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Linguagens da arte e regionalidades Aula 07: Arte e sexualidade Apresentação Nessa aula, discutiremos as relações de gênero nas manifestações artísticas, considerando as revoluções políticas e culturais que modi�caram a sociedade patriarcal. Além disso, conheceremos os fatos que deram origem ao surgimento das expressões femininas e do movimento feminista e re�etiremos sobre a livre expressão da arte homoerótica, tendo como base de discussão o processo artístico. Objetivo Reconhecer a importância da mulher no cenário cultural e político; Conhecer o percurso que as mulheres traçaram na luta por igualdade de direitos; Compreender o conceito de arte homoerótica. Arte e sexualidade A arte tem como objetivo expressar o pensamento, o sentimento e as experiências humanas. Ao trabalhar a sua matéria-prima, o artista, mais do que elaborar um objeto estético, cria a expressão do próprio ser humano. Assim, todas as atividades humanas são passíveis de representação artística. Não poderia ser diferente com a sexualidade. Desde a Antiguidade Clássica, há o interesse em desvendar os mistérios da sexualidade humana. Artistas diversos estudaram o tema e o representaram em suas obras. É preciso, no entanto, contextualizarmos adequadamente a expressão artística do sexo. Para isso, é necessário entendermos que, no período greco-romano (Antiguidade Clássica), a sexualidade era compreendida de forma muito diferente do que se estabelece no mundo contemporâneo. Os achados arqueológicos e estudos sobre a cultura grega evidenciam que o amor, na forma de Eros (o deus do amor), era uma busca do belo: contemplavam-se os corpos e praticava-se o sexo em busca do belo e do bem, o que levaria ao equilíbrio do homem e da polis (cidade). Eros, o deus do amor, é um dos mais representados pelos artistas gregos. A palavra erotismo, que tem sua origem em Eros, não deve ser confundida com o sentido dado à palavra pornogra�a. Erotismo é uma força geradora da vida, da beleza, da inspiração artística e não apenas uma relação física entre duas pessoas. Na Teogonia de Hesíodo (séc. VII a.C.), Eros é um dos três deuses que existem antes da formação do universo: primeiro, foi o Abismo (Caos), depois a Terra (Gaia) e, por �m, o Amor (Eros)1. Os gregos criaram a deusa do Amor chamada Afrodite, considerada, primeiramente, uma subalterna de Eros, depois, con�gurada como mãe de Eros. A representação dos dois deuses em harmonia deve-se aos artistas gregos. Na cultura romana, esses deuses foram substituídos por Cupido e Vênus. É, ainda, segundo a versão romana, que surge a �gura de Psique, terceira �lha de um rei que é adorada pelos homens em virtude de sua beleza e, por esse motivo, desperta a fúria de Vênus. A deusa, irritada, exige que seu �lho, Cupido (ou Amor), castigue a rival, mas ele se encanta por Pisque (Alma) e a leva para um palácio onde, na forma de noivo invisível, contrai núpcias com a amada. Na poesia ocidental, Eros foi citado mais comumente pelo nome Amor. Na Idade Média e no Renascimento, registra-se, especialmente no discurso literário, a dualidade Amor sagrado (pureza, salvação) x Amor profano (sensualidade, pecado). Também se tornou mais constante a representação de Eros (Amor), e não Cupido, como o par constante de Pisque. Em relação aos aspectos humanos, na cultura greco-romana, as mulheres não tinham prestígio social. Reduzidas socialmente à condição de escravas, tinham apenas a função de reproduzir a casta grega; portanto, somente a relação entre homens era tratada com prestígio. Todavia, não é correto falar em homossexualidade na Antiguidade Clássica, já que as classi�cações para as práticas sexuais que hoje conhecemos não eram utilizadas pelos gregos nem pelos romanos. A sociedade grega reconhecia um modelo relacional humano que associava duas �guras: o erastas, um homem mais velho, responsável, e o erômena, um jovem discípulo mantido em todas as estâncias pelos erastas. Tratava-se de uma organização social que tinha como principal objetivo formar cidadãos responsáveis e conscientes para constituir uma sociedade equilibrada. Outro aspecto que deve ser destacado na compreensão das manifestações artísticas da sexualidade é a diferença de gêneros (homem x mulher) que se estabelece desde o período greco-romano até nossos dias. Se na Antiguidade Clássica a mulher era tida como escrava, foi preciso um longo caminho para que a �gura feminina conquistasse, tanto na sociedade como nas artes, o prestígio que reivindica há tempos. É esse percurso que iremos trilhar nesta aula. As relações de gênero nas manifestações artísticas A poetisa grega Safo teria nascido na ilha grega de Lesbos, entre 630 e 612 a.C. Filha de familia rica e aristrocrática, estudou dança, retórica e poética. Exilou-se na ilha de Lesbos por questões políticas. Era amada pelo poeta Alceu, mas o rejeitou através de um discurso que sobrepõe a �gura feminina ao assédio masculino. Como ensinava a discípulas, logo surgiram estórias do envolvimento amoroso de Safo com suas "hetairas", especialmente Átis, o que acabou sendo con�rmado em poema a ela dedicado. No entanto, conta a história que Safo apaixonou-se por Faon e foi por ele rejeitada, motivo que a levou ao suicídio, jogando-se no mar. Oh pura Safo, de violetas coroada e de suave sorriso, queria dizer-te algo, mas a vergonha me impede. (Alceu) Temos na �gura de Safo e seus envolvimentos afetivos, sejam eles lendários ou reais, uma das primeiras representações artísticas das relações de gênero, nas quais homens e mulheres serão retratados em con�itos amorosos e sociais e, às vezes, em encontros que marcaram a história da humanidade. Se teus desejos fossem decentes e nobres e tua língua incapaz de proferir baixezas, não permitirias que a vergonha te nublasse os olhos - dirias claramente aquilo que desejasses. (Safo) A mulher e a arte nas expressões femininas e feministas Durante a Antiguidade Clássica, a mulher era considerada escrava e a sua imagem era representada por deusas ou ninfas. Na Idade Média, embora sem a marca social de escravidão, a subalternidade continuou prevalecendo e a �gura feminina �cou restringida a dois modelos distintos: a nobre, representada na �gura da Dama da Corte, e a camponesa ou pastora. As cantigas medievais (poemas cantados por homens conhecidos como trovadores ou jograis) mantinham, na arte, a mesma divisão social: às Damas era oferecido o amor sublime e espiritualizado (Cantigas de Amor) e às camponesas e pastoras, o amor carnal (Cantigas de Amigo). A Igreja Cristã reforçou o sinal negativo que antecede a �gura, associando-a ao pecado. Somente através da maternidade (como a Virgem), ela poderia salvar-se. A condição feminina torna-se um peso ainda maior durante a Inquisição, pois qualidades inerentes à mulher ou por ela desenvolvidas, de acordo com as exigências sociais de seu tempo (percepção aguçada, sensibilidade, afeto) poderiam ser consideradas atos de bruxaria. Na Demanda do Santo Graal, novela de cavalaria de temática religiosa cuja origem remonta ao século XIII, as mulheres aparecem como malé�cas, como é caso da fada Morgana, ou pecadoras, que levariam o homem à perdição, conduta da rainha Guinevère: "— Ai, Lancelot! Tão mau foi o dia em que vos conheci! Tais são os galardões do vosso amor! Vós me lançastes neste grande sofrimento em que me vedes; e eu vos lançarei em tão grande ou maior, e pesa-me muito, porque estou perdida e condenada ao grande sofrimento do inferno; não queria que acontecesse assim a vós, antes queria que acontecesse a mim, se a Deus prouvesse." Na literatura do século XIX, a mulher está sempre vinculada a algum estereótipo: ou é idealizada pelo Romantismo ou estigmatizada e associada ao erotismo pelo vínculo com o pecado original, como aparece no Realismo/Naturalismo. Com a evolução da sociedade e a partir de importantes fatos históricos que revolucionaram o pensamento e o comportamento humanos, as mulheres vão conquistando, aospoucos, o direito de expressar suas opiniões e reivindicar igualdade de condições com os homens. A Revolução Francesa (1789) encorajou muitas mulheres a denunciar as sujeições a que eram submetidas, criando clubes de ativistas femininas. No séc. XIX, as mulheres reivindicaram o direito à participação política, pelo voto, e a uma especialização pro�ssional, desejo incrementado pela Revolução Industrial (1750) e a absorção do trabalho feminino nas fábricas têxteis. Os Estados Unidos e a Inglaterra, países mais desenvolvidos, são pioneiros na luta pelos direitos das mulheres. Com a Revolução Russa (1917), as mulheres conquistaram o direito ao voto, o que aconteceu gradativamente em diversos países da Europa; No Brasil, essa conquista se deu apenas em 1932. Após a Segunda Guerra Mundial, o movimento feminista ganhou fôlego com as publicações de O segundo sexo (1949), da francesa Simone de Beauvoir e de A mística feminina (1963), da americana Betty Friedan, livro que critica a ideia de que a mulher só se realiza através da criação dos �lhos e de atividades domésticas. Surge o Women's Liberation (movimento de libertação da mulher), conhecido como Women's Lib (1964). Mais do que conquistar direitos civis, as mulheres almejavam descrever sua condição de oprimidas pela cultura masculina. Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir Passeata em favor do direito das mulheres, nos Estados Unidos. Relações entre o feminismo, mulher e literatura - As mulheres na Literatura Brasileira Assim como em diversas áreas do saber, a mulher foi, na literatura, de�nida segundo os interesses do mundo masculino. Mas, quando a mulher se torna escritora, as denúncias contra a opressão de que são vítimas se fazem notar. Nísia Flores Brasileira (1810-1885), por exemplo, fez uma adaptação do livro da inglesa Mary Wollstocraft intitulado Vindication of the rigts of woman, que recebeu, em português, o título Direito das mulheres e injustiça dos homens, publicado em 1832. No século XX, Ercília Nogueira Cobra (1891) chocou a sociedade brasileira com sua obra Virgindade inútil – Novela de uma revoltada, cujo lançamento coincidiu com a Semana da Arte Moderna em 1922. O romance tematiza a natureza feminina, enfatizando a exploração social e sexual da mulher. Por suas ideias feministas, a autora foi presa e torturada pela ditadura Vargas. Segundo os biógrafos de Ercília Nogueira Cobra, a autora afastou-se da família, juntamente com a irmã Estela, ambas ainda menores de idade, por divergências no campo das ideias. Depois disso, as informações que os familiares obtinham eram conseguidas por publicações de livros, ocupação como pianista em teatros ou participação em eventos culturais. Os últimos registros que se têm da autora são de 1964, em Caxias do Sul. Depois disso, nenhuma informação foi obtida sobre Ercília Cobra ou sua irmã. Deve-se incluir, no rol das primeiras escritoras no Brasil, a �gura de Teresa Margarida da Silva e Orta (1711 ou 1712-1793), que escreveu Aventuras de Diófanes (1752). No entanto, a obra dessa autora, que teria sido a primeira mulher a publicar um romance, não possui caráter feminista. Ao contrário, sua obra é de cunho moralista, muito embora Teresa Margarida, em sua biogra�a, registre um casamento contra a vontade do pai, o que, para a época, seria uma ousadia típica da conduta de uma feminista. A imprensa foi um importante instrumento de emancipação feminina a partir do século XIX. Embora os periódicos tivessem como proposta central atender a um universo estritamente feminino (e não feminista), com orientações sobre moda e receitas culinárias, foi nessas revistas que as mulheres puderam publicar seus textos, primeiramente apenas literários e, depois, de caráter político. Segundo Nádia Battella Gotlib, a revista Correio das Modas (1839-1841) instruía a mulher com literatura, crônicas de Bailes e teatros, apresentando a cultura da Europa, e o Jornal das Senhoras, em 1852, dedicava-se a educar a mulher objetivando livrá-la do peso de ser propriedade do homem. Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) dedicou-se à literatura e ao jornalismo por mais de quarenta anos. A certa altura, engaja-se na luta pela emancipação feminina, integrando o grupo da Legião da Mulher Brasileira, liderado por Bertha Lutz (1894-1976), pioneira do feminismo no Brasil. No século XX, as mulheres escritoras já não são colocadas à parte do cenário da literatura nacional. Ao lado de �guras respeitadas nas artes plásticas como Tarsila do Amaral e Anita Malfatti, outras mulheres se destacam na cena cultural. Rachel de Queirós, Clarice Lispector, Cecília Meirelles, Adélia Padro e Hilda Hilst, entre tantas importantes autoras, marcaram a literatura brasileira com uma escrita feminina. Aos poucos, a mulher brasileira — apesar de sobre ela ainda pesar o olhar masculino severo e incrédulo de outros valores da mulher que não são aqueles por elas desejados — conquistar seu espaço na sociedade e na arte literária. Com licença poética Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir. Não sou tão feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos ─ dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou. Adélia Prado A livre expressão da arte homoerótica O conceito de homossexualidade surge com o advento do cristianismo; relações homoafetivas (entre pessoas do mesmo sexo), no entanto, sempre existiram na humanidade. De�ni-las e estabelecer critérios morais e éticos para classi�cá-las depende de cada época histórica, dos ideais propostos e do exercício de liberdade permitido. É comum que, em países de forte tradição religiosa, especialmente se a procriação for um �m e não um meio para a existência humana, as relações homoeróticas sejam discriminadas e, muitas vezes, punidas por força da lei. No entanto, diversos outros países consideram um direito de todo cidadão orientar sua vida pessoal. O Brasil concilia-se com essa proposta e, recentemente, o direito legal ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecido e abriu-se uma frente de debates que tem colocado o tema em pauta no cotidiano dos brasileiros. As leis que se fazem têm respaldo na ciência, pois há muito as práticas homossexuais deixaram de ser consideradas uma doença. No entanto, a livre expressão homoerótica não é uma realidade, visto serem os comportamentos sociais delimitados historicamente. Assim, a arte homoerótica — e no que consiste o tema de nosso estudo — é, muitas vezes, a única possibilidade de expressão homoafetiva, pois além do valor artístico, vale-se dos fundamentos básicos da arte: re�etir sobre o homem e a sociedade e revolucionar os costumes. Muitas vezes, o preço da ousadia é alto demais. Em busca da expressão e da visibilidade, artistas do mundo todo aderiram ao Queer Art ou Homo Art, movimento artístico que ganhou força na Europa e nos Estados Unidos a partir da década de 90. O cinema se destaca na discussão sobre homossexualidade, porém, quase sempre com o objetivo de discutir o tema com amplitude social. Filmes cuja estética e proposta sejam expressões únicas do mundo gay são mais raros. Dentre os grandes cineastas, o espanhol Pedro Almodóvar ganhou notoriedade especialmente por seguir uma tendência, ao mesmo tempo social e conceitual, quando o assunto é homoerotismo, o que se pode veri�car em sucessos como A Lei do Desejo e Má Educação. s artes plásticas são outro instrumento tradicional de expressão homoerótica. Tanto na Antiguidade Clássica (como já discutido nesta aula) quanto no Renascimento, o homoerotismo permeia as telas e esculturas, deforma direta ou apenas em alusão. Leonardo da Vinci e Michelangelo idealizaram e realizaram obras que são constantemente associadas às discussões sobre tendências artísticas homoeróticas, seja pelo caráter polêmico de sua vida e de sua obra, no caso de Leonardo da Vinci, seja por uma construção estética ambígua, caso de Michelangelo, em cuja obra as �guras humanas não têm claramente de�nidas as fronteiras da sexualidade: as mulheres representadas são extremamente viris (corpos musculosos e gestos incisivos) e os homens são lânguidos, quase femininos. A partir da segunda metade do século XX, a arte homoerótica conquistou maior visibilidade. No Brasil, ainda sem alcançar os resultados desejados, os artistas plásticos lutam por reconhecimento. Destaca-se o nome Leonilson (1957-1993), com sua estética altamente subjetiva. No Rio de Janeiro, foi realizada uma exposição pioneira intitulada Correspondências (1995). E a internet tornou-se um importante instrumento de divulgação da arte homoerótica com a nova tendência de expressão, que é a arte digital. A arte literária, entre todas as outras, foi o território no qual mais livremente transitou a �gura do homossexual (masculino e feminino) e o tema do homoerotismo. Romances realistas e naturalistas, em Portugal e no Brasil, apresentavam com frequência personagens que serviam ao debate ou que suscitavam polêmicas entre os críticos. Autores portugueses ousaram representar o homoerotismo nas letras, como Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) — que tem alguns de seus poemas musicados e gravados por Adriana Calcanhoto — e Al Berto (Alberto Raposo Pidwell Tavares, 1948- 1997), cujo nome foi dividido para representar a sua identidade partida. O poeta português Antonio Botto (1902-1959), cuja poesia está reunida em um único livro, Canções (1921-22), faz surgir em seus poemas o objeto do desejo revelando sua homossexualidade (apesar de ter sido casado com Carminda Rodrigues, com quem teve uma forte ligação, até o �m de sua vida). Perseguido em Portugal (seus livros foram apreendidos por ordem do governo, o poeta foi demitido de um órgão público e era alvo constante de sarcasmo em teatros, livrarias e cafés), exilou-se voluntariamente no Brasil a partir de 1949, onde faleceu. Autores contemporâneos têm conseguido expressar mais livremente a sua arte homoerótica na literatura. A poesia tornou-se o veículo natural do tema. Glauco Mattoso, Roberto Piva, Antonio Cícero e Wally Salomão são nomes que devem ser respeitados, antes de tudo, pela arte que produzem com a consciência dos direitos de todos à liberdade de expressão artística. Antonio Botto (fragmento) Não. Beijemo-nos, apenas, nesta agonia da tarde. Guarda – para outro momento teu corpo viril trigueiro. O meu desejo não arde e a convivência contigo modi�cou-me – sou outro... Glauco Mattoso (fragmento de“Romeu e Eu”) Vivo solitário, você prisioneiro, e não podemos brincar. Castram nossa infância porque você é igual a mim, sua vontade igual à minha, mas nos fazem diferentes. Referências AUERBACH, Erich. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2004. BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e �loso�a da linguagem. São Paulo: Editora Hucitec, 2004. BOSI, Alfredo. Re�exões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991. CASCUDO Luís da Câmara Dicionário do folclore brasileiro São Paulo: Global 2005 CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. São Paulo: Global, 2005. DURIGAN, Jesus Antônio. Erotismo e literatura. São Paulo: Ática, 1986. HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Lisboa: Edições 70, 2007. HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 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