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Estudo de colisões elásticas e perfeitamente inelásticas - Relatório

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DA TERRA
DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL
Relatório Atividade 05
Raabe Melo de Oliveira
Estudo de colisões elásticas e perfeitamente inelásticas
Objetivos do experimento
	Através das mensuras das velocidades dos carrinhos antes e depois da batida, definir a relação entre as suas energias e momentos iniciais e finais, de modo a verificar as dependências com as massas e condições iniciais, bem como verificar as leis de conservação da energia e momentum.
– Estudar a conservação de energia de momento linear nas colisões elásticas e inelásticas.
– Estudar a conservação de energia nas colisões elásticas e inelásticas.
Introdução Teórica
1. Colisão:
	Colisão é a relação entre dois ou mais corpos, com permutamento de momento linear e energia. Primeiramente procuramos conhecer o comportamento dos corpos após a colisão. Então usaremos as leis de conservação de energia cinética e momento linear, conforme o tipo de colisão elástica ou perfeitamente inelástica.
1.1. Colisões elásticas.
	A colisão é denominada elástica quando ocorre conservação da energia e do momento linear dos corpos envolvidos. A principal característica desse tipo de colisão é que, após o choque, a velocidade das partículas muda de direção, mas a velocidade relativa entre os dois corpos mantém-se igual. 
Figura 01.
	Podemos observar na figura 01 que, após o choque, as esferas passaram a mover-se em sentido contrário ao que tinham antes de colidirem.
	Nesse tipo de colisão, ocorre a conservação da energia e do momento linear. Essa conservação pode ser descrita pelas equações:
Para conservação do momento linear:
Tomando 
Para a conservação da energia cinética:
fórmula
P1. Demostre que, neste caso, as velocidades finais serão dadas por:
fórmula 
fórmula
Fazendo a separação de variáveis
Colocando o termo em comum em evidência
fórmula
Usando agora a equação 02 e realizando o mesmo procedimento feito anteriormente
fórmula
Dividindo a equação 04 pela 03, temos:
fórmula
fórmula
Substituindo a equação 05 na 03, temos:
fórmula
fórmula
fórmula
fórmula
Equação para velocidade final do corpo A.
fórmula
Substituindo a equação 06 na 03, temos:
fórmula
fórmula
fórmula
fórmula
fórmula
fórmula
Equação para velocidade final do corpo B.
fórmula
2. Colisões totalmente inelásticas:
	Se, ao ocorrer uma colisão, não houver conservação da energia cinética, ela será denominada colisão inelástica. Nesse tipo de colisão, a energia pode ser transformada em outra forma, por exemplo, em energia térmica, ocasionando o aumento da temperatura dos objetos que colidiram. Dessa forma, apenas o momento linear é conservado.
	Colisões perfeitamente inelásticas: quando ocorre a perda máxima de energia cinética. Após esse tipo de colisão, os objetos seguem unidos como se fossem um único corpo com massa igual à soma das massas antes do choque. 
Figura 02
	
	Nesse caso, ocorre apenas a conservação do momento linear. Podemos obter uma expressão para a velocidade final dos objetos. 
P2.
Tomando fórmula
Isolando fórmula, temos:
fórmula
P3. Analise as equações anteriores para a colisão elástica e inelástica e diga o que acontece com as velocidades finais quando:
Para a colisão elástica:
fórmula
fórmula
fórmula
fórmula
fórmula
Para a colisão inelástica:
fórmula
fórmula
fórmula
fórmula
Para a colisão elástica:
fórmula
fórmula
fórmula
fórmula
Para a colisão inelástica:
fórmula
fórmula
fórmula
Para a colisão elástica:
fórmula
fórmula
fórmula
fórmula
Para a colisão inelástica:
fórmula
	Material utilizado
– Trilho de ar com compressor.
– Dois carrinhos.
– Batedor para choque elástico.
– Prendedor para choque perfeitamente inelástico.
– Módulo Interface Phywe (basic Unit – Cobra 3)..
– Disparador mecânico.
– Massas adicionais.
– Balança.
– Fios diversos, cabos e o computador com o programa Measure.
Procedimento Experimental
	Começamos o mecanismo verificando se todos os componentes do sensor Phywe estavam conectados e operantes.
	Primeiramente coloca-se o cavaleiro alvo entre os Timer’s 1 e 2 e posiciona o cavaleiro projétil no disparador. Aciona-se o disparador que empurrará o cavaleiro projétil que irá de encontro ao cavaleiro alvo, o cavaleiro alvo ao passar pelo Timer 1 dará possibilidade para que seja analisada sua velocidade inicial, e quando bate no cavaleiro alvo o empurra e, assim, o mesmo passa pelo Timer 2 obtendo dessa maneira a velocidade final dele. No caso do experimento o cavaleiro projétil, ao colidir com o cavaleiro projétil, retorna e passa pelo Timer 1 nos dando a velocidade final dele, ressaltando que a velocidade inicial do cavaleiro alvo é zero. Todas as informações foram visualizadas com o auxilio do programa Measure e a elaboração das planilhas foram feitas no programa Excel.
Choque elástico:
	Coloca-se o dispositivo com a borracha em um carrinho e o batedor laminar no outro carrinho, logo após ligamos o compressor de ar na posição 04 e feito o teste para reconhecer se o atrito foi realmente minimizado. 
	Posteriormente foi disparado o projétil em direção ao alvo parado, e foi lido na tela do computador as respectivas velocidades antes e depois do choque.
	O mesmo procedimento foi realizado para os casos: , fórmula e fórmula, colocando massas adicionais no alvo ou no projétil.
	Todos os dados foram registrados nas tabelas a seguir.
Tabela 01 – Caso 1 – fórmula
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	
	Massa
	Velocidade
inicial 
	Energia
Cinética
inicial 
	Momento 
linear
inicial 
	Velocidade
final
	Energia
Cinética
final
	Momento 
linear
final 
	Projétil
	0,21
	1,308
	0,1796
	0,2747
	0,0
	0
	0
	Alvo 
	0,21
	0,0
	0,0
	0,0
	1,308
	0,1796
	0,2747
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	Energia cinética total do 
sistema 
	0,1796
	0,1796
	Momento linear total do
sistema 
	0,2747
	0,2747
Tabela 02 – Caso 2 – fórmula
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	
	Massa
	Velocidade
inicial 
	Energia
Cinética
inicial 
	Momento 
linear
inicial 
	Velocidade
final
	Energia
Cinética
final
	Momento 
linear
final 
	Projétil
	0,21
	0,235
	0,00579
	0,0494
	-0,04519
	0,0021
	0,0095
	Alvo 
	0,31
	0,0
	0,0
	0,0
	0,1898
	0,0028
	0,0588
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	Energia cinética total do 
sistema 
	0,00579
	0,0049
	Momento linear total do
sistema 
	0,0494
	0,0683
Tabela 03 – Caso 3 – fórmula
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	
	Massa
fórmula
	Velocidade
inicial 
fórmula
	Energia
Cinética
inicial fórmula
	Momento 
linear
inicial 
fórmula
	Velocidade
final
fórmula
	Energia
Cinética
final
fórmula
	Momento 
linear
final 
fórmula
	Projétil
fórmula
	0,31
	1,080
	0,1808
	0,3348
	0,2077
	0,0069
	0,0644
	Alvo fórmula
	0,21
	0,0
	0,0
	0,0
	1,288
	0,2571
	0,3993
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	Energia cinética total do 
sistema fórmula
	0,1808
	0,264
	Momento linear total do
sistema fórmula
	0,3348
	0,4637
Choque perfeitamente inelástico:
	Para realizar o choque perfeitamente inelástico foi preciso trocar os batedores.
	Inicialmente foi colocado o batedor de agulha em um dos carrinhos e o batedor com cera no outro. Foi repetido os mesmos
procedimentos do caso do choque elástico, porém apenas para os casos fórmulaefórmula
Tabela 04 – Caso 01 – fórmula
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	
	Massa
fórmula
	Velocidade
inicial 
fórmula
	Energia
Cinética
inicial fórmula
	Momento 
linear
inicial 
fórmula
	Velocidade
final
fórmula
	Energia
Cinética
final
fórmula
	Momento 
linear
final 
fórmula
	Projétil
	0,21
	1,329
	0,1854
	0,2791
	
0,6645
	0,0464
	0,0927
	Alvo 
	0,21
	0,0
	0,0
	0,0
	0,0464
	0,0927
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	Energia cinética total do 
sistema fórmula
	0,1854
	0,0928
	Momento linear total do
sistema fórmula
	0,2791
	0,1854
Tabela 05 – Caso 2 – fórmula
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	
	Massa
fórmula
	Velocidade
inicial 
fórmula
	Energia
Cinética
inicial fórmula
	Momento 
linear
inicial 
fórmula
	Velocidade
final
fórmula
	Energia
Cinética
final
fórmula
	Momento 
linear
final 
fórmula
	Projétil
	0,21
	1,287
	0,1740
	0,2703
	
0,5198
	0,0284
	0,1092
	Alvo 
	0,31
	0,0
	0,0
	0,0
	0,0419
	0,1246
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	Energia cinética total do 
sistema fórmula
	0,1740
	0,0703
	Momento linear total do
sistema fórmula
	0,2703
	0,2338
Análise dos resultados
	Nos casos estudados percebemos que o momento linear inicial não foi exatamente igual ao momento linear final. No entanto, nos estamos lidamos com os resultados de um experimento o qual está sujeito a erros, então, usaremos outro critério para analisarmos os dados obtidos. 
	O critério aqui utilizado será uma análise estatística dos erros experimentais. Mais especificamente, será necessário calcular o desvio padrão de cada uma das medidas e verificar a margem de erro. Considerando que o erro relativo admissível nas medidas deve ser de:
	5% para o momento linear ( o que equivale a % de erro no valor de P )
	7% para a energia ( o que equivale a fórmula% de erro no valor de E)
	Erros percentuais:
%
fórmula%
	Se fórmula%, então . E a mesma lógica se aplica para a energia.
Tabela 06
	Choque
Elástico
	
Energia cinética
inicial fórmula
	fórmula
Energia cinética
final fórmula
	Erro percentual
para a
Energia
Cinética
	fórmula
Momento linear inicial
fórmula
	fórmula
Momento linear final
fórmula
	Erro percentual
para o 
Momento 
linear
	
	0,1796
	0,1796
	0%
	0,2747
	0,2747
	0%
	fórmula
	0,00579
	0,0049
	15,4%
	0,0494
	0,0683
	38%
	fórmula
	0,1808
	0,264
	46%
	0,3348
	0,4637
	38%
Tabela 07
	Choque
Inelástico
	
Energia cinética
inicial 
	
Energia cinética
final 
	Erro percentual
para a
Energia
Cinética
	
Momento linear inicial
	
Momento linear final
	Erro percentual
para o 
Momento 
linear
	
	0,1854
	0,0928
	49%
	0,2791
	0,1854
	18%
	
	0,1740
	0,0703
	59,6%
	0,2703
	0,2338
	13%
			6.2 Choque perfeitamente elástico:
P4. Verifique se o choque foi de fato, perfeitamente elástico nos três casos analisados. Explique a sua resposta.
	pode-se dizer que são de fato choques perfeitamente elástico pois o pequeno “elástico”, que fez papel de uma mola, na ponta do cavaleiro transformou energia cinética em energia potencial elástica e em seguida em energia cinética novamente. Apesar dos erros observados terem sido diferentes de 5% para o momento linear e 7% para a energia cinética.
P.5 A quantidade de movimento linear se conservou?
	Somente o primeiro caso teve o seu momento angular conservado, ao qual obtivemos um erro percentual de 0%.
	O momento linear não foi conservado nos dois últimos casos, pois os erros percentuais calculados foi superior a 5%.
P.6 O que prevê a teoria para os casos analisados?
	A teoria afirma que o momento linear e a energia cinética é conservada para os choques perfeitamente elásticos, porém devidos a erros sistemáticos e outros, não foi possível observar esta afirmação em alguns dos casos.
			6.3 Choque perfeitamente inelástico:
P.7 A energia cinética foi conservada nos dois casos?
	 No choque perfeitamente inelástico como esperado a energia cinética não se conservou porem o momento linear também não, provavelmente pelos mesmos motivos supra citados para o choque elástico.
P.8 A quantidade de momento linear se conservou?
	Não podemos dizer que o momento linear se conservou, pois o error percentual calculado foi superior a 5%.
P.9 O que prevê a teoria para os casos analisados?
	Como explicado anteriormente para o choque perfeitamente inelástico a energia cinética não se conserva, somente o momento linear, porém como foi afirmando antes, não foi possível observar esta afirmação neste experimento.
Conclusão
	Comparando os três caso para a proposta de choques elásticos executados no experimento, pode-se dizer que são de fato choques perfeitamente elástico pois o pequeno “elástico”, que fez papel de uma mola, na ponta do cavaleiro transformou energia cinética em energia potencial elástica e em seguida em energia cinética novamente. Porem em um olhar mais detalhado e comparando com os requisitos mínimos para verificar a conservação de energia cinética e momento linear na qual diz que o erro para energia cinética deve ser de 7% e para o momento linear de cerca de 5%. Assim constatamos que não houve conservação de energia cinética nem de momento linear principalmente por fatores externos, como um pequeno desnivelamento no trilho de ar e também pelo sistema não ser fechado o que acarreta perda de energia. No choque perfeitamente inelástico como esperado a energia cinética não se conservou porem o momento linear também não, provavelmente pelos mesmos motivos supra citados.
Bibliografia
HALLIDAY, David, RESNIK Robert, KRANE, Denneth S. Física 1, volume 1, 4. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. 326 p.

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