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Eletrofisiologia e Eletrocardi (1)

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Disciplina de Emergência Hospitalar 
Prof.ª Me. Taísa Diva G. Felippe 
 
 
 
PERICÁRDIO 
Esqueleto de tec. conjuntivo que circunda o coração, funcionando como um saco protetor rígido; 
consiste em pericárdio fibroso (ajusta-se frouxamente ao coração) e pericárdio seroso (porção 
interna delgada e lisa que contém lâminas parietal – reveste o interior do pericárdio fibroso - e lâmina 
visceral – se adere à superfície do coração; 
O espaço pericárdico separa as lâminas visceral e parietal e contém 10 a 20 ml de líquido que 
lubrifica as duas superfícies. O excesso desse líquido pode levar ao derrame pericárdico, 
comprometendo a capacidade do coração de bombear sangue 
FORMA UMA BARREIRA PARA DISSEMINAÇÃO DE INFECÇÕES E NEOPLASIAS 
 
EPICÁRDIO 
É uma camada de células mesoteliais que forma a camada cardíaca do pericárdio seroso, ele envolve 
completamente a superfície do coração. 
 
MIOCÁRDIO 
Camada média, compõe a maior parte da parede do coração e é composta por tec. muscular que 
contrai-se a cada batimento do coração; 
Tipos de células do tecido miocárdico: 
• Células miocárdicas contráteis: geram a FORÇA contrátil do coração de aparência estriada, 
constituem a MASSA das paredes ATRIAIS e VENTRICULARES. 
• Células nodais: especializadas na função do marcapasso, são as menores células miocárdicas 
com poucos filamentos contráteis. 
• Células de Purkinje: São especializadas na condução rápida de impulsos elétricos, 
especialmente pela parede ventricular ESPESSA 
Células d Purkinje - Na ausência de um impulso dominante no nó sinusal, tais células originam o 
impulso elétrico. 
 
ENDOCÁRDIO 
Membrana que reveste INTERNAMENTE AS CAVIDADES DO CORAÇÃO. 
Forma os revestimentos internos dos átrios e ventrículos, assim como as válvulas 
 
REDE CORONARIANA 
O CORAÇAO PRECISA DE O2! 
• O coração é continuamente ativo, como todos os tecidos, deve receber OXIGÊNIO e 
substratos metabólicos e ter dióxido de carbono e outras excretas removidas para manter o 
metabolismo aeróbico e atividade contrátil. 
 
FISIOLOGIA CORONARIANA 
• O Fluxo de sangue na circulação coronária é proporcional a pressão de perfusão e 
inversamente proporcional a resistência do leito(doença arterial impõe resistência e altera o 
fluxo) 
• Diminuição da pressão aórtica, reduz perfusão coronariana 
• Durante a sístole, a tensão na parede miocárdica é alta, ela comprime artérias coronárias 
e evita perfusão. Assim, o coração tem propriedade única de receber a maior parte do 
fluxo sanguíneo durante a diástole. Freqüências cardíacas rápidas diminuem o tempo 
gasto na diástole e podem prejudicar a perfusão coronariana 
 
CIRCULAÇÃO COLATERAL 
• É uma rede de artérias que geralmente se conectam por anastomoses e fornecem vias 
alternativas ao fluxo sangüíneo e distribui sangue aos capilares que alimentam diretamente o 
m. cardíaco*. 
• *Em alguns casos a circulação colateral pode continuar a suprir o coração mesmo com 
obstrução de uma a. coronária. 
 
PROPRIEDADES FISIOLÓGICAS DAS CÉLULAS MIOCÁRDICAS 
• AUTOMATICIDADE : CAPACIDADE DE INICIAR UM IMPULSO 
• EXCITABILIDADE: CAPACIDADE DE RESPONDER A UM IMPULSO 
• CONDUTIVIDADE: CAPACIDADE DE TRANSMITIR UM IMPULSO 
• CONTRATILIDADE : CAPACIDADE DE RESPONDER AÇÃO DA BOMBA 
 
ESTRUTURAS DO SISTEMA DE CONDUÇÃO 
 
• ECG 
 ORIENTAÇÃO ANATÔMICA DO CORAÇÃO 
 TAMANHO RELATIVO DAS DIVERSAS CÂMARAS 
 VARIEDADE NAS ALTERAÇÕES DE RITMO 
 EXTENSÃO, LOCALIZAÇÃO E PROGRESSÃO AS LESÕES ISQUÊMICAS 
 EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE ELETRÓLITOS 
 INFLUÊNCIA DE DETERMINADOS FÁRMACOS 
 
ENTENDENDO OS INTERVALOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOCO SEGMENTO S-T PARA EMERGÊNCIA 
O SEGMENTO ST REPRESENTA O PERÍODO DE TEMPO QUE O VENTRÍCULO AINDA 
ESTÁ DESPOLARIZADO. COMEÇA NO FINAL DO COMPLEXO QRS(PONTOJ) E SE 
ESTENDE ATÉ O INÍCIO DA ONDA T 
ARRITMIAS 
• SINUSAL : SÓ PARA FREQUENCIA- OU ESTÁ TAQUI OU BRADI APENAS! 
• ATRIAIS : ÁTRIO 
• ÁTRIO VENTRICULARES : NAV 
• VENTRICULARES : VENTRÍCULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Taquicardia Sinusal 
• Aumento da descarga no nódulo sinoatrial. 
• Frequência sinusal superior a 100 batimentos/ min em adultos. 
• Raramente acima de 180 batimentos/ min, exceto durante exercício físico extenuante. 
• Causas: Febre, Exercício, Dor, Estresse, Emoções intensas (medo, ansiedade), Doenças 
cardíacas (choque cardiogênico, Insuficiência cardíaca, pericardite...), Anemia, Hemorragia, 
Hipertireoidismo, Hipovolemia, Embolia Pulmonar... 
 
 
ARRITMIAS ATRIAIS 
• TAQUICARDIA ATRIAL 
• FLUTTER ATRIAL 
• FIBRILAÇÃO ATRIAL 
Taquicardia Atrial 
• É uma taquicardia supraventricular (os impulsos originam-se acima do ventriculos). 
• Frequência Atrial: 150 a 250 batimentos/ min. 
Bradicardia Sinusal 
• Frequência cardíaca inferior a 60 batimentos/ min. 
• Ritmo regular. 
• Impulsos originam-se no nódulo sinusal. 
• Causas: Hipotermia, Hipercalemia, Hipotireoidismo, Massagem do seio carotídeo, 
Aumento da pressão intracraniana, Sono, Manobra de Valsalva, Vômito, 
Miocardiopatia, Infarto da parede anterior do miocárdio, Miocardite, Doença do 
nódulo sinoatrial, Antiarritmicos, Betabloqueadores, Digoxina... 
 
 
Podemos dizer 
que é TAQUI 
SINUSAL?? 
• Causas: No coração normal: Uso de Álcool, Toxicidade por digoxina, desequilíbrio de 
eletrólitos, Hipóxia, Exercício físico, Estresse psicológico... 
• Nos distúrbios cardíacos primários ou secundários: Miocardiopatia, Anomalias congênitas, 
IAM, Cardiopatia valvar... 
 
 
Flutter Atrial 
• É uma taquicardia supraventricular. 
• Frequência atrial: 200 a 400 batimentos/ min (geralmente cerca de 300 bpm). 
• Origina-se em um único foco atrial. 
• Causas: Distúrbios que aumentam o tecido atrial e elevam as pressões atriais, DPOC, 
Hipertireoidismo, Valvulopatia Mitral, Doença pericárdica, Miocardiopatia primária, Hipóxia 
arterial sistêmica, Valvulopatia tricúspide. 
 
 
Fibrilação Atrial 
• Atividade elétrica caótica e assincrônica no tecido atrial; 
• Resulta da descarga de vários impulsos de numerosos marcapassos ectópicos nos átrios; 
• Ausência de ondas P; 
• Resposta ventricular irregular; 
• Pode ser precedida de contrações atriais. 
 
 
ARRITMIAS VENTRICULARES 
• TAQUICARDIA VENTRICULAR 
• FIBRILAÇÃO VENTRICULAR 
• ASSISTOLIA 
Taquicardia Ventricular 
• Três ou mais contrações ventriculares prematuras seguidas, com frequência ventricular acima 
de 100 bpm. 
• Pode ser monomórfica ou polimórfica, sustentada ou não-sustentada. 
• Causas: Irritabilidade miocárdica por aumento da automaticidade, extrassístoles que ocorrem 
durante a porção descendente da onda T, Coronariopatia... 
• Significado clínico: Pode evoluir para colapso cardiovascular; FV; Assistolia. 
 
Fibrilação Ventricular 
• Causas: Desequilíbrio ácido-base ; Doença Coronária; Toxicidade por medicamentos; Choque 
elétrico; Desequilíbrios eletrolíticos; IAM; Hipotermia graveTaquicardia ventricular não 
tratada. 
• Significado Clínico: Tremulação do músculo ventricular; Contrações cardíacas ineficazes; 
Ausência de débito cardíaco. 
• Sinais e sintomas: Parada cardíaca completa; Paciente não responsivo, sem pressão arterial ou 
pulsos centrais detectáveis. 
 
 
Assistolia 
• Também chamada assistolia ventricular e parada ventricular. 
• Ausência de Atividade Elétrica discernível nos ventrículos. 
• É possível a existência de alguma atividade elétrica nos átrios, mas não são conduzidos 
impulsos para os ventrículos. 
• Geralmente decorrentes de parada cardíaca prolongada sem reanimação eficaz. 
• É importante distinguir da FV fina, que étratada de modo diferente.

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