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Artigo - Violencia contra a mulher

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A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E OS DISPOSITIVOS JURÍDICOS DE DEFESA DOS DIREITOS DAS MULHERES
Vander Luis Ismerim Calvacante e Rivaldo da Cruz Soares Neto
Metodologia da Pesquisa Cientifica – Diogo Francisco Cruz Monteiro
RESUMO
O presente artigo tem como tema a violência contra a mulher por se tratar de um tema cheio de tabus e pactos de silêncio, desse modo podemos melhor esclarecer o público sobre um assunto tão pouco falado pelas vítimas e, além disso, conscientizá-los sobre os métodos de proteção e os dispositivos de defesa. Este documento foi baseado através de relatos de vítimas de violência contra a mulher, como também de seus agressores, encontrados em matérias de entrevista nos mais diversos sites a disposição, além de depoimentos dos mais importantes representantes dos direitos Humanos e suas opiniões sobre o assunto. 
Palavras Chave: Feminicídio, Mulheres, Crime, Abuso.
INTRODUÇÃO
As mulheres são alvo de diversos tipos de violência, desde o assédio verbal até o assassinato. Além da violência intencional os crimes são justificados por questões de ordem cultural ou mesmo religiosa em diversos países do mundo. O presente artigo tem como intuito apresentar dados e estatísticas para o melhor esclarecimento do publico sobre a violência contra a mulher e os seus dispositivos de defesa, com base nas mais importantes organizações dos Direitos Humanos.
Por se tratar de um tema amplo listaremos os principais tipos de agressões à mulher e as mais importantes pesquisas acerca do tema, além de patentear as leis de proteção às mesmas, evidenciando a lei n° 11.340/06 também conhecida como “Lei Maria da Penha” por ser a mais afamada. Para a realização desse artigo foi necessária a busca de pesquisas disponibilizadas pela ONU (Organização Das Nações Unidas) e IPEA (Instituto de Pesquisa Economica Aplicada), do mesmo modo que entrevistas dadas pelos seus respectivos representantes, sendo estas encontradas sem nenhuma dificuldade nos mais diversos sites e portais como o TERRA, tendo sua pesquisa mais recente sobre o assunto sido publicada em Janeiro de 2015, além de assistirmos relatos de Agressores, Vitima e Especialistas sobre o assunto no canal de vídeo chamado YOUTUBE, tendo chamado atenção o documentário “Zapata Filmes-Lei da Mulher” da produtora Zapata Filmes publicada no dia 30 de julho de 2012. Os dados foram analisados pelos pesquisadores e a discrição dos resultados será de forma textual com base nas pesquisas.
DESENVOLVIMENTO 
A violência contra a mulher é um fenômeno histórico que dura séculos por essas serem tidas como seres sem expressão e sem vontade própria no ambiente familiar. Sendo assim, este documento apresenta a definição de violência à mulher na atualidade no nosso país, especificamente sobre a doméstica e familiar.
Foi somente após a década de 1970, com as iniciativas das feministas, que se começou a estudar o impacto da violência conjugal entre as mulheres. Até então se hesitava em intervir, sob pretexto de que se tratava de assunto privado. Ainda hoje, o noticiário dos jornais pode levar-nos a crer que se trata de um fenômeno marginal, quando na realidade, é um verdadeiro flagelo social que não está sendo suficientemente levado em consideração. Os números, que só levam em conta as violências físicas que chegam ao Judiciário, são assustadores. (HIRIGOYEN, 1999, pg.25)
A ONU (Organização das Nações Unidas) em estudo afirmou que 7 em cada 10 mulheres já foram ou serão violentadas em algum momento da vida, por parte de parceiros, familiares ou desconhecidos. O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) disponibilizou uma pesquisa que aponta que entre 2001 e 2011 ocorreram mais de 50 mil feminicídios no Brasil, isso indica que a cada ano 5 mil mulheres foram mortas, sendo que um terço ocorreu na residência da vítima.
Certa vez em entrevista o secretario geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon afirmou que considera esse tipo de violência aos direitos humanos uma das mais presentes do mundo, tendo esse conceito idealizou em 2008 a campanha chamada “Una-se pelo fim da violência contra a mulher” que tem por objetivo prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas em todas as partes do mundo.
Chama atenção uma declaração dada por Nadine Anflor, delegada e Vice Presidente da Associação de Delegados de Policia do Rio Grande Do sul, para o documentário “Lei da mulher”, ela afirma: “Nós precisamos trazer o homem para o nosso lado, o homem cosolidário a lei Maria da Penha, um homem que quando enxergue uma mulher sendo apanhada, denuncie!”. Mas para nós pesquisadores surge à questão, como será possível o apoio da sociedade se é de consenso social que “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”?
Devido à relação de poder e à dominação que existe no relacionamento afetivo, geralmente o agressor detém, em relação à mulher que ele agride a força física e o poder econômico, passando a manipulá-la, violá-la e agredi-la psicologicamente, moralmente e fisicamente. 
A violência doméstica é considerada como sendo o tipo de violência que ocorre entre membros de uma mesma família ou que partilham do mesmo espaço de habitação. Tal circunstância faz com que seja um problema muito complexo pois entra na intimidade das famílias e das pessoas, agravada pelo fato de não ter, geralmente, testemunhas e ser exercida em espaços privados. Existem também os Feminicídio, que é uma palavra usada como sinônimo para a morte de mulheres em razão do seu sexo. Normalmente esse crime é cometido por homens, mas algumas vezes também envolve membros da família da vítima, sendo alguns inclusive do sexo feminino. Existem 3 tipos de Feminícidio:
Tipos de Feminicídio
Feminicídio íntimo
Esse tipo de feminicídio é o mais comum. É aquele cometido por alguém o qual a vítima teve relações íntimas, como maridos, namorados ou ex-parceiros. Segundo dados de pesquisa feita pela OMS (Organização Mundial da Saúde) junto com a Escola de Medicina Tropical de Londres, 35% de todos os assassinatos de mulheres no mundo são cometidos por parceiros íntimos. Em comparação, o mesmo estudo indica que apenas 5% dos assassinatos de homens são cometidos por uma parceira. Os casos de feminicídio íntimo têm crescido nos últimos anos entre as grávidas, segundo relatos da policia e registros médicos coletados pela OMS.
 
Feminicídio não-íntimo
Quando não há uma relação de afeto entre a vítima e o agressor, mas o crime é caracterizado por haver violência ou abuso sexual; temos como exemplo o estupro.
Feminicídio por Conexão
São aqueles que a vítima é morta por se encontrar na “linha de fogo” de um homem que tentava matar outra mulher. Independente da ligação entre a vítima e o agressor, podendo ser inclusive desconhecidos. 
Foram criados diversos dispositivos de Proteção à mulher para transformar qualquer que seja a agressão às mesmas em crime Hediondo, sem distinção de idade, o que engloba criança e idosa, desde que do sexo feminino. A violência doméstica e familiar se configura como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral e patrimonial. Entre os mais importantes dispositivos de proteção a mulher estão a Lei do Feminicídio e a Lei Maria da Penha.
Dispositivos de Proteção 
2.2.1 Lei do Feminicídio 
No dia 09 de março de 2015 foi sancionada a lei n° 8.305/14, conhecida como “Lei do Femicídio”, a iniciativa transforma em crime hediondo o assassinato de mulheres decorrente de violência domestica ou de discriminação de gênero. A atual presidente do Brasil Dilma Rousseff declarou em pronunciamento pelo dia Internacional da Mulher que essa medida faz parte da política de tolerância zero em relação à violência contra a mulher brasileira. As penas para quem descumprir essa lei podem variar de 12 a 30 anos de prisão a depender dos fatores considerados. O projeto prevê ainda aumento da pena em um terço se o crime acontecer durante o período de gestação ou nos três meses posteriores ao parto da vítima.2.2.2 Lei Maria da Penha 
	No dia 07 de agosto de 2006 foi sancionada a lei n° 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da penha”, entrando em vigor no dia 22 de setembro do mesmo ano. A lei tem como intuito coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e que tais devem ser apuradas por inquérito policial e remetido ao Ministério Publico. Além de acabar com as penas dos agressores que posteriormente eram pagas com cestas básicas e multas.
 Recentemente um projeto para a alteração da Lei 11.340 entrou em discussão no Congresso Nacional. De acordo com a nova proposta o agressor que deveria ser afastado de imediato da mulher violada ou ameaçada a mando do delegado que recebesse a queixa. Hoje em dia, somente o juiz poderia determinar tal medida. 
As elaborações das Leis de proteção a mulher são muito importantes, principalmente a do feminicídio por fazer justiça e reconhecer um tipo de violência contra a mulher que esta invisível. Nós como pesquisadores acreditamos que penas ajudam no sentido de colocar um freio, mas mais importante que isso é a transformação cultural, fazer com que a sociedade acredite que em briga de marido e mulher se mete a colher sim, principalmente se resultar em assassinato.
CONCLUSÕES 
.
O objetivo deste artigo foi o de conferir a necessidade de uma especial proteção às vítimas de violência doméstica, ou seja, a mulher. O primeiro passo foi analisar o tema da violência, ou seja, verificar as diversas formas e tipos de violência existentes, assim como o gênero, sua origem, formas de manifestação, o perfil do agressor e o perfil das vítimas, os direitos fundamentais das mulheres e etc.
A violência é um tema instigante que vem sendo amplamente abordado como uma questão de saúde, já que estes serviços são considerados, pela Organização Mundial de Saúde, o local onde as mulheres vítimas de violência recorrem devido aos agravos resultantes desta prática.
No inicio das pesquisas era difícil à compreensão do seguinte questionamento: O que leva uma mulher a aceitar essa situação e muitas vezes voltar para um lar violento? No decorrer das pesquisas nos deparamos com histórias de mulheres que muitas vezes se submetiam a essa situação por infelizmente não ter outra opção, desde não ter para onde ir, à aceitação dessas agressões por falta de recursos para que não precisem sozinhas terem que sustentar os seus filhos, sendo esse o motivo mais comum. Como pesquisadores acreditamos que o melhor método de coibição dessas agressões é a denúncia, então é o que a principio a mulher violentada deve fazer, pedir ajuda, ela precisa entrar em uma delegacia especializada e dizer: “Socorro, estou precisando de ajuda!”.
Referências
Portal Terra. Violência contra a mulher. Disponível em: http://noticias.terra.com.br/ 
Canal de vídeo Youtube. Zapeta filmes- Lei da mulher. Disponível em: www.youtube.com 
Portal UOL. Lei do Feminicidio. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/
Portal Jus Brasil. Lei do Feminicídio: Entenda o que mudou. Disponível em: http://aurineybrito.jusbrasil.com.br/artigos
Jus Navegandi. Tríade: menor, idoso e mulher. Disponível em: http://jus.com.br/artigos/

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