Linguagens da Arte e Regionalidades prova

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02/12/2017 BDQ Prova
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EDMILSON LIRA MADUREIRA SEGUNDO
201609090683 EAD ABDIAS DE CARVALHO - PE
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Disciplina: LINGUAGENS DA ARTE E REGIONALIDADES
Avaliação: CEL0247_AV_201609090683 Data: 17/06/2017 17:22:19 (F) Critério: AV
Aluno: 201609090683 - EDMILSON LIRA MADUREIRA SEGUNDO
Nota Prova: 8,0 de 8,0 Nota Partic.: 0,0 Av. Parcial.: 2,0 Nota SIA: 10,0 pts
 
LINGUAGENS DA ARTE E REGIONALIDADES 
 
 1a Questão (Ref.: 91308) Pontos: 1,0 / 1,0
Descreva um pouco do período da censura no Brasil.
Resposta: No século passado, vivemos dois momentos de grande censura: a Ditadura Vargas (1937-1945) e
Ditadura cívico-militar que se iniciou em 1964 e durou até 1985 mais ou menos (com a reabertura e eleição indireta
de Tancredo Neves). Nesses momentos, os artistas não podiam criticar os regimes totalitários e eram perseguidos
quando o faziam. Muitas vezes artistas eram presos e forçados ao exílio, além de muitos terem sido torturados. Por
conta da censura, os artistas eram obrigados a buscar novas formas de se expressar, formas indiretas (metafóricas
e alegóricas) para escapar do crivo dos censores e conseguirem fazer suas criticas chegarem ao público.
Gabarito: Os artistas e intelectuais, principalmente, sofreram perseguições.
 2a Questão (Ref.: 161049) Pontos: 1,0 / 1,0
Segundo o crítico Silviano Santiago, talvez ¿do ponto de vista sociológico, estejamos diante de uma geração que
curte o gregário, estando pois impossibilitada de aceitar a regra maior para a leitura do texto literário, a solidão¿.
Isso explicaria a migração de poetas para a condição de compositor. Comente esta citação, relacionando música e
literatura.
Resposta: O fazer literário exigiria dos escritores/poetas muita solidão. Como a geração apontada pelo crítico não é
de ruminar solitariamente para compor/escrever, essa geração opta pela composição musical, pela musica popular,
cujo fazer é menos solitário, sendo muito pautado por parcerias, como as de Vinicius de Morais e Toquinho, Chico
Buarque e Tom Jombim.
Gabarito: A literatura tem uma relação com a música desde sua origem. Nos dias atuais, composições musicais têm
sido objeto de estudos como texto literário, devido à sofisticação de algumas letras de música.
 3a Questão (Ref.: 21243) Pontos: 1,0 / 1,0
Podemos afirmar que a origem da obra de arte encontra-se:
no cosmos
na realidade
no cosmos
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 no artista
na urbanidade
 Gabarito Comentado.
 4a Questão (Ref.: 21251) Pontos: 1,0 / 1,0
O que torna a obra de arte um cânone?
 O reconhecimento da recepção crítica e pública da originalidade e capacidade de expansão das ideias
propostas pela obra.
O valor monetário a ela atribuído pelo mercado internacional.
A sua permanência nos catálogos dos museus.
A qualidade de representação da realidade.
O reconhecimento do valor do artista a partir da criação de obras anteriores aceitas pela crítica.
 Gabarito Comentado.
 5a Questão (Ref.: 91333) Pontos: 1,0 / 1,0
Assinale a única alternativa que NÃO representa uma proposta da arte barroca
A arte barroca propõe a elevação do homem ao plano espiritual
 A arte barroca, pela riqueza dos materiais utilizados, representa o valor da vida humana
A arte barroca representa a finitude e a fragilidade humana diante de Deus
A arte barroca propaga a ideologia cristã.
A arte barroca consolida a ideia de que a vida humana é provisória
 Gabarito Comentado.
 6a Questão (Ref.: 246814) Pontos: 1,0 / 1,0
Os teóricos da pós-modernidade discutem o conceito de dialogismo e intertextualidade, a fim de compreenderem o
fazer artístico fundamentado em referências anteriores. No entanto, a crítica especializada e os espectadores
precisam ter cautela, pois é comum que obras sejam plagiadas sob a alegação de que é impossível criar algo
absolutamente novo. Esta reflexão nos leva ao conceito de plágio. Identifique a alternativa que o define
corretamente.
Plágio é um conceito que propõe ser impossível, na pós-modernidade, o surgimento de gênios capazes de
criar obras inovadoras.
Plágio é um conceito que justifica a admiração do artista pelo cânone ou modelo que o antecede.
 Plágio é um conceito que se estabelece ao identificarmos uma obra como uma produção mecânica e
intencional, sem o acréscimo de saberes individuais do artista que se inspira em um cânone ou modelo.
Plágio é um conceito que propõe ser a arte um produto mercadológico, portanto, sendo permitido ao artista
elaborar várias cópias da mesma obra produzida.
Plágio é um conceito que nos permite identificar a falta de criatividade de um artista, o qual se limita a
copiar várias referências artísticas em uma mesma obra.
 Gabarito Comentado.
 7a Questão (Ref.: 27438) Pontos: 0,5 / 0,5
 
Leia o texto abaixo:
 
A posição do clero em relação aos negros foi bastante obtusa desde o período colonial no Brasil ,
visto que a catequese tinham como o objetivo maior o índio, numa retomada do conceito do "bom
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selvagem" que estava à margem de um sistema cultural e, por isso, seria mais facilmente
"convertido". Por isso, muitos religiosos advogavam a causa da escravidão negra,/.../Tal fizeram
apoiados na Bula Papal expedida em 1537 e aplicada às colônias, em que se reconhecia a
superioridade do índio frente ao negro que, por ser considerado inferior, não alcançaria o reino dos
céus em vida. 
 (Texto adaptado de O ensino das Literaturas Africanas e Afro-Brasileira e os desafios à práxis educacional e à
promoção humana na contemporaneidade, Robson Dutra)
 
Segundo o texto,o índio visto pelo ângulo da catequese foi construído ideologicamente como um
elemento impossível de ser escravizado, reforçado pela idéia de que seria mais facilmente
convertido do que o negro.O mito que reforça essa idéia é o :
 
 
da raça inferior
da superioridade do negro
do herói digno e bravo árcade
da igualdade das raças
 do bom selvagem
 8a Questão (Ref.: 12221) Pontos: 0,5 / 0,5
Ao reeditar seu primeiro livro – Alguma poesia –, Carlos Drummond de Andrade suprimiu dois poemas, a saber, “Eu
também já fui brasileiro” e “Europa, França e Bahia”, mas incluiu “Sentimental”. Leia os trechos dos poemas abaixo
para responder o que se pede:
Eu também já fui brasileiro: "Eu também já fui brasileiro/ Moreno como vocês./ Ponteei viola, guiei forde/ e aprendi
na mesa dos bares/ que o nacionalismo é uma virtude/ Mas há uma hora em que os bares se fecham/ e todas as
virtudes se negam./ […]" Europa, França e Bahia: " […] Meus olhos brasileiros se enjoam da Europa./ […]/ Chega!/
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos./ Minha boca procura a "Canção do Exílio"./ Como era mesmo a "Canção
do Exílio"?/ Eu tão esquecido de minha terra.../ Ai terra que tem palmeiras/ onde canta o sabiá!" Sentimental:
"Ponho-me a escrever teu nome/ com letras de macarrão./ No prato, a sopa esfria, cheia de escamas/ e
debruçados na mesa todos contemplam/ esse romântico trabalho.// Desgraçadamente falta uma letra,/ uma letra
somente/ para acabar teu nome!/ Eu estava sonhando.../ E há em todas as consciências este cartaz amarelo:/
”Neste país é proibido sonhar.”" 
Assinale a alternativa que traz uma declaração de Drummond, em carta a Mário de Andrade, que tenha relação com
mudança na estrutura do livro.
“Tímido e inexperiente como sou, acompanho com interesse as suas pesquisas e tentativas no sentido de
‘“estilizar o brasileiro vulgar’; não me meto nelas porque, para mim, ainda é cedo. Não fiz a volta à língua,
nem me libertei de todo da carga filológica que todos nós trazemos do grupo escolar.” (ANDRADE, Carlos
Drummond de & ANDRADE, Mário de. Correspondência de Carlos Drummond de Andradee Mário de
Andrade. Rio de Janeiro: Bem-Te-Vi, 2002. p.108)
“É sobre o Osvaldo, e não pode prestar porque, além de eu não fazer crítica que preste, foi feito em
condições particularmente penosas. Brinquei um pouco com Osvaldo; diga se fui injusto. Não quis sê-lo, isso
não. O povo talvez não compreenda, mas ele, você, alguns mais compreenderão.” (ANDRADE, Carlos
Drummond de & ANDRADE, Mário. Op. cit. p.165)
“Não me sinto capaz de grandes coisas, por isso também não sinto dificuldade em renunciar a executá-las.
[…] E não me queira mal, se um dia eu te escrever que rasguei o meu caderno de versos.” (ANDRADE,
Carlos Drummond de & ANDRADE, Mário. Op. cit. p.208)
 “Também eu já estou aporrinhando de brasileirismo confessado. Meu brasileirismo agora já está assimilado,
já faz parte de mim, não me preocupa mais. Se não enxergo errado em mim mesmo, estou percebendo que
meus versos agora pendem para um sem-vergonhismo dos sentidos quase ingênuo de tão cínico, e se
preocupam cada vez mais em falar de mulher, de amor, de besteiras universais, não de Brasil, de palmeiras,
onças, papagaios, Ouro Preto etc..” (ANDRADE, Carlos Drummond de & ANDRADE, Mário. Op. cit. p.325-
326)
“O resto falhou, mas a boa vontade continua. Tem muitíssimos defeitos, a colaboração é o que há de mais
arca-de-Noé, a parte material não agrada, mas em Minas é isso mesmo, não se pode fazer muito melhor do
que fizemos. Teu magnífico ‘Capítulo’ salvou a nossa honra literária, comprometida pelo inevitável
passadismo de alguns colaboradores. Obrigado pelo inestimável apoio que você nos deu.” (ANDRADE, Carlos
Drummond de & ANDRADE, Mário. Op. cit. p.133)
 9a Questão (Ref.: 21271) Pontos: 0,5 / 0,5
02/12/2017 BDQ Prova
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São características do Concretismo:
a exploração máxima da sonoridade das palavras e de seus múltiplos significados
a invenção de palavras, a musicalidade dos versos e os temas tradicionais como o amor
a invenção de sons e a elaboração de imagens
 o grafismo das palavras, a atividade visual e o abandono da sintaxe tradicional.
os versos longos, a sonoridade das palavras e a invenção de vocábulos
 10a Questão (Ref.: 11873) Pontos: 0,5 / 0,5
"Como é difícil acordar calado/ Se na calada da noite eu me dano/ Quero lançar um grito desumano/ Que é uma
maneira de ser escutado/ Esse silêncio todo me atordoa/ Atordoado eu permaneço atento/ Na arquibancada pra
qualquer momento/ Ver emergir o monstro da lagoa." Esses versos foram extraídos da canção “Cálice”, de autoria
de Chico Buarque e Gilberto Gil.
Que aspectos do contexto brasileiro da época estão metaforizados nos versos citados?
 Censura e anticomunismo.
Eleições diretas e censura.
Abertura política e tortura.
Eleições diretas e militarismo.
Repressão e voto universal.
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