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Unidade I CONTABILIDADE FINANCEIRA Prof. Alexandre Saramelli Contabilidade Financeira A disciplina está dividida em 4 unidades: Unidade I 1. Estimativas 1.1 Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.1 Estimativas para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) 1.1.2 Estimativas para perdas na realização de investimentos temporários 1.1.3 Estimativas para ajuste a valor de mercado dos estoques Contabilidade Financeira 1.1.4 Estimativas para perdas permanentes 1.1.5 Depreciação e exaustão Contabilidade Financeira A disciplina está dividida em 4 unidades: Unidade I 2. Reservas 2.1 Reservas versus provisão para contingências 3. Previsões 4. Fundos Unidade II 5. Folha de Pagamento 6. Responsabilidade pelo Recolhimento do INSS e IRRF do Empregado 7. Contribuição Sindical dos Empregados Contabilidade Financeira A disciplina está dividida em 4 unidades: Unidade III 8. Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Unidade IV 9. Caso Prático Unidade I 1. Estimativas Do lado do ativo, representado por bens e direitos, alguns dos direitos poderão não ser realizados, ou seja, transformados em dinheiro, como os valores a receber, logo, é de extrema importância que a empresa registre Estimativas de Perdas. Em relação ao Passivo, a princípio, todas as obrigações deverão ser registradas, porém, algumas delas poderão não ter o valor exato da dívida, é o caso dos processos trabalhistas, logo, a empresa deverá registrá-las por meio de Provisões. Unidade I 1. Estimativas 1.1 Estimativas como contas redutoras do ativo As estimativas que reduzem o ativo são, obviamente, contas credoras, visto que corrigem o saldo do ativo que tem natureza devedora. A contrapartida na constituição de uma estimativa ativa será sempre uma conta de despesa ou custo, indedutível para fins de cálculo do resultado tributável de IRPJ e CSLL. Unidade I 1. Estimativas 1.1 Estimativas como contas redutoras do ativo Conta/Grupo do ativo Estimativas Clientes Investimentos temporários Estoques Investimentos avaliados pelo custo Imobilizado Intangível Estimativas para liquidação duvidosa Estimativas para perdas na realização de investimentos Estimativa para ajuste a valor de mercado dos estoques Estimativa para perdas permanentes Depreciação e exaustão Amortização 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.1 Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) A empresa, para estimar o valor de perda provável na realização de suas “contas a receber”, “duplicatas a receber” ou “clientes”, considera, por exemplo, aspectos peculiares de sua clientela, a conjuntura econômica do momento em que se está estimando o risco e o ramo de negócios em que atua, entre outras variáveis O critério adotado pode ser, portanto, diferente para cada empresa. 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.1 Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) De acordo com a Lei nº 9.430/96 (IN SRF 93/97), a despesa oriunda da constituição da estimativa para créditos de liquidação duvidosa não é dedutível para fins de apuração da base tributável do IRPJ e CSLL, devendo ser adicionada na Parte A do Lalur. 1.1.1. Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) Porém, a despesa será dedutível quando atender os seguintes requisitos: I. Em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, mediante sentença emanada do Poder Judiciário. II. Sem garantia de valor: a) Até R$ 5.000,00, por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento. Continua... 1.1.1. Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) II. Sem garantia de valor: [...] b) Acima de R$ 5.000,00 até R$ 30.000,00, por operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém mantida a cobrança administrativa. c) Acima de R$ 30.000,00, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento. Continua... 1.1.1. Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) III. Com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias. IV. Contra o devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar. (ver IN SRF nº 93 de 1997). 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.1 Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) Para efeito da legislação fiscal, entende-se por créditos com garantia aqueles provenientes de vendas com reserva de domínio, alienação fiduciária em garantia ou de operações com outras garantias reais, conforme dispõe o art. 340, § 3º do Regulamento do Imposto de Renda de 1999 (RIR/99). Interatividade É importante registrar estimativas de perdas do ativo por: a) Atender a legislação vigente. b) Determinação da alta direção da empresa. c) Apurar e informar os valores patrimoniais os mais adequados possíveis. d) Reduzir a tributação da empresa. e) Reduzir os juros nas respectivas operações. 1.1.1. Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) Exemplo: Uma empresa utiliza, como forma de estimar suas perdas, um percentual que considera sua experiência no recebimento de créditos provenientes de vendas realizadas a prazo durante os últimos três anos. Ano Vendas a prazo Perda com devedores duvidosos % das perdas sobre vendas X7 X6 x5 80.000 50.000 40.000 640 310 240 0,8% ((640/80.000)x100) 0,62% ((310/50.000)x100) 0,60 ((240/40.000)x100) Totais R$ 170.000 R$ 1.190 0,70%((1.190/170.000)x100 1.1.1. Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) Exemplo: Constituição da estimativa de perda: Vendas a prazo de x8.......... $ 100.000 sobre as vendas multiplicar 0,007 (=) ECLD............................... = $ 700. Lançamento 1 – constituição D – Despesas com Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa 700 C – Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (conta redutora do ativo) 700 1.1.1. Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) Exemplo: Suponha que da estimativa constituída em X8, no valor de $700, de fato não foram recebidos em X9, $ 300 Lançamento 2 – baixa clientes, utilizando- se da Estimativa de Perda D – Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (conta redutora do ativo) 300 C - Clientes / Duplicatas a receber 300 1.1.1. Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) Exemplo: Existe a possibilidade da empresa ter baixado um título considerado incobrável e, posteriormente, o cliente saldar sua dívida houve uma recuperação de crédito baixado e esta deverá ser registrada na conta de resultado “Outras receitas operacionais”. Lançamento 3 – recuperação do crédito D – Caixa 300 C – Outras receitas operacionais 300 1.1.1. Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) Exemplo: Reversão do saldo da conta Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa Considerando-se o exemplo anterior, percebe-se que restou um saldo não utilizado de $ 400 $ 700 – $ 300. Lançamento 4 – reversão: D – Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (conta redutora do ativo) 400 C – Reversão da Estimativapara Créditos de Liquidação Duvidosa 400 (conta de resultado: receita) 1.1.1. Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) Exemplo: Outra situação seria complementar com a estimativa a ser constituída para o ano seguinte, ou seja, para uma estimativa de $ 900 haveria apenas o complemento de $ 500 ($900 – $400 não utilizado). Lançamento 5 – complemento: D – Despesas com Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa 500 C – Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (conta redutora do ativo) 500 1.1.1. Estimativa para Créditos de Liquidação Duvidosa (ECLD) Exemplo: Importante: Pode acontecer da estimativa ocorrida ser inferior à perda efetivamente ocorrida, assim, a baixa dos valores a receber deverá ocorrer da seguinte maneira: D – Perdas com incobráveis (despesas de vendas) C – Duplicatas a receber / Clientes Interatividade Pode-se entender que a baixa com clientes incobráveis será sempre uma despesa indedutível. Você concorda? a) Sim, conforme determina a legislação vigente. b) Sim, conforme determinam as normas internacionais de contabilidade. c) Não, há casos em que que as despesas geradas serão dedutíveis. d) Não, uma vez que toda despesa reduz o lucro do período. e) Sim, desde que o valor seja sempre acima de R$ 1.000,00. 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.2 Estimativa para perdas na realização de investimentos temporários Em geral, as empresas, na existência de excesso de recursos disponíveis, passam a diversificar suas fontes de rendimento que não são aquelas diretamente ligadas à sua atividade principal e assim aplicam seus recursos: Fundos de aplicação imediata; Títulos do Banco Central; Títulos do Tesouro Nacional; Depósitos a prazo fixo; Entre outros, conforme LT. 1.1.2. Estimativa para perdas na realização de investimentos temporários Critérios de avaliação Conforme art. 183, I da Lei das S/A: “As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de crédito, classificados no ativo circulante ou ativo não circulante (realizável a LP) serão avaliadas: a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda e (redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008, convertida na Lei nº 11.941/09); 1.1.2. Estimativa para perdas na realização de investimentos temporários Critérios de avaliação [...] b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito (incluída pela Lei nº 11.638, de 2007). 1.1.2. Estimativa para perdas na realização de investimentos temporários Aplicações temporárias em ouro O saldo das aplicações deverá ser ajustado ao valor de mercado, quando este for menor, mediante a constituição de provisão cuja contrapartida, no entanto, não será dedutível para efeito de determinar o lucro tributável. Na hipótese de o valor de mercado do ouro ser inferior ao custo, é necessária a constituição de uma estimativa para redução ao valor de mercado, cuja contrapartida não é dedutível para efeitos tributários. 1.1.2. Estimativa para perdas na realização de investimentos temporários Aplicações temporárias em ações Mesmo critério de avaliação do ouro: custo ou mercado, dos dois, o menor. Exemplo: uma empresa possui uma carteira de ações composta por 300 títulos: 100 ações da Cia. A, ao custo unit. $ 2,50; 100 ações da Cia. B, ao custo unit. $ 2,70; 100 ações da Cia. C, ao custo unit. $ 2,80. No dia de encerramento do exercício social, os três tipos de ações, A, B e C estavam cotados ao preço de mercado de $ 2,60 por unidade. Qual será o valor total a ser registrado no BP? 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.2 Estimativa para perdas na realização de investimentos temporários Aplicações temporárias em ações Resposta: Custo de Aquisição Valor de Mercado Valor BP 100 ações da Cia. A 100 ações da Cia. B 100 ações da Cia. C 250,00 270,00 280,00 260,00 260,00 260,00 250,00 260,00 260,00 Total................ 880,00 780,00 770,00 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.2 Estimativa para perdas na realização de investimentos temporários Aplicações temporárias em fundos de investimento Os fundos de investimento podem ser constituídos sob duas formas a) abertos, em que os cotistas podem solicitar o resgate de suas quotas a qualquer tempo; b) fechados, em que as cotas somente podem ser resgatadas ao término do prazo de duração do fundo. 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.2 Estimativa para perdas na realização de investimentos temporários Aplicações temporárias em fundos de investimento Exemplo Aplicação efetuada em 30/9/X0 Custo de aquisição: $ 700 Resgate: 29/3/X1 Prazo de aplicação: 180 dias Valor do resgate: $ 840 IRRF: $ 14, a compensar com o IR devido sobre o lucro apurado no período fiscal 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.2 Estimativa para perdas na realização de investimentos temporários Aplicações temporárias em fundos de investimento Contabilização Aquisição D – Investimentos temporários 700 C – Bancos 700 Em 31/12/X0 – Contabilizar a receita proporcional Receita Total = 840 – 700 = 140 / 180 dias x 92 dias = 72 D – Investimentos temporários 72 C – Receitas sobre investimentos temporários 72 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.2 Estimativa para perdas na realização de investimentos temporários Aplicações temporárias em fundos de investimento Contabilização No exercício seguinte, seria reconhecido o rendimento restante de $ 68 na data do resgate (caso não se atualizasse a aplicação mensalmente), quando então haveria a retenção do IRRF: D – Bancos 826 D – IRRF a compensar 14 C – Investimentos temporários 772 C – Receitas financeiras 68 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.2 Estimativa para perdas na realização de investimentos temporários Se, na data do balanço, após a apropriação da receita de $ 72, o valor de mercado bruto de resgate era de $ 750, com despesa de corretagem de $ 5, caso se efetuasse a venda, teríamos de estimar: Continua... 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo Valor contábil 772 (-) Valor de mercado 750 (-) Despesas 5 745 Valor a provisionar 27 D – Receitas financeiras 27 C – Estimativa para redução ao valor de mercado 27 Interatividade As estimativas de perdas dos investimentos temporários deverão ser registradas contabilmente: a) Debitando-se sempre a respectiva conta. b) Creditando-se uma conta do passivo. c) Debitando-se sempre uma conta do patrimônio líquido. d) Creditando-se uma conta redutora do ativo. e) A estimativa de perda é uma opção do legislador, portanto, nada será feito contabilmente. 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.3 Estimativa para ajuste a valor de mercado dos estoques Os bens que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas,produtos em fabricação e bens em almoxarifado, (serão avaliados) pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de estimativa para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior. 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.3 Estimativa para ajuste a valor de mercado dos estoques A aplicação do critério de custo ou mercado, dos dois o menor, deve ser feita separadamente para cada subconta de estoques. a) Matérias-primas, outros materiais utilizados na produção e almoxarifado de uso geral – “preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado” será o custo de reposição de cada material. 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.3 Estimativa para ajuste a valor de mercado dos estoques b) Produtos acabados e mercadorias para revenda – o mercado representa o valor líquido realizável de cada item, sendo apurado pelo valor líquido entre o preço de venda do item e as despesas estimadas para vender e receber, as despesas diretamente relacionadas com a venda do produto e a cobrança de seu valor, tais como comissões, fretes, embalagens, taxas e desconto das duplicatas etc. 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.3 Estimativa para ajuste a valor de mercado dos estoques c) Produtos em processo – esses estoques também devem ser confrontados com o valor de mercado, havendo duas alternativas para seu cálculo. Uma seria tomar seu custo já incorrido mais uma estimativa dos custos a completar. Esse valor final seria comparado com o mercado como se fosse um produto acabado. 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.3 Estimativa para ajuste a valor de mercado dos estoques Pronunciamento Contábil nº 16 – Estoques, editado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis: o objetivo desse pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil para os estoques. A questão fundamental na contabilização dos estoques é quanto ao valor do custo a ser reconhecido como ativo e mantido nos registros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas. 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.4 Estimativas para perdas permanentes Essa estimativa foi objeto de estudo na disciplina Contabilidade Societária. Os investimentos avaliados pelo método de custo devem ser ajustados ao seu valor provável de realização, quando observadas na empresa investida evidências de que o valor de custo não será recuperável em virtude de a investida estar operando, Continua... 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo por exemplo, com prejuízos constantes ou por algum evento em que não seja possível sua recuperação ao longo dos períodos. 1.1. Estimativas como contas redutoras do ativo 1.1.5 Depreciação e exaustão Depreciação é a parcela do valor de um imobilizado que não será recuperado devido ao seu uso. Na disciplina Contabilidade Societária também foi estudado esse tipo de provisão que, apesar do nome Depreciação Acumulada, trata-se, na verdade, de mera estimativa redutora do ativo. Provisões como exigíveis O termo provisão, como tratado na Deliberação CVM nº 489/05, refere-se apenas aos passivos com prazo ou valor incertos. As contas retificadoras do ativo não foram tratadas nesta deliberação. Provisões como exigíveis De acordo com a Deliberação CVM nº 489/05, uma provisão somente deve ser reconhecida quando atender, cumulativamente, às seguintes condições: 1. A entidade tem uma obrigação legal ou não formalizada presente como consequência de um evento passado; 2. Provável probabilidade de que recursos sejam exigidos para liquidar a obrigação; 3. O montante da obrigação possa ser estimado com suficiente segurança. 2. Reservas Conforme a legislação brasileira, os tipos de reservas podem ser: 1. Reservas de capital: são acréscimos ao patrimônio líquido, originados normalmente de terceiros, ou seja, não derivam das operações normais da empresa. Os casos mais comuns: ágio cobrado na emissão de novas ações; doações e subvenções para investimentos. 2. Reservas Conforme a legislação brasileira, os tipos de reservas podem ser: 2. Reservas de lucro: são as contas constituídas pela apropriação de lucros da empresa: reserva legal, estatutária, para contingências, orçamentária e lucros a realizar. 2. Reservas 2.1 Reservas versus provisão para contingências O termo contingência significa incerteza. A reserva para contingências é uma parcela subtraída do lucro líquido do período com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, desde que esse valor possa ser estimado. Ela será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificarem a sua constituição ou em que ocorrer a perda. 2. Reservas 2.1 Reservas versus provisão para contingências Exemplos de reservas de contingências, ou seja, diminuição de lucro: fenômenos climatológicos (seca, chuva de granizo, geadas, enchentes); previsão de greve; instabilidade política e econômica de países fornecedores ou compradores etc. Observe-se que o fato gerador da reserva para contingências ainda não ocorreu, porém, há grande possibilidade de vir a ocorrer. 2. Reservas 2.1 Reservas versus provisão para contingências A provisão para contingências é constituída em virtude de um fato ocorrido que pode tornar-se um passivo. Exemplos de provisão para contingências: erros na aplicação de leis trabalhistas que possam ser reclamados pelos empregados; possível incidência de ICMS sobre uma mercadoria vendida etc. Note que a provisão gera uma despesa (e uma dívida), enquanto que a reserva não. 3. Previsões Inadequadamente, há quem use as expressões previsão para imposto de renda, previsão para devedores duvidosos etc. Previsão não é uma nomenclatura contábil; significa apenas estimativa. Portanto, não se deve confundir provisão com previsão. 4. Fundos Quando se destaca certa quantia em dinheiro para uma finalidade específica, denomina-se esse montante de fundos. Tal quantia monetária não será movimentada para outros fins, exceto em aplicações financeiras, para reposição de perda inflacionária. A palavra fundos tem o significado de dinheiro ou créditos a receber. 4. Fundos Os fundos não são comuns nas sociedades comerciais. São observados com maior frequência nas entidades sem fins lucrativos, hospitais, clubes etc. Se, por exemplo, houver uma doação a uma Santa Casa específica para aquisição de equipamentos cirúrgicos modernos, o montante doado constitui-se em fundo para essa finalidade, não podendo ser utilizado para outros fins. Interatividade O Pronunciamento Contábil aplicado aos Estoques é o de número: a) 16 b) 12 c) 20 d) 10 e) 22 ATÉ A PRÓXIMA!
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