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ARTICULADORES E MONTAGEM

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5 - Articuladores
1 - Definição: 
É um aparelho que nos permite transportar para o laboratório, os modelos dos nossos pacientes articulados e na mesma posição espacial em que encontram na pessoa, em relação à ATM, para que possamos realizar os nossos trabalhos sem a presença do paciente. Esse transporte pode se dar com vários níveis de precisão, em relação às guias, ângulos, distâncias, etc, conforme os recursos que os diversos tipos de articuladores nos fornecem. 
Em outras palavras, articulador é um aparelho mecânico com a função de nos fornecer a reprodução dos movimentos mandibulares, a posição dos dentes em relação ao crânio, e consequentemente em relação à ATM, suas angulações e trajetos para que, ao montarmos os nossos modelos nos seus ramos, possamos reproduzir em laboratório, todos aqueles movimentos que aconteceriam na boca sem a presença física do paciente.
2 – Funções:
- Montar modelos de estudos;
- Fazer enceramentos diagnósticos;
- Para demonstrar ao paciente o tratamento planejado;
- Fazer análise oclusal e/ou ajuste oclusal;
- Encerar nossos troquéis dos trabalhos protéticos;
- Remontar nossos trabalhos protéticos para ajuste;
- Montar nossas próteses totais; 
- E para tudo aquilo em que necessitamos de um modelo articulado, para uma fase em laboratório e que não desejamos o paciente, ou que iria demandar muito tempo, o articulador nos serve. 
3 – Histórico / Evolução dos articuladores através do tempo:
1756 - Phillip Pfaff (Berlim) - Primeiros modelos de gesso e descrição de como tomar relações de mordida.
1805 - Gariot ( França) Descreve um método para articular modelos, com o próprio gesso e outro atribuído a ele, o oclusor em eixo de bisagra simples, simples dobradiça.
1840 - Daniel T. Evans e Cameron ( Philadelphia) Primeiro articulador com mov. laterais. 
1889 W. G. A. Bonwill Inventou o primeiro articulador anatômico e verificou que a distância intercondilar e entre côndilos e incisivos formam um triângulo equilátero.
1889 - Richmond S. Hayes - Construiu um articulador que reproduzia o mov. para baixo e para diante do côndilo.
1894 - C. E. Bikby – inventou um dispositivo para relacionar os modelos em relação às fossas articulares, precursor do arco facial.
1895 - W. E. Walker – Estudou as guias condilares e construiu um articulador apropriado a este registro.
1899 - A. D. Gritman (Pensilvânia) Melhorou a forma do articulador e colocou guias condilares fixas em 15’.
1899 - George B. Snow - Introduziu o arco facial a ser acoplado ao articulador de Gritman, o que hoje conhecemos como o arco facial cinemático.
1900 - Paul Schwarse (Leipzig) Construiu um articulador similar ao de Bonwwill com guias ajustáveis.
1901 - Thomas & Delamares (Inglaterra) Registraram a trajetória sagital dos côndilos – precursores do tomógrafo.
1902 – Carl Christensen (Copenhague) Introduziu o registro da protrusão para fazer o ajuste do articulador e outras técnicas de reproduzir curvas de compensação.
1906 – George B. Snow – Aprimorou o articulador de Gritman, tornando as guias condilares ajustáveis.
1910 - Alfred Gysi – Inventou um articulador e nele colocou um mecanismo precursor do que hoje é a mesa incisal regulável
1910 - Alfred Gysi Inventou um articulador de valores fixos
1910 - Alfred Gysi Inventou o articulador de três pontos, tipo um atual que usa a TGF e não tem regulagem
1918 – George S Monson cria a teoria esférica, na qual a curva de Spee teria 10 cm de raio cujo centro seria a glabela.
1921 - Rudolph Hanau Criou o articulador Hanau modelo “H” e depois o modelo “H2” .
1922 - Rudolph Hanau Criou mais uma série de aparelhos, com cada vez mais recursos e se baseava no plano de Camper.
1921 – Mc Collum Estuda em profundidade o eixo terminal de rotação e sua importância.
1924 – Norman G. Bennett descreve o movimento de lateralidade da MD e o ângulo que mais tarde recebeu o seu nome.
1924 – Wadsworth inventou um articulador no qual era possível determinar a curva de compensação através de compassos.
1926 – Sociedade Gnatológica da Califórnia – fundada por Mc Collum, Stuart e Stallard, se propunha a estudar a fisiologia da ATM, e acreditavam ser ela que determinava os mov. mandibulares.
1926 – Alfred Gysi introduz o articulador Trubyte e nele a mesa incisal regulável.
1932 – Stansbery introduz um articulador com três pés, totalmente ajustáveis aos modelos.
1932 – Schroder – Trebitsh – Criaram um articulador ajustável aos registros obtidos na boca.
1936 – Bradrup – Wongnsen introduziram um articulador com características de vários outros anteriores, com vantagens, e bastante ajustável.
1939 – McCollum – lança o seu gnatoscópio, com arco facial cinemático e ainda um pantógrafo.
1944 – Beyron – Lança o articulador Dentatus, baseado no H2 de Hanau.
1950 – Bergstron – introduz o conceito de articulador ARCON – ARticulador CONdilar, com guias condilares curvas
1950 – Gerber inventou o Condylator.
1951 – Transógrafo – espécie de arco facial cinemático, capaz de ser transformado em articulador. Vários adeptos criaram a teoria TRANSOGRÁFICA.
1953 – Miller modifica o articulador de Hanau.
1955 – Granger cria o Gnatholator, com guias curvas
1955 – Stuart – cria o seu articulador totalmente ajustável com arco facial cinemático e pantógrafo, capaz de reproduzir todos os movimentos do paciente.
1955 – Stuart em seguida cria o Wip Mix, que é o que usamos hoje, bastante prático e bem mais simples.
1956 – Niles Guichet – cria o articulador Denar, totalmente ajustável, ainda mais avançado que o de Stuart.
1965 - Articuladores TJM as guias eram individualizadas por estojos de moldagem em resina
1978 - Introduzido o sistema de articulador Panadent, de fossa curvilínea regulável
1983 - Novos modelos Panadent 
4 - Classificação:
Podemos classificar os articuladores em quatro categorias segundo Weinberg: 
- Oclusores são as charneiras, nas quais fixamos os modelos para apenas abrir e fechar, e ainda num eixo irreal. São também chamados articuladores em Bisagra, pois usam somente este eixo. Não nos dão outros atributos. Às vezes servem para esculpir restaurações unitárias, mas que deverão passar por um ajuste na boca após a escultura e mesmo assim, em pacientes que não tenham problemas oclusais Ex.: oclusores de Kile e de Irish
- Articuladores fixos ou arbitrários - nestes, alguns ângulos vêm fixos, como os da guia condilar e do ângulo de Bennett, que nos dão mov de lateralidade e de protrusiva mas não os podemos regular. Fixa também é a distância intercondilar. Também não possuem arco facial. Geralmente, o ramo superior vem preso ao inferior, não nos permitindo separá-los para trabalhar em separado. São muito usados para montagens de próteses totais, porque são leves e de fácil manuseio. Ex.: Articulador de Monson, New simplex, DCL.
- Semi ajustáveis ou parcialmente ajustáveis - são os que iremos usar para as nossas práticas de escultura e de Oclusão - Permitem que se ajuste os ângulos de Bennett, o ângulo da guia condilar e ainda que se transporte os modelos para o articulador, em posição tal que é similar à posição que ocupam no paciente em relação ao seu crânio, através do arco facial.
No rol dos semi-ajustáveis, podemos encontrar também articuladores com guias curvas, que imitam mais um pouco as curvas das cavidades articulares, porém, apenas em parte. Ressalto neste momento, que a maioria dos articuladores semi ajustáveis de comum uso nosso, possuem guias retas, e isso é uma fator que nos acarreta aumento no tempo de ajuste adicional na boca do paciente de nossas esculturas. Mas existem outros que têm mais recursos. Ex.: Bio-art, Wip-Mix, 8500 (Wip Mix 2000 tem guias curvilíneas). O Denan Mark II tem guias retas, mas possui ajuste para o deslocamento lateral imediato, o que já é uma vantagem.
	Os articuladores podem ter também uma classificação em paralelo:
		Tipo arcon - são aqueles que possuem a similar da fossa mandibular no ramo superior e o similar do côndilo no ramo inferior; O bio-art, dent-flex, wip-mix,gnatus são exemplos deste tipo. Os: os arbitrários e a maioria dos outros também são tipo arcon. Um estudo prova que os tipo não arcon dão uma diferença de 8o na montagem dos nossos modelos entre o ângulo da guia condilar e o ângulo do plano oclusal
		Tipo não arcon – São aqueles que possuem a similar da fossa mandibular no ramo inferior. Às vezes confundem aqueles que estão ainda aprendendo por estarem trocadas as posições, mas funcionam da mesma maneira. O Dentatus é exemplo. O Hanau também.
Totalmente ajustáveis - Indevidamente chamados assim, posto que nunca vamos duplicar exatamente os movimentos da ATM, são semi-ajustáveis com mais ajustes que nos permitem transportar todos os trajetos dos côndilos do paciente em registros tridimensionais para os modelos. Através do pantógrafo, um tipo sofisticado de arco facial, registramos todos os movimentos mandibulares em sua integridade; a partir disso, esses registros nos permitem registrar os e reproduzir os movimentos neste articulador. Existem ainda aqueles fabricados sob medida para cada paciente, computadorizados. Dos TTA, temos vários modelos: 
Os com ajustes mecânicos: eles já vêm com os parafusos e ajustamos, podem ter guias retilíneas ou curvas.
Os de fossa pré-formada o local da fossa já vem no articulador, mas colocamos dispositivos que nos darão fossas mais ou menos curvas e/ou anguladas.
Computadorizado: O computador gnatológico de Stuart seleciona, conforme os registros, as guias adequadas para cada paciente, cada curva, etc.
Vale ressaltar, que, o articulador não nos dá mais precisão do que aquela para a qual foi projetado e ainda assim, para que usufruamos desta precisão, deveremos ter um total controle de seu manuseio; por isto, não se justifica o uso de articuladores totalmente ajustáveis a não ser em pesquisas e para profissionais altamente treinados para tirarem o máximo proveito deles e concluo que, fazendo um bom uso dos semi ajustáveis, a margem de erro será pequena. Após a escultura, será feito um ajuste final na boca e um refinamento de novo em laboratório, o que nos proporcionará restaurações satisfatórias.
Baseado neste principio, estão os VERTICULADORES, que são na verdade, prensas. Pois o objetivo destes é apenas transportar os registros obtidos em cera na boca onde se fazem todos os movimentos possíveis, ( TGV - trajetória gerada funcionalmente ) molda-se este registro com gesso e esculpe-se o troquel articulado com este registro no verticulador. É um tipo diferente de conduta, que muitos profissionais estão empregando atualmente. Também está se usando os verticuladores como simples oclusores, quando então se monta os dois modelos, o preparado e o antagonista, numa conduta que não tem nenhuma vantagem sobre as demais, aliás, só tem a perder para os articuladores. 
Repito porém; a técnica dominada é o que vai nos dar margem maior de sucesso. E para os nossos trabalhos, o articulador semi-ajustável do tipo Wip mix (o Bio art e o Dent-flex são similares nacionais), é o que nos basta.
5 - Partes componentes de um articulador semi-ajustável:
Ramo superior É a parte móvel do articulador, uma base de alumínio, na qual se prendem parafusos com as guias condilar e de Bennett que representam a cavidade articular. Estas guias são reguláveis em ângulos. Estas “cavidades articulares” mecânicas se afastam ou se aproximam, conforme a distância intercondilar seja maior ou menor, conforme o registrado no paciente.
Pino incisal – se localiza num orifício na parte anterior do ramo superior, que o apoia na mesa incisal. Este pino tem uma borda arredondada e outra pontiaguda. A arredondada serve para para imprimir os movimentos de um dado modelo numa personalização da mesa incisal; a borda pontiaguda serve para movimentar o pino na mesa incisal de metal regulável. Este pino tem uma graduação que nos permite que façamos alterações na dimensão vertical de oclusão dos modelos montados e tem também uma marca contínua que chamamos de “ponto zero” e que nos indica que o ramo superior está paralelo ao ramo inferior. Nas montagens de modelos, devemos obedecer a esta marcação para que os ângulos marcados na guia condilar sejam efetivos, pois do contrário, resultarão maiores ou menores do que o que realmente marcamos.
Parafusos de ajuste das guias condilar e de Bennett – servem para ajustar estas guias em certos ângulos que queiramos.
Placa de montagem com seu parafuso fixador – localizada no centro da base, serve para reter o modelo quando da sua montagem. 
Anéis metálicos para ajuste da distância intercondilar – em certos modelos, a D.I. é regulada através destes anéis afastadores, em outros modelos, existe uma rosca-sem-fim inserida no ramo superior que faz esta função.
Ramo inferior – É a parte fixa do articulador. Composto de uma base e de duas hastes que sustentam os “côndilos”, pinos com pequenas bolas nas pontas que vão ser articulados nas “fossas articulares” do ramo superior. Na parte posterior da base tem também dois pés que formarão com o parafuso fixador da mesa incisal, um tripé, para que o articulador fique estável numa superfície. 
Mesa incisal – situada na parte anterior da base inferior, na qual existe uma fenda para encaixar esta mesa incisal. È feita de acrílico, justamente para que possamos colar a personalização nela. Existe a mesa incisal metálica regulável, que se ajusta no mesmo lugar que esta de acrílico e que dispensa o procedimento de personalização, pois permite que seja regulada conforme cada modelo montado. É um recurso muito útil quando se pratica ativamente a prótese ou oclusão.
Placa de montagem – também é fixada no centro da base inferior, com a mesma função da placa superior.
Arco facial 
Arco facial é um acessório dos articuladores semi-ajustáveis que vai nos permitir transportar para o nosso articulador os nossos modelos superiores na mesma posição em relação à fossa mandibular, que aquela que ocupam no paciente, com as mesmas distâncias e mesmas assimetrias peculiares de cada um. Este correto posicionamento dos modelos em relação à ATM é muito importante na determinação de uma boa escultura e de muitos outros procedimentos. O arco facial registra em 3 tamanhos médios, a distância intercondilar, importante na localização dos sulcos na anatomia oclusal. Também registra a posição espacial do plano oclusal em relação à ATM para ser transportado ao articulador. Eenfim, o arco facial aprimora a nossa montagem de modelos. Usando o arco facial estaremos minimizando os erros que porventura iríamos cometer numa montagem arbitrária. 
Tipos de arco facial:
Existe o arco facial de transferência que por sinal é o que nos é fornecido com estes modelos de articulador comumente usados por nós; o Bio-art, Gnatus e Dent-flex. O arco facial de transferência transfere para o articulador a D.I. em três magnitudes: pequena, média ou larga, não nos permitindo varias além destas três. Além disso, o eixo de rotação não é determinado; e sim, coloca-se as olivas do arco nos meatos acústicos externos e este eixo fica assim arbitrado. 
Quando o arco facial é o cinemático, ele nos permite registrar variações individuais da D.I. e do eixo de rotação, porém é um pouco mais demorado para ser usado.
Existe ainda o arco facial pantográfico, que é conhecido como pantógrafo, que nos permite registrar e transportar para um articulador apropriado, o registro total do movimento mandibular em seus três eixos ortogonais, para que possamos reproduzir com a máxima exatidão os movimentos mandibulares em laboratório.
Descrevendo o arco facial de transferência que vem acompanhando o nosso ASA:
Partes componentes: 
Arco propriamente dito - nele se registra a medida da distância intercondilar, para transportar para o articulador. Tem 3 parafusos que nos permitem estabilizá-lo no rosto. As olivas são extremidades arredondadas que se adaptam nos meatos acústicos externos, com a ajuda do próprio paciente. Na parte anterior do arco fica preso um suporte horizontal que sustenta o mecanismo de registro da posição da maxilae também o relator násion.
Relator násion é um dispositivo que é aparafusado neste suporte anterior no arco, que serve para estabilizar o conjunto do arco, apoiando-o em mais um ponto: o násion. Assim, o arco facial fica apoiado em três pontos: Nos dois meatos acústicos externos e no násion e fica assim estabilizado para podermos registrar a posição da maxila com o garfo.
Dispositivo localizador para registro da posição da maxila: Fixado também neste suporte anterior do arco, este dispositivo tem dois parafusos que sustentam o garfo que, por sua vez, serve para ser suporte das endentações e vai dentro da boca do paciente, registrar a posição da maxila. O garfo é fixado pelos parafusos do dispositivo localizador e mantém a posição em que foi fixado mesmo após retirado da boca. O garfo servirá como suporte do modelo superior para este ser montado no ramo superior do articulador.
Limitações dos ASA e como podemos agir para minimizar tais fatos.
Guias Bennett e condílica retas ao invés de curvas como nas pessoas
Movimento de Bennett sempre progressivo – não nos permite registrar um mov de Bennett imediato, se houver no paciente.
Dist. Intercondilares médias – só pequena, média ou larga
Eixo terminal arbitrado – ao colocar as olivas no ouvido, não quer dizer que os côndilos estejam naquela mesma direção, e além do mais, o arco pode mudar ligeiramente de posição na transferência, já que apertar muito o relator násion para estabilizá-lo melhor, gera muito desconforto ao paciente.
Compensações que podemos usar para minimizar as limitações dos ASA.
Usar sempre o arco facial para evitar montagens arbitrárias
Personalizar a mesa incisal, reembasando com Duralay logo após, o que vai nos permitir registrar as guias dentárias do paciente, dando maior precisão à guia anterior na nossa montagem já que a guia condilar é limitada;
Esculpir sempre cúspides um pouco menos anguladas que o permitido vai nos possibilitar obter restaurações com menor poder de interferência na oclusão e consequentemente na ATM.
Montagem em articulador : seqüência laboratorial
Resumidamente: Antes da montagem, vem o preparo do articulador: Regular o articulador na distância intercondilar registrada no paciente. Regular também as guias de Bennett e condilar em 15 e 30 graus (ângulos médios) e retirar o pino incisal. Depois de tomadas estas providências aí sim, podemos começar a montagem do modelo superior, colocando o arco facial apoiado nos pinos do ramo superior do articulador e apoiar este conjunto (ramo superior e arco facial) nos côndilos, deixando o arco facial repousar na mesa incisal. Cuidar para que este conjunto fique estável. Existem acessórios para facilitar esta operação.
Os ângulos das guias de Bennett e condilar devem estar em valores médios, sejam eles: 15 e 30 graus respectivamente.
Colocar o modelo em posição delicadamente e verificar a distância dele à placa de montagem; se o modelo for grande, cortá-lo até que o ramo superior desça e descanse no arco facial; se o modelo for fino e ficar longe da placa, vamos completá-lo com gesso pedra até que fique próximo 1 a 2 mm da placa, claro, sem montar ainda. Deixamos este gesso endurecer, esquecendo de fazer retenções nele, pois logo após a presa, colocaremos o modelo superior em posição no garfo e aí sim, faremos a montagem com o gesso especial (em pequena quantidade). Deixamos tomar presa e retiramos o arco facial. 
Importante: todas as vezes que formos vazar gesso em cima de outro gesso, devemos lembrar que gesso não tem aderência, ao outro e sim, retenção mecânica. Devemos fazer então retenções mecânicas (ranhuras) e também devemos sempre molhá-los, para que o gesso endurecido não absorva a água do gesso recém-manipulado, atrapalhando a sua presa e diminuindo sua resistência.
Em seguida, é só colocar o modelo inferior em oclusão com o superior, apertá-los com ligas de dinheiro, colocar o pino incisal em zero e verificar a mesma coisa que se fez com o superior: se grande, corta, se pequeno, completa com gesso pedra até que chegue a 2 mm da placa antes de montar com o gesso especial. Esta manobra de aproximar o modelo da placa de montagem pode parecer que é perda de tempo, mas na verdade, nos ajuda em muito para nos dar a precisão de que precisamos em nossa montagem, evitando as alterações causadas pela expansão de presa.
Após a presa final, poderemos abrir o articulador e verificar se a oclusão entre os modelos ficou ideal, estável. Nenhum ajuste deverá ser tolerado, pois se assim for, estaremos fazendo um “ajuste” para que os modelos que foram montados diferentemente da posição da boca, se “ajustem”. Se um mancamento ocorrer, nova montagem do modelo inferior deve ser feita e os passos recapitulados para detectar onde foi o erro. 
Após termos montados os modelos em ASA, vamos retirá-los do articulador e dar acabamento, seja desgastando no cortador de gesso seja completando em alguma área que faltou gesso. Um lixamento da superfície com lixas d’àgua darão uma boa impressão aos modelos e causarão, consequentemente uma boa impressão a quem os vir.
Tomada de registro em RC: na 2a sessão clínica se a montagem for em RC.
No caso então de montagem em RC; temos que fazer então o registro da RC do paciente.
Seqüência da tomada de registros: Na nossa prática, pelo pouco tempo das aulas práticas, pelo número de alunos e pelas dificuldades enfrentadas na primeira vez, faremos este registro numa terceira sessão.
3a sessão: Tomada de registro em RC.
Primeiro confeccionamos no modelo superior, o “Jig de Lucia” que nada mais é do que um desprogramador oclusal. É uma pecinha confeccionada com resina autopolimerizável na região dos incisivos centrais superiores. Com o tempo e a prática, poderá se fazer nos próprios incisivos do paciente, tomando-se muito mais cuidados: é colocada uma lâmina de alumínio cobrindo a coroa dos incisivos, manipulamos uma pequena porção de resina e a adaptamos nos mesmos. Cuidado há que se tomar para não deixar a resina esquentar os dentes pois irão doer e poderá ficar presa neles. Para evitar isso, retiramos e colocamos de volta várias vezes até tomar presa. Os incisivos inferiores terão mordido nessa massa para imprimir-lhe, antes de endurecer, mas evitando encostar os dentes posteriores. Logo após a presa, o jig será ajustado de modo que esta impressão dos inferiores seja alisada, permitindo um livre vai e vem dos mesmos na superfície do jig. Quando ajustarmos o jig, devemos atentar para que um incisivo toque em apenas um ponto e sem travamento (fica livre para ir para qualquer direção), fazendo com que os posteriores não se toquem. Com este procedimento, vou provocar após certo tempo, (variável de paciente para paciente e de acordo com a sintomatologia do paciente), o esquecimento do reflexo proprioceptivo para o fechamento mandibular. Pacientes muito ansiosos e com dor demorarão mais tempo, até 4, 5 ou mais horas para relaxarem. Pacientes sem sintomatologia, como será o nosso ensaio, meia hora ou uma hora serão o suficiente para que o paciente “esqueça” onde deve ocluir para “achar” a sua MIH. Ele fechará em RC, Por isto é importante que o Jig seja ajustado e bem ajustado para que os dentes quase se toquem porém não se toquem. Assim, o reflexo proprioceptivo não se restabelece. Os dentes devem quase se tocar, para que o registro, a cera que ficará interposta entre eles seja a mais fina possível. A espessura e a maleabilidade do material de registro é inversamente proporcional à precisão do registro.
Paradoxalmente, precisamos de um material mole e maleável para que, ao levarmos o paciente em RC, ele não sinta nada o impedindo, nada que não deixa a MD livre para ir à RC. A solução é: Usar a cera 7 aquecida que é mole, não oferece resistência, e depois vai endurecer de novo, mas ela é mole mesmo depois de resfriada. Devemos então fazer um reembasamento nas endentações com a pasta lysanda, que é dura e não aceita distorção. 
Se a distorcermos, quebra.Outros materiais poderão ser usados, como uma “linguicinha” de Duralay, ou de material de moldagem pesado, mas que é de mais difícil prática, a cera é colocada nos dois lados de uma só vez.
Passos para registrar a RC:
Colocar o jig para desprogramar a MD.
Colocar o paciente numa posição relaxada, ligeiramente reclinada e ir conversando com ele, para que ele consiga “soltar” a MD na nossa mão e assim, faremos movimentos de sobe e desce, fazendo com que a MD fique livre, sem interferência da musculatura. Neste momento, provavelmente, teremos a MD em RC. Basta registrá-la. (segundo alguns autores, não – é importante que leiam mais sobre este assunto ainda polêmico para formarem uma idéia mais consistente)
O assistente deverá ter confeccionado nesse meio-tempo, as placas de cera 7 no próprio modelo do paciente e assim, após plastificar a cera na lamparina, a mesma é levada à boca do paciente e o operador leva a MD em RC. Termos obtido então, um registro desta RC. Este registro é repetido 3 vezes, para que, ao montarmos por intermédio de um deles e os outros conferirem, teremos certeza de uma boa montagem; ao contrário, se não coincidirem, algo errado houve.
Estes registros devem ser resfriados na boca com jatos de ar, e logo após, colocados no recipiente com água.
Feitos os três registros, vamos manipular pequena porção de pasta Lysanda e colocar nas endentações, para evitar distorções da cera.
Durante todo este tempo, o paciente continuará com o jig em posição, não devendo retirá-lo sob pena de termos o serviço perdido. (ao fechar a boca sem o jig, ele o fará em MIH, e a memória proprioceptiva retornará).
Após estes registros, faremos a prova da montagem: o jig é afinado mais ainda, permitindo um primeiro toque em algum dente posterior. O primeiro toque é detectado com carbono e anotado em ficha então. 
Após montados os modelos e formos fechar os modelos, o primeiro toque deverá coincidir com o achado na boca para que concluamos que a nossa montagem foi um sucesso.
Registros em lateralidade para regulagem das guias
Para regular o nosso articulador com os ângulos das guias de Bennett e condilar próprias do paciente, evitando usar ângulos médios, devemos fazer mais dois registros: Um em lateralidade direita e outro em lateralidade esquerda. Estes registros não são fáceis de se realizar, e só devem ser feitos se o operador já tiver bastante costume em registrar a RC.
Pedimos ao paciente para colocar a sua MD em lateralidade, mas não a máxima, um ponto intermediário entre a MIH e a lateralidade máxima e registramos assim como foi feito para a RC, também cm o jig, se quisermos que o nosso registro não vire uma mera cópia das guias deste paciente – se retirarmos o jig, registraremos a guia canina dele (se houver) e não a inclinação da trajetória condilar.
Depois de montados os modelos em articulador, é colocado o registro de lateralidade esquerda e as guias de Bennett e condilar direita são ajustados até que se encostem ao côndilo. Observe que, ao colocar o registro de lateralidade, a fossa do lado oposto ao de trabalho se levanta; e a regulagem é justamente fazer com que volte a encostar. 
 
Fig 5.8 e 5.9 – Com as medidas tomadas no arco facial, (distância pequena, média ou grande), regule os côndilos e também as guias condilares. Estas, na foto da direita, é regulada colocando o retirando espaçadores. Com dois espaçadores de cada lado, fica regulado para D.I. grande; com um, média, e sem nenhum, pequena.
 
Fig 5.10 e 5.11 – Encaixe as olivas do arco facial no ASA, nas protuberâncias que ele tem ao lado das guias condilares e aperte os parafusos. Na foto da direita, repare que o ramo superior recai sobre o arco, ficando escorado no mesmo. O pino incisal deve ser retirado, pois não teria como ficar neste momento. O conjunto do arco facial e ramo superior podem e devem ser apoiados em cima do ramo inferior, nos côndilos. O parafuso localizador do garfo fica apoiado na mesa incisal; muitas vezes, este apoio é instável; assim podemos mudar a mesa de posição para melhor apoiar este conjunto.
 
Fig 5.12 e 5.13 – O modelo superior é então colocado delicadamente encaixado nas marcações (endentações) feitas na godiva, no garfo. Na esquerda, podemos perceber um acessório que podemos adquirir, que evita que o modelo superior altere a posição do garfo. Este acessório é aparafusado no mesmo lugar da placa de montagem e tem regulagem de altura para poder firmar o garfo com o modelo em cima.
 
Fig 5.14 e 5.15 – Na foto da esquerda vemos o modelo superior montado. Retiramos o arco facial e vamos então montar o inferior. Em casos de se montar em MIH, não colocaremos registro de cera interposto; somente uniremos s dois modelos firmemente com elásticos para não saírem da posição, inverteremos o articulador e colocamos o gesso. Na foto da direita observe o articulador invertido na montagem do modelo inferior.
Fig 5.16 – Nesta foto, perceba que um dos côndilos está fora de posição; os côndilos devem encostar nas paredes superiores, mediais e posteriores, como o da esquerda; se na montagem não observarmos este fato, a montagem estará seriamente comprometida.

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