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Sumário 
1 Língua Portuguesa ....................................................................................................... 4 
Estrutura fonética ...................................................................................................... 4 
Ortografia oficial conforme o novo acordo ortográfico. ................. 8 
Classes de palavras .................................................................................................. 21 
Sintaxe da concordância ........................................................................................ 36 
Colocação pronominal ............................................................................................ 40 
Crase ................................................................................................................................... 43 
Pontuação ........................................................................................................................ 49 
Interpretação de textos. ........................................................................................ 55 
2.LEGISLAÇÃO ................................................................................................................... 58 
Constituição da República Federativa do Brasil -1988: 1.1. Título 
I; .............................................................................................................................................. 58 
Título III/Capítulo IV ................................................................................................. 66 
Declaração Universal dos Direitos Humanos; .......................................... 69 
Lei Federal n° 8.069, de 13/07/1990 - Estatuto da criança e do 
Adolescente ECA; ........................................................................................................ 73 
Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, Estatuto do Idoso, Art. 1º 
ao 10, 15 ao 25, 33 ao 42 e 95 ao 118. ............................................................ 122 
Lei Municipal n° 8.198, de 13/07/2001 - Uso de focinheiras em 
cães na via pública; ................................................................................................... 157 
Lei Municipal n° 8.354, de 24/04/2002 - Lei do "Pit Bul" ................... 158 
Lei Municipal n° 8.616, de 14/07/2003 - Código de Posturas 
Municipais ....................................................................................................................... 159 
Lei Municipal nº 9.011, de 1º/01/2005. Dispõe sobre a estrutura 
organizacional da administração direta do Poder Executivo e dá 
outras providências................................................................................................. 228 
Decreto Municipal n° 11.566, de 19/12/2003 - Designa Patrono 
da Guarda Municipal o Embaixador Sérgio Vieira de Melo; ............. 283 
Decreto Municipal n° 12.639 de 23/02/2007 - Dispõe sobre 
alocação, denominação e atribuições dos órgãos de terceiro 
grau hierárquico e respectivos subníveis da estrutura 
organizacional da Administração Direta do Executivo, na 
Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial e dá 
outras providências; ............................................................................................... 284 
Lei Municipal 9.319, de 19 de janeiro de 2007 – Estatuto da 
Guarda Municipal de Belo Horizonte ............................................................ 307 
3. NOÇÕES DE GEOGRAFIA URBANA .................................................................. 346 
4. HISTÓRIA DE BELO HORIZONTE........................................................................ 369 
 
 
 
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1 Língua Portuguesa 
 
 Estrutura fonética 
 
Letras e Fonemas 
Letras e fonemas apresentam conceitos distintos, letra é representação gráfica do fonema; já o 
fonema é a representação sonora. 
Fonologia é a parte da Gramática que estuda o fonema. 
Fonema é a unidade mínima sonora que é capaz de estabelecer diferenciação entre um vocábulo 
e outro. 
Ex: bola / bota. 
Como se vê a diferenciação entre as duas palavras acima é marcada pelos fonemas /l/ e /t/. 
Fonemas e letras apresentam conceitos distintos: 
– fonema é a representação sonora; 
– letra é a representação gráfica do fonema; 
– sílaba é um conjunto de fonemas transmitidos num só impulso. 
Numa palavra, nem sempre há o mesmo número de letras e fonemas. 
A palavra táxi, por exemplo, possui: 
– quatro letras (t-á-x-i) 
– cinco fonemas (t-á-k-s-i) 
A palavra hora possui: 
– quatro letras (h-o-r-a) 
– três fonemas (o-r-a) 
Na palavra canta temos: 
-cinco letras (c-a-n-t-a) 
-quatro fonemas (c-ã-t-a) 
Representação e classificação dos fonemas 
Classificação dos Fonemas 
Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes; 
Vogais 
Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vibrar as cordas vocais e não 
encontra nenhum obstáculo na sua passagem pelo aparelho fonador. Classificam-se em: 
Quanto à intensidade 
Vogal tônica: é a vogal que se encontra na sílaba mais forte da palavra. Pode conter acentuação 
gráfica ou não, ficando dependente das regras de acentuação neste caso. Porém, quando houver 
acento, a vogal acentuada será sempre a vogal tônica, e, por consequência, a sílaba na qual ela 
se encontrar será a sílaba tônica. 
 
 
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Cada palavra possui somente uma vogal tônica. 
Vogal átona: é a vogal que se encontra na(s) sílaba(s) mais fraca(s) da palavra. 
Não possuem acentuação gráfica, mas podem apresentar o sinal gráfico de nasalação – til /~/ – 
quando a sílaba tônica for acentuada (órfão, órgão etc). O número de vogais átonas em uma 
palavra varia, podendo até mesmo ser zero (no caso de palavras monossílabas). 
Exemplos: 
Pato – divide-se pa.to . Então o a é a vogal tônica, pois a sílaba mais fortemente pronunciada é 
pa . O o é a vogal átona pois a sílaba to é fracamente pronunciada. Neste caso, não há acento 
em nenhuma vogal. 
Ábaco – divide-se á.ba.co . Então o primeiro a é a vogal tônica pois a sílaba mais fortemente 
pronunciada é á . O segundo a e o o são as vogais átonas, pois as silabas ba e co são 
pronunciadas fracamente. Neste caso, a sílaba tônica é acentuada. 
Presidente – divide-se pre.si.den.te . A segunda vogal e é a vogal tônica, pois a sílaba mais 
fortemente pronunciada é den . Nesse caso a palavra possui três vogais átonas – o primeiro e, 
o i e o último e -, que estão respectivamente nas sílabas pre , si e te . 
Pá – só há uma sílaba. Neste caso o a é a vogal tônica e não há vogais átonas. 
Quanto ao timbre 
Vogais abertas: São as vogais articuladas ao se abrir o máximo a boca. Por exemplo: no Brasil, 
nas palavras “amora” e “café”, todas as vogais são abertas. 
Vogais fechadas: São as vogais articuladas ao se abrir o mínimo a boca. Por exemplo: nas 
palavras “êxodo” e “fôlego”, todas as vogais são fechadas. 
Alguns gramáticos da língua portuguesa ainda classificam as vogais “e” e “o” na categoriade 
vogais reduzidas quando são átonas no fim de uma palavra, que em geral são pronunciadas 
como “i” e “u”. Por exemplo, nas palavras “análise” e “camelo”. 
Quanto ao modo de articulação 
Vogais orais: São as vogais pronunciadas completamente através da cavidade oral. Em 
português, existem de sete a nove vogais orais, de acordo com o dialeto, a saber: “á” [ä], “â” [ɜ̝], 
“ê” [e], “é” [ɛ], “i” [ɯ̟], “í” [i], “ô” [o], “ó” [ɔ] e “u” [u] (as vogais representadas pelos símbolos [ɯ, ɜ] 
são comumente representados por [ɨ, ɐ] por sua aproximidade e também por sua semelhança 
gráfica). 
Vogais nasais: São as vogais pronunciadas em que uma parte do ar usado para a pronúncia 
escapa pela cavidade nasal. Em português, existem cinco vogais nasais. Nas palavras: “maçã”, 
“sempre”, “capim”, “bondade”, e “fundo”, os grafemas assinalados em negrito representam vogais 
nasais. Também são nasais os ditongos “ão”, “ãe”, “õe” e o ditongo “ui” da palavra “muito”. 
Semivogais 
As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da sílaba, devendo, portanto, 
associar-se a uma vogal para formarem uma sílaba. Em português, somente os fonemas 
representados pelas letras “i” e “u” em ditongos e tritongos são considerados semi-vogais. Um 
ditongo é sempre formado por uma vogal mais uma Semivogal. Quando a semivogal vem antes 
da vogal, o ditongo é dito “crescente” (como em “jaguar”). Quando a semivogal vem depois, o 
ditongo é dito “decrescente” (como em “/demais”). Nos ditongos “ui” e “iu”, uma das letras é 
sempre considerada vogal e a outra é semivogal. No caso dos tritongos, todos eles são formados 
por uma vogal intercalada entre duas semivogais. 
Consoantes 
 
 
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Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após ultrapassar um obstáculo que se 
opõe à corrente de ar no aparelho fonador. Estes obstáculos incluem os lábios, os dentes, a 
língua, o palato, o véu palatino e a úvula. 
Encontros vocálicos: ditongo, hiato, tritongo, encontro consonantal e dígrafo. 
Um encontro vocálico acontece quando há duas letras com sons vocálicos juntas em uma mesma 
palavra. Sendo assim, mesmo que a letra em questão seja uma consoante, se ela assumir um 
som de vogal na palavra, ela pode constituir um encontro vocálico, como é o caso das letras “ol” 
na palavra “farol”. 
Portanto, quando há uma sequência de sons vocálicos, sejam eles na mesma sílaba ou em 
sílabas separadas, caracterizamos um encontro vocálico. Existem três tipos de encontros 
vocálicos: 
HIATO 
O encontro de duas letras com sons vocálicos, em uma mesma palavra, e em sílabas diferentes. 
Exemplos: 
democracia: de-mo-cra-ci-a 
viela: vi-e-la 
saída: sa-í-da 
poesia: po-e-si-a 
DITONGO 
O encontro de duas letras com sons vocálicos, em uma mesma palavra e na mesma sílaba. 
Neste caso, uma é caracterizada como vogal (a mais forte, tônica) e a outra como semivogal (a 
mais fraca, átona). 
Exemplos: 
Classificação dos Ditongos 
Os ditongos podem ser classificados de duas formas: crescente ou decrescente, e oral ou nasal. 
Ditongo Crescente: o encontro de uma semivogal (menos intensa) mais uma vogal (mais 
intensa), na mesma sílaba. 
Exemplo: série, próprio, nódoa, mágoa, série, quadro, área, páreo. 
Ditongo Decrescente: o encontro de uma vogal (mais intensa) mais uma semivogal (menos 
intensa), na mesma sílaba. 
Exemplo: pouco, pai, pais, mais, maus, mingau, intuito 
 
Ditongo Oral: o som passa pela cavidade oral, impedindo a passagem do ar pelas vias nasais. 
Exemplo: ouvir, tranquilo, sequestro, viu, fugiu. 
Ditongo Nasal: o som passa essencialmente pela cavidade nasal, produzindo um som 
nasalizado. 
Exemplo: pão, mãe, quanto, delinquente, frequência, enxaguemos. 
TRITONGO 
 
 
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É a sequência de três letras com sons vocálicos pertencentes à mesma sílaba de uma 
determinada palavra, sendo que a primeira é uma semivogal, a segunda uma vogal, e a terceira 
uma semivogal. 
Exemplo: Paraguai, quão 
Classificação dos tritongos 
Os tritongos também podem ser classificados em nasais ou orais, seguindo as mesmas regras 
dos ditongos. 
Tritongos orais: Paraguai, iguais, averigueis. 
Tritongos nasais: Saguão, enxáguem. 
Encontro consonantal e dígrafo. 
O encontro consonantal ocorre quando duas ou mais consoantes se encontram em uma palavra. 
Ou melhor, é quando duas ou mais consoantes estão em sequência, sem uma vogal entre elas. 
Há dois tipos de encontros consonantais: 
São puros ou perfeitos quando ocorrem em uma mesma sílaba: prato (pra-to), palavra (pa-la-
vra), psicologia (psi-co-lo-gia), pneumático (pneu-má-ti-co), encontrar (en-con-trar), blusa (blu-
sa), atleta (a- tle-ta), Bíblia (Bí-blia), e assim por diante. 
São disjuntos ou imperfeitos quando estão em sílabas diferentes, ou seja, quando na divisão de 
sílabas ficam separados: alcançar (al-can-çar), subsolo (sub-so-lo), advogado (ad-vo-ga-do), 
aspecto (as -pec-to), apto (ap-to), costa (cos-ta), etc. 
Perceba que há uma sequência consonantal perfeita e uma imperfeita no verbo “encontrar”, 
observe: 
Encontrar: en – con – tRar = nc (imperfeito) e tr (perfeito) 
Há alguns encontros consonantais, tais como: gn, mn, pt, ps, pn, tm, que não são muito comuns: 
magnético, mnemônica, ruptura, psicólogo, pneu, ritmo. Se estiverem no começo da palavra não 
se separam, mesmo porque não há meio de um letra ficar sozinha: p-si-có-lo-go, está errado! A 
letra “p” deve acompanhar a sílaba “si”: psi-có-lo-go. 
Mas observe que o encontro consonantal da palavra “ritmo” se desfaz na divisão silábica porque 
não está no início da palavra, e sim no meio: rit-mo. 
Existe também o encontro consonantal fonético que acontece quando a letra x tem som de ks: 
maxi, táxi, axila. 
Dígrafo 
Dígrafo é o encontro de duas letras que ao serem pronunciadas emitem um único fonema. São 
exemplos de dígrafos: nascer, morrer, chorar, isso, aquilo. 
A palavra “dígrafo” tem origem grega, sendo formada pela junção dos termos di (dois) + grafo 
(escrever). Em outras línguas, podem existir trígrafos (três letras) ou quadrígrafos (quatro letras). 
Por exemplo, na Língua Alemã, “tsch” (Deutschland) representa apenas um som. 
Na Língua Portuguesa, os dígrafos são classificados em Vocálicos (encontro de duas letras que 
formam um som de vogal) e Consonantais (encontro de duas letras que formam um som de 
consoante). 
Exemplos de Dígrafos Vocálicos 
 am: ambíguo, campeão 
 an: antítese, manto 
 
 
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 em: lembrança, tempo 
 en: vento, senta 
 im: impureza, símbolo 
 in: interior, síntese 
 om: sombra, pompa 
 on: ontem, conto 
 um: tumba, cumprimento 
 un: fundo, tonto, mundo 
Exemplos de Dígrafos Consonantais 
 lh: soalho, migalha 
 nh: tenho, vinho 
 ch: chegar, achatado 
 rr: jarro, corrimão 
 ss: massa, passeio 
 qu e gu (seguidos de e ou i): quente, quiromancia 
 sc: ascender, crescer 
 sç: cresço, desço 
 xc: excelente, excessivo 
 xs: exsudar, exsicar 
É importante salientar que para haver um encontro consonantal, as duas consoantes devem 
possuir dois sons distintos. Exemplo: letra (som de t e som de r). Caso apresentem apenas um 
som, já vimos que são dígrafos. Exemplo: achatado (som de x). 
 Ortografia oficial conforme o novo acordo 
ortográfico. 
 
Ortografia e acentuação gráfica, conforme o novo acordo ortográfico. 
Ortografia (do grego orthographia, escrita correta) é a parte da Gramática que trata do emprego 
correto das letras e dos sinais gráficos na língua escrita. Em português utilizam-se, na expressão 
escrita, letras, sinais diacríticos e sinais de pontuação. 
O sistema ortográfico atualmente em vigor é o de 1990, decorrente do Acordo Ortográfico da 
Língua Portuguesa assinado em Lisboa, em 16 de dezembro daquele ano,pelos representantes 
dos sete países lusófonos e aprovado pelo Congresso Nacional em 1994. 
O objetivo principal desse novo Acordo Ortográfico não foi, como era de se esperar, a 
simplificação, mas a unificação ortográfica da língua portuguesa falada na comunidade lusófona. 
Razões de ordem fonética, ou seja, a diversidade de pronúncia entre portugueses e brasileiros, 
não permitiram alcançar uma padronização ortográfica perfeita; mesmo assim, o novo Acordo 
representa uma louvável iniciativa na busca da tão almejada unidade ortográfica de um dos 
idiomas mais falados no mundo. 
 
 
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Para nós, brasileiros, as alterações ortográficas introduzidas na língua pelo novo sistema são, 
lamentavelmente, superficiais, visto que se restringem ao uso dos sinais diacríticos (acentos 
gráficos, trema, hífen, apóstrofo). São mais sensíveis para os portugueses e os lusofalantes 
africanos, que passarão a grafar sem as consoantes mudas e e p palavras como actor, clirector, 
lectivo, óptimo, etc. 
ALFABETO PORTUGUÊS 
O alfabeto da Língua Portuguesa compõe-se ele 26 letras: 
a, b, e, d, e, f, g, h, i, j, k, 1, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z 
Ora sozinhos, ora combinados com outras letras ou auxiliados por certos sinais gráficos (acentos, 
til, cedilha, etc.), estes signos representam os mais de trinta fonemas de nossa fala. 
Quanto à forma, as letras podem ser maiúsculas ou minúsculas, de imprensa (ou de fôrma) ou 
manuscritas. 
Como vimos nas páginas anteriores, nosso sistema ortográfico não é totalmente fonético, pois 
nem sempre a grafia corresponde à pronúncia das palavras. Tem deficiências e imperfeições, 
responsáveis pela maioria das dificuldades com que nos defrontamos no emprego de certas 
letras, sobretudo as que representam fonemas consonânticos alveolares e palatais fricativos: g 
ou j? s ou z? ch ou x?, etc. 
EMPREGO DAS LETRAS K, W e Y · 
Usam-se apenas: 
• em abreviaturas e como símbolos de termos científicos de uso internacional: 
km (quilômetro), kg (quilograma), K (potássio), w (watt), W (oeste), Y {ítrio), yd (jarda), etc. 
• na transcrição de palavras estrangeiras não aportuguesadas: 
kart, kibutz, smoking, show, watt, playground, playbo}'t hobby, etc. 
 
• em nomes próprios estrangeiros não aportuguesados e seus derivados: 
Kant, Franklin, Shakespeare, Wagner, Kennedy, Mickey, Newton, Darwin, Hollywood, 
Washington, Kremlin, Byron, Walt Disney, kantismo, byroniano, shakespeariano, kartista, 
parkinsonismo, parkinsoniano, Disneylândia, etc. 
Observações: 
✓ Em palavras estrangeiras aportuguesadas, bem como nos demais casos não previstos 
acima, o k foi substituído por e ou qu, conforme o caso, o w por vou u, conforme o valor 
fonético, e o y por i: uísque, Iorque, Bálcãs, bloco, sanduíche, vermute, Vá/ter, Osvaldo, 
jóquei, iate, ianque, Niterói, Rui, guarani, heureca, viquingue (menos usado que viking), 
etc. 
✓ Na transcrição de etnônimos brasílicos, os etnólogos utilizam essas letras exóticas: 
Kamayurá, Kayabi, Kaingang, Waiká, Suyá, etc. É preferível, porém, grafar-se camaiurá, 
caiabi, caingangue, uaicá, suiá, etc., como fazem os dicionaristas modernos. 
EMPREGO DA LETRA H 
Esta letra, em início ou fim ele palavras, não tem valor fonético; conservou-se apenas como 
símbolo, por força da etimologia e ela tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta 
palavra vem do latim hodie. 
Emprega-se o H: 
 
 
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a) inicial, quando etimológico: 
hábito, hélice, herói, hérnia, hesitar, haurir, hilaridade, homologar, Horácio, haxixe, hortênsia, 
hulha, etc. 
b) medial, como integrante dos dígrafos eh, Ih, nh: chave, beliche, broche, cachimbo, capucho, 
chimarrão, cochilar, fachada, flecha, machucar, mochila, telha, companhia, etc. 
c) final e inicial em certas interjeições: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc. 
d) em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico: sobre-
humano, anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. 
e) no substantivo próprio Bahia {estado do Brasil), por secular tradição. 
Observações: 
✓ Sem h, porém, os derivados baiano, baianinha, baião, baianada, baianismo, baianidade, 
laranja-da-bafa e o antropônimo Baía Uosé Baía). 
✓ A bem da simplificação ortográfica, o h deveria ser eliminado nos casos a e d acima. 
Não se usa H: 
 
a) no início ou no fim de certos vocábulos, no passado escritos com essa letra, embora sem 
fundamento etimológico. Exemplos: 
ontem, úmido, ume, iate, ombro, rajá, Jeová, lná, etc. 
b) no início de alguns vocábulos em que oh, embora etimológico, foi eliminado por se tratar de 
palavras que entraram na língua por via populaG como é o caso de erva, inverno e Espanha, 
respectivamente do latim herba, hibernus e Hispania. 
Observação: 
✓ " Os derivados eruditos de erva, Espanha e inverno, entretanto, grafam-se com h: 
herbívoro, herbicida, herbáceo, hispânico, hispano, hibernal, h;bernar, hibernação. 
c) em palavras derivadas e em compostos sem hífen: reaver (re + haver), reabilitaG inábil, 
desonesto, desonra, desumano, exaurir, lobisomem, turboélice, etc. 
EMPREGO DO E, I, O E U 
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e li!, /oi e /ui nem sempre é nítida. 
É principalmente desse fato que nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, 
intitula" mágoa,, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais. 
• Escrevem-se com a letra e: 
a) a sílaba final de formas dos verbos terminados em -uar: continue, continues, habitue, habitues, 
pontu e, pontues, etc. 
b) a sílaba final de formas dos verbos terminados em -oar: abençoe, abençoes, magoe, magoes, 
perdoe, perdoes, etc. 
c) as palavras formadas com o prefixo ante- (antes,. anterior): antebraço, antecipar, antedatar, 
antediluviano, antevéspera, etc. 
 
 
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• Emprega-se a letra i: 
a) na sílaba final de formas dos verbos terminados em -uir: diminui , diminuis, influi, influis, possui, 
possuis,, etc. 
b) em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): antiaéreo, Anticristo, antitetânico, 
antiestético, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
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EMPREGO DAS LETRAS G E J 
Para representar o fonema !j! existem duas letras: g e j. Grafa-se este ou aquele signo não de 
modo arbitrário, mas de acordo com a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos) - 
jeito (do latim jactu) - jipe (do inglês jeep) 
• Escrevem-se com g: 
 
 
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a) os substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem: garagem, massagem, viagem, origem, 
vertigem, ferrugem, lanugem, etc. 
Exceção: pajem. 
b) as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ágio, -úgio: contágio, estágio, egrégio, prodígio, 
relógio, refúgio, etc. 
c) as palavras derivadas de outras que se grafam com g: 
massagista (de massagem)- vertiginoso (de vertigem) - ferruginoso (de ferrugem) – engessar (de 
gesso) - faringite (de faringe) - selvageria (de selvagem), etc. 
 
 
• Escrevem-se com j: 
a) palavras derivadas de outras terminadas em -ja: 
laranja: laranjeira, laranjinha 
loja: lojinha, lojeca, lojista 
granja: granjeiro, granjense, granjear (e suas flexões) 
gorja: (garganta): gorjeta, gorjeio, gorjear (e flexões) 
lisonja: lisonjeiro, lisonjeador, lisonjear (e flexões) 
sarja: sarjeta, sarjar (e flexões) 
cereja: cerejeira 
b) todas as formas da conjugação dos verbos terminados em -jar ou -jear: 
arranjar: arranje, arranjemos, arranjem, arranjei, etc. 
viajar: viajei, viaje, viajemos, viajem (viagem é substantivo) 
despejar: despejei, despeje, despejem, despejemos, etc. 
gorjear: gorjeia, gorjeiam, gorjeavam, gorjeie, gorjeando, etc. 
c) vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: 
laje: lajedo, Lajes, lajiano, lajense 
nojo: nojeira, nojento 
jeito: jeitoso, ajeitar, desajeitado, enjeitar, conjetura, conjeturar, dejetar,dejeção, dejeto(s), 
ejetar, ejeção, ejetor, injetar, injeção, interjeição, objetar, objeção, objeto, objetivo, projetar, 
projeção, projeto, projétil, rejeitar, rejeição, sujeitar, sujeição, sujeito, subjetivo, trajeto, trajetória, 
trejeitar, trejeito 
d) palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani) ou africana: 
 
 
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canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, jerimum, jia, jiboia, jiló, jirau, Moji, mojiano, pajé, 
pajeú, tijipió, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EMPREGO DOS COM VALOR DE Z 
Escrevem-se com s com som de z: 
• adjetivos com os sufixos -aso, -asa: gostoso, gostosa - gracioso, graciosa - teimoso, teimosa, 
etc. 
• adjetivos pátrios com os sufixos -ês, -esa: português, portuguesa - inglês, inglesa - milanês, 
milanesa, etc. 
• substantivos e adjetivos terminados em -ês, feminino -esa: burguês, burguesa, burgueses - 
camponês, camponesa, camponeses - freguês, freguesa, fregueses - marquês, marquesa, 
marqueses, etc. 
• substantivos com os sufixos gregos -ese, -isa, -ase: 
catequese, diocese, diurese- pitonisa, poetisa, sacerdotisa- glicose, metamorfose, virose, etc. 
• verbos derivados de palavras cujo radical termina em -s: 
analisar (de análise) - apresar (de presa) - atrasar (de atrás) - abrasar (de brasa) - extasiar (de 
êxtase) - enviesar (de viés)- afrancesar (de francês) - extravasar (de vaso) - alisar (de liso), etc. 
• formas cios verbos pôr e querer e de seus derivados: 
pus, pôs, pusemos, puseram, puser, compôs, compusesse, impuser, etc. 
 
 
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16 
quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos, etc. 
• os seguintes nomes próprios de pessoas: 
Avis, Baltasar, Brás, Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, Isaura, Luís, Luísa, Queirós, 
Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês, etc. 
 
 
 
 
EMPREGO DA LETRA Z 
Grafam-se com z: 
• os derivados em -za/1 -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, 
cãozito, avezita, etc. 
• os derivados de palavras cujo radical termina em -z: cruzeiro (de cruz}, enraizar (de raiz}, 
esvaziar, vazar, vazão (de vazio), etc. 
• os verbos formados com o sufixo -izar e palavras cognatas: 
fertilizar, fertilizante; civilizar, civilização, etc. 
• substantivos abstratos em -eza, derivados de adjetivos e denotando qualidade física ou moral: 
pobreza (de pobre), limpeza (de limpo), frieza (de frio), etc. 
 
S OU Z? 
• Sufixos -ês e -ez: 
a) O sufixo -ês (latim -ense) forma adjetivos (às vezes substantivos) derivados de substantivos 
concretos: 
 
 
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montês (de monte) -- montanhês (de montanha) 
cortês (de corte) -- francês (de França) 
burguês (de burgo) -- chinês (de China) 
 
b) O sufixo -ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos: 
aridez (de árido), cupidez (de cúpido), avidez (de ávido), acidez (de ácido), estupidez (de 
estúpido), palidez (de pálido), rapidez (de rápido), mudez (de mudo), lucidez (de lúcido) 
• Sufixos -esa e -eza: 
Escreve-se -esa (com s): 
a) nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em -ender: 
defesa (defender), presa (prender), despesa (despender), represa (prender), empresa 
(empreender), surpresa (surpreender). 
b) nos substantivos femininos designativos de títulos nobiliárquicos: 
baronesa, duquesa, marquesa, princesa, consulesa, prioresa. 
c) nas formas femininas dos adjetivos terminados em -ês: 
burguesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de camponês), milanesa (de 
milanês), holandesa (de holandês), etc. 
d) nas seguintes palavras femininas: 
framboesa, indefesa, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa. 
Escreve-se -eza: 
Usa-se -eza (com z) nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotando 
qualidades, estado, condição. Exemplos: 
beleza (de belot franqueza (de franco), pobreza (de pobret leveza {de leve). 
Observação: 
✓ Inclua-se o topônimo Veneza, cidade da Itália. 
 
• Verbos terminados em -isar e -izar: 
Escreve-se -isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em -s. Se o 
radical não terminar em -s, grafa-se -izar {com z): 
avisar (aviso + -ar), anarquizar (anarquia + -izar), analisar (análise+ -ar), civilizar (civil + -izar), 
alisar (a+ liso+ -ar), canalizar (canal + -izar), bisar (bis + -ar) amenizar (ameno + -izar) 
catalisar (catálise+ -ar), colonizar (colono + -izar), improvisar (improviso+ -ar) vulgarizar (vulgar+ 
-izar), paralisar (paralisia+ -ar), motorizar (motor+ -izar), pesquisar (pesquisa + -ar) escravizar 
(escravo + -izar), pisar, repisar (piso + -ar), cicatrizar (cicatriz + -ar) 
frisar (friso + -ar), deslizar (deslize+ -ar), grisar (gris + -ar) matizar (matiz + -ar) 
 
 
 
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Observações: 
✓ As letras sou z aparecerão, é claro, em todas as formas da conjugação desses verbos. 
✓ Nos verbos derivados de nomes cujo radical termina em sou z, o sufixo é-ar; se o radical 
termina por outra 
consoante, o sufixo é -izar. 
✓ Dos verbos em -izar, uns, como oficializar, monopolizar, sintonizar, etc., foram formados 
em nossa língua; outros, como batizar, catequizar, dramatizar, traumatizar, etc., derivam 
do grego e entraram no vernáculo já formados. No grego, escrevem-se como dzeta, 
letra que corresponde ao nosso z. 
EMPREGO DO X 
 
• Esta letra representa os seguintes fonemas: 
/eh/: xarope, enxofre, vexame, etc. 
/cs/: sexo, látex, léxico, tóxico, etc. 
/z/: exame, exílio, êxodo, etc. 
/ss/: auxílio, máximo, próximo, etc. 
/s/: sexto, texto, expectativa, extensão, etc. 
• Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-: 
exceção, exceder, excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, inexcedível, etc. 
Observação: 
✓ Nas palavras do segundo item, o x é parte do prefixo latino ex-, mas deveria ser abolido, 
simplesmente por ser desnecessário. Bastaria a variante e- (em vez de ex ), tal como 
ocorre em efusão, emigrar, evasão, emanar, etc. 
• Grafam-se com x e não com s: 
expectativa, experiente, expiar (remir, pagart expirar (morrer), expoente, êxtase, extasiado, 
extrair, fênix, têxtil, texto, etc. 
• Escreve-se x e não eh: 
a) em geral, depois de ditongo: 
caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinot seixo, etc. 
Excetuam-se caucho e os derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem. 
b) geralmente, depois da sílaba inicial en-: 
enxada, enxame, enxamear, enxaguar, enxaqueca, enxárcia, enxerga, enxergar, enxerido, 
enxerto, enxertar, enxó, enxofre, enxotar, enxovaC enxovalhar, enxovia, enxugar, 
enxúndia, enxurrada, enxuto, etc. 
Excepcionalmente, grafam-se com eh: encharcar (de charco), encher e seus derivados 
(enchente, enchimento, preencher, etc.), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez 
que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por eh. 
c) em vocábulos de origem indígena ou africana: 
 
 
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abacaxi, xavante, caxambu (dança negra), caxinguelê, mixira, orixá, xará, maxixe, etc. 
d) nas seguintes palavras: 
anexim, bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, 
oxalá, praxe, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu. 
Escrevem-se com eh, entre outros, os seguintes vocábulos: 
bucha, charque, charrua, chávena, chimarrão, chuchu, cochilo, cochilar, fachada, ficha, flecha, 
mecha, mochila, pechincha, tocha. 
• Homônimos 
bucho = estômago 
buxo= espécie de arbusto 
cocho= recipiente de madeira 
coxo = capenga, manco 
tacha= mancha, defeito; pequeno prego de cabeça larga e chata; caldeira 
taxa= imposto, preço de um serviço público, conta, tarifa 
chá= planta da família das Teáceas; infusão de folhas do chá ou de outras plantas 
xá= título do soberano da Pérsia (atual Irã) 
cheque = ordem de pagamento 
xeque=no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por uma peça adversária 
CONSOANTES DOBRADAS 
• Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes c, r, s. 
• Escreve-se cc ou cç quando as duas consoantes soam distintamente: 
convicção, occipital, cacção, fricção, friccionar, facção, sucção, etc. 
• Duplicam-se ore os em dois casos: 
a) quando, intervocálicos, representam os fonemas /ri forte e /si sibilante, respectivamente: 
carro, ferro, pêssego, missão, etc. 
b) quando a um elemento de composição terminado em vogal seguir, sem interposição do 
hífen, palavra começada por r ou s: 
arroxeado, correlação, pressupor, bissemanal, girassot minissaia, etc. 
Observação: 
✓ Em palavras estrangeiras e derivadas conservam-se as consoantes dobradas: Garrett, 
garrettiano, Hoffmann, hoffmânnico, etc. 
 
EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS 
• Escrevem-se com letra inicial maiúscula: 
a) a primeira palavra de período ou citação: 
 
 
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Nossa língua é falada em todos os continentes. 
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua". 
Observação: 
✓ No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula. 
b) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes sagrados, mitológicos, 
astronômicos, nomes de regiões): 
José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Jesus Cristo, Maria Santíssima, Tupã, 
Minerva, Via Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, Região Sul, Baixada Fluminense, Triângulo 
Mineiro, etc. 
Observação: 
✓ Grafa-se com inicial minúscula: o deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno. 
c) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: 
Idade Média, Renascença, Centenário da Independência cio Brasil, a Páscoa, o Natal, 
o Dia das Mães, Plano Real, Semana Santa, etc. 
d) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, etc. 
e) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União, 
República, Império, etc. 
f) nomes de estabelecimentos, agremiações, corporações, órgãos públicos, etc.: Academia 
Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, Secretaria de Saúde, 
Guarda Municipal, Ministério da Fazenda, etc. 
g) títulos de jornais e revistas: O Globo, Jornal do Brasil, Veja, etc. 
h) expressões ele tratamento: 
Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc. 
 
i) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: 
Os povos do Oriente, o falar do Norte. 
Mas: Corri o país de norte a sul. O sol nasce a leste. 
j) nomes comuns, quando personificados ou individualizados: 
o Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc. 
Observação: 
✓ No interior dos títulos, as palavras átonas, como o, a, com, de, em, sem, um, etc., 
grafam-se com inicial minúscula. 
• Escrevem-se com letra inicial minúscula: 
a) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos, nomes próprios tornados 
comuns: 
maio, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, pau-brasil, etc. 
 
 
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21 
b) nomes a que se referem os itens d e e da página anterior, quando empregados em sentido 
geral: 
São Pedro foi o primeiro papa. 
Candidatou-se a presidente da República. 
Todos amam sua pátria. 
As igrejas evangélicas. 
c) palavras, depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta: 
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (MANUEL BANDEIRA) 
"A sobremesa era no pomar: chupar laranjas debaixo das árvores." (ELSIE LESSA) 
O filósofo grego disse: 1'Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma." 
• Casos opcionais 
Grafam-se, opcionalmente, com letra inicial maiúscula ou minúscula: 
a) nomes designativos de logradouros públicos, edifícios, templos: Rua (ou rua) São José, Praça 
(ou praça) da Paz, Edifício (ou edifício) Jabuti, Igreja (ou igreja) do Bonfim, etc. 
b) nomes designativos de santos, de profissionais: Santo Antônio ou santo Antônio, Doutor 
Paulo ou doutor Paulo, Professor Renato ou professor Renato, etc. 
c) nomes de disciplinas: Matemática ou matemática, etc. 
d) nomes comuns antepostos a nomes próprios de acidentes geográficos: Baía (ou baía) de 
Guanabara. Lagoa (ou lagoa) de Araruama, Rio (ou rio) Amazonas, Ilha (ou ilha) de Marajá, 
Serra (ou serra) do Mar. Pico (ou pico) da Neblina, etc. 
e) nomes de livros (menos o inicial e substantivos próprios, que são sempre com maiúscula): 
A Menina do Sobrado ou A menina do sobrado, O Primo Basílio ou O primo Basílio, Histórias 
sem Data ou Histórias sem data, A Retirada de Laguna ou A retirada de Laguna, etc. 
➔ Os títulos de livros devem ser grifados, com tipo itálico claro. 
Fonte: CEGALLA, D. P.Novíssima gramática da língua portuguesa 
 Classes de palavras 
 
A Morfologia estuda as palavras isoladamente, dividindo-as em classes de palavras, também 
conhecidas como classes gramaticais. São elas: 
ARTIGO 
ADVÉRBIO 
ADJETIVO 
CONJUNÇÃO 
INTERJEIÇÃO 
NUMERAL 
 
 
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PRONOME 
PREPOSIÇÃO 
SUBSTANTIVO 
VERBO 
--------------------------------------------- 
SUBSTANTIVO 
O substantivo é a classe gramatical que utilizamos para dar nome aos objetos e às coisas. A 
própria origem da palavra “substantivo”, que vem de “substância”, se refere ao fundamento de 
algo. 
Exemplos: livro, bicicleta, homem, cachorro, prédio, nuvem, sonho. 
Se você parar um pouco para pensar, verá que existem diversas classificações possíveis para 
os substantivos. 
Para começar, analise os substantivos “prazer” e “tesoura”. Ambos são substantivos, mas você 
concorda que há algo de diferente entre eles? 
Para explicar essas diferenças, vamos entender um pouco as classificações dos substantivos. 
Substantivos Concretos 
São os substantivos que convencionalmente entendemos como substantivos. Eles possuem 
existência independente. 
Exemplos: mesa, cadeira, flor, balde. 
Os substantivos concretos são aqueles que nomeiam objetos, coisas, lugares, animais e plantas. 
Substantivos Abstratos 
Já os substantivos abstratos se referem a fenômenos que têm existência dependente. Ações, 
sentimentos, estados e qualidades são substantivos abstratos. 
Exemplos: amor, prazer, ódio, beleza, beijo, amizade. 
Todos esses substantivos dependem da existência de um ou mais seres para fazer sentido. Por 
isso não são concretos. 
Substantivos Próprios 
Vamos a outra classificação dos substantivos: os substantivos próprios. 
São aqueles que individualizam um ou mais seres. O substantivo próprio identifica esses seres 
para diferenciá-los dos demais, por conta de suas características. 
Assim, os nomes de pessoas e países, por exemplo, são nomes próprios. 
Exemplo: João, Argentina, Bahia, Magazine Luiza. 
Teríamos muita confusão se os nomes próprios não existissem. Seria difícil identificar alguém se 
chamássemos todos como “pessoas” ou “seres humanos”. Mais fácil identificar alguém que 
chame Maria Raquel da Silva Barbosa. 
Substantivos Comuns 
Já o substantivo comum é aquele aplicado a vários objetos e coisas. Ele não cria identidades 
específicas nos seres que nomeia. 
 
 
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Exemplos: carro, motocicleta, gato, prato. 
Substantivos Coletivos 
Outra classificação importantíssima dos substantivos é a dos coletivos. Mesmo estando no 
singular, eles fazem referência a uma coleção de objetos, seres ou coisas. 
Exemplos: laranjal, rebanho, cardume, vinhedo, constelação. 
Note que cada substantivo coletivo agrupa um conjunto de seres. Considerando os exemplos 
acima, temos: 
Laranjal – conjunto de pés de laranja 
Rebanho – conjunto de cabras ou ovelhas 
Cardume – conjunto de peixes 
Vinhedo – conjunto de videiras 
Constelação – conjunto de estrelas 
Substantivos primitivos 
Essa é um tipo de classificação bem pouco cobrada em concursos públicos, mas vale a pena 
atentarmospara ela. 
Um substantivo primitivo é aquele que não é derivado de outra palavra. 
Exemplos: pedra, limão, água, flor. 
Para entender melhor os substantivos primitivos, veja a seguir o que são os substantivos 
derivados. 
Substantivos derivados 
Os substantivos derivados, por óbvio, são aqueles que derivam dos substantivos primitivos. 
Veja os exemplos a seguir, usando os substantivos primitivos anteriores: 
Exemplos: pedrada, limoeiro, aguada, floricultura. 
Note que há uma diferença entre os substantivos derivados e os substantivos coletivos. Os 
coletivos expressam a reunião de seres iguais. Os derivados apenas se utilizam da estrutura 
de um substantivo primitivo. 
Substantivos compostos 
São aqueles que possuem mais de um radical em sua estrutura. 
Exemplos: guarda-chuva, couve-flor, erva-doce, passatempo. 
Perceba que não necessariamente o radical precisa estar separado por hífen (como é o caso 
de “passatempo”). 
Substantivos simples 
Já os substantivos simples são aqueles que possuem apenas um radical na sua estrutura. 
Exemplos: computador, mesa, cadeira, garrafa. 
É bom frisar que os substantivos variam em número, grau e gênero. Ou seja: podem ser 
encontrados no singular e no plural (número), no aumentativo e diminutivo (grau) e no 
masculino e feminino (gênero). 
 
 
 
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Adjetivo 
No Emprego das Classes de Palavras o adjetivo é um dos mais importantes. Ele tem a função 
de delimitar e qualificar o significado de um substantivo.De maneira geral, podemos dizer que 
os adjetivos dizem quais são as qualidades de um substantivo. 
Exemplos: azul, belo, feio, romântico, bom, mau, arredondada. 
Veja cada um desses adjetivos ao lado de um substantivo: 
Carro azul 
Homem belo 
Sapato feio 
Menino romântico 
Cachorro bom 
Gato mau 
Bola arredondada 
Locução adjetiva 
Fique muito atento à possibilidade da utilização de locuções adjetivas nas questões de 
concurso público. Isso porque elas são como adjetivos “disfarçados”. As locuções adjetivas são 
a junção entre uma preposição e um substantivo, operando na frase como um adjetivo. 
Exemplos: 
Cachorro de rua 
Quadro com cupim 
Arroz de geladeira 
Livro sem capa 
“De rua”, “com cupim”, “de geladeira” e “sem capa” fazem o papel de adjetivos nesses casos. 
Por isso, são locuções adjetivas. 
Caso você encontre uma questão com pegadinha que pergunte se “De rua” está adjetivando a 
palavra “Cachorro”, responda corretamente. 
Substantivação do Adjetivo 
Outra possível confusão que pode ser feita é quando um adjetivo é substantivado. Aqui o que 
importa analisar é a função que a palavra está exercendo, e não necessariamente memorizar 
que uma palavra é ou não um adjetivo. 
Veja a frase a seguir: 
O fraco sempre sairá por último 
Nesse caso, “fraco” não é adjetivo. A palavra não está qualificando nenhum substantivo. Ele é 
o próprio substantivo. 
O adjetivo fraco foi substantivado! 
Grau do Adjetivo 
Outro tema importantíssimo quando falamos sobre os adjetivos é entender o grau de emprego 
deles. Como assim? 
https://segredosdeconcurso.com.br/pegadinhas-concursos/
 
 
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25 
Quando falamos em graus estamos falando das relações entre as qualidades de um ou mais 
seres. Os graus existentes são o positivo, o comparativo e o superlativo. 
Grau Positivo 
É o menos conhecido, e menos cobrado em concursos. É o grau que simplesmente enuncia a 
qualidade de algo. 
Exemplo: A mulher é linda. 
Grau Comparativo 
É o grau onde o adjetivo está empregado em uma comparação entre dois ou mais seres. Veja 
quais são as possibilidades do Grau Comparativo, e alguns exemplos: 
Grau Comparativo de Igualdade – “A mulher é tão linda quanto o homem”. 
Grau Comparativo de Superioridade – “A mulher é mais linda que o homem”. 
Grau Comparativo de Inferioridade – “A mulher é menos linda que o homem”. 
Grau Superlativo 
O Grau Superlativo é utilizado quando se pretende dar ênfase na adjetivação. Existem duas 
possibilidades de emprego – o Grau Superlativo Absoluto (não faz comparações) e o Grau 
Superlativo Relativo (faz comparações). 
Grau Superlativo Relativo – “A mulher é a mais linda de sua sala” 
Grau Superlativo Absoluto – “A mulher é lindíssima!” 
Importante dizer que no Grau Superlativo Absoluto existem duas possibilidades. A utilização de 
expressões como “muito linda” ou a utilização do adjetivo modificado, como “lindíssima”. Daí 
surgem mais duas classificações: 
Grau Superlativo Absoluto Sintético – “A mulher é lindíssima!” 
Grau Superlativo Absoluto Analítico – “A mulher é muito linda!” 
 
Artigo 
Entre as classes de palavras o Artigo é muitas vezes desconsiderado pelos candidatos a 
concurso público. Mas ele tem uma importância fundamental na construção da nossa 
comunicação. 
O Artigo é o termo que vem antes do substantivo, esclarecendo três pontos importantíssimos 
sobre ele: 
• Se o substantivo é definido ou indefinido 
• Se o substantivo é masculino ou feminino 
• Se o substantivo está no singular ou no plural 
Exemplos de artigos: o, a, os, as, um, uma, uns, umas. 
Artigo Definido 
O Artigo Definido é utilizado para apontar um ou mais seres especificamente. Veja o exemplo de 
quatro frases onde o Artigo Definido é utilizado: 
 
 
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• “A Holanda vendeu seu petróleo” 
• “As gatas comeram carne” 
• “O homem saiu pela porta” 
• “Os garotos compraram queijo” 
Como você pode ver, nesses casos há uma delimitação do substantivo em relação a seres 
específicos. 
Artigo Indefinido 
Ao contrário do Artigo Definido, o Artigo Indefinido deixa oculto a quais ou qual ser se refere. Ele 
generaliza o substantivo. 
Veja alguns exemplos de Artigos Indefinidos sendo aplicados: 
• “Um suspeito passou por aqui”. 
• “Uns homens chegaram no bar”. 
• “Uma barata apareceu na sala”. 
• “Umas meninas tocaram o sino”. 
Quando um artigo feminino definido (a/as) está junto com uma proposição “a”, usa-se o sinal da 
crase. 
Pronome 
Muita gente confunde bastante qual a real função do Pronome na Língua Portuguesa. 
Certamente é um dos temas que os candidatos a concurso público mais erram nessa parte do 
Emprego das Classes de Palavras. 
Primeiro, saiba que um pronome nada mais é que uma palavra que substitui ou pode substituir 
um substantivo. 
Isso pode acontecer de diversas formas, por isso existem seis tipos de pronome: 
1. Pronome pessoal 
2. Pronome possessivo 
3. Pronome demonstrativo 
4. Pronome indefinido 
5. Pronome interrogativo 
6. Pronome relativo 
Pronome Pessoal 
Pronome pessoal é aquele que substitui o nome de alguém em uma construção gramatical. Além 
disso, ele relaciona o nome a uma das 3 pessoas gramaticais. Veja quais são as três pessoas 
gramaticais: 
• Eu/nós (1ª pessoa) – a pessoa que fala. 
• Tu/vós (2ª pessoa) – a pessoa com quem falamos. 
• Ele/eles (3ª pessoa) – a pessoa de quem falamos. 
O pronome pessoal pode ser de três tipos: 
1. Reto 
2. Oblíquo 
3. De tratamento 
 
 
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Vamos conhecer, a seguir, as características desses três tipos de pronome. 
Pronome Pessoal Reto 
O Pronome Reto é aquele que representa o sujeito do verbo na oração. São eles: 
• Eu 
• Tu 
• Ele 
• Nós 
• Vós 
• Eles 
Veja um exemplo dos pronomes pessoais retos acompanhados dos verbos: 
• Eu compro 
• Tu compras 
• Ele compra 
• Nós compramos 
• Vós comprais 
• Eles compram 
Esses são os pronomes mais comuns na utilização cotidiana do Português. 
Pronome Pessoal Oblíquo 
O Pronome Oblíquo é aquele que tem como função a complementação do verbo. Veja quais são 
os pronomes oblíquos: 
• 1ª pessoa do singular – me, mim, migo 
• 2ª pessoa do singular – te, ti, tigo 
• 3ª pessoa do singular – o, a, lhe, se, si, sigo 
• 1ª pessoa do plural – nos, nosco 
• 2ª pessoa do plural – vos, vosco 
• 3ª pessoa do plural – os, as, lhes, se, si, sigo 
Agora, a aplicação de cada um desses pronomesoblíquos em orações: 
• Chamaram-me 
• Fez para mim 
• Comeu comigo 
• Amo-te 
• Levei a ti 
• Viajei contigo 
• Declaro-o inocente 
• Mando-a para casa 
• Faz-lhe esse favor 
• Diz-se que abriu o carro 
• Presenteia a si 
Pronome Pessoal de Tratamento 
O Pronome de Tratamento é aquele que substitui a terceira pessoa do singular ou do plural 
(ele/eles). 
 
 
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Alguns exemplos de pronome de tratamento: 
• Você 
• Vossa Senhoria 
• Vossa Excelência 
• Vossa Majestade 
• Fulano 
• Cicrano 
• Beltrano 
Os pronomes de tratamento são utilizados principalmente em referência a cargos. Enquanto “Sua 
Majestade” é utilizado para um rei, “Excelentíssimo” é utilizado para um Governador, por 
exemplo. 
Pronomes Possessivos 
São aqueles que trazem a ideia de posse, em referência a alguém a quem pertence algo. 
Conheça os pronomes possessivos: 
• 1ª Pessoa – Meu (s) / Minha (s) 
• 2ª Pessoa – Teu (s) / Tua (s) 
• 3ª Pessoa – Seu (s) / Sua (s) 
• 1ª Pessoa – Nosso (s) / Nossa (s) 
• 2ª Pessoa – Vosso (s) / Vossa (s) 
• 3ª Pessoa – Seu (s) / Sua (s) 
Pronome Indefinido 
Os pronomes indefinidos são muito pouco estudados, e quando são cobrados nos concursos a 
maioria dos candidatos são induzidos ao erro. 
Basicamente, podemos dizer que o Pronome Indefinido é aquele que determina o substantivo de 
maneira vaga. Conheça os pronomes indefinidos: 
• Algum 
• Bastante 
• Cada 
• Certo 
• Diferentes 
• Diversos 
• Mais 
• Menos 
• Muito 
• Nenhum 
• Outro 
• Pouco 
• Qualquer 
• Quanto 
• Quem quer 
• Tanto 
• Todo 
• Um 
• Vários 
 
 
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Tome cuidado com os pronomes indefinidos. Eles podem ser confundidos com outras classes 
gramaticais. 
Pronome Interrogativo 
Os pronomes interrogativos são os mais fáceis de compreender. São aqueles que integram 
orações interrogativas. 
São eles: 
• Que 
• Quem 
• Qual 
• Quanto 
Pronome Relativo 
O pronome relativo é aquele faz referência a um termo de outra oração, que não aquela que ele 
fez parte. 
Os pronomes relativos da Língua Portuguesa são os seguintes: 
• O qual 
• Que 
• Quem 
• Cujo 
Exemplos de uso do Pronome Relativo: 
• A mulher, a qual falou comigo, chegou em casa 
• O cachorro, cuja pata foi curada, está andando 
Numeral 
Agora vamos aprender sobre os numerais, que são as palavras que tem função quantificadora 
definida em uma oração. 
Enquanto o artigo indefinido “um” fala genericamente de uma quantidade possível de seres, o 
numeral “um” quantifica exatamente. 
Veja um exemplo de aplicação do numeral “um”: 
• Eu só comprei uma cama 
Uma dica para verificar se o “um” encontrado em uma oração é numeral ou outra classe de 
palavra é substituí-lo por outro numeral e verificar se faz sentido. No nosso exemplo, faria 
sentido: 
• Eu só comprei duas camas 
Logo, trata-se de um numeral. 
Numeral Ordinal 
Os numerais ordinais são aqueles que expressam ideia de ordem numa série. 
 
 
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Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, quarto etc. 
Numeral Cardinal 
São aqueles que simplesmente expressam quantidade. 
Exemplos: um, dois, três, mil, um milhão, três bilhões etc. 
Numeral Multiplicativo 
Nesse caso, estamos falando de numerais que determinam o número de vezes de algo. 
Exemplos: dobro, triplo, quadruplo etc. 
Numeral Fracionário 
Enquanto o Numeral Multiplicativo expressa multiplicação, o Numeral Fracionário expressa 
divisão. 
Exemplos: meio, terço, doze avos, décimo etc. 
Verbo 
O verbo é a palavra que expressa a realização de alguma ação, ou o resultado dessa ação. 
Compreender o emprego dos verbos é essencial para conseguir um bom desempenho em 
qualquer prova de Língua Portuguesa em concursos públicos. Por isso, fique atento a cada 
detalhe desse assunto. 
É possível analisar e classificar os verbos em relação a diversos aspectos. Vamos nos dedicar a 
cada um deles. 
Predicação do Verbo 
O verbo também é chamado de predicado, já que atribui uma ação a uma coisa ou a uma pessoa. 
Essa predicação pode ser incompleta ou completa. 
Verbo Intransitivo 
O Verbo Intransitivo é aquele de predicação completa, portanto não precisa de um complemento. 
O verbo “chover”, é um exemplo. Veja: 
“Ontem choveu” 
A oração é compreendida sem qualquer complemento ao verbo. Não é o caso do verbo transitivo. 
Verbo Transitivo 
Aqui o verbo precisa de um complemento, por não ser de predicação completa. Um exemplo é o 
verbo “ver”. Confira: 
• Saulo viu a morena 
Na oração acima, dizer apenas que “Saulo viu” ficaria incompleto. Saulo viu o quê? É preciso um 
complemento, nesse caso, a palavra “morena”. 
É bom ressaltar que o complemento do verbo transitivo é chamado de objeto. E que os verbos 
transitivos podem ser considerados transitivos diretos e transitivos indiretos. Entenda: 
 
 
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• Verbo Transitivo Direito é aquele que a ação passa diretamente para a pessoa ou coisa 
sobre que recai. Exemplo: ver, beber, derrubar. 
• Verbo Transitivo Indireto é aquele que a ação não passa diretamente para a pessoa ou 
coisa sobre que recai. Exemplo: gostar, obedecer. 
O complemento do verbo transitivo direto é o objeto direto. O complemento do verbo transitivo 
indireto é o objeto indireto. 
Voz do Verbo 
Outro ponto importante no estudo dos verbos é analisar em que voz ele se encontra. As vozes 
verbais são ativa, passiva, reflexiva e neutra. 
Voz Ativa 
É quando a ação verbal é praticada pelo sujeito. Ele é o agente da ação verbal. 
Exemplo: O rato comeu o queijo. 
Voz Passiva 
Na voz passiva a pessoa ou coisa a quem se atribui a ação verbal recebe a ação, em vez de 
praticá-la. 
Exemplo: O carro foi lavado pelo menino. 
Voz Reflexiva 
A Voz Reflexiva pode ser entendida como a união entre a Voz Passiva e a Voz Ativa. O sujeito 
pratica e, simultaneamente, sofre os efeitos da ação verbal. 
Exemplo: Tereza cortou-se. 
Voz Neutra 
É o caso em que o sujeito nem pratica nem recebe a ação verbal. 
Exemplo: Maria Joaquina é linda. 
Flexão do Verbo 
Você já ouviu falar em conjugação verbal? A conjugação nada mais é que o conjunto de flexões 
de um verbo. Primeiro, vamos aprender quais são os modos verbais. 
Modo Indicativo 
Nesse modo, a ação expressa pelo verbo é exercida de maneira real e definida, seja numa 
afirmação, seja numa negação. 
Exemplos: fazem, compro, mando, tenho, estais, veem. 
Modo Subjuntivo 
No Modo Subjuntivo o verbo precisa estar subordinado a um outro verbo para ter sentido. 
Entenda melhor no exemplo a seguir. 
Exemplo: “Quero que estude”. 
O verbo “estude”, nesse caso, está no modo subjuntivo, pois seu sentido está dependendo do 
verbo “quero”. 
Modo Imperativo 
É o modo verbal dos “mandões”, pois são utilizados para a passar a ideia de ordem. 
 
 
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Exemplo: “Apareça agora em minha frente”. 
“Apareça” está no modo imperativo. 
Formas Nominais do Verbo 
Sabia que os verbos podem se tornar substantivos ou adjetivos? Eles exercem essas funções 
quando estão em suas formas nominais. São elas: 
Gerúndio 
É a forma nominal do verbo terminada em “ndo”, que indica uma ação continuada. 
Exemplos: amando, vivendo, correndo, fluindo, participando. 
Infinitivo 
É o “nome” do verbo. Nessa forma, não há variação de modo, tempo, número ou pessoa. 
Exemplos: crescer, amar, correr, partir, repor, vender. 
Particípio 
Já o particípio, é a forma verbal terminada em “ado/ido”. 
Exemplos: comprado, vendido, amado, corrompido, mesclado, vivido, construído. 
Tempo do Verbal 
Já que o verbo indica a realização de uma ação, ou o resultado dela, faz muito sentido que exista 
variações de tempo dessas ações. Afinal, elas podem ser realizadas, ou ter resultados, no 
passado (ou pretérito), no presente ou no futuro. 
Por isso, existem os seguintes tempos verbais: 
Presente 
Pretérito imperfeito 
Pretérito perfeitoPretérito mais-que-perfeito 
Futuro 
Futuro do presente 
Futuro do pretérito 
Verbo Auxiliar 
São auxiliares os verbos que complementam o sentido de outros verbos (chamados principais). 
São verbos auxiliares na Língua Portuguesa: 
Ter 
Haver 
Ser 
Estar 
Exemplos: “Eu tenho visto muitos pássaros”. 
“Tenho”, neste caso, cumpre a função de verbo auxiliar. 
Verbos Regulares 
 
 
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Os verbos regulares são aqueles em que o radical permanece invariável durante toda a sua 
conjugação. Um verbo regular não modifica sua estrutura quando é modificado nas várias 
pessoas. 
Exemplos: louvar, vender, partir. 
Veja a conjugação do partir vender no presente do indicativo: 
Eu parto 
Tu partes 
Ele parte 
Nós partimos 
Vós partis 
Eles partem 
Em todas as pessoas o radical “part” é mantido. 
Verbo Irregular 
Ao contrário do verbo regular, o verbo irregular sofre modificações em seu radical quando é 
conjugado. 
Exemplos: perder, fazer, ferir, caber. 
Veja a conjugação do verbo ferir no presente do indicativo: 
Eu firo 
Tu feres 
Ele fere 
Nós ferimos 
Vós feris 
Eles ferem 
Perceba a mudança no radical. De “fir” para “fer”. 
Verbos Anômalos 
Existem dois verbos anômalos: 
Ser 
Ir 
Enquanto os verbos irregulares sofrem mudanças no radical, os verbos anômalos simplesmente 
mudam de radical. Veja o verbo “ser” conjugado no presente do indicativo: 
Eu sou 
Tu és 
Ele é 
Nós somos 
Vós sois 
Eles são 
 
 
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Verbos Defectivos 
Os verbos defectivos são aqueles que possuem deficiência na conjugação. Eles não possuem 
todas as formas verbais. 
Exemplos: reaver, precaver, falir. 
Como conjugar o verbo falir na primeira pessoa? Não existe! 
Verbos Abundantes 
São os verbos que possuem dupla forma, geralmente no particípio. Veja alguns exemplos: 
Findado/findo 
Limpado/limpo 
Benzido/bento 
Envolvido/envolto 
Emergido/emerso 
Frigido/frito 
Advérbio 
O advérbios nada mais são que palavras que modificam os verbos, os adjetivos e até mesmo 
outros advérbios. 
Lugar – abaixo/acima, dentro/fora, adiante/atrás… 
Tempo – ainda, antes, depois, cedo, tarde, logo… 
Modo – ademais, depressa, só, também… 
Negação – não, nada… 
Afirmação – deveras, sim, certo, certamente… 
Dúvida – porventura, acaso, talvez… 
Intensidade – bastante, mais, menos, muito, pouco 
Preposição 
As preposições são conectivos, palavras invariáveis (não têm variação de número, gênero etc) 
que ligam o complemento à palavra completada. 
O termo que vem antes de uma preposição é chamado antecedente. O termo que vem depois 
é chamado consequente. 
Preposições Essenciais 
São aquelas que só desempenham essa função. 
Exemplos: de, desde, a, até, para, por, trás, sob… 
Preposições Acidentais 
São palavras de outras classes que são empregadas como preposição eventualmente. 
 
 
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Exemplos: durante, menos, mediante, salvo, conforme 
Conjunção 
Tal qual as preposições, as conjunções são conectivos, mas em vez de ligar palavras elas ligam 
orações. 
As conjunções, assim como as locuções conjuntivas, classificam-se em coordenativas e 
subordinativas: 
- Conjunções coordenativas 
Ligam termos que exercem a mesma função sintática, ou orações independentes (coordenadas). 
As conjunções coordenativas subdividem-se em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas 
e explicativas. 
Apresentamos a seguir as principais conjunções (e locuções conjuntivas) coordenativas de cada 
tipo: 
a) Aditivas (indicam soma, adição): e, nem, mas também, mas ainda. 
b) Adversativas (indicam oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto. 
c) Alternativas (indicam alternância, escolha): ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer. 
d) Conclusivas (indicam conclusão): pois (posposto ao verbo), logo, portanto, então. 
e) Explicativas (indicam explicação): pois (anteposto ao verbo), porque, que. 
- Conjunções Subordinativas 
Ligam duas orações sintaticamente dependentes. As conjunções subordinativas subdividem-se 
em: causais, condicionais, consecutivas, comparativas, conformativas, concessivas, temporais, 
finais, proporcionais e integrantes. 
Apresentamos a seguir as principais conjunções (e locuções conjuntivas) subordinativas de cada 
tipo: 
a) Causais (exprimem causa, motivo): porque, visto que, já que, uma vez que, como. 
b) Condicionais (exprimem condição): se, caso, contanto que, desde que. 
c) Consecutivas (exprime resultado, consequência): que (precedido de tão, tal, tanto), de modo 
que, de maneira que. 
d) Comparativas (exprimem comparação): como, que (precedido de mais ou menos). 
e) Conformativas (exprimem conformidade): como, conforme, segundo etc. 
f) Concessivas (exprimem concessão): embora, se bem que, ainda que, mesmo que, 
conquanto. 
g) Temporais (exprimem tempo): quando, enquanto, logo que, desde que, assim que. 
h) Finais (exprimem finalidade): a fim de que, para que, que. 
i) Proporcionais (exprimem proporção): à proporção que, à medida que, quanto mais, quanto 
menos. 
j) Integrantes: que, se (quando iniciam oração subordinada substantiva). 
Observe com toda atenção 
 
 
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Assim como ocorre com as preposições, é o contexto que determina a relação estabelecida pela 
conjunção (ou locução conjuntiva), pois uma mesma conjunção (ou locução conjuntiva) pode 
estabelecer relações diferentes entre orações. 
Note os exemplos abaixo: 
Você irá bem na prova desde que estude muito. (A locução conjuntiva desde que está 
estabelecendo relação de condição.) 
Não para de falar desde que a aula começou. (A locução conjuntiva desde que está 
estabelecendo relação de tempo.) 
Gritou tanto que ficou rouca. (A conjunção “que” está estabelecendo relação de consequência.) 
 
Ele gritou mais que eu. (A conjunção “que” está estabelecendo relação de comparação.) 
Interjeição 
Chegamos à última classe de palavra: a Interjeição. Podemos definir a Interjeição como a 
expressão sucinta do pensamento e/ou emoção. 
Dor (ai! ui!) 
Alegria (ah! eh!) 
Desejo (oxalá! tomara!) 
Admiração (puxa! quê!) 
Animação (eia! coragem!) 
Aplauso (bravo! apoiado!) 
Aversão (irra! chi!) 
Apelo (olá! psit! alô! socorro!) 
Silêncio (psiu! caluda!) 
 Interrogação/Espanto (hem!) 
 
 Sintaxe da concordância 
O que é sintaxe de concordância? 
A sintaxe de concordância estuda a relação gramatical estabelecida entre dois termos. Ela pode 
ser verbal ou nominal. Observe os exemplos: 
Antes de adentrarmos o conteúdo, analise as seguintes construções: 
Os cara tá jogano bola. 
 Comprei duas bolacha para comer. 
 É proibida entrada de gente burra. 
Nota-se, com obviedade, que há erros nas frases anteriores. Para batizá-los, vamos dizer 
que são ERROS DE CONCORDÂNCIA, ou seja, há algo que não está “de acordo” na 
sentença, que está estranho. Apesar de você ter percebido rapidamente os erros das 
 
 
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sentenças anteriores, nem sempre eles são tão evidentes. Para conseguirmos entender os 
princípios da concordância, vamos investigar suas principais regras. 
Há três maneiras de se estabelecer concordância na Língua Portuguesa: 
1) Lógica ou gramatical – é a mais comum, e consiste em adequar o termo determinante 
(acompanhante) à forma gramatical do determinado (acompanhado) a que fazem 
referência. 
 A maioria dos representantes faltou. O verbo (faltou) concordou com o núcleo do 
sujeito (maioria) 
 Escolheram o momento adequado. O adjetivo (adequado) e o artigo (o) 
concordaram com o substantivo (momento). 
2) Atrativa – consiste em adequar o termo determinante: 
a) a um dos termos determinados, optando por aquele que está mais próximo: 
 Escolheram a hora e o local adequado. 
b) a uma parte do elemento determinado que não é, necessariamente, seu núcleo: 
 A grande parte dos professores faltaram. 
c) a outro termo da oraçãoque não é o determinado: 
 Tudo são felicidades. 
3) Ideológica ou silepse – consiste em adequar o termo determinante ao sentido do 
vocábulo determinado e não à forma como se apresenta: 
 A família estava tão faminta que comiam tudo o que era trazido. Concordância 
Verbal (Entre o verbo e seus termos relacionados) 
II. CONCORDÂNCIA VERBAL 
Regras básicas: 
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. (regra para sujeito simples): 
 O professor explicou o conteúdo. 
 Os professores explicaram os conteúdos. 
2) Para sujeito composto: 
Anteposto ao verbo: o verbo vai para o plural: 
 Eu e meus irmãos vamos à praia. 
 Posposto: o verbo concorda com o mais próximo ou vai para o plural: 
 Morreu (morreram) o deputado e o ministro. 
 Formado por pessoas gramaticais diferentes: plural da predominante: 
 Eu, você e os alunos estudaremos para o concurso. 
 Com núcleos em correlação: concorda com o mais próximo ou fica no plural: 
 O analista assim como o técnico busca(m) a causa do problema. 
 Núcleos ligados por COM: verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o 
plural: 
 
 
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 O professor com os alunos resolveu(m) o problema. 
 Núcleos ligados por NEM: verbo no plural e, às vezes, no singular: 
 Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Vadalco. 
 Núcleos ligados por OU: verbo no singular ou plural, dependendo do valor do OU: 
 Valdir ou Leão será o goleiro titular. 
 O policial ou os policiais prenderam o perigoso assassino. 
 Sujeito construído com os termos: 
a) um e outro, nem um nem outro: verbo no singular ou plural. 
 Um e outro fez (fizeram) a lição. 
b) um ou outro: verbo no singular. 
 Um ou outro fez a lição. 
c) expressões partitivas seguidas de nome plural: verbo no singular ou plural. 
 A maior parte das pessoas fez (fizeram) o exercício recomendado. 
d) coletivo geral: verbo no singular. 
 O cardume nadou rio acima. 
e) expressões que indicam quantidade aproximada seguida de numeral: verbo 
concorda com o substantivo. 
 Aproximadamente 20% dos eleitores compareceram às urnas. 
 Aproximadamente 20% do eleitorado compareceu às urnas. 
f) pronomes (indefinidos ou interrogativos) seguidos de pronome: verbo no singular 
ou plural. 
 Quem de nós fará (faremos) a diferença? 
g) palavra QUE: verbo concorda com o antecedente. 
 Fui eu que fiz a diferença. 
h) palavra QUEM: verbo na 3ª pessoa do singular. 
 Fui eu quem fez a diferença. 
i) um dos que: verbo no singular ou plural. 
 Ele foi um dos que fez (fizeram) a diferença. 
j) palavras sinônimas: verbo concorda com o mais próximo ou fica no plural. 
 A ruindade, a maldade, a vileza habita (habitam) a alma do ser humano. 
 Verbos acompanhados da partícula “se”: 
a) SE = pronome apassivador: verbo concorda com o sujeito paciente. 
 Viam-se ao longe as primeiras casas. 
 Ofereceu-se um grande prêmio ao vencedor da corrida. 
b) SE = índice de indeterminação do sujeito: verbo sempre na 3ª pessoa do singular. 
 
 
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 Necessitava-se, naqueles dias, de novas ideias. 
 Estava-se muito feliz com o resultado dos jogos. 
 Verbo “ser”: 
a) indicando tempo, distância: concorda com o predicativo. 
 Hoje é dia 3 de outubro, pois ontem foram 2 e amanhã serão 4. 
 Daqui até Florianópolis são 890 quilômetros. 
b) com sujeito que indica quantidade e predicativo que indica suficiência, excesso: 
concorda com o predicativo. 
 Vinte milhões era muito por aquela casa. 
 Verbo dar (bater e soar) + hora(s): concorda com o sujeito. 
 Deram duas horas no relógio do campanário. 
 Deu duas horas o relógio do alto da montanha. 
 Verbo parecer + infinitivo: flexiona-se um dos dois: 
 Os alunos pareciam procurar as respostas da prova. 
 Os alunos parecia procurarem as respostas da prova. 
 Sujeito com nome no plural: 
a) com artigo singular ou sem artigo: verbo no singular. 
 O Amazonas deságua no Atlântico. 
 Minas Gerais exporta minérios. 
b) com artigo plural: verbo no plural. 
 Os Estados Unidos enviaram tropas à zona de conflito. 
II.CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
Regra geral: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o 
substantivo a que se referem em gênero e número. 
 Meu belíssimo e antigo carro amarelo quebrou, ontem, em uma rua estreita. 
Casos especiais: 
Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa, com mais de um termo determinado. 
 Comprei um sapato e um vestido pretos. 
 Comprei um sapato e um vestido preto. 
 Bastante - bastantes: 
Quando adjetivo, será variável, e quando advérbio será invariável. 
 Há bastantes motivos para sua ausência. 
 Os alunos falam bastante. 
 
 
 
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Dica: troque a palavra “bastante” por “muito”. Se “muito” for para o plural, “bastante” também 
irá. 
 
Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio: 
São adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem. 
 A fotografia vai anexa ao curriculum. 
 Os documentos irão anexos ao relatório. 
Se houver a preposição “em” anexo é invariável. 
 Os documentos irão em anexo. 
 É bom, é necessário, é proibido, é proibido: 
Só variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro determinante. 
 É proibido entrada de pessoas sem autorização. 
 É proibida a entrada de pessoas sem autorização. 
 É necessário chegar cedo. 
 É necessária sua chegada. 
 Menos, alerta: 
São sempre invariáveis. 
 Havia menos meninos na sala. 
 Havia menos meninas na sala. 
 O aluno ficou alerta. 
 Os alunos ficaram alerta. 
 Só, sós: 
Quando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios, serão invariáveis. 
 A criança ficou só. 
 As crianças ficaram sós. (adjetivo) 
 Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio) 
A expressão “a sós” é invariável. 
Dica: Troque “só” por “sozinho” (vai para o plural) ou “somente” (fica no singular). 
 
Colocação pronominal 
 
A Colocação Pronominal respeita aos três tipos de posição que os pronomes átonos me, te, o, 
a, lhe, nos, vos, os, as, lhes podem ocupar na oração: 
 
 Próclise - o pronome é colocado antes do verbo. 
 
 
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 Mesóclise - o pronome é colocado no meio do verbo. 
 Ênclise - o pronome é colocado depois do verbo. 
Embora existam regras, a colocação dos pronomes está pendente de fatores como por exemplo, 
o ritmo, a ênfase e o estilo. 
USO DA PRÓCLISE 
1. Orações negativas, que contenham palavras tais como não, ninguém, nunca. 
Exemplos: 
 Não o quero aqui. 
Nunca o vi assim. 
2. Pronomes relativos, indefinidos ou demonstrativos. 
Exemplos: 
Foi ela que o fez. 
Alguns lhes deram maus conselhos. 
 Isso me lembra algo. 
 
3. Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais, exceto quando haja vírgula 
depois do advérbio, uma vez que dessa forma o advérbio deixa de atrair o pronome. 
Exemplos: 
 Ontem me disseram que havia greve hoje. 
 Agora, descansa-se. 
4. Orações exclamativas e orações que exprimam desejo de que algo aconteça. 
Exemplos: 
 Deus nos dê forças. 
 Oxalá me dês a boa notícia. 
5. Orações com conjunções subordinativas. 
Exemplos: 
 Embora se sentisse melhor, saiu. 
 Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo. 
6. Verbo no gerúndio regido da preposição em. 
Exemplos: 
 Em se tratando de confusão, ele está presente. 
 Em se decidindo pelo churrasco, eu trato da carne. 
7. Orações interrogativas. 
Exemplos: 
 Quando te deram a notícia? 
 
 
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 Quem te presenteou? 
 
USO DA MESÓCLISE 
A Mesóclise é possível apenas com verbos do Futuro do Presente ou do Futuro do Pretérito. 
Se houver palavra atrativa, todavia, dá-se preferência ao uso da Próclise. 
Exemplos: 
 Orgulhar-me-ei dos meus alunos. 
 Orgulhar-me-ia dos meus alunos. 
 
USO DA ÊNCLISE 
Quando o uso da Próclise e da Mesóclise não for possível, usa-se a Ênclise. A colocaçãode 
pronome depois do verbo é atraída pelas seguintes situações: 
1. Verbo no imperativo afirmativo. 
Exemplos: 
 Depois de terminar, chamem-nos. 
 Para começar, joguem-lhes a bola! 
 
2. Verbo no infinitivo impessoal. 
Exemplos: 
 Gostaria de pentear-te a minha maneira. 
 O seu maior sonho é casar-se. 
3. Verbo inicia a oração. 
Exemplos: 
 Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo. 
 Acordei e surpreendi-me com o café da manhã. 
4. Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois quando regido pela preposição em deve ser 
usada a Próclise). 
Exemplos: 
 Vive a vida encantando-me com as suas surpresas. 
 Faço sempre bolos diferentes experimentando-lhes ingredientes novos. 
 
COM LOCUÇÃO VERBAL 
Nos exemplos acima existe apenas um verbo atraindo o pronome. 
Agora, vejamos como ocorre a colocação do pronome nas locuções verbais. Lembrando que as 
regras citadas para os verbos na forma simples devem ser seguidas. 
 
 
 
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1. Usa-se a Ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal nas locuções verbais 
em que o verbo principal está no infinitivo ou no gerúndio. 
Exemplos: 
 Devo explicar-te o que se passou 
 Devo-lhe explicar o que se passou. 
2. Caso não haja palavra que atraia a Próclise, usa-se a Ênclise depois do verbo auxiliar em que 
o verbo principal está no particípio. 
Exemplos: 
 Foi-lhe explicado como deveria agir. 
 Tinha-lhe feito as vontades se não tivesse sido mal criado. 
Pronome Se e Suas Funções 
O pronome "se" pode ter a função de objeto direto ou, por vezes, de objeto indireto em orações 
em cuja voz verbal é reflexiva. 
Exemplos: 
 Queimou-se quando estava preparando o jantar. 
 Animou-se para ir à festa. 
 
O pronome "se" também pode ter a função de sujeito indeterminado. 
Exemplos: 
 Procura-se cãozinho. 
 Alugam-se casas. 
O pronome "se" pode, ainda, ter a função de simplesmente realçar o discurso. 
Exemplos: 
 Lá se vai a minha chance de ganhar na loto. 
 Foi-se embora sem dizer nada. 
 
Crase 
 
Crase é uma palavra de origem grega e significa "mistura", "fusão". Nos estudos de língua 
portuguesa, é o nome dado à fusão ou contração de duas letras "a" em uma só. A crase é indicada 
pelo acento grave sobre o "a". Assim, apesar do uso corrente, crase não é o nome do acento, 
mas do fenômeno representado através do acento grave. 
 
A crase pode ser a fusão da preposição a com: 
 
1) o artigo feminino definido a (ou as): Fomos à cidade e assistimos às festas. 
2) o pronome demonstrativo a (ou as): Irei à (loja) do centro. 
3) os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Refiro-me àquele fato. 
 
 
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4) o a dos pronomes relativos a qual e as quais: Existem comunidades às quais não é possível 
enviar mensagens 
 
A ocorrência da crase depende, pois, da verificação da existência de duas vogais "a" (preposição 
+ artigo ou preposição + pronome) no contexto sintático. Como obrigatoriamente o primeiro a é 
preposição, exigida quase sempre por um verbo ou um nome, a crase é um fato gramatical 
estreitamente relacionado à regência verbal e nominal. 
 
Observe as frases: 
• Encontrei a menina. 
• Gostei da menina. 
• Conversei com a menina. 
• Agradei à menina. 
 
Veja que a crase só ocorreu na última frase. No primeiro caso (Encontrei a menina), o verbo 
encontrar não exige a preposição a, já que é transitivo direto; por isso, o substantivo menina é 
precedido apenas de artigo. 
Nos dois casos seguintes (Gostei da menina e Conversei com a menina), os verbos gostar e 
conversar, transitivos indiretos, exigem preposição que se contrai (de+a=da) ou não (com a) com 
aquele artigo. 
No último caso (Agradei à menina), o verbo agradar, na acepção de "ser gentil", "ser agradável", 
é transitivo indireto e exige a preposição a, que se contrai com o artigo a resultando em crase. 
 
REGRAS PRÁTICAS: 
 
A primeira regra prática para descobrir se ocorreu ou não a crase é também a mais simples e 
mais utilizada: 
 
Primeira Regra Prática: Substitua a palavra feminina por uma masculina, de mesma natureza. 
Se aparecer a combinação ao, é certo que ocorrerá crase antes do termo feminino: 
• Amanhã iremos ao colégio / à escola. 
• Prefiro o Corinthians ao Palmeiras / à Portuguesa. 
• Resolvi o problema / a questão. 
• Vou ao campo / à praia. 
• As crianças foram ao largo / à praça. 
 
Veja abaixo alguns casos nos quais a substituição pelo substantivo masculino explicitou a não 
ocorrência da crase (repare que o ao não aparece após a substituição, seja por falta da 
preposição ou do artigo): 
 
• Convoquei as alunas / os alunos para a reunião. 
• Fazer bem feito vale a pena / o esforço. 
• É preciso respeitar a sinalização / o regulamento. 
• Este molho cheira a cebola / a alho. 
 
Segunda Regra Prática: A segunda regra a ser verificada consiste em substituir o termo 
regente da preposição a por outro que exija uma preposição diferente (de, em, por). Se essas 
preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem as formas da(s), na(s) ou 
pela(s), não haverá crase: 
 
 
 
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• Refiro-me a você. Gosto de você / Penso em você / Apaixonei-me por você. 
 
• Começou a gritar. Gosta de gritar / Insiste em gritar / Optou por gritar. 
 
Mais uma regra que deve ser verificada é a de substituir verbos que transmitem a idéia de 
movimento (ir, voltar, vir, chegar etc.) pelo verbo voltar. Ocorrendo a preposição "de", não haverá 
crase. E se ocorrer a preposição "da", haverá crase: 
 
• Vou a Roma. / Voltei de Roma. 
• Vou à Roma dos Césares. / Voltei da Roma dos Césares. 
• Voltarei a Curitiba e à Bahia. / Voltarei de Curitiba e da Bahia. 
 
Terceira Regra Prática: deve ser usada no caso de locuções, ou seja, reunião de palavras que 
equivalem a uma só idéia. Se a locução começar por preposição e se o núcleo da locução for 
palavra feminina, então haverá crase: 
 
• Gente à toa. 
• Vire à direita. 
• Tudo às claras. 
• Hoje à noite. 
• Navio à deriva. 
• Tudo às avessas. 
 
Mais exemplos: 
• Ele estava à procura de trabalho. 
• Pedro estava à busca de aventuras. 
• Ana estava à espera de um prêmio. 
• A turma de Paulo está à frente de todas. 
• O problema foi resolvido à maneira de Paulo. 
• O arroz estava à moda da casa. 
 
No caso da locução à moda de, a expressão "moda de" pode vir subentendida, deixando 
apenas o "à" expresso, como nos exemplos abaixo: 
 
• Sapatos à Luiz XV. 
• Relógios à Santos Dummont. 
• Bifes à milanesa. 
• Churrasco à gaúcha. 
• Filé à parmegiana. 
 
Mas cuidado: De acordo com a normal culta, em "bife a cavalo" e "frango a passarinho", as 
expressões "moda de" ou "maneira de" não estão implícitas ou subentendidas e, assim, o a 
não recebe o acento indicativo da crase, já que precede palavras masculinas. 
 
No caso de locuções relativas a horários, somente no caso de horas definidas e especificadas 
ocorrerá a crase: 
• À meia-noite. 
• À uma hora. 
• À duas horas. 
 
 
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• Às três e quarenta. 
 
CASOS ONDE A CRASE É PROIBIDA: 
 
Vimos que dois elementos são necessários para que apareça a crase. Um deles é a palavra com 
sentido incompleto (palavra relativa) que venha seguida da preposição a; e o outro é o artigo 
feminino singular ou plural. 
Nas páginas a seguir, listamos alguns casos em que, obviamente, não poderá haver crase, já 
que se exclui a hipótese de aparecer o artigo "a" exigido. 
 
Não haverá crase antes de nomes masculinos: 
• Tenho um fogão a gás. 
• Assisti a jogos memoráveis. 
• Fui a pé. 
• Não compro a prazo. 
• Isto cheira a vinho. 
• Admiro os quadros a óleo. 
• Venho a mando de meu patrão. 
• Escreveu um bilhetinho a lápis. 
 
Não haverá crase antes de verbos: 
• A partir da meia-noite, os alunos saem a passear. 
• Começou a chorar. 
• Cheguei a insistir. 
• Disponho-me

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