atribuiu às leis complementares federais várias funções, 
dentre as quais, a de 
a) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente 
sobre a definição de tributos e de suas espécies. 
Interpreta-se literalmente a legislação tributária 
que disponha sobre:
suspensão e exclusão
do crédito tributário
outorga de 
isenção
dispensa do 
cumprimento de 
obrigações tributárias 
acessórias
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b) estabelecer normas gerais sobre obrigação, lançamento e prescrição 
tributários, bem como fixar a alíquota dos impostos federais. 
c) reduzir ou ampliar as limitações constitucionais ao poder de tributar. 
d) dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária, exceto quando 
se tratar do ICMS, cujos conflitos se resolvem por meio de convênios entre os 
Estados e o Distrito Federal. 
e) estabelecer normas atinentes à definição dos fatos geradores, das bases de 
cálculo e dos contribuintes dos tributos discriminados na Constituição Federal. 
Comentários: 
a) Correta – A CF estabelece os assuntos que deverão estar previstos em lei 
complementar, as normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre a definição de tributos e de suas espécies são casos que 
estarão disciplinados por meio de lei complementar. 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, 
b) Errada – Não está entre as funções da lei complementar fixar as alíquotas 
dos impostos federais, porém, estabelecer normas gerais sobre obrigação, 
lançamento e prescrição tributários sim. 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) Errada – Não é reduzir ou ampliar e sim regular as limitações constitucionais 
ao poder de tributar 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
d) Errada – A lei complementar deve sim dispor sobre conflito de competência, 
não há essa exceção quanto aos convênios. 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
e) Errada – A lei complementar deve definir fatos geradores, das bases

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