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COMPORTAMENTO DAS GERAÇÕES E INTRODUÇÃO À INOVAÇÃO

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MATERIA: ENGENHARIA E INOVAÇÃO
COMPORTAMENTO DAS GERAÇÕES E INTRODUÇÃO À INOVAÇÃO
Introdução
Caro(a) estudante, bem-vindo(a) à Unidade 3 da disciplina de Engenharia e Inovação. Esta unidade é dedicada a aprofundar seu conhecimento sobre mercado iniciado em unidades anteriores! Serão apresentadas as diferentes gerações de consumo, suas características e impactos no desenvolvimento tecnológico. Um conhecimento importante quando se trata da criação de estratégicas de inovação é justamente entender como o cliente tende a se comportar em relação ao seu interesse de consumir certos produtos ou serviços, ou seja, seus interesses e prioridades de consumo. Posteriormente, introduziremos o assunto de inovação tecnológica, por meio dos tópicos de definições e tipologias da inovação. Por fim, será compreendido o motivo de se investir em inovação: uma atividade imprescindível para qualquer empresa que deseja se manter competitiva no mercado.
Estudo das Gerações
Inovar é ato essencial de qualquer empresa que deseja se manter competitiva no mercado, porém gerar soluções inovadoras não é uma tarefa tão simples assim. Existem diversas barreiras que podem dificultar, retardar ou eliminar a inovação de qualquer organização.
Para Kotler (2011), caso uma empresa se limite apenas à abordagem da inovação sobre o aspecto tecnológico, ou seja, recursos destinados de forma restrita ao departamento de P&D (pesquisa e desenvolvimento), perde-se a possibilidade de integração criativa entre os demais departamentos que podem gerar inovação na empresa. Para gerar de fato produtos e serviços inovadores, os(as) engenheiros(as) devem pensar de forma transversal a inovação tecnológica, relacionando conceitos e metodologias mercadológicas para a criação e a captação de valor, pois assim atenderão às necessidades do cliente, e, por conseguinte, aumentará a chance de a solução ser bem-sucedida.
Partindo do pressuposto acima neste tópico, serão agora abordados alguns temas da área mercadológica importantes para a criação e desenvolvimento de inovação.
Segmentação de Mercado
O sucesso empresarial é totalmente relacionado à capacidade de identificação de segmentos, ou seleção de mercados-alvo, ou, ainda, da criação de estratégias precisas para atender ao grupo de clientes que tem a necessidade em questão.
Mas o que são segmentos? Imagine que na estatística você estudou as populações e as estratificou em amostras de interesse de análise. A segmentação de mercado é constituída por agrupamentos de clientes que possuem as mesmas características, necessidades, expectativas e comportamentos de compra. Webster (1991) esclarece que a segmentação de mercado consiste no estudo de um mercado amplo, e posterior identificação dos grupos de clientes que serão os mercados-alvo da empresa.
O estudo da segmentação é essencial para se pensar em produtos inovadores, pois diminui o grau de incerteza da aposta do novo produto ou serviço. A segmentação auxiliará os profissionais que irão projetar a solução para entender sistematicamente seu mercado, incluindo o motivo e gatilhos de compras dos clientes. Somando a entendimento de qual estrato do mercado focar, a segmentação também tem caráter de análise interna, pois a escolha do mercado-alvo será intimamente ligada às capacidades da empresa.
Não se engane. Quando perguntado quem são seus clientes, e a resposta for: “todo mundo!”, a chance de não satisfação do cliente, obsolescência rápida do produto/serviço, além dos desperdícios produtivos, é enorme.
Para Kotler (1998), as empresas podem escolher entre cinco níveis de segmentação: marketing de massa, marketing de segmento, marketing de nicho, marketing local e marketing individual. A ordem é definida de acordo com homogeneidade e especificidade  do grupo de clientes que compõem o mercado-alvo. Kotler e Armstrong (2005) ilustram os tipos de segmentação na Figura 3.1.
Para Kotler e Keller (2006), a segmentação começou a ser pensada pós-marketing de massa, quando a atividade de ofertar um mesmo tipo de produto, eram realizadas com as mesmas estratégias mercadológicas e de produção, para todos os consumidores.
Segundo Kotler e Armstrong (2007), segmentação de mercado trata-se da formação de diferentes tipos de clientes, sendo essa variação se apresentando de uma ou diversas formas, com as seguintes diferenças: localização, comportamento de compra do consumidor, psicológicas (psicográficas) e socioeconômica, dentre outras distinções ou critérios.
Conforme Kotler e Keller (2006), deve ser analisada a existência de relação entre esses segmentos e necessidades do cliente, e as respostas ao produto. Na segmentação psicográfica, os clientes são classificados em estratos segundo características como estilo de vida e valores. Já na segmentação comportamental, esses estratos são organizados pela reação dos compradores a um determinado produto e suas atitudes. Por sua vez, na segmentação demográfica os estratos de pessoas são agrupados como em um senso que, no Brasil, é tradicionalmente realizado pelo IGBE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): por nacionalidade, idade, sexo, ocupação, renda, grau de instrução, raça, religião, classe social e orientação sexual, entre outras características. Enquanto a segmentação geográfica irá dividir segundo as delimitações geográficas, como em bairros, cidades, estados, países etc., Richers (2000) apresenta formas e exemplos de segmentação permitindo uma melhor compreensão da aplicabilidade de cada um dos critérios no Quadro 3.1.
Assim, existem diversas formas de pensar em segmentação, segundo o nível de complexidade, detalhamento, tamanho e homogeneidade dos grupos, e usando diversos tipos de critérios. Apesar de que a organização deva fazer uma análise crítica para entender qual tipo de segmentação é a mais apropriada, um ponto de partida para fazê-lo é estudar o comportamento! Os clientes podem direcionar os investimentos de P&D de uma empresa. Várias inovações surgiram com um estudo prévio do comportamento dos clientes, muito antes de ser projetado, produzido ou comercializado. Ou seja, muitos dos produtos que consumimos hoje tiveram seus primeiros esboços de projetos baseados nos futuros clientes meses e até anos atrás. Logo, entender como uma geração se comporta pode ser tornar um grande diferencial e impulsionador sucesso de produtos e serviços.
Estudo das Gerações
Um dos grandes desafios das empresas é produzir produtos inovadores, diferenciados e que sejam economicamente viáveis. Uma saída que as empresas podem usar é a pesquisa com o ambiente externo, para gerar inovação a partir de conhecimentos sobre os consumidores (VON HIPPEL, 2005).
Dentro da segmentação demográfica, as organizações podem decidir focar em agrupar sua amostra de clientes em gerações. Segundo Levy e Weitz (2000, p. 101), “[...] um grupo de gerações – pessoas dentro da mesma geração – têm comportamentos de compra similares, pois compartilharam as mesmas experiências e estão no mesmo estágio de vida”.
Conhecer detalhes e características do cliente é essencial para o sucesso comercial do produto ou serviço. A definição de gerações inclui e agrupa o grupo de indivíduos que nasceram numa mesma época, que foram e são influenciados pelo contexto histórico e, consequentemente, comportamentos. A literatura diferencia gerações de pessoas pelo período que nasceram, e cada uma dessas gerações possui muitas especificidades e características únicas, mas ainda herda algumas características da geração anterior (VELOSO; DUTRA; NAKATA, 2016).
Apesar dos intervalos de anos que definem as gerações variarem ligeiramente entre autores, nesta disciplina vamos considerar a seguinte distribuição de gerações e seus nascimentos:
· Baby boomers: entre 1940 e 1960; X: entre 1960 e 1980; Y ou millennials: entre 1980 e 1995; Z ou centennialls: entre 1995 e 2010; alpha: a partir de 2010.
Acompanhe no infográfico a seguir algumas características e explicações de cada geração.
A inovação e o sucesso da inovação dependem em larga escala do comportamento do consumidor.Traill (1997) argumenta que mudanças no padrão de consumo muito frequentemente determinam a natureza da inovação que ocorre na indústria. Assim, conhecer as gerações, seus comportamentos e as motivações que os levam a consumir algo é essencial para saber como se comunicar, por qual mídia, e principalmente o que de fato será enxergado como inovação.
Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir.
“[...] conectados praticamente desde o nascimento – acessam jogos de computador, navegam na Web, baixam músicas, interagem com amigos via mensagens instantâneas e telefones celulares. Eles têm um senso de direito de posse e abundância por terem crescido durante um boom econômico e serem mimados por pais da geração boomers [...]” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 234).
De qual geração o trecho supracitado descreve o comportamento? Assinale a alternativa correta.
Parte superior do formulário
a) X.
b) Alpha.
c) Millennials.
Feedback: alternativa correta, pois milennials ou geração Y correspondem ao descrito no trecho supracitado. São filhos de boomers e com perfil conectado.
d) Centennialls.
e) Z.
Definições e Conceitos de Inovação
Escutamos com frequência, em discursos empresariais e de profissionais de tecnologia a palavra inovação. Mas, equivocadamente, esse é um conceito que, apesar de popular, nem sempre é compreendido com seu correto significado e implicações. Neste tópico, apresentaremos um breve apanhado de definições e conceitos de inovação segundo os autores e organizações mais referenciados no tema.
Não existe um conceito único e universal de inovação. Ele evoluiu, e atualmente sua análise varia principalmente pela sua aplicabilidade. De forma expressa, podemos conceituar que a inovação é a exploração com sucesso de novas ideias. Dentre as várias possibilidades de inovar, podem-se ter inovações de produto ou de processo (ou inovações tecnológicas), de novos mercados, novos processos, novos modelos de negócio e métodos organizacionais (INSTITUTO INOVAÇÃO, 2008).
Inovação pode ser conceituada ainda como “[...] uma atividade complexa, diversificada, em que vários componentes interagem e que as fontes de dados têm de refletir este fato” (FINEP; OECD, 2005, p. 17).
A primeira menção acadêmica da inovação foi realizada pelo economista Joseph Alois Schumpeter (1942). Schumpeter é responsável pelo o marco inicial para o uso desse conceito. O autor, no início do século XX, propôs a relação entre a inovação e o crescimento econômico das nações. Foi criado assim o termo “destruição criativa”, um fenômeno dinâmico, no qual tecnologias antigas são substituídas por novas, impactantes e inovadoras.
Drucker (1996) reforça que a inovação é vista de diversas maneiras em uma organização: preço diferenciado, uma nova comodidade ou necessidade, assim como novas finalidades para produtos velhos.
Atenção: uma ressalva importante!
É do cotidiano popular a confusão ao usarmos inovação e invenção como sinônimos. Como alerta Nicolsky (PROTEC, 2007), a inovação não pode ser confundida com invenção. Um indivíduo, ao ter uma ideia que ele considera “incrível”, “revolucionária” ou nunca antes apresentada, não pode pressupor que isso seja suficiente para se enquadrar como algo inovador. Para que a ideia seja de fato uma inovação (em uma empresa), é necessário que ela transmita e agregue algum valor ao produto ou processo de fabricação (resolva algum problema, ou melhore alguma solução). Sobre essa diferenciação, pense que uma invenção só passará a ser uma inovação se o mercado reconhecer seu valor, o sucesso comercial.
Ou seja, lembre-se: nem todas as invenções poderão ser consideradas inovações!
Atualmente, o documento referência sobre inovação é o Manual de Oslo, elaborado em um trabalho sistemático e coletivo do Working Party of National Experts on Science and Technology Indicators (NESTI), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Innovation Statistics (WPSTI). O intuito do manual é criar e disponibilizar diretrizes para o uso e a interpretação de informações sobre inovação. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico definiu inovação como:
[...] a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, um processo, um novo método de marketing, um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas (FINEP; OCDE, 2005, p. 21).
Segundo o Manual de Oslo (FINEP; OCDE, 2006), as melhorias originam-se na necessidade de evolução da produtividade, diferenciação de produtos e em ganhos de market share, entre outros elementos. E para o próprio aprimoramento da capacidade de inovar. No Brasil, as diretrizes do Manual de Oslo são utilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para análise/avaliação de Pesquisa de Inovação Tecnológica.
Existem várias definições e conceitos no que tange à inovação. O Quadro 3.2 resume o que dizem os principais teóricos.
Parte inferior do formulário
Assim, inovar significa incentivar o processo de criar bens ou ideias novas, que findem na entrega de uma solução, produto ou serviço, com expressivo valor a uma pessoa um indivíduo, organização, indústria ou sociedade (HARRINGTON; VOEHL, 2013).
Vamos Praticar
A tela sensível ao toque (touch), atualmente plenamente difundida nos smartphones, na verdade foi criada em meados de 1960 na Inglaterra, patenteada na década seguinte nos Estados Unidos, porém só começou a ser comercializada como diferencial de produtos em 1980. Quanto a características de inovação, assinale a alternativa que se pode inferir disso.
Parte superior do formulário
a) A tela touch foi imediatamente uma inovação quando criada.
b) A tela touch foi considerada inovação após ser patenteada.
Feedback: alternativa incorreta, pois o fato de ser patenteado não garante nenhum sucesso comercial ou geração de valor,
c) A tela touch sempre foi considerada apenas uma invenção
d) A tela touch, devido aos inúmeros usos, já era uma inovação na década de 1980.
e) A tela touch ao ser inserida e comercializadas em produtos pôde ser considerada inovação.
Feedback: alternativa correta, pois inovação é algo novo que agregue valor, gerando certo sucesso e impacto para a organização.
Tipologias da Inovação
De acordo com diferentes critérios, a inovação pode ser classificada em diversos tipos. Neste tópico, iremos apresentar as tipologias da inovação. Afinal, o ato de inovar extrapola o produto pode ter graus diversos e se diferenciar quanto à sua amplitude de aplicação.
Tipos de Inovação – Segundo o Manual de Oslo
Em 2005, na terceira edição do Manual de Oslo, foram consolidadas as classificações mais difundidas na academia e nas empresas. Segundo esse documento, as inovações são classificadas em: de produto, de processo ou serviço, organizacional ou de marketing. Uma das contribuições dessa última versão foi a inserção dos tipos: inovações organizacionais e de marketing. A Finep e OECD (2005) esclarece que, apesar de as inovações organizacional e de marketing fossem compreendidas como consequência da inovação de produto e mercado, as primeiras poderiam ser de fato a razão de desenvolvimento das últimas.
É importante ressaltar que essa classificação também é referenciada por alguns autores como “quanto à natureza”, que significa onde se percebe o resultado da inovação realizada.
Inovação de Produto ou Serviço
Para o Manual de Oslo (2005), a inovação tecnológica em produto pode ser percebida principalmente em produtos tecnologicamente novos, ou por meio de produtos tecnologicamente aprimorados.
O Manual de Oslo (FINEP; OECD, 2005, p. 57) referencia que:
• Uma inovação de produto ou serviço é a introdução de um bem ou serviço novo ou significativamente melhorado no que diz respeito às suas características ou possíveis usos.
• Melhoramentos significativos para produtos que já existem, por meio de mudanças em materiais, em componentes e em outros atributos que melhorem seu desempenho.
• As inovações de produtos no setor de serviços abrangem a inserção de benefícios importantessobre como disponibilizar acesso a inovações oferecidas, ou pela adição de novas funções, ou por agregar características em serviços existentes, ou em um caso mais extremo pela introdução de serviços inteiramente novos.
Exemplo: smartphones que extrapolaram as funcionalidades do celular convencional.
Inovação de Processo
Inovação de processo é o desenvolvimento de novos meios de fabricação de produtos ou de novas formas para a prestação de serviços. Pode significar novos métodos, fluxos e soluções no contexto dos processos operacionais envolvidos na criação de valor para o cliente, tais como: produção, finanças, recursos humanos, vendas e logística, por exemplo. Geralmente, o objetivo é aumentar a produtividade ou qualidade, reduzir custos ou impactos ambientais dos processos.
O Manual de Oslo (FINEP; OECD, 2005) explica que:
• Inovação em processo é a implementação de um método de produção ou distribuição novo ou significativamente melhorado.
‍
• Os métodos de produção envolvem técnicas, equipamentos e softwares utilizados para produzir bens e serviços.
Exemplo: esteira de produção e estudos de tempos e movimentos do fordismo. Carros que necessitavam de 12 horas para ser montados passaram a ter sua confecção realizada em 90 minutos.
 inovação por processos normalmente é uma das mais complexas de serem criadas e adotadas, por impactar vários setores de uma organização, e requer um esforço para mudança de cultura organizacional. Em contrapartida, esse tipo de inovação é a mais difícil de ser imitada pelos concorrentes.
Inovação Organizacional
A inovação organizacional abrange as mudanças e incrementos nas dinâmicas relacionadas à forma de trabalhar ou gerir uma organização, podendo significar um novo método organizacional, ou ainda novas práticas de gestão de uma área ou diversas áreas de uma empresa.
O Manual de Oslo (FINEP; OECD, 2005) descreve:
• A implementação de um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas.
‍
• A implementação de novos métodos para a organização de rotinas e procedimentos para a condução do trabalho.
• A implementação de novos métodos para distribuir responsabilidades e poder de decisão entre os empregados.
Inovação de Marketing
Sobre a inovação de marketing, o Manual de Oslo (FINEP; OECD, 2005) versa sobre:
• Alterações perceptíveis na concepção do produto ou em sua embalagem ou promoção.
• Mudanças significativas no design do produto, sem que alterem as características funcionais ou de uso do produto.
• Novo modo de segmentação, posicionamento e canais de vendas.
• Formas e estratégias de precificação dos bens produzidos.
Exemplo: Latas de refrigerantes com nomes pessoais. O refrigerante não mudou nenhuma composição ou sabor, mas, pelo fato do consumidor procurar seu nome impresso nas latas, houve um crescimento substancial das vendas durante o período de vendas da edição promocional dessa lata.
Graus de Inovação
Uma outra forma de classificar é quanto à intensidade da mudança. Tidd e Bessant (2015) referem-se que ela pode se apresentar como radical ou incremental.
Segundo a Finep e OECD (2005, p. 70), “[...] uma inovação radical ou disruptiva pode ser definida como aquela que causa um impacto significativo em um mercado e na atividade econômica das empresas nesse mercado”. Essa é capaz de mudar a estrutura do mercado, iniciar novos mercados ou ainda transformar produtos antes consolidados no mercado em obsoletos.
Segundo Freitas (2013), as inovações incrementais surgem de forma gradativa, pois já fazem parte de melhorias existentes, enquanto inovações radicais mudam completamente os conceitos, gerando produtos e processos novos que majoritariamente possuem alto grau de incerteza de sucesso.
Tigre (2006) descreve que a mudança incremental promove melhorias contínuas e modificações cotidianas. Já a mudança radical promove saltos descontínuos na tecnologia de produtos e processos. Exemplificando: quando uma empresa lança novos modelos/versões de smartphones ou de softwares sazonalmente (anual, mensal…), com pequenas mudanças, ou pequenos acréscimos funcionais, é uma inovação incremental; já quando o smartphone foi lançado pioneiramente, criaram-se um novo mercado, novos segmentos relacionados e novos clientes.
Vale ressaltar que as inovações incrementais são a forma mais comum de inovação, recebendo inclusive cerca de 80% do investimento total das companhias em inovação (DAVILA; EPSTEIN; SHELTON, 2007). Afinal, para que as empresas cheguem num patamar de resultado de mudança significativa (radical), um dos meios de alcançar tal resultado é por meio da implementação de uma série de pequenas mudanças incrementais (FINEP; OECD, 2005).
O grau da inovação ainda pode ser analisado quanto à sua amplitude ou abrangência geográfica. Para o Manual de Oslo:
Por definição, todas as inovações devem conter algum grau de novidade. Três conceitos para a novidade das inovações são discutidos abaixo: nova para a empresa, nova para o mercado, e nova para o mundo. Como já foi observado, o requisito mínimo para se considerar uma inovação é que a mudança introduzida tenha sido nova para a empresa. Um método de produção, processamento e marketing ou um método organizacional pode já ter sido implementado por outras empresas, mas se ele é novo para a empresa (ou se é o caso de produtos e processos significativamente melhorados), então trata-se de uma inovação para essa empresa. Os conceitos de nova para o mercado e nova para o mundo dizem respeito ao fato de determinada inovação ter sido ou não implementada por outras empresas, ou de a empresa ter sido a primeira no mercado ou na indústria ou no mundo a implementar tal inovação. As empresas pioneiras na implementação de inovações podem ser consideradas condutoras do processo de inovação. Muitas ideias novas e conhecimentos originam-se dessas empresas, mas o impacto econômico das inovações vai depender da adoção das inovações por outras empresas. Informações sobre o grau de novidade podem ser usadas para identificar os agentes que desenvolvem e adotam as inovações, para examinar padrões de difusão, e para identificar líderes de mercados e seguidores. Uma inovação nova para o mundo implica em um grau de novidade qualitativamente maior do que uma inovação nova somente para o mercado (FINEP; OECD, 2005, p. 69-70).
Vamos Praticar
Promover e gerir a inovação é imprescindível para as empresas que desejam se manter competitivas no mercado. Segundo Bes e Kotler (2011), diversos tipos de inovação não têm como pré-requisitos novas tecnologias, mas sim novos modos de aproveitar as tecnologias existentes. Um exemplo é a ExxonMobil, multinacional de petróleo e gás, que desenvolveu um sistema que permitiu aos motoristas realizarem pagamentos automáticos de forma autônoma nas bomba dos postos de combustíveis, apenas observando os hábitos dos seus clientes e com base em tecnologias já usadas pela empresa em outros setores (BES; KOTLER, 2011).
De acordo com as informações anteriores, assinale a alternativa referente ao tipo de inovação descrita no texto.
Parte superior do formulário
a) De produto.
b) Organizacional.
Feedback: alternativa incorreta, pois não foi remodelada a gestão envolvida no ato de abastecer.
c) De processos.
Feedback: alternativa correta, pois foi redesenhado o processo na atividade de abastecer.
d) Radical.
e) Invenção.
Conclusão
Nesta unidade, exploramos temas de marketing que são essenciais para o desenvolvimento de inovação pelo(as) engenheiros(as). Aprendemos que, para ser bem-sucedido na proposição de ideias inovadoras, precisamos conhecer sobre hábitos e perfil dos consumidores. Nesse sentido, segmentar e estudar as gerações se torna algo importante. Foram explorados ainda os conceitos de inovação, diferenciando em relação à invenção e classificando segundo graus e tipos de inovação. Lembre-se: inovar é mandatório para as empresas, mas isso só é alcançado se for criado algo novo, ou significativamente melhorado, que gere valor e impacto para omercado e sociedade!
PERGUNTA 1
1. Independe do setor produtivo, são comuns casos de diversas empresas que fecharam suas atividades por não acompanhar, ou antever, as mudanças de mercado, bem como as necessidades dos clientes. Em nichos tecnológicos em que a velocidade de desenvolvimento é ainda mais acelerado, o incentivo à inovação é essencial para a sobrevivência das empresas no mercado.
Ocorreu um caso interessante no mercado dos smartphones: líderes de uma época passada, como a Nokia e o Blackberry que, por não se adaptarem aos sistemas operacionais, de acordo com as necessidades dos clientes, perderam sua grande participação no mercado.
A Nokia vendeu seu departamento de telemóveis para a Microsoft. Por outro lado, empresas como a Samsung, que priorizaram o desenvolvimento de sistemas operacionais dedicados a smartphones, destacaram-se no mercado. A Samsung, atualmente, é a principal fabricante de dispositivos de comunicação móvel, dono do maior portfólio de produtos nesse setor.
 
No contexto da telefonia e de aplicativos relacionados aos smartphones, exemplifique e explique pelo menos três produtos ou serviços que surgiram, classificando-os quanto à inovação, relacionada à natureza, intensidade e abrangência.
 
Referência
ESTÊVÃO, C. M. P. V. O impacto da emergência dos smartphones: um estudo de caso da Nokia e da Samsung. 2015. 60 f. Dissertação (Mestrado em Economia e Gestão da Inovação) – Universidade do Porto, Porto, 2015.
São muitos os produtos e serviços relacionados nos Smartphone, pois nos dias de hoje praticamente temos um computador inteligente na palma de nossas mãos a todo o momento, isso sem contar com acessórios que se integram ao smartphone que facilitam o dia-a-dia, tanto para trabalhadores, como também para esportistas. Um exemplo é o relógio digital.
Bom, agora entrando no assunto, irei falar de três serviços de “App” inovadores para smartphones, que muitas pessoas conhecem e usam diariamente.
Whatsapp, um app de comunicação que serve para interagir e se comunicar com qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. É um serviço inovador, pois se considerássemos como nos comunicávamos anteriormente, como por exemplo (cartas via correio, telefone fixo e etc), podemos analisar que o meio de comunicação era demorado e também preso devido ao telefone fixo te impossibilitando de evoluir com suas tarefas do dia-a-dia. A velocidade na comunicação que o Whatsapp trouxe as pessoas é sensacional, ainda mais atualmente nesse tempo de pandemia que podemos usa-lo como ferramenta de reunião. A abrangência é mundial, todos usam em qualquer lugar e sem restrições.
Uber, um app de logística que servia para transportar pessoas de um lugar para outro conforme destino escolhido pelo passageiro. Este app só vem se atualizando e aumento o seu nicho, o mesmo agora também faz entregas de produtos caso precise enviar alguma encomenda, faz entrega de comida pelo uber eats. Claro que o app tem seus concorrentes, tais como (ifood, 99, rappi, ze delivery entre outros), mas logo esse app ira lançar as entregas via Drone, outra evolução de logística dentro do nicho. A abrangência é mundial, porém em alguns países não tem o serviço, mas posso dizer que em breve irá ter, pois só traz benefícios as pessoas, tanto para aquelas que querem comodidade e outra que tem como opção de emprego.
Bancos digitais, um app financeiro que da o cliente todos os recursos do banco na palma de suas mãos. É um app muito interessante e com crescimento forte no mercado digital, o app te oferece todos recursos do banco sem você precisar de ir ao banco (menos sacar o dinheiro), coloquei em parênteses pois literalmente não é possível, porém alguns bancos tem app próprio integrados ao smartphone que com sua digital cadastrada vocês consegue efeturar o pagamento em qualquer estabelecimento usando a proximidade do smartphone. Eu sou uma pessoa que não gosto de ir muito no banco e meu banco notou isso, pois eles devem ter um registro das pessoas que usam caixas eletrônicos, com isso me ligaram e me colocaram como cliente digital, com isso ganhei um gerente virtual (pessoa de verdade, não é robô), que eu posso ligar das 08:00 ate as 21:00, então não tenho aquela restrição de horário curto de banco pra fica me preocupando. A abrangência desse app, imagino eu que depende muito dos países mas creio que seja mundial.
Bom para encerrar falando um pouco dos serviços de app disponíveis para smartphone, não poderia deixar de fala do próprio. Onde podemos classifica-lo como uma inovação de produto, pois antes tínhamos os celulares com sistema totalmente analógicos, atualmente temos os smartphone com sistema mais atualizados conhecidos como Android ou IOS. Essa inovação trouxe características de valor inédito para o cliente do segmento em questão.

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