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SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI S/S LTDA FACULDADE METROPOLITANA DE BLUMENAU – FAMEBLU Disciplina: Saúde do Adulto 1 – Ortopedia Professora: Jaína Gozdziejewski Curso: Fisioterapia Nome: Ana Carolina Falk e Isabelle W. Schmits Síndromes Compressivas do Membro Superior As síndromes compressivas do MS correspondem a um conjunto de sinais e sintomas decorrentes de lesões causadas por compressão dos nervos que constituem o plexo braquial. As síndromes são divididas em: ALTAS OU PROXIMAIS: Síndrome do desfiladeiro torácico. BAIXAS OU DISTAIS: Compressão do nervo mediano: Síndrome do pronador. Síndrome do interósseo anterior. Síndrome do túnel do carpo. Compressão do nervo cubital: Síndrome túnel cubital (cotovelo). Síndrome canal de Guyon (punho). Compressão do nervo radial: Síndrome do interósseo posterior. Síndrome do túnel radial. A SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO é a mais frequente das síndromes compressivas e é definida pela compressão e/ou tração do nervo mediano ao nível do punho. Anatomia do túnel do carpo: Como o nome já diz, se trata de um túnel osteofibroso situado no espaço entre o retináculo dos flexores e ligamento transverso do carpo. Seus limites se dão na borda ulnar pelo hamato, piramidal e pisiforme e na borda radial pelo escafoide, trapézio e o tendão do flexor radial do carpo. Sua base é formada pela cápsula e os ligamentos radiocárpicos anteriores recobrem porções do escafoide, do semilunar, do capitulo, do hamato, do trapézio e do trapezoide. O conteúdo do túnel é constituído pelo nervo mediano e por nove tendões: quatro tendões do músculo flexor superficial dos dedos, quatro tendões do músculo flexor profundo dos dedos e um tendão do músculo flexor longo do polegar. O nervo mediano origina-se nas vértebras de C5 a T1 e envia fibras sensitivas para a face palmar. A disfunção motora geralmente está relacionada aos músculos oponente e abdutor curto do polegar. Quando a evolução é longa e associada à compressão severa do nervo, pode ocorrer atrofia da eminência tênar, geralmente relacionada à atrofia do músculo abdutor curto do polegar. Na região do terço distal do antebraço, situa-se entre o músculo flexor radial do carpo e o tendão do músculo palmar longo. Já no punho, o nervo mediano penetra na mão através do túnel do carpo. E, por fim, na região palmar ele se divide em seus ramos distais: ramo motor que inerva os músculos tenares (oponente do polegar, abdutor e flexor curto do polegar); ramos motores que seguem para o primeiro e segundo músculos lumbricais); ramos digitais palmares sensitivos que inervam a pele do segundo, terceiro e metade lateral do quarto dedo. A STC pode ser Idiopatica (mais frequente em mulheres entre 40 e 60 anos, e 50 a 60% dos casos são bilaterais. Está ligada a uma hipertrofia da sinovial dos tendões flexores por causa de uma degeneração do tecido conjuntivo com esclerose vascular, edema e fragmentação do colágeno). Pode ocorrer, ainda, devido a anomalias na posição dos ossos do carpo; fraturas na parte distal do rádio; artrose do punho; artrite inflamatória ou infecciosa; movimentos repetidos; entre outros. As primeiras manifestações decorrentes da STC são dor, queimação, formigamento e dormência na mão, que tende a progredir, acometendo território de inervação do nervo mediano. Os sintomas tendem a aumentar no período noturno e em situções de movimentações repetidas que facilitam a compressão do nervo mediano. Com a progressão da doença pode-se ver como resultado a redução da sensibilidade na distribuição do nervo mediano e diminuição de força. Nesses casos, o exame da sensibilidade geralmente identifica hipoestesia nos três primeiros dedos da mão. A disfunção motora geralmente está relacionada aos músculos oponente e abdutor curto do polegar. Quando em estágio mais severo pode ocorrer atrofia da eminência tênar, geralmente relacionada à atrofia do músculo abdutor curto do polegar. No exame físico, será feito testes de ADM através da goniometria, testes de força através da aplicação de uma resistência manual, testes especiais e também poderá ser aplicada uma avaliação da dor através da Escala Analógica da Dor. Um dos testes especiais mais confiáveis para o diagnóstica da STC, é o teste de Phalen. TESTE DE PHALEN: com o paciente sentado ou em pé, com os cotovelos fletidos à 90º e com os punhos com o dorso em contato e à 90º de flexão. O fisioterapeuta pede para o paciente realizar uma flexão do punho e colocar o dorso da mão em contato com a outra mão, permanecendo por 1 minuto. Sinais e sintomas: o aparecimento de formigamento ou dormência na mão, principalmente na região que vai até o 3º dedo, demonstra positividade do teste. TESTE DE TINEL: com o paciente sentado ou em pé, com o punho em supinação e palma da mão aberta. O fisioterapeuta percute com o seu indicador a região do túnel do carpo. Sinais e sintomas: no momento da percussão, nos trajetos dos nervos mediano e ulnar nos túneis carpais, o paciente refere à sensação de formigamento ou choque irradiado para o 3º dedo no caso de síndrome do túnel do carpo. É possível, ainda, recorrer a exames como a eletroneuromiografia, que pode nos mostrar uma alteração na condução sensitiva e também a exames de imagem, como a ultrassonografia, por exemplo. Nos exames de imagem, podemos ver o aumento do nervo mediano na entrada do túnel do carpo, melhor avaliado na altura do pisiforme; o achatamento do nervo mediano na região do hamato; o aumento da intensidade de sinal do nervo mediano na seqüência ponderada em T2; e o abaulamento do retináculo dos flexores. A fisioterapia mostra-se eficaz no tratamento da Síndrome do Túnel do Carpo, uma vez que promove uma redução dos seus sintomas, aumento da ADM, melhora de força muscular, alivio da dor e consequentemente melhora da qualidade de vida do paciente. Redução da dor: para a redução da dor, uma opção para o tratamento é o uso do laser de forma pontual, já que o mesmo demonstra uma eficácia para distúrbios musculoesqueléticos com efeito terapêutico adequado para casos como artrite reumatóide, distúrbios osteoarticulares pós-traumáticos e dor miofacial, proporcionando alivio tanto para dor aguda quanto crônica. Massoterapia: quando realizada em ritmo lento e com pouca pressão, é capaz de promover analgesia e relaxamento muscular. A massoterapia também é capaz de produzir o aumento no fluxo sanguíneo, aumento da mobilidade e flexibilidade articular. Ganho de ADM: O ganho de ADM se deve pela mobilização articular realizada nos ossos do carpo através de uma tração sobre as articulações, tratando a hipomobilidade, e aos alongamentos dos flexores, extensores, abdutes e adutores do punho, que reduzem a tensão passiva do tecido. Fortalecimento muscular: pode ser adquirido, inicialmente, através de exercícios isométricos suaves e dinâmicos em flexores, extensores, abdutores e adutores para aumentar força e resistência à fadiga nos músculos estabilizadores e depois passar a ser isotônicos e de funcionalidade. Os exercícios ativos do punho e dos dedos também provocam a redução da pressão no interior do túnel do carpo e da área de contato do nervo mediano com o ligamento transverso. Sendo assim, a melhora da força muscular irá facilitar a realização das atividades de vida diária, além de aumentar a resistência à fadiga e melhorar a funcionalidade.
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