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Unidade II CONTABILIDADE EMPRESARIAL Profa. Divane Silva Contabilidade empresarial Sumário – Unidade I Apresentação Introdução 1. Estimativa para Crédito de Liquidação Duvidosa (ECLD) 2. Estimativas 3. Baixa de créditos não liquidados nas empresas 4. Operações financeiras 4.1 Duplicatas 4.2 Desconto de duplicatas 4.3 CPC 12 – Ajuste a Valor Presente Contabilidade empresarial Sumário – Unidade II 5. Empréstimos/ financiamentos – Operações pré-fixadas 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas 8. Aplicações financeiras – Operações pós-fixadas Contabilidade empresarial – Unidade II 5. Empréstimos/ financiamentos – Operações pré-fixadas 5.1 Empréstimos e financiamentos 5.2 Empréstimos/financiamentos – Operação pré-fixada 5.2.1 Exemplo de cálculo 5.2.2 Exercício resolvido (ver livro-texto) Contabilidade empresarial 5. Empréstimos/ financiamentos – Operações pré-fixadas 5.1 Empréstimos e financiamentos Empréstimos/ financiamentos são dividas contraídas por pessoa física ou jurídica, geralmente junto às instituições financeiras, mediante contrato entre as partes. No contrato precisa estar demonstrado o valor do empréstimo, a forma e a data de pagamento, os juros envolvidos na operação e as garantias. Contabilidade empresarial 5. Empréstimos/ financiamentos – Operações pré-fixadas 5.1 Empréstimos e financiamentos Os empréstimos de curto prazo devem ser efetuados exclusivamente para atender às necessidades que aparecem periodicamente dentro de cada ciclo operacional, isto é, para pagamento de gastos que normalmente são recuperados com a venda dos produtos ou serviços. Quando, porém, a empresa planeja aumentar seus negócios, o empréstimo deverá ser o de longo prazo e, assim, passa a ser denominado financiamento. Contabilidade empresarial 5. Empréstimos/ financiamentos – Operações pré-fixadas 5.1 Empréstimos e financiamentos Basicamente, temos duas modalidades de empréstimos/financiamentos, os pré-fixados e pós-fixados. Pré-fixados: os juros são conhecidos no ato da operação. Pós-fixados: os juros somente serão conhecidos durante o período de empréstimos/financiamentos, em outras palavras, para a modalidade de pós-fixados, os juros são apurados tomando-se como base a variação de um indexador escolhido para a operação. Contabilidade empresarial 5. Empréstimos/ financiamentos – Operações pré-fixadas 5.1 Empréstimos e financiamentos Além disso, os empréstimos/financiamentos podem ser realizados em moeda nacional e estrangeira. Sendo em moeda nacional, têm encargos financeiros pré-fixados e ou pós-fixados. Em moeda estrangeira, serão efetuados somente na modalidade pós-fixada, uma vez que não seria possível conhecer a variação da moeda estrangeira no ato da operação de empréstimo/financiamento. Contabilidade empresarial 5. Empréstimos/ financiamentos – Operações pré-fixadas 5.1 Empréstimos e financiamentos 5.2.1 Exemplo de cálculo A empresa Ambiciosa S/A busca um empréstimo junto ao Banco Norte S/A nas seguintes condições: Saldo inicial da conta Banco conta Movimento = R$ 399.840,00. Em 31/10/20X8, no valor de R$ 2.000.000,00 com vencimento para 29/01/20X9. Como garantia, foi assinada uma nota promissória. Juros simples cobrados antecipadamente, de 6% ao mês. Despesas cobradas: comissões de 1% sobre o valor da nota promissória; despesas de cobrança: R$ 1.400,00. Contabilidade empresarial 5. Empréstimos/ financiamentos – Operações pré-fixadas 5.1 Empréstimos e financiamentos 5.2.1 Exemplo de cálculo Valor do juro cobrado antecipadamente a 6% ao mês, ou seja, R$ 2.000.000,00 x 0,06 = R$ 120.000 x 3 meses (31/10/20X8 a 29/01/20X9) = R$ 360.000,00 Valor da comissão de 1% sobre R$ 2.000.000,00 = R$ 20.000,00 Valor das despesas de cobrança = R$ 1.400,00 Contabilidade empresarial 5. Empréstimos/financiamentos – Operações pré-fixadas 5.2.1 Exemplo de cálculo Lançamentos contábeis na data do empréstimo: 31/10/20X8 D – Banco conta movimento........ (AC) 2.000.000,00 C – Notas promissórias a pagar.....(PC) 2.000.000,00 D – Despesas bancárias despesa de comissão 1%............... 20.000,00 despesa de cobrança....................... 1.400,00 C – Banco conta movimento.................... 21.400,00 D – Juros a vencer (redutora do passivo) 360.000,00 C – Banco conta movimento ....................360.000,00 Contabilidade empresarial 5. Empréstimos/ financiamentos – Operações pré-fixadas 5.2.1 Exemplo de cálculo Observação: O valor dos juros não pode ser lançado como despesa imediatamente, já que se refere ao tempo a decorrer da data do empréstimo até a data do vencimento regime de competência. Lançamento contábil da apropriação dos juros em 30/11/20X8: 1. D – Despesas de juros 120.000,00 C – Juros a vencer...... 120.000,00 Demais lançamentos contábeis, o efeito no BP e o pagamento do empréstimo, ver livro-texto. Interatividade Foi mencionado no texto que há diferença entre empréstimos e financiamentos, embora ambos sejam dívidas. Mas qual seria esta diferença? a) Empréstimos são dívidas somente com pessoas físicas. b) Empréstimos são dívidas com vencimento a curto prazo. c) Financiamentos são dívidas somente com pessoas jurídicas. d) Empréstimos são registrados no ativos e financiamentos no passivo. e) Financiamentos são dívidas somente com pessoas físicas. Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos 6.1.1 IPC-Fipe 6.1.2 IPCA 6.1.3 IGP 6.1.4 INPC 6.1.5 ICV 6.1.6 Exemplo de cálculo 6.1.7 Exercício resolvido (ver livro-texto) Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/financiamentos – Operações pós-fixadas Os empréstimos e financiamentos na modalidade pós-fixada significam que os juros podem ter conjugação com outros fatores, como variação de indicadores nacionais ou estrangeiros. Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas De acordo com o Banco Central do Brasil, os principais indicadores econômicos nacionais que medem a variação da moeda no tempo são: INPC/IBGE: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IGP-M/FGV: Índice Geral de Preços-Mercado, da Fundação Getúlio Vargas. TJLP/BNDES: Taxa de Juros de Longo Prazo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos 6.1.1 IPC-Fipe Índice de Preços ao Consumidor, calculado semanalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP (Fipe), mede a variação dos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre um e 20 salários mínimos na cidade de São Paulo. As variações são obtidas comparando-se preços médios das quatro ultimas semanas (referência) com os das quatro semanas anteriores (base). Fipe: Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos 6.1.2 IPCA O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, calculado mensalmente pelo IBGE é o índice oficial do governo para medição das metas inflacionárias estabelecidas no acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mede a variação nos preços de bens e serviços consumidos por famílias com rendimentos entre um e 40 saláriosmínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos 6.1.3 IGP A FGV calcula três índices gerais de preço – IGP-M, IGP-10 e IGP-DI – que diferem entre si apenas pelo período de coleta de dados. Os três são calculados com base em outros três indicadores: o Índice de Preços no Atacado (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representam, respectivamente, 60%, 30% e 10% em cada um dos IGPs. Base: Rio de Janeiro e São Paulo. Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos 6.1.4 INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE, foi criado com o objetivo de orientar os reajustes dos salários dos trabalhadores. Mede a inflação para famílias com renda entre um e oito salários mínimos. A taxa e calculada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos 6.1.5 ICV Apurado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Índice do Custo de Vida mede a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda entre um e três salários mínimos da cidade de São Paulo. Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos Importante – 1 A variação de um indicador econômico nacional pode gerar, em uma operação de empréstimo/ financiamento, tanto um ganho quanto uma perda, dependendo da oscilação desse mesmo indicador no período de contratação do empréstimo. No caso do ganho, a conta contábil será registrada como “variação monetária ativa”, enquanto que na perda será “variação monetária passiva”, ambas contas de resultado, ou seja, registradas da DRE – Demonstração do Resultado do Exercício. Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos Importante – 2 A variação de um indicador econômico estrangeiro também pode gerar, em uma operação de empréstimo/financiamento, um ganho ou uma perda e também depende da oscilação desse mesmo indicador no período de contratação do empréstimo. No caso do ganho, a conta contábil será registrada como “variação cambial ativa”, enquanto que na perda será “variação cambial passiva”, ambas contas de resultado, ou seja, registradas da DRE – Demonstração do Resultado do Exercício. Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1.6 Exemplo de cálculo Empréstimo no Banco Yellow, em 01/12/20X8, no valor de US$ 1.000.000,00 (câmbio do dia R$ 1,00), com vencimento para 31/12/20X9. Como garantia, foi assinada uma nota promissória em moeda estrangeira. Despesas cobradas pelo banco: comissão de 1% sobre o valor do empréstimo; despesas de cobrança: US$ 1.400,00. Juro de 3% ao mês, a ser aplicado sobre a dívida já atualizada. Sabe-se que em 31/12/20X8, o câmbio estava cotado em R$ 1,05. Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1.6 Exemplo de cálculo Contabilização do empréstimo e registro dos encargos em 01/12/20X8 1. D – Bancos conta movimento..........................(AC) 1.000.000,00 C – N. Promissória moeda estrangeira a pagar (PC) 1.000.000,00 US$ 1.000.000,00 x R$ 1,00 = R$ 1.000.000,00 2. D – Despesas bancárias ........................................11.400,00 C – Banco conta movimento..................................11.400,00 Desp. comissão: 1% sobre R$ 1.000.000,00 = R$ 10.000,00 Desp. Cobrança: US$ 1.400,00 x R$ 1,00 = R$ 1.400,00 Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1.6 Exemplo de cálculo Contabilizações em 31/12/20X8 Será necessário apropriar as despesas com a variação cambial e os juros já incorridos e não pagos. Temos: Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, que se incorpora à própria conta original da dívida, ou seja: US$ 1.000.000,00 / R$ 1,00 = R$ 1.000.000,00 x R$ 1,05 = R$ 1.050.000 Como apurar a variação cambial: Variação cambial = Dívida corrigida (–) dívida original R$ 1.050.000,00 – R$ 1.000.000,00 = R$ 50.000,00 Contabilidade empresarial 6. Empréstimos/ financiamentos – Operações pós-fixadas 6.1.6 Exemplo de cálculo Contabilizações em 31/12/20X8 Lançamento contábil da variação cambial D – Variação cambial passiva................................... 50.000,00 C – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 50.000,00 Em seguida, apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m: R$ 1.050.000,00 x 0,03 = R$ 31.500,00 D – Despesa de juros....................... 31.500,00 C – Juros a pagar .............................31.500,00 Razonetes e efeito no BP, ver livro-texto. Interatividade Em relação aos empréstimos/financiamentos pós-fixados, pode-se entender que: a) Os juros serão sempre menores que os empréstimos pré-fixados. b) Poderão ocorrer com indexadores tanto relacionados com moeda nacional, quanto internacional. c) Devem ser efetuados sempre com o maior prazo possível, isto reduzirá os encargos a pagar. d) Não há necessidade de quaisquer garantias para esta modalidade de dívida. e) Os juros serão sempre maiores que os empréstimos pré-fixados. Contabilidade empresarial 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas 7.1 Operações pré-fixadas 7.1.1 Exemplo de cálculo INPC 7.1.2 Exercício resolvido (ver livro-texto) Contabilidade empresarial 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas Aplicação financeira é uma operação que visa a um retorno financeiro, ou seja, o valor aplicado mais um rendimento (juros), de acordo com o prazo determinado. Normalmente, são aplicações de curto prazo em fundos de investimentos, certificados de depósitos bancários etc. Essas operações financeiras podem ser contratadas a taxas pré-fixadas ou pós-fixadas. Contabilidade empresarial 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas 7.1 Operações pré-fixadas Nas operações pré-fixadas, no momento da aplicação, os contratantes já conhecem a taxa de juros efetiva em que está sendo efetuada a transação e, assim, sabe-se o quanto de rendimento terá sobre a aplicação que está sendo realizada. Contabilidade empresarial 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas 7.1 Operações pré-fixadas Em relação aos rendimentos auferidos sobre aplicações financeiras, a Receita Federal determina que uma parte seja retida pela instituição financeira em que a aplicação foi realizada, que fica responsável por enviar o valor para os cofres da Receita Federal. O imposto retido tem a seguinte denominação: Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e sua alíquota varia de acordo com o lastro ao qual a aplicação estiver vinculada. IRRF: assunto também a ser tratado na disciplina Planejamento Contábil Tributário. Contabilidade empresarial 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas 7.1 Operaçõespré-fixadas 7.1.1 Exemplo de cálculo A Empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A no valor de R$ 500.000,00, em Certificado de Deposito Bancário (CDB) por 90 dias, a uma taxa de juros de 1,5 % ao mês. O IRRF está na ordem de 4% sobre o rendimento total e será apurado somente na data do vencimento, conforme determina a legislação vigente. Data da aplicação: 01 de junho de 20X6. Data do vencimento: 01 de setembro de 20X6. Contabilidade empresarial 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas 7.1 Operações pré-fixadas 7.1.1 Exemplo de cálculo Importante Para os 90 dias em que ficarão aplicados os recursos, a empresa precisará reconhecer mensalmente a receita dos rendimentos determinados pela operação, mas proporcionalmente ao número de dias em que o dinheiro ficará aplicado regime de competência. Contabilidade empresarial 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas 7.1 Operações pré-fixadas 7.1.1 Exemplo de cálculo A proporcionalidade dos rendimentos sobre a aplicação financeira ficará assim distribuída: junho/20X6...... = 29 dias → 30 dias – 01 data da aplicação. julho/20X6 ........= 30 dias → mês comercial. agosto/20X6.... = 30 dias → mês comercial. setembro/20X6 = 01 dia → vencimento da aplicação. Total................. = 90 dias de aplicação ou três meses. Contabilidade empresarial 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas 7.1 Operações pré-fixadas 7.1.1 Exemplo de cálculo Contabilização da aplicação em 01/06/20X6 1. D – Aplicações financeiras (AC) .....522.500,00 C – Banco conta movimento (AC)... 500.000,00 C – Rendimento a apropriar (AC) ......22.500,00 (*) (*) Taxa de 1,5 % ao mês x 03 m = 4,5% R$ 500.000,00 x 0,045 = R$ 22.500,00 Contabilidade empresarial 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas 7.1 Operações pré-fixadas 7.1.1 Exemplo de cálculo Contabilização do rendimento referente ao mês de junho/20X6, considerando-se sempre o regime de competência Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 29 dias do mês de junho/20X6: R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 29 dias = R$ 7.250,00 2. D – Rendimento a apropriar (AC) .........................7.250,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) 7.250,00 Contabilidade empresarial 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas 7.1 Operações pré-fixadas 7.1.1 Exemplo de cálculo Importante No livro-texto temos as apropriações dos rendimentos para o mês de julho, agosto e setembro, bem como os Razonetes e efeito no Balanço Patrimonial mês a mês. Contabilidade empresarial 7. Aplicações financeiras – Operações pré-fixadas 7.1 Operações pré-fixadas 7.1.1 Exemplo de cálculo Cálculo e contabilização de 4% do IRRF sobre o rendimento total da operação e resgate da aplicação financeira efetuada: R$ 22.500,00 x 0,04 = R$ 900,00 D – Banco conta movimento (AC)...... 521.600,00 D – IRRF a recuperar (AC)...........................900,00 C – Aplicações financeiras (AC)..........522.500,00 Interatividade A operação de Aplicação Financeira deve ocorrer tendo como propósito principal: a) recolher o IRRF aos cofres públicos. b) registrar contabilmente as despesas com esta operação. c) evidenciar as dívidas da empresa. d) aumentar o ativo da empresa. e) conhecer sempre de imediato o ganho com esta operação. Contabilidade empresarial 8. Aplicações financeiras – Operações pós-fixadas 8.1 Operações pós-fixadas 8.1.1 Exemplo de cálculo 8.1.2 Exercício resolvido (ver livro-texto) Contabilidade empresarial 8. Aplicações financeiras – Operações pós-fixadas 8.1 Operações pós-fixadas Deve-se levar em consideração que, para as operações pré-fixadas, embute-se na taxa de juros uma expectativa inflacionária, enquanto que nas operações pós-fixadas tem-se somente a taxa de juros, ficando a representação da inflação exatamente registrada pela sua efetiva variação, podendo gerar um ganho ou uma perda inflacionária, ou seja, uma variação monetária ativa ou passiva, respectivamente. Contabilidade empresarial 8. Aplicações financeiras – Operações pós-fixadas 8.1 Operações pós-fixadas Assim, nas operações pós-fixadas é aplicada uma taxa de juros mais um índice de preços, quer em relação a uma moeda estrangeira ou a quaisquer outros indicadores econômicos (acordados entre as partes) que venham a identificar a variação inflacionária do período contratado para a operação, independentemente do tipo de operação: empréstimos/ financiamentos e ou aplicações financeiras. Contabilidade empresarial 8. Aplicações financeiras – Operações pós-fixadas 8.1 Operações pós-fixadas 8.1.1 Exemplo de cálculo A empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A, no valor de R$ 200.000,00, com variação monetária com base no CDB mais juros de 1% ao mês sobre o valor atualizado (*). (*) para fins didáticos, utilizaremos o método de juros simples. Contabilidade empresarial 8. Aplicações financeiras – Operações pós-fixadas 8.1 Operações pós-fixadas 8.1.1 Exemplo de cálculo Data da aplicação: 5 de abril de 20X6. Data do resgate: 2 de outubro de 20X6. Juros de 1% ao mês, total de 6% (abril a outubro). Variação do CDB no período: 9%. IRRF sobre o total dos rendimentos: 4%. Contabilidade empresarial 8. Aplicações financeiras – Operações pós-fixadas 8.1 Operações pós-fixadas 8.1.1 Exemplo de cálculo Contabilização da aplicação em 05/04/20X6 1. D – Aplicação financeira (AC)..........200.000,00 C – Banco conta movimento (AC)...200.000,00 Contabilidade empresarial 8. Aplicações financeiras – Operações pós-fixadas 8.1 Operações pós-fixadas 8.1.1 Exemplo de cálculo Cálculo e contabilização das receitas auferidas somente na data do regate da aplicação financeira: Variação monetária ativa = variação do CDB no período de 9%. R$ 200.000,00 x 0,09 = R$ 18.000,00 → Ganho. Rendimentos = juros de 1% a.m. = 6% sobre o valor da aplicação atualizada, R$ 218.000,00 x 0,06 = R$ 13.080,00. Contabilidade empresarial 8. Aplicações financeiras – Operações pós-fixadas 8.1 Operações pós-fixadas 8.1.1 Exemplo de cálculo Cálculo e contabilização das receitas auferidas somente na data do regate da aplicação financeira: 1. D – Aplicações financeiras (AC)..................................31.080,00 C – Variação monetária ativa (DRE).............................18.000,00 C – Rendimentos sobre aplicação financeira(DRE)...13.080,00 Contabilidade empresarial 8. Aplicações financeiras – Operações pós-fixadas 8.1 Operações pós-fixadas 8.1.1 Exemplo de cálculo Cálculo e contabilização do IRRF sobre o valor total dos rendimentos, bem como o resgate da operação de aplicação financeira em 02/10/20X6. IRRF sobre os rendimentos → R$ 31.080,00 x 0,04 = R$ 1.243,00. 2. D – Banco conta movimento (AC)......... 229.837,00 D – IRRF a recuperar (AC).................... 1.243,00 C – Aplicações financeiras (AC)............ 231.080,00 Razonetes e efeito no BP, ver livro-texto. Interatividade Considerando-se as operações financeiras pós-fixadas, pode-se entender que: a) as aplicações financeiras geram somente variação monetária passiva. b) os rendimentos auferidos com as aplicações financeiras contemplam a inflação do prazo acordado. c) só ocorrem para empréstimos/financiamentos em moeda estrangeira. d) as aplicações financeiras geram somente variação monetária ativa. e) o Imposto de Renda Retido na Fonte é apurado também sobre os juros pagos sobre os empréstimos/financiamentos. ATÉ A PRÓXIMA!
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