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Darwinismo social e eugenia A obra de Charles Darwin

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Darwinismo social e eugenia A obra de Charles Darwin, “A origem das espécies”, de 1859, com sua teoria da evolução natural, acabou servindo de álibi para justificar a expansão global da raça britânica. As ideias de Darwin foram usadas para explicar as sociedades humanas dando origem ao darwinismo social baseado na tese de que somente os mais aptos, os “superiores” vencem. Os “perdedores” estavam fadados a desaparecer. Muitas dessas raças ‘inferiores” seriam apenas lembradas como curiosidades, peças empalhadas em museus de Antropologia. Árvore da Eugenia, metáfora do símbolo da evolução humana O cientista inglês Francis Galton, baseando-se na obra de seu primo Charles Darwin, propôs a seleção artificial para o aprimoramento da população humana através de casamentos seletivos entre brancos, unicamente. Nascia a eugenia, termo criado por Galton, em 1883, significando “bem nascido”.  Suas ideias tiveram enorme repercussão e foram elogiadas no meio científico. A eugenia parecia ser a solução para reverter o desequilíbrio social que, na época, ocorria, na Inglaterra. O forte crescimento demográfico das classes pobres frente à diminuição das classes mais ricas e cultas gerou o temor de uma “degeneração biológica”. Entre 1880 e 1930, a eugenia logo se transformou num movimento que angariou inúmeros adeptos entre a maioria dos cientistas e principalmente entre a população branca. Serviu de justificativa para o racismo e a repressão policial contra operários e os mais pobres. Falava-se em “raças criminosas”. Pregações dos missionários cristãos de que “somos todos irmãos” foram vistas como ideias ultrapassadas. O poema “O fardo do homem branco”, de Rudyard Kipling, passou a ser considerado um romantismo obsoleto.
 	A Teoria da Seleção Natural, , foi desenvolvida por Charles Darwin para explicar a evolução das espécies, segundo a qual nem todos os indivíduos de uma população têm a mesma expectativa de sobreviver e de se reproduzir.							 A seleção não representa um evento biótico ao acaso, porém é permanente sobres todas as populações, significando uma pressão ambiental específica de um ecossistema em associação a fatores genéticos, resultando em transformações no decorrer do tempo, capazes de garantir a prevalência de um ser vivo, conforme suas vantagens (aptidões) em detrimento a um outro organismo desprovido de adaptações que assegurem sua permanência.
Assim, os mais adaptados, em posterior ou vigente situação ecológica, ou seja, em tempo geológico pretérito (passado) ou contemporâneo (atual), são selecionados segundo a mesma condição (característica), expressando sua resistência vital, transferida aos descendentes, em oposição à eliminação daqueles cujos atributos é desvantajoso, provocando a morte do indivíduo e extinção de um grupo.
Contudo, esse mecanismo não representa um sistema constante e estável, existindo situações onde um componente genético desfavorável (genótipo anormal), se sobressai em relação ao alelo em geral favorável (genótipo normal). Exemplo tipificado pela ocorrência da anemia falciforme em território Africano, onde portadores de hemácias anômalas, quando infectados por malária, manifestam expectativa de vida consideravelmente superior a indivíduos com hemácias normais e contaminados pelo plasmódio (gênero do protozoário transmissor da malária).
Portanto, o ambiente viabiliza a manutenção ou supressão das espécies, conservando, maximizando ou minimizando a frequência de um gene, a ponto de suprimi-lo do genoma de uma população, por intervenção de fatores como competição intra-específica, alimentar e reprodutiva principalmente.

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