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ITAMARI PRECONCEITO

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
	curso de licenciatura em pedagogia
MARIA DA GUIA SILVA MEIRA
SOLANGE LIMA DE OLIVEIRA
VITÓRIA VASCONCELOS DE ALMEIDA
Jequié/BA
2018
MARIA DA GUIA SILVA MEIRA
SOLANGE LIMA DE OLIVEIRA
VITÓRIA VASCONCELOS DE ALMEIDA
PRODUÇÃO TEXTUAL : UMA VISÃO DO PRECONCEITO EM SALA DE AULA
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia, nas disciplinas Educação inclusiva ,Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS , Sociedade, Educação e Cultura E Seminário da Prática I.
Orientadores: Juliana Chueire Lyra , Sandra Cristina Malzinoti Vedoato , Amanda Larissa Zilli e Luana Pagano Peres Molina.
Jequié/BA
2018
SUMÁRIO
	1.0
	INTRODUÇÃO........................................................................................................................
	04
	
	
	
	2.0
	DESENVOLVIMENTO ...........................................................................................................
	05
	3.0
	CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................
	09
	4.0
	REFRÊNCIAS......................................................................................................................
	10
	
	Projeto de Aula.......................................................................................................................
	11
1.INTRODUÇÃO 
 Este trabalho tem por finalidade discutir sobre a diversidade e o preconceito em sala de aula, bem como a institucionalização do combate ao racismo em sala de aula, sabendo que toda criança tem o direito de ter uma educação de qualidade que promova o seu bem-estar com a finalidade de educá-las para a vida a fim de terem a oportunidade de desenvolver suas potencialidades de forma integral, nos aspectos sociais, intelectuais e, emocionais. 
É importante entender e ter uma certa preocupação em enfrentar e debater sobre a discriminação racial ao entrarem na sala de aula. Vivemos numa utopia de o país que aceita as diferenças, onde o racismo é pouco admitido e consequentemente, menos enfrentado, só encobre o problema dificultando também seu estudo. 
Portanto a discussão e reflexão deste texto retrata como as crianças negras ao entrarem na idade escolar encontram um agravante que impede seu pleno desenvolvimento emocional e intelectual logo que chegam à sala de aula. Muitas são perseguidas, humilhadas, segregadas, excluídas e estigmatizadas por colegas de sala de aula e, às vezes, até mesmo por professores. E desta forma o preconceito não é abertamente afirmado, dificultando a elaboração de leis que favoreçam sua reversão. Desta forma vivemos num país em que as diferenças são aceitas e valorizadas, ‘um verdadeiro exemplo para as outras nações’, encobre o problema. Em função disso, a população negra encontra-se submetida a um processo em que as condições de existência e o exercício de cidadania tornam-se muito mais precários com relação à população considerada branca. 
2. IMPLICAÇÕES ÉTICAS E MORAIS DA RELAÇÃO DE DIVERSIDADE E RESPEITO.
A discussão proposta neste texto , traz necessariamente a ideia de que as discussões relacionadas com os temas envolvendo inclusão e também diversidade, estão cada vez mais presentes no ambiente educacional. Para tanto isso se dá pelo fato que a escola recebe alunos de diferentes grupos sociais, políticos, econômicos, étnicos, religiosos, etc.
Conforme Pabis e Martins (2014, p. 10), fala-se a seguinte relação , de que numa mesma sala de aula encontramos alunos oriundos dos mais diversos segmentos sociais, com diferentes condições econômicas, descendentes de diferentes etnias, e até aqueles cujas famílias participaram dos movimentos que se desencadearam no Brasil após redemocratização do país. Entre estes movimentos podem-se destacar os dos afrodescendentes, dos homossexuais, gays e lésbicas, a reivindicação de espaços e direitos pelos portadores de necessidades especiais, dentre outros. 
Assim podemos destacar nesse texto que é importante em sala de aula de aula discutir e evitar que certas situações estejam ganhando espaços nas escolas , portanto , discussões acerca dessas temáticas tornam-se cada vez mais importantes e necessárias, pois, as vivencias e interações, de cada individuo, vão ocorrendo ao longo do processo de aprendizagem e com isso os valores e concepções de cada um, vão sendo construídos ao longo do processo de aprendizagem, possibilitando assim a formação de valores e concepções diversificados.
E na verdade sabe-se que como a comunidade escolar, é o ambiente em que “se concentra uma grande diversidade humana, e que tem a responsabilidade de formar cidadãos críticos, conscientes e atuantes, não pode ficar indiferente. Conforme essas implicações necessariamente , deve-se entender que o ambiente escolar (gestores, professores, funcionários) necessariamente tenha que buscar caminhos para uma prática educativa que contemple as diferenças, a diversidade e que oportunize condições de aprendizagem para todos os educandos, de maneira que, haja uma prática inclusiva significativa e que essa não se transforme em uma educação excludente. 
2.1.1 . INQUIETAÇÕES E PRECOCEITO RACIAL 
Na atualidade e até mesmo em tempos passados falar ou pensar a questão étnica racial, em nosso país, com base nos diversos campos de saberes tem sido um dos grandes desafios , ainda que é importante ampliar a nossa compreensão sobre as experiências dos negros no Brasil. Sabe-se que atualmente se vê através principalmente dos veículos de comunicação uma preocupação em tratar de temas polêmicos como o preconceito. 
Nessa premissa vários contextos estão manifestados na sociedade brasileira e devem contemplar na sua base e em sua história em sala de aula com a construção de identidades positivas. Nessa relação contextual é importante entender que devemos demonstrar a capacidade e o valor das etnias que tanto contribuem com seus costumes, crenças, valores, culinária, dança, música, objetos, etc. que é importante que se faça presente na mesma ideia a ideia do cotidiano da sociedade brasileira, é de suma relevância e importante criar pedagogias de combate ao preconceito, à discriminação, racismos das miscigenações de raças, para ajudar a desenvolver uma sociedade justa para todos.
No contexto da história sabe-se que os negros africanos trazidos foram escravizados e passaram por um processo de ‘apropriação, e de certa forma foram obrigados a deixar de praticar suas linguagens, religiões e costumes adotando práticas europeias. Assim o movimento negro está diretamente ligado às lutas não só contra o racismo e a discriminação racial, mas também a xenofobia e intolerâncias correlatas. (Araújo Jr., 2014). 
Podemos destacar a desigualdade racial, antes de ser o problema em si, é o resultado de processos diversos, dos quais o racismo e seus desdobramentos, levando em consideração o preconceito e a discriminação, destacam-se como fontes primárias. Ainda que as desigualdades raciais no Brasil , tem em sua configuração uma relação de fenômeno complexo, constituindo-se em um enorme desafio para governos e para a sociedade em geral. Assim é importante entender que enfrentar as dificuldades que se colocam face consolidação da temática da desigualdade e da discriminação, e que na agenda pública no espaço de governo, integrar e ampliar as iniciativas em curso parecem ser, hoje, uma dos grandes desafios no campo das políticas públicas pela igualdade racial.
Conforme é previsto na base curricular e principalmente nas leis discutir e pensar em etnias, nos novos significados que se pretende construir como categoria de “diversidade”, “miscigenação”, “multiculturalismo brasileiro” e “cultura afro-brasileira”, promovidas relativamente no Brasil, tem em sua face a construção de uma nova identidade racial, agregados pela luta contra o racismo e o preconceito existentena sociedade brasileira descrita na história , é importante vislumbrar que essas situações de discriminação ocorrem em sua maioria, na presença dos próprios professores, que não se interferem, mantendo uma postura de silêncio e de não envolvimento tornando-os, assim, um dos responsáveis pela formação de uma autoimagem negativa, inferiorizada, desvalorizada que a criança negra faz de si. Essa reação por parte dos professores acaba se tornando um agravante para a questão do preconceito em sala de aula, tornando esse crime comum, banalizado. 
2.2 A RELAÇÃO DO ALUNO E A VIVÊNCIA COM O PRECNCEITO
Sabe-se no entanto que o livro didático também contribui para a manutenção da invisibilidade do negro ao trazer mensagens que enaltecem o branco como herói ou como vencedor e o negro, isso é perceptível quase sempre, como vencidos e escravos. Na mesma consonância e conforme é discutido ao longo do texto ,e como foi abordado em face das discussões da situação problema , já partimos par uma ideia de que a discriminação encontrada nos livros didáticos , faz com que precocemente , o educador seja levado a ter um pouco mais de atenção, ou seja, “ler nas entrelinhas”. Em suma maioria, boa parte dos docentes não percebe e não questionam a influência negativa que esses livros preconceituosos e excludentes trazem para a autoestima da criança negra, é importante que fiquemos atentos e com um cuidado todo especial ao incluirmos nos programas obras de autores que problematizam e apresentam instigantes questões de discriminação racial através de histórias, contos, crônicas e canções.
Outrora , e a partir desta ideia podemos entender que da mesma forma que na situação problematizadora da situação em detrimento do preconceito racial , foi descrito é de suma relevância que o professor atenuado e pautado para mediar os conflitos , não deixe que em algum momento poderemos supor que essa imagem desvalorizada e inferiorizada dos negros, e por outro lado, a valorização e o enaltecer do branco possa ser internalizada durante a formação do sujeito, esteja tendo grande relevâncias que enobreçam um ou outro , mas que através dos processos socializadores e é necessário ainda, respeitar a cultura e a história dos negros entender e respeitar o que é importante em suas vidas, como sujeitos constituídos de saberes e conhecimentos. 
Assim é importante sensibilizar-nos e não nos silenciar quando esses recebem os apelidos depreciativos, quando são afetados por “brincadeiras” que na maioria das vezes os desqualificam e os ridicularizam pelas características físicas. Assim é indispensável formar professores, para que necessariamente sejam preparados para lidar com a diversidade cultural de seus alunos, não os tratando como iguais, mas sim, educando-os em suas especificidades, no entanto acredita-se na importância que cabe à escola refletir e discutir assuntos que afligem a humanidade em seu dia a dia, dentre eles, podemos destacar como um dos temas mais urgentes e carentes para se debater, a discriminação e o preconceito e suas múltiplas formas de prevenção além da grave influência que terá no desenvolvimento da criança e do adolescente negro.
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho pode favorecer a importância e a relevância que o novo saber chegue ao aluno, e que para tanto será necessário discutir a relevância e contexto sobre o tema preconceito racial que sempre foi um assunto atual e de grande abrangência em nossas escolas, no entanto percebemos constantemente nas aulas as piadinhas, ou até mesmo brincadeiras que mexem com a autoestima de nossos alunos.
É bom levar em consideração 	que o desconforto, na verdade, denuncia nossa indefinição mediante a ideia da diversidade racial. E que as discriminações existem e, são reais e devem ser encaradas como fatos que precisam ser combatidos e resolvidos, não bastando a mera maquiagem da realidade que por si só é discriminatória e colabora para o crescimento do preconceito, do racismo, dos estereótipos e das discriminações sociais.
Enfim o trabalho ainda norteou que valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, e que desta forma é importante continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 
4. REFERÊNCIAS
ARAUJO JR, ANTONIO B; Movimento Negro. Disponível em: < http://portalraizes.org/index.php?view=article&catid=3%3Amovimentos&id=76%3Am ovimento-negro-&format=pdf&option=com_content&Itemid=4> acesso em: 14 de setembro de 2014.
BETONI, Camila. Racismo. 2014. Disponível em: https://www.infoescola.com/sociologia/racismo/. Acesso em: 25 maio 2018. 
BRASIL. CASA CIVIL. Lei nº 10.639, de 09 janeiro de 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/2003/L10.639.htm. Acesso em: 25 maio 2018. 
CASTRO, Mary Garcia; RIBEIRO, Ingrid Radel. Juventude, raça/etnia: diferenciais e desempenho escolar. In.: PINHO, Osmundo; SANSONE, Livio (Org.). Raça: novas perspectivas antropológicas. 2. ed. Salvador: Associação Brasileira de Antropologia: 
EDUFBA, 2008. p. 293-420. 
CHEMIM, Maria do Socorro Araújo. O Negro no Espaço Escolar. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_uepg_hist_pdp_maria_do_socorro_chemim.pdf>. Acesso em: 25 maio 2018. 
FERREIRA. Ricardo Franklin. O Brasileiro, O Racismo Silencioso E A Emancipação do Afro Descendente. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/psoc/v14n1/v14n1a05.pdf - Acesso em: 25 maio 2018. 
FLEURI, Reinaldo Matias. Educação para a diversidade e cidadania. Florianópolis: MOVER/NUP/CED/EAD/UFSC, v.2, 2009. 
Raça e racismo no Brasil, do programa Café Filosófico com o jornalista Carlos Medeiros, 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RFYQ6axQSho>. Acesso em 20 jun. 2018. 
PABIS, Nelsi Antonia; MARTINS, Mario de Souza. Educação e Diversidade Cultural. Guarapuava: Unicentro, 2014.
SANCHES, Wilson et al. Sociedade, Educação e Cultura Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
	TEMA DO PROJETO
	Trabalhando e discutindo os valores : Quebrando tabus.
	Identificação da Escola:
	Colégio Estadual Jornalista Fernando Barreto
	Turma que será Trabalhado:
	Alunos do 9ª Ano do Ens.Fundametal II
	Título do Projeto: Valorização e Diversidade, somos todos iguais
	Objetivos:
	Geral: Conscientizar os estudantes a respeito da população da qual fazem parte, afim de contribuir e eliminar ideologias, desigualdades e estereótipos racistas, relacionando, afim de desenvolver ações pedagógicas durante (12) doze aulas que ressaltem a importância do reconhecimento e valorização do negro ou indígena , afim de extinguir todas as formas de preconceito e discriminação no ambiente escolar.
	Específico: 
Discutir no primeiro momento a importância de respeitar e valorizar os processos históricos de resistência negra e indígena;
Compreender de que forma o respeito as diversidades étnicas são abordadas no dia a dia da escola;
Compreender que forma , professor e comunidade escolar pode-se se construir a dignidade e o respeito em sala de aula , quanto a exclusão social;
	Procedimento Metodológico:
	 Primeiro Momento: (03 aulas) - Faremos uma exibição do longa metragem “O preconceito cega” e discussões e exemplificações sobre, atividade revendo minha prática com questões para analisar/refletir. (2 hrs), em seguida discutir a proposta e fazer uma análise do filme.
Segundo Momento: (03 aulas) - Trabalho e dinâmica em sala sobre os retratos do preconceito no Brasil. Em seguida relatar a situação de ser ou estar excluído na sociedade, modelo de atividade e texto em anexo.
Terceiro Momento: (04 aulas) - Faremos a confecção de cartazes, com base nas análises das letras e canções que retratem sobre a temática, preparar todo material para expor aos demais segmentos da escola
Quarto Momento:(02 aulas) – Levar aoconhecimento de todos da escola , no pátio , expondo as ideias e discutindo a proposta, com coreografia e apresentação de cartazes e mine teatros.
	Recursos:
	Aulas expositivo-interativas como introdução e sínteses com o auxílio de:
data show, som , TV pen drive.
Folha de Ofício , cartolinas , canetas coloridas;
Cola, revistas , tesouras;
Projeção de vídeos, documentários e músicas para debate e articulação com o assunto em pauta; 
Grupos de trabalho;
Pesquisa e confecção de cartazes
	Avaliação :
	Avaliação será processual conforme o desenvolvimento ou participação e interação da turma.
	Referências
	BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico raciais para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília - DF, 2005. 
CARDOSO, Ciro F.; VAINFAS, R. Domínios da história. Ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 
CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação. São Paulo: Contexto, 2000. 
HERMANN, Jacqueline. História das religiões. In: CARDOSO, Ciro F.; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 
ANEXOS
1ª ATIVIDADE
Nesse primeiro momento teremos o curta-metragem em vídeo: “O preconceito cega”, disponível no Educa tube https://www.youtube.com/watch?v=- M3Bf1I8N_k., serve para autocrítica e reflexão sobre os múltiplos olhares de uma convivência em sociedade. Em seguida provocar as seguintes situações:
 Quem são as pessoas que vocês buscam para conviver no dia a dia? 
 São aquelas que mais parecem com vocês?
 Aquelas que pensam agem e gostam das mesmas coisas? 
 É mais fácil conviver com os iguais? Por quê? 
 Vocês concordam que as diferenças afastam as pessoas? 
 Concordam que é legal ser diferente? Por quê ?
2ª ATIVIDADE
Os escravos “A vida do escravo foi pautada pela violência. A retirada forçada da terra natal, os trabalhos pesados e insalubres, a alimentação precária, os castigos frequentes, a desintegração das famílias e das nações africanas marcaram a existência do negro escravizado na América portuguesa. Os africanos escravizados eram tratados como “peças”. No momento da compra, os senhores procuravam adquirir grupos de escravos de diferentes nações africanas para dificultar resistências organizadas. No engenho essas “peças” eram mais uma vez selecionadas. Os escravos que tinham dificuldade de se adaptar aos trabalhos, á língua e aos costumes da colônia eram chamados de boçais. Estes eram destinados ás tarefas cansativas, repetitivas, tanto no eito quanto na casa das máquinas. Os escravos considerados mais capazes para apreender as novas técnicas e manusear equipamentos mais complexos eram os ladinos. Esses cativos estavam presentes nas moendas, nas caldeiras, nas casas de purgar, na casa grande e nas oficinas (olarias, carpintarias, ferrarias). [...] Nos mercados, próximos aos portos de desembarque, a população negra era exposta para ser comercializada. Os preços variavam de acordo com o sexo, a idade e as condições físicas. Dos mercados os africanos escravizados eram levados para os engenhos, para 2º Encontro (4 aulas 12 as minas e para as cidades. A violência da captura na África e da viagem nos tumbeiros também fazia parte do cotidiano dos escravos no Brasil. Além dos trabalhos forçados, castigos eram aplicados para controlar e reprimir os escravos nas fazendas. Para isso, empregavam-se diversos instrumentos de tortura: chicote, troncos, gargalheiras, algemas, correntes, palmatórias [...]”. 
(Projeto Araribá \História, 7º ano. p221-224). 
Atividade 
1 No primeiro encontro discutimos alguns conceitos. Entre eles o de representação social. Sendo assim, após leitura, discussão do texto e observação da imagem abaixo responda: a) quem são as pessoas representadas no texto? 
b) Como essas pessoas são representadas e o que você pensa sobre elas? 
c) Quando você lê textos como este sente vontade de fazer parte de qual grupo dos que são representados?
Texto para discussão:
Racismo no Brasil? Autor: Ilidio Teixeira (Adaptado pela autora da aula. Texto na íntegra disponível no site:
 http://www.spiner.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=901&page=2 ) 
	Racismo no Brasil é, no mínimo, uma atitude de ignorância às próprias origens. Qual é o antepassado do “verdadeiro brasileiro”? Indígena (os primeiros povos a habitar a terra do ‘Pau Brasil’)? Os negros (que foram trazidos para trabalhar como escravos e, ainda, serviram de mercadoria para seus senhores)? Os portugueses (que detém o status de descobridores desta terra)? Porém, pode ser a miscigenação de todas as raças, como vemos hoje? Afinal de contas, aqui se instalaram povos de todos os lugares do mundo. Portugueses, espanhóis, alemães, franceses, japoneses, árabes e, ultimamente, peruanos, bolivianos, paraguaios, uruguaios e até argentinos vivem neste país que é hospitaleiro para com os estrangeiros e, por vezes, hostil com sua própria população. Quantas pessoas mestiças nascidas no Brasil você conhece ou, pelo menos, já viu? 
	Quantas vezes você ouviu alguém dizer que...”meu avô era africano, minha avó espanhola”, ou então...”meu pai é japonês e minha mãe é árabe”? Quando representantes ‘tupiniquins’ participam de eventos esportivos ou sociais, o que vemos são pessoas de diferentes raças, mas apenas um sangue e somente uma paixão: o Brasil. O que existe por aqui é muito racismo camuflado e que todo mundo faz questão de não enxergar. Os alvos, mesmo que inconscientemente, sempre são os mesmos. Negros, mestiços, nordestinos, pessoas fora do padrão da moda, ou seja, obesos, altos demais, baixos ou anões e, principalmente, os mais pobres sofrem com a discriminação. Muitos não conseguem emprego, estudo, dignidade e respeito. Estes não têm vez na sociedade brasileira! Para exemplificar isso, basta visitar as faculdades, os pontos de encontro (como bares, danceterias, teatros e cinemas) ou, até mesmo, se tiver mais coragem, verificar o revés da história, ou seja, favelas e presídios. Claramente, nesses lugares, este racismo hipócrita e camuflado vem à tona e causa espanto em muitas pessoas que não ‘querem’ encarar a verdade dos fatos. Segundo a Constituição Brasileira, qualquer pessoa que se sentir humilhada, desprezada, discriminada, etc...por sua cor de pele, religião, opção sexual...pode recorrer a um processo judicial contra quem cometeu tal atrocidade. Mas, neste país, a verdade é que ninguém encara isto seriamente. Precisamos mudar essa difícil realidade! O brasileiro tem de valorizar suas origens, para que um dia este país tenha condições de lutar com igualdade pelos seus direitos e por todos nós.

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