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A inovação tecnológica
A escola: um espaço social de formação
Você sabe o que é inovação? 
Segundo o Manual de Oslo (OCDE, 2005 Manual de Oslo
O Manual de Oslo é um manual de pesquisa abrangente formulado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico sobre as práticas de inovação nas empresas de diversos países. Este estudo também inclui entre as empresas inovadoras aquelas que criam produtos e processos novos para ela, mas que não sejam novos no mercado.), 
que define uma série de parâmetros que permitem a pesquisa a respeito da inovação, inovação é:
 A ação de trazer novos processos, produtos e serviços ao mercado, de forma que forneçam melhorias e sejam significativamente diferentes daqueles já existentes.
Com base nas definições amplamente aceitas, o governo federal brasileiro definiu a inovação em lei para possibilitar a criação de programas de incentivo:
Inovação: introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou social que resulte em novos produtos, processos ou serviços (Lei 10.973/04).
A inovação não é apenas de alta tecnologia, nem apenas para venda. Ela pode ser, por exemplo, uma forma diferente de comunicar algo. O termo pode até mesmo ser utilizado nas artes e em produtos que usam tecnologias mais simples.
 Não é apenas voltada ao mercado com o objetivo de venda, mas deve, de alguma forma, ser levada a público para uso prático.
Observe alguns exemplos de inovação:
Processos organizacionais inovadores podem ser amplamente difundidos por artigos, em eventos ou nas faculdades;
Softwares inovadores podem ser distribuídos de forma livre;
Nas áreas de educação e saúde, são sempre criados métodos inovadores com baixo uso de tecnologia, como foi o uso de "slings" (tiras de tecido) para que bebês que nasceram prematuros ficarem mais próximos do corpo da mãe e se tornarem mais saudáveis.
Inovação Tecnológica
E qual é a diferença entre a inovação tecnológica e as outras inovações?
O Manual de Oslo (OCDE, 2005) define a inovação tecnológica como aquela que se baseia em novas funcionalidades objetivas ou melhorias de desempenho adicionadas a produtos, serviços e processos.
Não entram nesse conceito, por exemplo, inovações estéticas voltadas apenas a melhorar a aparência de um produto, mas que não adicionam funcionalidades ou desempenho.
Por que inovar?
A inovação é importante para um país porque faz sua economia crescer, aumentando sua produtividade e competitividade.
Por isso, há políticas de governo de incentivo à inovação.
Para as empresas já existentes e estabelecidas, a inovação é importante para os seguintes propósitos:
• Manter ou aumentar sua competitividade;
• Evitar sua perda de relevância no mercado;
• Agradar seus clientes, melhorando ou lançando novos produtos e serviços
Para empreendedores que estão criando novas empresas, a inovação também é importante para:
• Entrar em um mercado existente e 
já ocupado, conseguindo abrir espaço;
• Criar novos mercados que não se imaginavam antes;
• Estabelecer um nome ligado a uma 
ou mais inovações.
De que forma ocorrem as inovações?
Keeley et al (2013) identificaram dez tipos de inovações quanto à forma em que elas podem ocorrer. Essa classificação é colocada em categorias e o seu principal foco é em produtos, mas pode ser facilmente aplicada para serviços.
Modelo de lucro – Define como a empresa ganha dinheiro entregando valor para o cliente e como recebe por isso. Costuma ser denominado também de modelo de negócio.
Rede-Define a forma como a organização interage com outras, ou com pessoas, já que nenhuma consegue fazer tudo sozinha. Com isto, ela pode montar parcerias, diluir seus riscos e cobrir suas deficiências que sejam qualidades em outras.
Estrutura- É o modo de organizar recursos, talentos e ativos, o que pode incluir bens físicos e pessoas. As pessoas podem ser desde os diretores e gerentes até os executores. Quando inova, a organização pode atrair mais talentos.
Processo- Pode ser pela melhoria do arranjo produtivo ou transmissão de informações nas organizações, que podem gerar mais agilidade e diminuir custos, ou por criar novas possibilidades de produção que não existiam antes.
Performance do produto- Diz respeito às características, funcionalidades e qualidade do produto que o destacam. Isto inclui novos produtos, atualizações e novas linhas com variações.
Sistema do produto-É a criação de um ecossistema de produtos e serviços complementares. Eles completam a experiência que os clientes têm com o produto, através de interoperabilidade, modularidade e integração, diferenciando-o dos competidores.
Serviço-É a oferta de um serviço e a amplificação de uma oferta. Pode ser um serviço associado a um produto, ou esse serviço pode ser a oferta principal.
Canal-É a forma de entrega de produtos entre empresas ou para o consumidor final. Deve-se levar em conta tanto as lojas físicas quanto as eletrônicas. Os clientes devem conseguir comprar o que eles querem, da maneira mais desejável.
Marca-Representa o produto ou a empresa, fazendo com que os clientes se lembrem de suas características distintivas. A marca deve ser pensada de forma estratégica para transmitir o que deseja.
Engajamento do cliente-O modo como os produtos ou serviços são ofertados ao consumidor final, fazendo com que ele tenha uma boa experiência de compra ou uso e deseje interagir e criar conexão.
Tipos de Inovações
As inovações também podem ser classificadas quanto ao seu grau de diferenciação em relação a produtos e tecnologias anteriores 
e seu efeito de transformação do mercado.
Elas podem ser:
Disruptivas
São inovações que modificam amplamente a estrutura dos mercados existentes e a base de competição.
Exemplo: o telefone celular, pois antes só era possível imaginar a telefonia por meio de linhas fixas, em casa ou em orelhões, o que restringia a ideia de mobilidade pessoal e comunicação instantânea. Os celulares necessitaram de muitas novas tecnologias em conjunto, além da criação de uma nova infraestrutura.
Incrementais
São baseadas em pequenas melhorias em relação a produtos, serviços e processos já existentes.
Exemplos: smartphones com telas maiores, touchscreen, processadores e padrões de rede mais rápidos. Essas inovações continuarão acontecendo, até que se alcance um limite tecnológico ou surja um novo tipo de produto que os torne ultrapassados.
Radicais
São aquelas que trazem melhorias ou modificações significativas, criando novos mercados ou modificando os existentes.
Exemplo: o smartphone, que adicionou funções de computadores e máquinas fotográficas aos celulares. Assim, os aparelhos agregaram funções de outros, permitindo também um novo ecossistema de negócios através de aplicativos.
Historicamente, o computador pessoal e o automóvel são inovações disruptivas claras. O conceito de inovação disruptiva foi criado por Christensen (1995), mas o próprio autor discute que, em alguns casos, é difícil distinguir entre inovações radicais e disruptivas.
Fontes de Inovação
O Manual de Oslo (OCDE, 2005), através de uma pesquisa ampla em empresas de diversos países, elencou um conjunto de fontes de inovação geralmente utilizadas por elas:
Fontes internas à empresa
Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), área de Marketing, área de Produção ou outras fontes internas.
Fontes externas à empresa (mercado)
Concorrentes, aquisição de tecnologias incorporadas a produtos, aquisição de tecnologias não incorporadas a um produto, clientes, empresas de consultoria e fornecedores (equipamentos, materiais e software).
Instituições de educação e/ou pesquisa 
Instituições de ensino superior, institutos governamentais ou privados de pesquisa.
Informações divulgadas ou publicadas
Divulgação de patentes, conferências, reuniões, jornais profissionais, feiras e mostras.
Dinâmica da inovação tecnológica
1 - A adoção de produtos e serviços pelo mercado também pode ser compreendido como o processo de difusão da inovaçãona sociedade.
 De acordo com Schumpeter (1997), essa difusão faz parte do processo de mudança tecnológica no mercado e na sociedade, o qual pode ser dividido em três partes:
 Invenção: criação de novas ideias, conhecimentos ou processos;
Inovação: organização dos recursos econômicos para implementar uma invenção, realizada pelos empreendedores;
Difusão: quando as pessoas ou empresas que observam as inovações as adotam ou a imitam.
2- A curva de adoção de uma tecnologia específica indica que o comportamento do mercado para adotá-la segue uma distribuição normal (Rogers, 2010). Isto é, poucas pessoas adotam essa tecnologia mais cedo e um outro grupo pequeno a adota mais tarde, mas a maioria das pessoas passa a utilizá-la em um período intermediário.
Aqueles que adotam a tecnologia mais cedo foram chamadas por Rogers (2010), que identificou essa dinâmica, de inovadores, mas isso não significa que eles são os criadores dela. Significa que eles possuem um espírito inovador e podem incorporá-las rapidamente em seu dia a dia e nas atividades econômicas.
 
Outro grupo importante é o de “adotantes antecipados", mais conhecidos pelo nome em inglês “early-adopters". Esse grupo de clientes é bastante entusiasmado e pode ser engajado com mais facilidade. Eles se identificam com empresas inovadoras, tornam-se fiéis e podem fornecer muitas informações sobre o produto ou serviço.
3- A curva de mudança tecnológica foi idealizada por Richard Foster (1986), e por isso também é chamada de curva S de Foster. Ela procura apreender a dinâmica de desenvolvimento e difusão de uma tecnologia durante seu ciclo de vida. A curva S pode ser dividida em três partes:
• Emergência: quando surge uma nova tecnologia, ainda imatura, que exige um maior esforço de desenvolvimento e ainda não é amplamente difundida;
• Crescimento: quando a tecnologia passa a ser mais amplamente difundida e seu desenvolvimento traz maiores retornos de desempenho. Quanto mais ela se difunde, mais se desenvolve, essencialmente através de inovações incrementais;
• Maturidade: o mercado para a tecnologia se torna saturado e chega a um limite. Isto pode ocorrer por limites físicos ou dificuldade de incorporar novas qualidades.
No eixo vertical, temos o desempenho do produto, que aumenta com o tempo, à medida que a tecnologia é melhorada.
No eixo horizontal, o esforço de desenvolvimento pode ser associado aos investimentos e aperfeiçoamentos acumulados no tempo de vida do produto.
4- As empresas que possuem estratégias de liderança em inovação devem buscar superar os limites de tecnologias maduras, que tendem a dificultar a introdução de produtos diferenciados. A inovação radical modifica a dinâmica de mudança tecnológica, criando uma ruptura no desenvolvimento de produtos e deslocando o mercado para uma nova curva, permitindo que a inovação continue.

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