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AULA 02 B1 DIVIDA ATIVA, DEA E RESTOS A PAGAR (1)

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Em Direito Fiscal, diz-se Dívida Ativa, a que cabem à Fazenda Pública cobrar foros, laudêmios, aluguéis, provenientes de impostos, taxas, contribuições e multas de qualquer natureza.
Diz-se também, de todo o conjunto de rendas da Fazenda Pública, relativo ao exercício financeiro findo, não arrecadado dentro dele, e que é escriturado sob esse título, a fim de ser posteriormente cobrado.
DÍVIDA ATIVA
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Inscrever um débito na Dívida Ativa é escriturar a dívida ativa, com todas as informações referentes ao devedor e a dívida, passo a passo, como orienta O Código Tributário Nacional logo após encerrado aquele ano no qual ela deveria ser paga.
Encerrado o exercício financeiro, o setor da Dívida Ativa, providencia imediatamente a inscrição dos débitos, por contribuinte.
A certidão da Dívida Ativa é o documento que comprova que a dívida foi inscrita e com ela a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN pode promover uma ação, para receber em juízo o que não foi pago.
QUANDO INSCREVER EM DÍVIDA ATIVA?
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	As Despesas de Exercícios Anteriores – DEA’s estão disciplinadas pelo art. 37 da Lei nº 4.320/64. Além desse dispositivo, cada ente da Federação poderá regulamentar a matéria visando atender às suas peculiaridades, desde que, é evidente, observe os limites traçados pelo Diploma Legal. 
“As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos (Ver Anexo da Portaria nº 163/2001), obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica”
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
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a) despesas com saldo suficiente para atendê-las e não processadas no mesmo exercício financeiro: ao longo de todo o ano, o Poder Público procede ao empenho de suas despesas, comprometendo-o com um determinado fornecedor. Ao final do exercício, entretanto, é possível que este fornecedor, por motivos diversos, não realize a prestação que se obrigou: não entregue o bem, não preste o serviço ou não realize a obra ou sua etapa. Nessas situações, as alternativas à disposição do administrador público são apenas duas: ou ele mantém o valor empenhado inscrevendo seu beneficiário em restos a pagar; ou procede à anulação do empenho correspondente. Na hipótese da última alternativa, o pagamento que vier a ser no futuro (pelo fornecedor) poderá ser empenhada novamente, só que à conta de Despesas de Exercícios Anteriores.
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b) restos a pagar com inscrição interrompida: retomando a situação descrita no item precedente, na hipótese de o administrador público, entretanto, optar por manter o empenho correspondente, inscrevendo-o em restos a pagar, também é possível, por razões diversas, que o fornecedor não implemente a prestação que se obrigou durante todo o transcorrer do exercício seguinte. Nessa hipótese, o administrador público poderá cancelar o valor inscrito. 
Se assim ocorrer, o valor que vier a ser reclamado no futuro pelo fornecedor, também poderá ser reempenhado à conta de Despesas de Exercícios Anteriores. 
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c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente: em dadas situações, alguns compromissos são reconhecidos pelo administrador público após o término do exercício em que foram gerados. Um bom exemplo dessas situações é o caso de um servidor público cujo filho tenha nascido em dezembro de um ano qualquer mas que somente veio a solicitar o benefício do salário-família em janeiro do ano subseqüente. Para proceder ao pagamento das despesas relativas ao mês de dezembro, é preciso, primeiramente, reconhecê-las e, após, empenhá-las à conta de Despesas de Exercícios Anteriores. Tais despesas, portanto, sofrem o empenho pela primeira vez, diferentemente das outras duas situações apontadas, cujos objetos já sofreram empenhos no passado. 
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Ao proceder o reconhecimento dos compromissos, o administrador público ordenará o correspondente pagamento, no mesmo processo em que reconhecer a dívida, oportunidade em que discriminará, pelo menos, os seguintes elementos: 
• Importância a pagar; 
• Nome, CPF ou CNPJ e endereço do credor; 
• Data do vencimento do compromisso; 
• Causa da inexistência do empenho, no elemento próprio, à conta do orçamento vigente.
 Mencione-se ainda que, conforme orienta o dispositivo em comento, os pagamentos das dívidas assim reconhecidas deverão obedecer, sempre que possível, a ordem cronológica. 
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LEI 4.320/64
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
• I - as receitas nele arrecadadas;
• II - as despesas nele legalmente empenhadas.
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro
distinguindo-se as processadas das não processadas.
RESTOS A PAGAR
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Art. 42. É vedado ao titular do Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestre do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. 
§ único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício. 
RESTOS A PAGAR NA LRF
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O art. 359-C, acrescentado ao Código Penal pela Lei 10028/2000 (Lei de Crimes Fiscais), pune com a pena de reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos o gestor que “ordenar ou autorizar assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa.” 
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A inscrição em restos a pagar não processados é realizada automaticamente com base nos saldos credores dos contas correntes da conta contábil – Empenhos a Liquidar
INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS
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A inscrição em restos a pagar processados é realizada automaticamente com base nos saldos credores dos contas correntes da conta contábil – Empenhos Liquidados a Pagar.
INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR PROCESSADOS
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