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Resumo P1 Vigilância Ambiental

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Resumo P1 Vigilância Ambiental (2019.1)
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
Saúde: É o estado completo de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.
Doença: Ausência ou perturbação da saúde. Biologicamente: Conjunto de fenômenos desenvolvidos em organismos que os diferenciam dos demais da mesma espécie, de maneira a situá-los em posição, biologicamente desvantajosa em relação àqueles. Visão holística: É o resultado de uma desarmonia entre o homem/animal e o seu ambiente externo e interno.
Saúde pública: Conjunto de ações (programas, campanhas e políticas públicas) que têm por objetivo promover, proteger e recuperar a saúde individual e/ou de uma população.
Tríade Epidemiológica: A interação entre o agente (físico, químico ou biológico), o hospedeiro (Imunidade, idade, sexo, raça, etc) e o ambiente (clima, qualidade do ar, temperatura, higiene, etc) têm relação estreita com o processo doença/saúde.
Antecedentes do SUS: INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) beneficiava apenas os trabalhadores da economia formal, com carteira assinada, e seus respectivos dependentes, ou seja, não tinha caráter universal.
Fatores Importantes para a criação do SUS: Recursos financeiros insuficientes em relação às necessidades de atendimento, baixa qualidade dos serviços oferecidos, baixa cobertura populacional, insatisfação dos profissionais da área da saúde e da população.
Regulamentação do SUS: Lei nº 8080/90
Objetivos do SUS: Identificação e controle de fatores condicionantes e determinantes da saúde, estabelecer acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde, executar ações de vigilância sanitária e epidemiológica, executar ações de saúde do trabalhador, executar ações de terapêutica integral, incluindo a farmacêutica, etc.
Por que sistema ÚNICO? Pois ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo federal, estadual e municipal. É um conjunto de unidades de serviços e ações que interagem para um fim comum. Busca promoção, proteção e recuperação da saúde.
Promoção da saúde: Representada por ações estruturais e básicas para o bem-estar da população. Ex.: Qualidade da habitação/instalação; Educação; Saneamento básico; renda/trabalho; alimentação de qualidade; lazer.
Prevenção (Proteção): Intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas, reduzindo sua incidência e prevalência nas populações.Exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural da doença, a fim de tornar improvável o progresso posterior daquela. Ex.: Imunoprofilaxia (campanhas de vacinação), controle de vetores, obrigatoriedade de uso de EPIs para prevenir acidentes de trabalho.
Recuperação da Saúde: Intervenções que ocorrem mais tardiamente, ou seja, a doença (ou o agravo) já se estabeleceu e o que se procura é a cura clínica e o retorno das condições de saúde. Ex.: cirurgias, distribuição de medicamentos, fisioterapia, acompanhamento médico, etc.
Princípios Doutrinários do SUS:
UNIVERSALIDADE: Saúde como um direito fundamental ao ser humano, cabendo ao Estado garantir as condições indispensáveis ao seu pleno exercício e o acesso a atenção e assistência à saúde em todos os níveis de complexidade. Ou seja, qualquer cidadão tem direito a ter acesso à saúde, basta solicitar.
EQUIDADE: Todas as pessoas possuem direito aos serviços, porém, as pessoas não são iguais e por isso têm necessidades distintas, com isso temos a necessidade de “tratar desigualmente os desiguais”. Esse princípio visa alcançar a igualdade de oportunidades, sobrevivência, desenvolvimento pessoal e social entre os membros de uma dada sociedade.
INTEGRALIDADE: Visa tratar o homem como um ser integral e indivisível sendo o sistema capaz de prestar assistência integral. Através de um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.
Princípios Organizacionais do SUS:
DESCENTRALIZAÇÃO: Redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, pois quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Esferas Federal, Estadual e Municipal.
REGIONALIZAÇÃO: Constituição de regiões de saúde, considerando as características semelhantes, rede de atenção à saúde, características populacionais, situações de saúde, favorecendo assim, ações mais localizadas para minimizar os problemas da comunidade.
HIERARQUIZAÇÃO: Organiza a rede de atenção à saúde de acordo com os níveis de complexidade: atenção primária, atenção secundária e atenção terciária de saúde.
RESOLUBILIDADE: Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência.
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE: Garante que a população participe do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução.
COMPLEMENTARIEDADE DO SERTOR PRIVADO: Contratação de serviços privados quando por insuficiência do setor público.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Vigilância: Práticas de atenção aos doentes e aos mecanismos adotados para tentar impedir a disseminação das doenças. Ex: Isolamento e quarentena, vacinação, etc.
Vigilância em Saúde: Observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como outros dados relevantes e a disseminação dessas informações a todos que necessitam conhece-la.
Sistemas de Vigilância: PASSIVOS: Tem como fonte de informação a notificação espontânea. ATIVOS: Estabelecimento de um contato direto, com intervalos regulares entre a equipe de vigilância e as fontes de informação. Ex: Clínicas públicas e privadas, laboratórios, etc.
Objetivos da Vigilância em Saúde: Identificar novos problemas de saúde pública; Detectar epidemias; Documentar a disseminação de doenças; Identificar fatores de risco que envolvem a ocorrência de doenças; Avaliar o impacto das medidas de intervenção, etc.
Eixos da Vigilância em Saúde: Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, Vigilância Sanitária, Vigilância em Saúde do Trabalhador e Vigilância alimentar e nutricional.
Vigilância da Situação de Saúde: Desenvolve ações de monitoramento contínuo do País/estado/região/município/território por meio de estudos e análises que revelem o comportamento dos principais indicadores de saúde, priorizando questões relevantes e contribuindo para um planejamento de saúde mais abrangente.
Vigilância Ambiental em Saúde: Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de meio ambiente que interferem na saúde humana. Tem a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde.
Vigilância ambiental Prevenção e Controle de Doenças e Agravos
Análise da situação de saúde: Permite a identificação, descrição, priorização e explicação dos problemas de saúde da população, por intermédio da Caracterização da população, Caracterização das condições de vida, Caracterização do perfil epidemiológico (morbidade e mortalidade) e Descrição dos problemas.
Sistema de Informação em Saúde (SIS): Mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. 
Alguns Sis: Sistema de informação sobre mortalidade (SIM), Sistema de informação sobre nascidos vivos (SINASC), Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), Sistema de notificação de internação hospitalares (SIH), Sistema de Vigilância alimentar e nutricional (SISVAN), Sistema De Informação Da Qualidade Da Água Para Consumo Humano (SISAGUA), etc.
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo humano (VIGIAGUA): A água utilizada para consumo humano e animal é um bem essencial que garante saúde e qualidadede vida à população, quando distribuída em quantidade suficiente e com qualidade que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido na legislação vigente.
- Desempenha um papel importante para garantir a qualidade e segurança da água para consumo humano no Brasil. Campo de Atuação: Todas e quaisquer formas de abastecimento de água coletivas ou individuais na área urbana e rural, de gestão pública ou privada, incluindo as instalações intradomiciliares.
Vigilância em saúde dos riscos associados aos desastres (VIGIDESASTRES): Desenvolver um conjunto de ações a serem adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública para reduzir a exposição da população e dos profissionais de saúde aos riscos de desastres, reduzir doenças e agravos decorrentes dos desastres e reduzir os danos a infraestrutura sanitária de saúde. Redução do risco Manejo do Desastre Recuperação
Educação Ambiental: Garantia de democratização das informações ambientais; Estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; Incentivo à participação individual e coletiva na preservação do equilíbrio do meio ambiente; Fortalecimento da cidadania.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.
Informação para Ação: Monitorar tendências; Estimar o tamanho do problema de saúde [magnitude]; Detectar surtos, epidemias de doenças; Avaliar intervenções e programas de controle e preventivos; Identificar as pesquisas, investigações e estudos necessários.]
Propósito e funções: Fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde Decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos. Atualizar informações sobre a ocorrência de doenças e agravos. Importante instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de atividades técnicas correlatas.
Fontes de dados: Notificação!! Comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Notificação Compulsória: Principal fonte da vigilância epidemiológica, a partir da qual, na maioria das vezes, se desencadeia o processo informação-decisão- ação.
CONTROLE DE VETORES DE IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA
Importância: São transmissores de doenças de importância econômica e para a saúde pública, pois muitas destas são zoonoses. Ex.: Leishmanioses, dengue, zika, chukungunya, febre amarela, doença de chagas, febre maculosa, borreliose, etc.
Controle de vetores: A destruição ou a limitação da população de vetores biológicos reduz significativamente a ocorrência das doenças.
Manejo integrado: São ações combinadas de controle (preventivas e corretivas) direcionadas ao ambiente e preocupadas com o caráter higiênico, ecológico e econômico das práticas. Tem o objetivo de impedir que as pragas e os vetores possam gerar problemas significativos à população humana.
Tipos de Controle:
	Controle mecânico: Envolvem ações de saneamento básico e educação ambiental. Ex.: Coleta e destino adequado do lixo; Drenagem e retificação de criadouros; Destruição de criadouros temporários; Telagem de janelas e recipientes.
	Controle biológico: Consiste na repressão de pragas utilizando inimigos naturais específicos, como predadores, parasitos ou patógenos. Ex.: Peixes, fungos e bactérias.
	Controle Legal: Implica no uso de instrumentos jurídicos (leis e portarias) que exigem, regulamentam ou restigem determinadas ações. Ex.: Leis municipais para coleta e destinação correta de resíduos sólidos; Regulamentação de atividades econômicas críticas (ferro-velho, borracharias); Limpeza de terrenos baldios e Educação ambiental.
	Controle Químico: Uso de produtos químicos para eliminar ou controlar vetores de agentes etiológicos e doenças. É a última alternativa de controle a ser utilizada, uma vez que outras ações menos agressivas e eficazes devem ser prioritárias. Recomenda-se que a utilização de substâncias químicas seja restrita a situações de emergência ou quando não se dispuser de outra ferramenta de intervenção. Uso incorreto pode desenvolver RESISTÊNCIA.
TIPOS DE TRATAMENTO:
	Tratamento Residual (Perifocal): Aplicação de inseticidas de ação residual nas paredes externas. Indicado para localidades recém-infestadas como medida complementar ao tratamento focal. Ex.: Controle de mosquitos anofelinos e A. aegypti, controle de malária.
	Tratamento focal: Aplicação do produto larvicida nos depósitos positivos com o objetivo de eliminar as formas imaturas de mosquitos, que não possam ser eliminadas mecanicamente.
	Tratamento Espacial: Aplicação espacial de inseticidas a UBV. Ex.: Carro fumacê. Vantagens: Redução da população adulta do A. Aegypti, partículas são carregadas pelo ar podendo ser levadas à distâncias compatíveis com a largura dos quarteirões, alto rendimento com maior área tratada por unidade de tempo. Desvantagens: Mão de obra especializada, sofre influência do vento, da chuva e da temperatura, pouca ou nenhuma ação sobre as formas imaturas do vetor, nenhum poder residual, elimina outros insetos quando usado de forma indiscriminalizada.
Métodos de controle de carrapatos: Manejo zootécnico e sanitário; Controle biológico (pássaro Egretta ibis, formiga Solenopsis saevissima, galinhas) e microbiano (bactérias entomopatogênicas, vírus entomopatogênicos, fungos ent...); vacinas; produtos químicos (Acaricidas); Manejo ambiental.
Por que a incidência de Zika reduziu? Se sugere que seja devido ao fato da população apresentar imunidade, por já terem provavelmente tido a infecção sem ter desenvolvido a doença e/ou o mosquito não estar sendo tão eficiente na transmissão, pois a vacina de febre amarela cobre zika também.
Qual a importância de se fazer o monitoramento acarologico do local? Para poder fazer o controle, pois não se acaba com o carrapato com armadilhas. Redes de captura de carrapatos são de extrema importância, pois com elas podemos fazer o diagnóstico, identificar espécies, mensurar o nível de infestação, etc, pra então criar um plano pra área.
ATENÇÃO PRIMÁRIA Á SAÚDE
Atenção primária: Não é saúde barata e sem qualidade para as pessoas pobres e sim, a porta de entrada preferencial do cidadão ao sistema de saúde. Deve ser universal e integral, envolvendo ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde.
Redes de atenção à Saúde (RAS): Arranjos organizativos formados por ações e serviços de saúde com diferentes configurações tecnológicas e missões assistenciais, articulados de forma a complementar e com base territorial. Permite prestar uma assistência contínua a determinada população. 
Equipes de Saúde da Família (ESF): Equipe constituída de médico, enfermeiro, técnico em enfermagem, agente comunitário de saúde (ACS) que vão dar atenção básica e realizar ações de prevenção, recuperação e tratamento de doenças e promoção da saúde, além de ações individuais e coletivas de saúde.
NASF: Núcleo de Apoio à Saúde da Família foram criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. Devem atuar de forma integrada à rede de serviços de saúde, a partir das demandas identificadas no trabalho conjunto com as ESF.
 Papel do Médico Veterinário no SUS: O médico veterinário possui um conhecimento interdisciplinar e é importante no contexto da saúde pública por atuar na prevenção e promoção da saúde humana, por meio da notificação, avaliação epidemiológica e controle das zoonoses, da inspeção e fiscalização sanitária, higiênica e tecnológica de produtos de origem animal e programas de educação sanitária e ambiental. No SUS, o médico veterinário pode atuar nas vigilâncias em saúde, no NASF, nas Comissões Intersetoriaise Permanente e nas Direções Nacional, Estadual e Municipal. 
Atividades e Ações do Médico veterinário no NASF-AB: Avaliação de fatores de risco à saúde, relativos a interação entre os humanos, animais e meio ambiente; Educação em saúde; Prevenção, controle e diagnóstico situacional de riscos e doenças transmissíveis; Orientação quanto a qualificação no manejo de resíduos; Prevenção e controle de doenças veiculadas por alimentos, etc.
Feito por: Clarisse Amorim

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