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14/11/2015 1 Prof. Jarbas SAGA Consultores 1 Gestão de Projetos Capítulo 6 O FATOR TEMPO Prof. Jarbas SAGA Consultores 2 Sumário Dependências entre atividades Técnicas de seqüenciamento Visualização de seqüências Atividades críticas Estimativas de duração Cronogramas Dicas importantes 14/11/2015 2 Prof. Jarbas SAGA Consultores 3 Introdução Visa garantir a conclusão do projeto no prazo contratado Para uma boa gestão do tempo é necessário que a Gestão do Escopo tenha sido bem conduzida, pois todo o gerenciamento de prazos é balizado pelas decisões de escopo tomadas Processos: Definição das atividades Seqüenciamento das atividades Estimativa dos recursos das atividades Estimativa da duração das atividades Desenvolvimento do cronograma Controle do cronograma Prof. Jarbas SAGA Consultores 4 Definição das atividades Como visto em ESCOPO, ao final da etapa de definição das atividades, o gerente de projeto terá desenvolvido a lista de atividades, de seus atributos e de seus marcos (milestones): Lista de atividades: todas aquelas necessárias para a conclusão do projeto, descritas de forma clara. Esta lista é uma extensão da EAP, mantendo a mesma codificação Lista de atributos das atividades: fornece uma descrição detalhada de cada atividade. Podem incluir (varia) : premissas, restrições, pessoal responsável, local físico bem como codificação EAP Lista de Marcos (milestones): identifica todos os marcos temporários associados às atividades do projeto e indica se eles são demandas contratuais mandatórias ou são opcionais 14/11/2015 3 Prof. Jarbas SAGA Consultores 5 Seqüenciando as atividades: A Dependências entre atividades O processo de seqüenciamento das atividades permite identificar e documentar as relações de dependência entre atividades (PMI, 2008). Ex: currículos antigos das universidades (USP) Atividades podem ser predecessoras ou sucessoras O PMBOK estabelece 3 tipos de dependências: mandatórias, arbitradas e externas. Mandatória: lógica rígida. Ex: construção: mandatória que a fundação seja feita antes de levantar a estrutura Arbitrada: lógica soft ou preferencial, baseada nas melhores práticas. Ex. Pintar depois que assentar os pisos Externas: envolvem atividades fora do escopo, geralmente envolvendo uma 3ª. Parte. Ex. atividade de pintar depende da entrega da tinta Prof. Jarbas SAGA Consultores 6 Predecessoras e sucessoras Todas as atividades devem ter sucessoras Uma atividade pode ter várias predecessoras As dependências devem ser revisadas sempre 14/11/2015 4 Prof. Jarbas SAGA Consultores 7 Dependências parciais Atividades podem ocorrer ao mesmo tempo A referência pode ser o início ou o fim de outra atividade Prof. Jarbas SAGA Consultores 8 Representação do projeto Existem várias formas de representação do projeto, dentre elas destacam-se: Diagrama de precedência (PDM – Preceding Diagramming Method) Diagrama de Flechas ou Arcos (ADM – Arrow Diagramming Method) Diagrama Condicional (CDM – Conditional Diagramming Method Diagrama de Gantt Diagrama de Marcos (milestones) Diagrama de Barras ou Histograma de Recursos 14/11/2015 5 Prof. Jarbas SAGA Consultores 9 PDM: Diagrama de Precedência Técnica para seqüenciamento de atividades (Método Francês) Representa as atividades nos nós (AON: Activity-on-node), por retângulos e as relações de precedências são estabelecidas nas setas Tipos de precedências: Fim-início: o início do trabalho da sucessora depende do término da predecessora Fim-fim: o fim do trabalho da sucessora depende do término da predecessora Início-fim: o fim do trabalho da sucessora depende do início da predecessora Início-início: o início do trabalho da sucessora depende do início da predecessora Tipos de Precedência Término-a-Início (TI): Por exemplo, se você tiver duas tarefas, "Cavar fundação" e "Despejar concreto," a tarefa "Despejar concreto" não poderá ser iniciada até "Cavar fundação" ser concluída. Início-a-Início (II): Por exemplo, se houver duas tarefas, "Despejar concreto" e "Nivelar concreto," "Nivelar concreto" não pode iniciar enquanto "Despejar concreto" não for iniciada. Término-a-Término (TT): Por exemplo, se houver duas tarefas, "Instalar fiação" e "Inspecionar parte elétrica," "Inspecionar parte elétrica" não pode ser concluída enquanto "Instalar fiação" não for concluída. Início-a-Término (IT): Por exemplo, as estruturas do telhado de seu projeto de construção são construídas fora do local. Duas tarefas de seu projeto são "Entrega de estrutura" e "Montar telhado". A tarefa "Montar telhado" não pode ser concluída até que a tarefa "Entrega de estrutura" seja iniciada. Prof. Jarbas SAGA Consultores 10 14/11/2015 6 Prof. Jarbas SAGA Consultores 11 ADM: Diagrama de Flecha Também chamada de atividades nas flechas (AOA: Activity-on-Arrow) e as relações de precedência são definidas nos eventos, sendo apenas do tipo fim-início. (Método Americano) Às vezes precisa de atividades “fantasma” Prof. Jarbas SAGA Consultores 12 ADM: Diagrama de Flecha Regras para elaboração Regra Ilustração Um evento é considerado atingido quando todas a atividades que convergem para ele forem concluídas. Tipo fim/início Existem sempre um Evento Origem e um Evento Objetivo/Destino. Todas as atividades que não têm precedência partem do evento origem Entre 2 eventos sucessivos deve existir somente uma atividade Atividade fantasma ou fictícia não consome tempo nem recurso e são utilizadas quando as relações lógicas de dependência não podem ser representadas corretamente com as setas das atividades normais Não devem existir loops, desvios condicionais ou ciclos fechados A B C Evento atingido Evento Objetivo Evento Origem A e B A D B C Atividade Fictícia 14/11/2015 7 Prof. Jarbas SAGA Consultores 13 Seqüência de planejamento 1. Terminar Declaração do Escopo 2. Definir sub-produtos 3. Criar EDT (Estrutura de Decomposição do Trabalho) ou EAP 4. Definir dependências 5. Definir durações Prof. Jarbas SAGA Consultores 14 Desenvolvimento do Cronograma do projeto No mínimo datas de início e término de cada tarefa Versão provisória até que se defina e confirme os recursos Representação gráfica Gráfico de Barras (Gantt) Gráfico de Marcos (milestones) Diagrama de rede com datas Critical Path Method (CPM) Program Evaluation & Review Technique (PERT) Etapa crucial na gestão do projeto: chegar a um cronograma factível, respeitando os marcos temporais previstos em contrato e sujeito a limitação de recursos 14/11/2015 8 Prof. Jarbas SAGA Consultores 15 Diagrama de Gantt Mostra as atividades em uma escala de tempo, marcando a duração planejada face ao andamento da atividade. Fácil de compreender mas não adequada para projeto muito complexos Prof. Jarbas SAGA Consultores 16 Diagrama de Marcos Mostra as atividades em uma escala de tempo, mas a ênfase é dada aos marcos (milestones) do projeto. É uma boa ferramenta para apresentação de relatório gerencial aos Stakeholders do projeto 14/11/2015 9 Prof. Jarbas SAGA Consultores 17Gráfico de Gantt com Marcos Prof. Jarbas SAGA Consultores 18 Técnicas de Programação em Rede Os 2 métodos – PERT e CPM – possuem similaridades. Os passos comuns são: 1. Definir todas as atividades significativas ou tarefas 2. Desenvolver relacionamentos entre as atividades (decidir precedências) 3. Fazer a representação em rede conectando todas atividades, utilizando as técnicas de representação do projeto apresentadas anteriormente 4. Atribuir estimativas de tempos e recursos para cada atividade 5. Calcular o caminho mais longe da rede – caminho crítico A principal diferença está na forma como tratam as estimativas de tempo. O CPM adota apenas uma estimativa de duração por atividade para fazer a programação O PERT usa um sistema estocástico mais complexo baseado em 3 estimativas que serão utilizadas para determinar a data mais provável para o término do projeto 14/11/2015 10 Prof. Jarbas SAGA Consultores 19 Tipos de atividades Atividades com folga: podem ser atrasadas sem afetar muito o prazo final Atividades Críticas: o atraso da atividade implica em atraso igual no final Prof. Jarbas SAGA Consultores 20 Estimativas de tempo Atividades governadas pelo Esforço Resulta de investimento de homens hora, equipamentos ou dinheiro Atividades governadas pela duração O tempo é fixo, não importa o esforço. Exemplo: 9 mulheres grávidas não produzem um bebê em um mês. 14/11/2015 11 Prof. Jarbas SAGA Consultores 21 Estimativas de tempo Experiência Pergunta-se para quem vai executar a tarefa o tempo que ela levará Dados históricos Registros anteriores de outros projetos Prof. Jarbas SAGA Consultores 22 Estimativas de tempo - alternativas Antes de estimar os recursos e as durações, é necessário identificar e avaliar as alternativas disponíveis para a realização da atividade. P.ex. Fazer ou terceirizar Caso Eduardo e Mônica: Alternativa 1: concretagem com uma empresa especializada, que utilizaria caminhão-betoneira a um custo de R$ 2.240 e duração de 3 horas; ou Alternativa 2: utilizar a equipe da obra para concretar manualmente a laje, com 4 pedreiros preparando o concreto e 2 auxiliares transportando e espalhando a um custo de R$ 1.476 e duração de 8 horas 14/11/2015 12 Prof. Jarbas SAGA Consultores 23 Estimativas de tempo – BU e TD Estimativa Bottom-up: quando uma atividade é muito complexa e não pode ser estimada com grau razoável de precisão, pode-se decompor a atividade em um nível maior de detalhe. Mais trabalhosas e mais precisas. Vide ex. abaixo. Estimativa Top-down: partem de uma atividade análoga como base para a estimativa da duração e recursos da atividade futura. Utilizada quando as informações do projeto são limitadas e pouco detalhadas Atividade Unidade Quantidade Custo Total Alvenaria de tijolo maciço m2 100 1.417,60 Recursos Unidade Produção Total Preço Unit. Custo Total Pedreiro h 2 h/m2 200 h 4,00 800,00 Ajudante h 3 h/m2 300 h 2,00 600,00 Cimento Kg 0,025 kg/m2 2,5 kg 0,40 1,00 Areia m3 0,0083 m3/m2 0,83 m3 20,00 16,60 Prof. Jarbas SAGA Consultores 24 Programação utilizando o CPM Vencida a etapa de estimativas de recursos e durações, já é possível fazer a programação da rede do projeto e determinar quando os recursos serão necessários. CPM: utiliza a lógica de programação para frente e para trás ao longo da rede de projeto, para determinação do caminho crítico. Dessa forma são obtidas as datas mais cedo de início e as datas mais tarde de término de todas as atividades do projeto Programação p/ Frente: p/ obter a data mais cedo de cada atividade, parte-se do evento origem e determina-se a primeira data de cada evento da rede do projeto. Esta data representa o caminho de maior duração entre a origem do projeto e um determinado evento da rede. Equação para cálculo: tj = max (ti + dij) para todas as atividades (i,j) definidas em que : ti é a data mais cedo dos eventos i predecessores imediatos dij é a duração das atividades (i,j) predecessoras imediatas t1 = 0 14/11/2015 13 Prof. Jarbas SAGA Consultores 25 Programação utilizando o CPM Programação p/ Trás: p/ obter a data mais tarde de cada atividade, parte-se do evento término/objetivo do projeto e percorre-se a rede até a origem e determina-se a primeira data de cada evento da rede do projeto. Esta data representa o caminho de menor duração entre o término do projeto e um determinado evento da rede. Equação para cálculo: Ti = min (Tj - dij) para todas as atividades (i,j) definidas em que : Ti é a data mais tarde dos eventos i dij é a duração das atividades (i,j) Uma vez calculadas as datas cedo e tarde de cada evento, é possível determinar a primeira e última chance de programação de cada atividade, bem como calcular as suas folgas 4 datas importantes para elaboração de cronograma: PDIij – Primeira Data de Início PDIij = ti PDTij – Primeira Data de Término PDTij = PDIij + dij = ti + dij UDIij – Última Data de Início (ultima data que pode iniciar sem atrasar o projeto) UDIij = UDTj - dij = Tj - dij UDTij – Última Data de Término (ultima data que pode acabar sem atrasar o projeto) UDTij = Tj Prof. Jarbas SAGA Consultores 26 Programação utilizando o CPM Com base nestas datas, é possível calcular as folgas do projeto. A gestão das folgas permite mexer sem atrasar o término do projeto. Calculam-se 2 tipos de folgas:a folga livre a e a folga total. Folga Total: equivale à quantidade de tempo em que a programação da atividade pode ser atrasada em relação a sua primeira data de início sem atrasar o projeto. FT considera todo o tempo disponível para realizar a atividade (Tj – ti) e desconta a sua duração (dij) FTij = UDIij - PDIij = UDTij - PDTij = ( Tj - ti ) - dij Folga Livre: equivale à quantidade de tempo em que a programação da atividade pode ser atrasada sem comprometer o início da data mais cedo das atividades sucessoras imediatas. No cálculo da FL, assumem-se que todas as atividades iniciam-se o mais cedo possível FLij = PDIjk – ( PDIij + dij ) = tj - ( ti + dij ) FT ≥ FLij Uma vez calculadas as folgas, é possível determinar o caminho crítico do projeto. Pertencem ao caminho crítico (CC) as atividades que possuem a data cedo igual a data tarde (PDI = UDT). Nestas atividades CC não existe nenhuma flexibilidade na programação e qualquer atraso na realização destas atividades resultará em atraso do projeto como um todo. 14/11/2015 14 Prof. Jarbas SAGA Consultores 27 Programação utilizando o PERT O PERT utiliza um sistema estocástico de estimativa de durações para cada atividade do projeto. Neste método são feitas 3 estimativas de tempo. Mais provável: duração baseada no cenário mais provável em que os recursos alocados estão disponíveis e demais premissas do projeto também são observadas. Otimista: duração baseada no cenário mais positivo Pessimista: duração baseada no cenário mais negativo Para obter a duração mais esperada: dij = (a + 4m + b) / 6 Em que: a = duração otimista b = duração pessimista m = duração mais provável dij é a duração esperada da atividade Prof. Jarbas SAGA Consultores 28 Caso Eduardo e Mônica: quando a casa ficará pronta 14/11/2015 15 Prof. Jarbas SAGA Consultores 29 Caso Eduardo e Mônica Prof. Jarbas SAGA Consultores 30Caso Eduardo e Mônica 14/11/2015 16 Prof. Jarbas SAGA Consultores 31 Caso Eduardo e Mônica Prof. Jarbas SAGA Consultores 32 Caso Eduardo e Mônica 14/11/2015 17 Prof. Jarbas SAGA Consultores 33 Referências CARVALHO, Marly Monteiro e RABECHINI JR., Roque. Construindo competências para gerenciar projetos. São Paulo: Editora Atlas, 2a. ed., 2008. WILLE, Sílvio Aurélio de Castro. Gerenciamento de Projetos. Apostila 2004v10 Curso Gerenciamento de Projetos realizado em 2004 in company para IEL/SC. Tradução livre do PMBOK 2000. V1.0, PMI/MG, 2002. BACK, Nelson. Metodologia de projeto de produtos industriais. Rio de Janeiro: Guanabara, 1983. BAXTER, Mike. Projeto de produto – guia prático para o desenvolvimento de novos produtos. São Paulo: Edgard Blucher, 1998. BURSTEIN, David et al. Project Management. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1991. FASCIONI, Lígia. Aulas de planejamento e gestão de projetos. Unisul, 2009 MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Administração de projetos. Editora: Atlas, 2002.
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