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Trabalho de conclusão de curso em Bacharel em Serviço Social

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Universidade Estácio de Sá Polo EAD Carapicuíba.
 
 Manoélina Bonfim Santos Santana.
Violência Doméstica contra a mulher e a eficácia da lei Maria da Penha.
Carapicuíba
2011
 Manoélina Bonfim Santos Santana.
Violência Domestica contra a mulher e a eficácia da lei Maria da Penha.
 Trabalho de Conclusão de curso,
 apresentado a Universidade 
 Estácio de Sá Polo EAD 
 Carapicuíba, como requisito 
 obrigatório para obtenção do
 Título de Bacharel em Serviço 
 Social.
 Orientadora: Prof.ª Vania 
 Claudia Spoti Caran.
Carapicuíba
2011.
Manoélina Bonfim Santos Santana.
DEDICATÓRIA
 Dedico este trabalho aos meus pais, ao
 meu esposo César, aos meus filhos e 
 netos, por serem a força que me
 move diante do desafio de um
 legado de exemplo e determinação.
Carapicuíba
2011.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por ser sempre tão generoso comigo, ter me concedido uma família maravilhosa e por me dar forças para não desistir dos meus sonhos, por mais difíceis que parecessem. Aos meus pais Manoel e Ana, minha base, meus bens mais preciosos, pelo apoio que sempre me deram e por estarem comigo em todas as situações, sempre com bons ensinamentos e demonstrações de amor.
Meus filhos Douglas, Danilo e Gabriela que são a maior demonstração de carinho e amor puro que conheço.
 Aos meus netos Bernardo, Lorenzo e Laura minha parte de ter que deixar um legado. 
Aos meus irmãos Viviane, Ana Aparecida, Zaqueu e Sidinei, por todas as demonstrações de carinho e por serem esses exemplos de personalidades que me enchem orgulho. Ao meu Marido e parceiro de todas as horas César, por ter me acompanhado durante todo esse percurso, sempre me incentivando e demonstrando amor e carinho e por ser essa pessoa tão importante e amada em minha vida. Em especial, as minhas amigas irmãs Aline, Odineide e Bete, por toda a ajuda no desempenho desse trabalho e por fazer parte da minha vida de uma maneira tão bonita, sempre acreditando no meu potencial. A professora Viviane Cristina Silva Vaz, pela paciência e orientação durante a elaboração deste trabalho, sempre com muita dedicação e por ter me transmitido ao longo da minha vida acadêmica, alguns de seus valiosos conhecimentos. A minha família e a todos os que de alguma maneira me auxiliaram e torceram por mais essa vitória em minha vida.
 Carapicuíba
 2011.
 INTRODUÇÃO:
O presente trabalho de conclusão de curso tem por finalidade apresentar a violência doméstica contra a mulher e a eficácia da Lei 11.340 de sete (7) de agosto de 2006, popularmente conhecida como Maria da Penha, também citando a participação do profissional Assistente Social nesta questão.
Fenômeno que faz parte do cotidiano e atinge todas as classes sociais no Brasil e no Mundo. Com um aumento considerável no Brasil, ocorrem de várias formas, inúmeros homicídios femininos fato complexo que infringe o Direito humano de várias mulheres, desimando assim famílias inteiras.
Ao passar dos anos, as discursões sobre direitos das mulheres foram se intensificando, ganhando espaço nacional e internacional. Em 1979 a convenção contra toda forma de discriminação contra a mulher foi adotada e entrou em vigor internacionalmente em 1981, sendo ratificada no Brasil em 1984 (Alves, 2003).
O movimento feminista trouxe historicamente uma considerável contribuição para a análise dos direitos das mulheres.
Em 1980, surgiram os primeiros resultados em conquistas junto ao Estado, período de grande rebuliço dos movimentos sociais e promulgação da Constituição federal de 1988. 
(Costa, 2009).
Despertando a atenção do poder publico que por sua vez tem implantado medidas para o combate e prevenção contra esse tipo de demanda, A promulgação da Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha foi um grande avanço para inibir e combater a violência domestica e familiar no Brasil.
Uma das múltiplas expressões da questão social tem aumentado descontroladamente no País. Segundo Destacamos também o agravamento de casos por consequência do confinamento e restrição durante a pandemia que assola todo mundo. Se antes era uma questão dificultosa o cuidado com esse tipo de questão com o confinamento a situação se agravou ainda mais.
Tornando-se cada vez mais necessária a participação de toda sociedade de modo ativo, contribuindo assim com transformações, tornando possível cada vez mais a afirmação dos direitos das mulheres e de toda sociedade.
 Resumo.
A violência doméstica contra a mulher se constitui em um dos maiores problemas da questão social, evidenciando cada vez mais mulheres de todas as idades e áreas sociais de suas vitimas tendo seus direitos violados. Na intenção de identificar, responsabilizar e reeducar o agressor e até mesmo evitar uma reincidência na pratica criminosa, é preciso. Que se adotem medidas que vá além da mera penalização. Desenvolvendo trabalhos que visem a importância de projetos na reeducação e reabilitação desses indivíduos. Essa é a importância do estudo histórico da violência doméstica contra a mulher e o surgimento da Lei Maria da Penha, tendo como destaque as formas de manifestação dos tipos de violência: física, patrimonial, sexual, psicológica e moral. A Lei 11340/6 contém uma série de medidas aplicáveis para a proteção da mulher e o objetivo de evitar a reiteração do delito.
Baseado nessa situação, e analisando o artigo 22 da lei em citação, pode-se até em casos mais complicados decretar a prisão preventiva do agressor em caso do descumprimento das medidas decretadas anteriormente.
Como já mencionado, na falta de efetividade da mera punição do agressor, os centros de reabilitação e reeducação surgem como uma forma inovadora e efetiva na medida protetiva.
Modificando os conceitos históricos machistas, e evitando que tais condutas voltem a se reincidir. Dentro desse procedimento conta-se que a inserção do agressor a esse processo como medida protetiva de urgência para a eficácia do processo de reabilitação.
Para o desenvolvimento do trabalho, adotou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, ancorada nos seguintes procedimentos: revisão de literatura sob a temática abrangendo enciclopédias, livros, artigos, revistas e jornais on-line, retirados de banco de dados como Jusnavegandi e SCIELO.
Palavras chaves: Violência contra a Mulher, Lei Maria da Penha, Medidas protetivas, Agressor, Reincidência, Projeto.
 SUMÁRIO.
INTRODUÇÃO...........................................................................................................
1. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER ..................................................
1.1 SURGIMENTOS DA LEI 11.340/06.....................................................................1.2 FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER............
2. MEDIDAS PROTETIVAS QUE OBRIGAM O AGRESSOR...................................
3. CENTROS DE REEDUCAÇÃO/ REABILITAÇÃO DE AGRESSORES ................
3.1 DAPOSSIBILIDADE DE ADOÇÃO DOS GRUPOS DE REEDUCAÇÃO DE AGRESSORES COMO MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA........................
4. A EFICACIA DA LEI 11.340/6 ................................................................................
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................
6. REFERÊNCIAS...........................................................................................................
 
 
 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER.
Temos como objetivo geral deste enunciado falar sobre a violência doméstica e a Lei 11/340 conhecida como lei Maria da Penha e sua eficácia em relação a prevenção e combate a essa questão social.
Para termos uma melhor visão e entendimento faremos um breve passeio pela história da violência contra a mulher, suas particularidades e causas.
Durante muito tempo a mulher foi deixada em segundo plano pela sociedade.
Na antiguidade clássica existia a desigualdade e exercício da “pater família”, senhor absoluto e incontestável, que detinha poder de vida e morte sobre sua mulher e filhos, e sobre qualquer pessoa que vivesse sobre seu domínio.
Em resumo sua vontade era lei soberana e incontestável. O papel do homem como senhor absoluto perdurou por décadas, ainda no Brasil colônia, era permitido ao homem traído matar o casal de amante seguro na legislação portuguesa.
(Dias, 2007, p.21).
Em 16 de Dezembro de 1830, surgiu o primeiro código penal Brasileiro, e com isso a erradicação de tal feito.
Mas como mudar uma cultura de anos na sociedade que tinha como comum e certo tal ato?
A violência contra a mulher sempre trouxe relação com classe, etnia, poder e gênero.
Tais relações estão retradas em uma ordem patriarcal da sociedade brasileira, a qual atribui ao homem dominar e controlar suas mulheres.
Seguindo um pouco mais a frente nos anos 70 falaremos dos movimentos feministas que estavam com muita força e atuantes, citaremos um dentro tantos que é o S.O. S Mulher que na época catalogou 722 crimes cometidos por ciúmes contra mulheres.
Houve um desses crimes catalogados que na época causou uma grande comoção nacional e chamou a atenção para esse tipo de violência.
Foi o caso de Ângela Diniz que foi morta por seu companheiro com 4 tiros, como resultada da mobilização da ala feminista e da sociedade o agressor foi julgado e condenado tornando –se assim um marco na história da luta das mulheres, demostrando que elas não aceitariam mais passivamente os desmandos de uma sociedade patriarcal que homem é dono de sua vida e dela pode se dispor. (Dias, 2007, p.21).
Em 1988 com a formulação da Constituição dando direitos iguais as mulheres e homens, constrói-se uma difícil desconstrução desse pensamento patriarcal existente.
Retirando do nosso ordenamento inúmero dispositivo que tratavam as mulheres como
forma discriminatória.
Responsabilizando o Estado a criar mecanismos para coibir a violência no âmbito familiar. (CF, art., 226, &8).
O Globoplay e a produtora A Fábrica fecharam contrato para o desenvolvimento de uma série original sobre Ângela Diniz (1944-1976), a “pantera” mineira, cujo assassinato pelo playboy Doca Street, em Búzios, abalou o Brasil em 1976. A trama falará sobre o crime, contará todo o processo do julgamento e ainda abordará a questão da aurora do feminismo moderno no Brasil, numa época em que o termo “feminicídio” não era pauta da sociedade. Doca dizia que agiu em “legítima defesa da honra”, o que levou a irromper uma rebelião de mulheres, que criaram o slogan “Quem ama não mata”. O roteiro é assinado por João Ximenes Braga e a direção é de Bruno Barreto.
Apesar de todo esse movimento e conquista as penas ainda eram brandas, pagamento de serviços comunitários e cestas básicas causaram a sensação de impunidade aos agressores.
No ultimo século a mulher conquistou sua posição na politica e na sociedade, assegurando direitos como cidadãs e trabalhadoras independentes.
 
SURGIMENTOS DA LEI 11.340/06.
Em 8 de Agosto de 2006 foi publica a chamada Lei Maria da Penha, chamada por esse nome por menção da dolorosa história de vida da farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes.
Vítima de violência doméstica por 23 anos, casado com um professor universitário e economista. Em 1983, seu marido tentou mata-la, simulando um assalto com o uso de uma espingarda, tendo como resultado sua paraplegia. Tentando novamente assina-la logo depois com uma descarga elétrica durante um banho. 
Nunca denunciou mesmo sofrendo várias agressões durante seu casamento, por medo de expor suas filhas e sua vida.
Depois de ter quase sido assassinada por duas vezes ela resolveu denunciar publicamente.
Sem resultados com sua denuncia, achou-se culpada sentindo que tudo havia ocorrido por sua e exclusiva culpa, sentindo vergonha de si.
Em 1991 o réu foi condenado por 8 anos de prisão pelo tribunal do júri, recorreu em liberdade e após 1 ano o julgamento foi anulado.
Em 1996 novamente foi julgado e condenado por 10 anos e 6 meses de prisão, mais uma vez respondeu em liberdade. Só em 2002 finalmente foi preso 19 anos depois da primeira tentativa de homicídio.
Atualmente cumpre pena em liberdade, após ter cumprido somente 2 anos de prisão.
Segundo Roberto Toledo Campus (2007, p. 272).
Esta é a história da Maria da Penha, igual a tantas outras vitimas de violência doméstica neste país.
Devido à repercussão foi a primeira vez que CEJIL juntamente com o Comitê Latino-Americano e do Caribe para a defesa dos direitos da mulher - CLADEM formalizaram 
denúncia á Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estudos Humanos.
Pela primeira vez acatada denúncia pela OEA pela prática de violência doméstica.
Condenada por negligência a Republica Federativa do Brasil recebeu várias vezes pedido de informações, pela comissão Interamericana de Direitos Humanos, sem sucesso de resposta.
A OEA em seu relatório n. 54/2001 em análise dos fatos responsabilizou estado brasileiro por negligencia, recomendou uma reforma legislativa para o combate da violência doméstica contra a mulher e também a simplificação dos processos judiciais.
Impondo uma indenização a Maria da Penha paga em sessão solene pelo estado do Ceará.
Para o cumprimento dos tratados internacionais, e com base no clamor dos movimentos sociais.
Ongs não governamentais junto com a secretaria especial de politicas para mulheres, desenvolveram um projeto eu foi enviado ao congresso nacional.
Batizada como a Lei Maria da Penha, em homenagem a mulher que é símbolo de resistência à violência domestica e crueldade masculina.
Determinando assim a criação de Juizados de violência familiar contra a mulher, afastando a aplicação da lei 9099/95 (Juizados especiais criminais), e estabelecendo importantes medidas de proteção a população feminina.
Com o surgimento da Lei houve a facilitação do atendimento para mulheres vitimas de violência doméstica através do profissional de serviço social, contando com a ampliação do atendimento sócio assistencialista em toda rede.
Também tratando com os agressores através de processos sócios educativo, tratando principalmente através de projetos desenvolvidos a questão em sua raiz.
A lei mudou o tratamento desse tipo de violência contra a mulher, como a tipificação de vários tipos de agressão: psicológica, física, moral, patrimonial e sexual. Houve também o aumento do tempo de detenção de um para três anos, excluindo também o pagamento de pena por cestas básicas e trabalhos comunitários incluindo a obrigatoriedade de o agressor frequentar programas de reabilitação, recuperação e reeducação.
Criou também medidas protetivas como a saída imediata do agressor do domicilio, e a proibição de sua aproximação a mulher.
Desde que foi criada ela atende amplamente as mulheres, mas tambémpode ser aplicada para homens que sofrem agressão doméstica.
FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.
Diremos aqui que essas formas de violência contra a mulher são complexas, perversas, e não ocorrem isoladas umas das outras e tem graves consequências para as vitimas.
Qualquer uma delas constitui ato de violação de direitos humanos e devem ser denunciadas.
A violência física que é a mais detectável, pois além de ser muito cruel, deixa marcas pelo corpo visíveis.
Causada por:
- Espancamento
- Atirar objetos sacudir e apertar os braços
- Estrangulamento e sufocamento
- Lesões com objetos cortantes e perfurantes
- Ferimentos causados por armas de fogo ou queimaduras
- Torturas incluindo um ou mais tipos dessas agressões.
Violência psicológica, tão agressiva quanto à citada anteriormente, mas só é detectada através da convivência com a vítima, pois suas marcas são no psicológico.
É considerada quando causa dano emocional e diminuição da autoestima, prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher ou vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças ou ações.
Fazem parte desse tipo de agressão:
- Ameaças
- Constrangimento
-Humilhação
- Manipulação
- Isolamento (proibir de sair, trabalhar, falar com amigos e parentes).
- Vigilância constante
- Perseguição contumaz
- Insulto
- Chantagem
-Exploração
- Limitação do direito de ir e vir
- Ridicularização
- Tirar a liberdade de crença
- Distorcer e omitir fatos para deixar a mulher em duvida sobre sua memória e sanidade (ghaslighting).
Violência sexual, sofrida geralmente quando a vitima é atacada em assaltos ou por padrastos e homens da própria família.
- Estrupo
- Obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa
- Impedir o uso de métodos contraceptivos ou obrigar aborto.
- Forçar matrimônio, gravides ou prostituição por meio de coação, chantagem, suborno ou manipulação.
- Limitar ou anular o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher.
A criação da lei 11.340/06 Maria da Penha, garante na atuação do assistente social a
tipificação de diversos tipos de violência, assim como facilitar também para a mulher que sofre reconhecer a violência que está se manifestando em sua vida. Além de possibilitar na atuação do profissional com a ampliação de atendimento socioassistenciais para essa mulher que passa por essa violência doméstica através do desenvolvimento de ações que permitem o desenvolvimento em atendimento para a recuperação e amparo da vítima e do autor dessa violência. 
 
 
MEDIDAS PROTETIVAS QUE OBRIGAM O AGRESSOR.
Medidas protetivas são mecanismos legais que tem como objetivo proteger um individuo em situação de risco. A Lei Maria da Penha utiliza esse mecanismo para proteger mulheres vítimas de violência doméstica, familiar a não sofrerem essa agressão novamente.
Nesse mecanismo existem alguns tipos de medidas protetivas que conheceremos agora:
São dois tipos de medidas protetivas citadas na lei 11.340/2006, que devem ser conhecidas e executadas tanto pela solicitação do agredido como também pelo funcionário do Estado que for procurado para o atendimento desta vitima solicitar através do meio jurídico essa proteção.
A medida protetiva por violência domestica ou familiar é solicitada pela vítima em uma delegacia juntamente com a denúncia da violência sofrida. A delegacia encaminha a denúncia ao Juiz ou Juíza responsável, que terá até 48 horas para expedir a aplicação da medida. Ela obriga determinadas condutas por parte do agressor, sendo a principal delas a proibição do agressor de se aproximar da vítima por determinada distância.
São exemplos de medidas protetivas utilizadas por violência doméstica e familiar.
Proibição de aproximar-se da vitima ou filhos e filhas, familiares e até testemunhas por determinada distância.
Proibição de contato com a mulher, inclusive por telefone ou redes socias.
Restrição ou até mesmo suspensão de visitação dos filhos.
Pagar pensão alimentícia para a mulher, em caso de dependência financeira desta em relação ao agressor
Restrição de porte de armas
Encaminhamento da mulher e filhos para locais de abrigo e proteção.
Presença de acompanhamento policial caso a mulher necessite ir a residência e o agressor esteja no local.
Restituição de bens tomados pelo agressor.
Dependendo do tipo de agressão a justiça também poderá solicitar a prisão preventiva do acusado para segurança e integridade da vítima e familiares. 
Devemos ressaltar que o Brasil é considerado um dos Países mais violento contra as mulheres no mundo.
Está previsto na legislação a obrigação do Estado proteger as mulheres que sofrem essa violência com o objetivo de diminuir essa considerada uma pandemia no mundo.
CENTROS DE REEDUCAÇÃO/ REABILITAÇÃO DE AGRESSORES.
Em conhecimento deste texto sabemos que a atenção aqui é voltada para as vítimas dessa violência doméstica, pois seu numero é alarmante por ser uma mulher agredida a cada quatro minutos no Brasil.
Também é fato que muitos agressores permanecem livres voltando a reincidir nesta agressão.
É para atuar nesta outra frente que existem os centros de reabilitação para agressores.
Funcionam como espaços de reeducação e reabilitação com acompanhamento psicológico, sob orientação multidisciplinar e uma equipe capacitada no assunto esses homens tem a oportunidade de intender os atos que cometem sendo assim capacitados a reconhecer a gravidade da violência e com isso reverter esses números de agressão. Em relação a essa capacitação do agressor o trabalho do assistente social se torna imprescindível pois é com a capacidade de lidar com essa questão social que o profissional consegue trabalhar e acolher essa família para a recuperação dos laços familiares e impedir muitas vezes na separação dos filhos com seus pais.
Deixando claro que essa reabilitação e acompanhamento do agressor não é uma opção, mas sim é lei, uma decisão que a Justiça pode tomar desde o início do processo criminal, e que é de cumprimento.
 Mudança na legislação: A Lei Federal nº 13.984/20, sancionada em abril, incluiu no texto da Lei Maria da Penha a previsão de encaminhar o agressor a centros de reeducação no rol das medidas protetivas, obrigatório.
Utilizada como uma medida de enfrentamento a essa questão social, contribuindo assim para que a sociedade reflita sobre esse tipo de agressão.
De nenhuma forma essa decisão interfere ou tira a responsabilidade do agressor, mas irá dar uma visualização de como nós sociedade, tratamos a responsabilização que não precisa necessariamente ser o final dessa questão.
Por ainda existir uma cultura de discriminação de gênero, que com a aplicação precoce ou quanto mais cedo desta medida ao agressor previne-se o ato de reincidência do fato e a reabilitação do mesmo.
Destacamos aqui um projeto de grupo reflexivo, iniciado antes da pandemia em Taboão da Serra idealizado em 2014 pela promotora de justiça Gabriella Manssur chamado Tempo de Despertar.
Esse projeto pioneiro atende homens autores de violência contra a mulher com inquérito em andamento, medida protetiva ou processo criminal em curso exceto casos como violência sexual e feminicídio.
Ele trabalha com 10 encontros e trabalha variados temas como; drogas, bebidas, masculinidade, machismo, sexualidade, direito das mulheres, gêneros e vários outros.
Os homens chegam ao projeto na maioria das vezes sentindo-se injustiçados, negando o ato e culpando a droga ou o álcool.
Segundo Sérgio Barbosa coordenador do projeto Despertar a taxa de reincidência dos atendidos não passa de 2%, uma mudança de comportamento e pensamento alcançada graças a um processo educativo.
Através de um processo reflexivo que faz com que o homem agressor reconheça a violência que praticou com sua gravidade o machismo e o patriarcado como origem dessa questão.
Em São Paulo especificamente esse tipo de iniciativa foi acompanhada com a promulgação da Lei nº 12.732 de 2017 que instituiu ao programa Tempo de Despertar na cidade e leva o nome de projeto do Ministério Publico da cidadede São Paulo que inspirou a proposta lei.
Somente no ano de 2020 o projeto se tornou política pública, operando já em 7 varas de violência domestica e familiar na cidade de São Paulo o projeto foi interrompido durante a pandemia, a expectativa era de atender cerca de 800 homens no período de 12 meses e mesmo com a pandemia 130 foram contemplados de modo virtual.
Segundo declaração da Juíza Tereza Cristina Santana, esses espaços de reeducação devem ser uma politica de Estado e publica permanentes, com articulações de todas as esferas do Poder para garantir a implantação e a dotação orçamentária continuas.
(“A gente precisa atender a mulher em situação de violência, isso é uma prioridade, lembrando sempre que nenhuma mulher sai sozinha dessa situação, e assim também o homem, sem que nenhum tipo de avaliação, reflexão seja feita”).
 
 
DA POSSIBILIDADE DE ADOÇÃO DOS GRUPOS DE REEDUCAÇÃO DE AGRESSORES COMO MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA.
Deve o Juiz ao analisar o caso solicitar imediatamente a medida cautelar com a obrigação do agressor ao comparecimento em grupos de reabilitação e reeducação, essa medida não o isenta da culpa, mas é uma forma de mudar a forma desse agressor enxergar o tipo de violência que ele cometeu e também diminuir o índice de reincidência desse tipo de agressão.
ESTUDO DE CASO A Lei Maria da Penha prevê em seu artigo 35, inciso V, a possibilidade de a União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios criarem e promoverem centros de educação e reabilitação dos agressores.
 Do mesmo modo, no artigo 45 da mesma lei, impõe-se a modificação do artigo 152 da Lei nº 7.210/84 – Lei de Execuções Penais, acrescentando-se o parágrafo único, no qual se determina que em casos de violência doméstica contra a mulher, deverá o juiz determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.
 Em que pese a inclusão do parágrafo único do artigo 152 à Lei de Execução Penal, não se vislumbra o comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação do citado artigo 45 da Lei Maria da Penha como modalidade de pena. Concebendo-se a pena como “[...] a imposição da perda ou diminuição de um bem jurídico, prevista em lei e aplicada pelo órgão judiciário, a quem praticou ilícito penal. Ela tem finalidade retributiva, preventiva e ressocializadora”. (DELMANTO, 2002, p. 67), percebe-se que o que limita a bem jurídica liberdade no cumprimento da pena do artigo 152 é a limitação de fim de semana, não o curso que poderá ser ofertado durante a referida limitação.
 Do mesmo modo, importante que se leve em consideração as bases axiológicas do texto da Lei Maria da Penha quando do estudo da possibilidade de inserção da reeducação do agressor como Medida Protetiva de Urgência. O diploma legal é fortemente influenciado pelas convenções de direito internacional, tendo como escopo não apenas o resguardo aos direitos humanos da mulher vítima, como a ressignificação das assujeitações de gênero constantes em demandas de violência baseadas no gênero. (PIRES, 2011, p. 124-125).
A eficácia da Lei 11.340/6 Maria da Penha.
A Lei 11.340/6 Conhecida como Maria Da Penha dá as mulheres vítimas da violência doméstica e familiar a segurança de ter seguramente uma proteção calcada na lei.
É um direito adquirido através de muitas lutas travadas através de décadas por mulheres que passaram por questões iguais ou piores do que as quais hoje passam as vitimas que hoje gozam deste benefício.
Essa luta continua, pois, ainda há muito o que se aprimorar diante de um cenário de a cada 2 minutos no Brasil 4 mulheres que são agredidas ou mortas.
A luta agora terá que ser para manter e tornar habitual para a sociedade utilizar essa Lei para não só punir, mas para recuperar também os agressores através de centros de reabilitação e reeducação, causando assim o impacto necessários a esses homens para que eles sejam conscientes de quão grave é o exercício dessa violência.
A eficácia da lei 11.340/6 não está então em punir os agressores, mas sim em proteger e dar tanto as vitimas da agressão quanto aos agressores a oportunidade de se reintegrarem ao convívio social com a transformação de pensamentos e vidas.
Eficácia em recuperar seres que se dizem humanos, mas que em algum momento por falta de conhecimento perdem a capacidade de raciocínio lógico.
Com ela podemos vivenciar mesmo que por poucos recuperados a capacidade do ser humano de se transformar através da educação e do tratamento humanizado, sendo por grupos de reabilitação ou por projetos como o despertar.
Muitos acham que a lei só é criada para punir e ponto, mas a eficácia real de uma lei ao ser criada está em recuperar, através de projetos, estudos e profissionais engajados e dispostos em acreditar que tudo pode ser reabilitado ou recuperado.
A lei Maria da penha veio para assegurar através de meios jurídicos que todo ser humano independente de gênero, cor, raça, etc. tem por garantia da constituição federal de 1988 a obrigação de respeitar e ser respeitado com direitos iguais.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
A submissão da mulher sempre foi vista com naturalidade diante da sociedade desde os tempos mais remotos.
A violência doméstica e familiar tem em sua raiz a naturalidade fundada em um machismo, criando assim a dificuldade da mudança de uma cultura e causando essa questão social tão doentia como uma pandemia que afeta não só a mulher agredida como toda uma geração ali estabelecida.
A lei 11.340/6 vem em seu âmbito trazer não a solução, mas a segurança de que através de projetos de reabilitação, educacionais e proteção com a segurança de que a violência não irá ser apenas uma estatística o começo de uma mudança estrutural na sociedade.
Diante da lei maria da penha verificamos que ao tratarmos dos dois lados da questão fica visível a estabilização sem tirara responsabilidade do agressor a recuperação.
Vemos também no decorrer da exposição da lei que a dificuldade do cumprimento é a falta da denuncia por ocorrer em âmbito familiar.
Referências bibliográficas.
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/maio/car
https://www.ipea.gov.br/.../8132-atlas-da-violencia-2020-infografi…
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/violencia-domestica-contra-a-mulher/#:~:text=As%20formas%20de%20viol%C3%AAncia%20dom%C3%A9stica,da%20taxatividade%20e%20da%20legalidade.
 https://jus.com.br/busca?q=violencia+contra+a+mulher+no+brasil
https://www.thejournal.com.br/aurora-do-feminismo-a-serie-origina-que-vai-contar-a-historia-de-angela-diniz/
https://jus.com.br/artigos/52651/violencia-domestica-contra-a-mulher
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/violencia-domestica-contra-a-mulher/#:~:text=As%20formas%20de%20viol%C3%AAncia%20dom%C3%A9stica,da%20taxatividade%20e%20da%20legalidade.
http://www.cress-es.org.br/13-anos-da-lei-maria-da-penha-e-o-exercicio-profissional-dado-assistente-social/
https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/tipos-de-violencia.html 
https://www.conjur.com.br/2008-out-30/lei_maria_penha_aplicada_proteger_homem 
https://www.significados.com.br/medida-protetiva/ 
https://www.saopaulo.sp.leg.br/mulheres/o-outro-lado-da-violencia-domestica-conheca-os-centros-de-reabilitacao-para-agressores/

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