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158 n~~ ~ ~~__ ~~__ ~__ ~~._~_. ~ __ ~_~_~._§Jlson...Qª-I3.og ao 60 '---'~-'-----'---'--- 9. ANÁLISE DE DESEMPENHO 55 50 45 ~ o 40 )( ::l ~ 35 ,- UJ 30 -+-12X6 __ 13X6 .."-13 X5 -W-16X6 Este capítulo tem a preocupação de unir as informaçõesaté o momentoapresentadas,porémaindafragmentadas,de modoa obteruma visão completado que se pode esperar do desempenhodo projeto.As informaçõesque serão consideradasdizem respeitoà curva de potência do motor,às curvas de desempenhoda hélicee à curva polar do avião. Estastrêsinformaçõessintetizamtodoo potencialdedesempenhodoavião, quantoà sua capacidadeem vôo, ou mesmoemdecolagem. 25 O 5 10 Velocidade do ar [m/5] 15 9.1 CURVAS DE POTÊNCIA Figura 8.16- Variaçãodo empuxofornecidopeloconjuntopropulsorcoma velocidadedo ar o Potênciadisponivelparavôo,dependentedacurvado motore das curvasda hélice. o Potênciaconsumidaemvôo,dependentedascaracterísticasde resistênciaaerodinâmicado avião,dadapelacurvapolar. CURVA DO MOTOR A Figura9.1mostraas curvasdeummotordemédioporte,de 180HP e, parao caso do motorOS.61 FX, umaestimativada curvade potência.No casode dadosobtidosembancadade testes,usardiretamenteestesdados. Muitasvezes a curva de potência experimentalé transformadaem uma expressãoanalítica,ajustada,queparacertasanálisesdedesempenhoémais adequado.Um cuidado éseparar os dados de potência de marketing dos dados de potência de engenharia. o pontode partidaparaa análisede desempenhoé determinaras curvasde potência,considerandoo aviãoem vôo horizontal,a velocidade constante. Figura 8.17- BancadaUFSC AeroDesignde testese sensorescom extensômetrospara mediro empuxoe torque. Figura 8.18- Mediçãoda rotaçãoem túnelde ventoe aquisiçãode dados. 160 Edison da Rosa ~~c:lU2~g_~?':r()j~~'0~:()_n.á~!ig?__..... . ... .__. .. 16J 0.08 CT Passo 137mm 11 0.000 0.141 0.271 0.390 0.493 0.583 0.650 0.699 0.621 0.559 0.544 0.551 0.586 0.614 0.634 0.646 0.645 0.643 0.636 0.596 0.527 0.428 Il 9,4° Cr 0.05663--- 0.05733 0.06188 0.06295--- 0.06270--- 0.06180--- 0.06009 0.05758 0.04422 0.03660 0.03376--- 0.03319 0.03027 0.02721 0.02404--- 0.02075 0.01730 0.01656 0.01503 0.01095 0.00745 0.00470 E 31,S N Cp 0.01448 0.01018 0.01141 0.01212 0.01272 0.01326 0.01387 0.01442 0.01424 0.01343 0.01304 0.01294 0.01240 0.01175 0.01100 0.01013 0.00911 0.00888 0.00839 0.00698 0.00566 0.00455 o 3S0mm Vd 10 m/s v 0.0 1.8 3.5 5.3 7.0 8.8 10.5 12.3 14.0 14.4 14.7 15.1 16.8 18.6 20.3 22.1 23.8 24.2 24.9 26.6 28.0 29.1 Perfil Clark Y J 0.000 0.026 0.050 0.076 0.100 0.126 0.150 0.176 0.200 0.206 0.210 0.216 0.240 0.266 0.290 0.316 0.340 0.346 0.356 0.380 0.400 0.416 P 7S0W Tabela 9.2 - Coeficientes caracteristicos da hélice Tabela 9.1 - Dados de projeto 16000 D50 "1 rpm] I 1400012000 Motor Lycoming 0360 Q .4....1 10000&100 '00 1000 ::( 004 CURVAS DA HÉLICE As curvas relevantes da hélice são as curvas dos coeficientes de empuxo e potência, CT e Cp' e a curva de rendimento, llj' todas como função da taxa de avanço, J. Curvas típicas estão colocadas na Figura 9.2, para uma hélice com as especificações da Tabela 9.1, usandoum motor OS.61 FX. Figura 9.1 - Curva de potência do motor. Motor Lycoming 0360 e motor OS.61 FX. : '~·c-~ Figura 9.2 - Curvas características de desempenho de uma hélice 350x137. J - Vi,-~ - ni·D Cp' =_ Pi1 p'ni3•D5 Para montar a curva de potência disponível no avião, fornecida pelo conjunto motor-hélice, devemos escolher um ponto da curva do motor, ni, PiO Com estes valores écalculado o coeficiente de potência, usando o diâmetroda hélice. Lembrar que nos cálculos de hélices, n sempre em rps e não rpm. Da curvada hélice é lida a razão de avanço correspondente, Ji. Com este valor é calculadaa velocidade de vôo do avião Vi'As fórmulas necessárias são: 05004003002"[' -~ '-.- \ 010Q!)O :~: 162~ .. ççl~9J1.s!ªB2§.a. .Jº~ Pa" = Pi . 11, ,, ~._.- Níveldo mar Altitudex km v,lv_s_~ v2b v vlm/s]m A Figura 9.5 mostra o comportamento da velocidade com a altura. Nesta figura fica definida a envoltória de vôo do avião, mínima e máxima velocidadepossível, paraaquelaaltura.Adicionalmentea figuraapresentaoutros dois pontos característicos, o de máxima velocidade em vôo horizontal, e o de altitudemáxima que pode ser atingida. • Potênciadisponivel P [kW] I o Potênciaconsumida Figura 9.4 - Curva de potênciacom as velocidadescaracterísticasdo avião. A Figura 9.3 ilustraa forma geral que as curvas de potênciaapresentam, estando estas curvas esquematizadas para um caso genérico na Figura 9.4. Nesta figura temos alguns pontos que são característicos do problema de desempenho do avião. A velocidade v1 corresponde à mínima velocidade a que o avião pode voar, limitada pelo máximo coeficiente de sustentação, ou seja, é a velocidade de estol, vs' A velocidade Vz por sua vez é a máxima velocidade que o avião pode atingirem vôo horizontal,sendo tambémchamada de vH• Outro pontode interesseé a velocidade vm' pontode máximoafastamento entre as duas curvas, ou seja, de máxima potência liquida. Pontos àdireitade vm permitem que o avião ganhe altura com o aumento do ângulo de ataque pela ação do profundor. Tal faz com que aumente a sustentação, aumente o arrastoe logo a velocidadediminui.Mas coma redução da velocidadea potência líquida cresce, viabilizando o ganho de altitudedo avião. Se agora o avião está voando abaixo de vm' a manobra também reduz a velocidade, mas agora a potência liquida é menor, não permitindo que se tenha ganho de altura, mas pelo contrário, perda de altura. É a chamada região de reversão de comando. 9.2 ENVOLTÓRIA DE VÔO ..2. 1,225 AR. e 8.817 Cop 0.0050 S[mZ] 0.65 Peso 160,37 Perfil 81223 Do valor de J, é obtido também o rendimento 11,. Com este valor é calculada a potência disponível na hélice. Desta forma temos os pontos com valores de velocidade e potência disponível. Tabela 9.3 - Dados do avião para construção da curva de potência consumida emvôo Tabela 9.4 - Construção da curva de potência consumida a partirda curva polar '" Clc.coaCOIcov[m/5]P[kW]·3.5 0390.0450.0500000550.055532.1270.7327 ·2.5 0.780.040.04500.02200.062022.7170.2894 00 1.080.0170.02200.04210.068019.3060.1948 2.5 1.330.0190.02400.06390.087917.3970.1842 50 1.540.0210.0260008560.111616.1670.1878 7.5 1740.0250.03000.10930.139315.2100.1951 10.0 19200280.03300.13310.166114.4790.2007 12.5 2.0800310.03600.15620.192213.9110.2060 15.0 2.190.038004300.17310.216113.5570.2144 17.5 2.110.0560.06100.16070.221713.8120.2326 20.0 1.960.0750.08000.13870.218714.3310.2562 ,5<1 100 Plk'N) c, 080J o Curvllpol",do3v;áa • PotellÇiadisponlvel :700 o Potênciaconsumida 150-- 060 100 0.40 05<1 0.20 000-- - ....,--- I r""-T---'-I ~l] O~5 000 I II 000 005010015O?O 1000200030.00 vlm!s] 4000 Figura 9.3 - Curvapolardo aviãoe curvasde potênciaconsumidae disponível. z 2·G p,CL ·S 2 Vs x "...("._-~_._,~~_._",- ~'0:-:""''''''~'''''''VA''00..Y:0:'''''<;'''V>.''''''''''''VAV>."''''0'''''''0· To-(D+Q) Tna=----=- m m -c~~_ ,,~).~ ..•~• "V"" v"v"v"C'~v'w'w~ No modelodeaceleraçãoconstanteestaserá: Dasequaçõesda cinemática,resulta: Figura 9.6 - Forças envolvidasna análisede decolagem. O aviãoé aceleradoemcontatocomo soloatéa velocidadeemque ocorrepelaprimeiravez L :=G, ou seja,o aviãocomeçaa terummovimento verticale a se distanciardosolo.Esteé o pontoteóricoquedefinea distânciade decolagem.Os resultadosda simulaçãonuméricadetalhammais este aspecto.Comoestavelocidadeéa deestol,vs' Edison da Rosa V m'" v, v1m/sI / / / h m'" / / / / / / /, Vm _ir ---- V I tl [km) o Soluçãoanalitica,naqualcertassimplificaçõesdevemserfeitaspara viabilizara solução. o Soluçãonumérica,que pode obteruma respostabastanteprecisa, desdequeos dadosnecessáriosestejamdisponíveis. 9.3ANÁLISE DE DECOLAGEM Umasoluçãoanalíticaexigecertashipótesessobreo comportamento das forçasenvolvidas,Figura9.6. Em gerala principalsimplificaçãoé feita sobreo comportamentodo empuxolíquido,dadopeloempuxobruto,gerado pelahélice,menosa resistênciaaerodinâmicae a resistênciade rolamento dasrodasnosolo,durantea fasede aceleração.Assimexistemsoluçõesnas quais o empuxoliquidoé consideradoconstante,ou umafunção linearda velocidade,ou ainda,umafunçãoquadráticada velocidade.O modelomais simplesé o queconsideraumaforçaconstante,o quelevaa umaaceleração constantetambém,ou seja, ummovimentoretilíneouniformementevariado. Dadosda literaturaindicamque, paraeste modelo,umaboa aproximação para as forças envolvidas,é considerarestas na velocidadede 75% da velocidadededecolagem.Assim,oempuxolíquidopodeserobtidopelosvalores deempuxobruto,resistênciaaerodinâmicaederolamento,naquelavelocidade. Dos problemas clássicos de análise de desempenho, o da decolagem é o mais importantepara o projeto do AeroDesign, pelas limitaçõesdoregulamento.Umaanálisedetalhadadadecolagemébastante complexa,pelosváriosfatoresque afetam,bemcomopeladificuldadeem quantificarestesvalorescorretamenteparao casoemestudo.Emsituações práticasa solução do problemade decolagempode ser obtida de duas formas: Figura 9.5 - Curvados limitesde velocidadefunçãoda altitudede vôo. 164 m2 =7.1'2U7·CL'\S';E m2 ==7,6198·IC1 ·S -T )=7,ü198·CL1\E~, 11 ' 19Z sendu K ='.----01 • ,~,~lI( '\ x=2.K m2.gx·-_......5?.- p.CL ·S·T1 ~/ logo, K", - 0,31333 + 0.68333 T 2 I T, _'02 - K y".p C ;:;'T'. 11.ll. - 11' -. -. L .} ..!LI' I; Kl1 v _ 2·Gs ,-- p.CL ·S ..•eJ) I I I I 000-I I' 1 ' I T 2 I T 1 0.00 o.~ 1~ 1.~ (I' 9.4ANÁLISE NUMÉRICA DE DECOLAGEM Uma solução mais exata para o problema de calcular a distância de decolagem pode ser obtida por um processo numérico, integrando duas vezes a aceleração instantânea,obtida pelas forças que atuam sobre o avião naquele instante. Inúmeros softwares podem ser usados para esta análise, como MatLab, MathCad, Mathematica, etc, ou então desenvolver o próprio software a partirde algum algoritmo de solução de equações diferenciais, como Euler, Runge-Kutta, Newmark e outros. Figura 9.7 - Função da constanteKm' isolando a massa, l' f"-'rl'-"mteI( "'c'nde i! ., "'''ão elo" T-" T Fi, Ci 7 É ·pte'\ -,'-' ,,-,1.,.. \11 t_,!··v ' ,;c,.' ~'"'·' ....1.;, ". L "-..•. l' t~) u •• 1-. , ::]equivalência entre esta expressi'ío 8a anterior,coíncidindo ambas quando T2 =-- T!, cor,"o"'"ria de se osperar.A IrQ 9.7 mn;t::1uma apro'''!nação liJlf'f1!da ""fva de e, finalmente, T1 e T2 COI respondern ao empu>;olíquido para v = O c " •.,.vs' respectivamente. Este modelo pode ser fAcilmente comparado CrJrn a formulação de acelelóH,:80Gonstan['::,apresentKla acima, se substituirlilos Vs pala sua expiessão: In!roduçãoao ProjetoAeronáutico l_k=T2 TI Edison de Ro~ª com 2 1~_ X =='-.--., •Tp·CL·S n sendoKx =[~(-l-~ln(1-k))} G T] 1, ". [XI! . P ]11., ,n );1I!/ ==- .. \ p' C I .. ,) . 1/1 == --. - l\C I.. S ·7/1 'J~ g -. Kxx=--,vs g Conforme det;:;lhaLo na analise numérica, est;:;px;>essão ."-\l~' ser modificadz,paia: de forma a considerar uma definição do ponto de decolagem corno sendo quando o avião está a 5 mmde alturado solo. Nas expressões acima é{jefinida a variável CLASSE, que é o produto do coeficiente de sustentação, da área de referência e do empuxo líquido. Este produto, como discutido no Capítulo 3, define o nível de engenharia e o potencial da capacidade de carga do projeto. O relatório NACA NR 450 apresenta um modelo um pouco mais sofisticado, com uma função linear para a variação do empuxo com a velocidade. Neste modelo a distância percorridaaté o avião atingirvsé: As variáveis que aparecem no primeiro termo e,;he colchetes são constante para a competição, e adotando os valores padrão, ou seja Xo ,,, 61,n, r -1225 e"1 :c 0 80665 Nesta equação temos: m Massa que pode ser acelerada até Vs na distância x; Di"'~;~c;iamá:"""~ o':'" decoi .,'.'11(61 r1" MaC"J especifi(' ,10 ar, na'~':"ldiçõeco decolagcl n; g Aceleração da glaVldade no iocal da ducolagem; C, Coeficientede sustentaçãoquandoda decolagem, incluindoefeitosolo. S Área de referêwi:l do avião; En ,., !íquícJ:' . '''"ider',l" ('onstanl'"'lfévs. 1G6 ;r;,{Jlandoa f' ::lssa, Os resultados apresentados nos gráficos e tabelas a seguir foram Tabela 9.8 - Dados na fase de decolagem, alturas de 0,000 até O, 100 m obtidos para um avião com as características dadas pela Tabela 9.5. Os dados são típicos de um modelo da competição AeroDesign, tendo sido ajustado o Time XX velocityL-GZThrustNet thrustLiftZ velocity valor da massa do modelo de forma que com os dados da Tabela 9.5 o critério distancedistance de decolagem seja atendido na distãnciade 61 m, ou exatamente60,87 m.As 7.229656.988314.57240.04910.0000029.101519.4637160.63402.1E-6 7.2996 58.011214.65511.87630.0001028.940019.1925162.46100.0041 tabelas 9.6 a 9.9 apresentam um resumo dos dados de simulação obtidos. As 7.3836 59.246414.75274.04870.0010028.749118.8713164.63400.0193 unidades das diferentesvariáveis estão no SI, ou seja,m; m/s; N. ~7.423659.837414.79875.07530.0020028.659418.7200165.66000.03057.4526 60.267114.83175.81650.0030028.594818.6109166.40200.0401 Tabela 9.5 - Dados do modelo analisado 7.474660.593614.85676.37690.0040028.546018.5285166.96200.0483 7.4936 60.876114.87826.85970.0050028.504118.4576167.44500.0560 7.5636 61.920314.95658.62840.0100028.350918.1983169.213000891 Massa PesoSfCLCDOAR·ep 7.6126 62.654515.01079.85710.0150028.245018.0187170.44200.1168 7.6516 63.240815.053510.8290.0200028.161417.8768171.41500.1414 175.1570 ---_._-~ 16,37 160,370,650,0201,9000,0238,8171,225 7.803665,541415.216914.5720.0500027.842017.3328 0.2594 7,9536 67.835715.373418.1920.1000027.536316.8099178.77700.4096 Tabela 9.6 - Dados de simulação, de O a 10s Tabela 9.9 - Dados na fase de subida, de 55 até 100mde pistaTime XX velocityL-GZThrustNetthrustLiftZ velocity· distance distance I TimeXX velocityL-GZThrustNet thrustLiftZ velocity 0.0000 00000 0.00000.00000.000038.887635.67590.00000.0000 distancedistance -1.0000--~---22759 000000.000042.018938.75941,64980.0000 7.092655.000014.40760.00000.000029.423619.9313157.020000000=:IªQ~4.57f!.~_.'!6337 00000 0000041.654238.24476.83870.0000I7.434660.000014.81125.3568_~ 0.002~_~63±~~678~_J.65.94~ ___ 9c()~_3,0000 10357 69002 0.00000,000039,545935.895715.1640.0000 7.767665.000015.178713.693.. 0.0413 27.9167 17.4603 174.2780 0.22834.0000 18.3259.00730.00000,000037,045733.086825.8400.0000 i8093670.000015.515021.5020.168727,242216,3172182.08700,57945,0000 28.31310,9390.00000.000034.498230.184538.1110.0000 !8.412775.000015.822328.7860.428026,595515.2335189.37101.0699-----. [6,0000 40.147127050.00000.000032.376027.677751.4120.0000 I8.725980.000016.103935.5870.855926002914.2328196.17201.68597.0000 5366814.2890,00000,000029656221.8957130.630.0000 9034085.000016.362941.9471.484525.457913.3062202,53202.41588.0000 68.54415.42019.2870.119927.441416.6493179.870.4623 9.338190.000016.601947.9082.343024.954912.4456208.49303.25069.0000 84.43816.33541.2611.403825.516313.4058201.842.3294 I9,637295.000016.821953.4693.450924.492011,6490214.05404.176910.000 101,1317.06959.8155.185523.971110.7474220.405.4302 9,9323100.00017,025158.6724.829924.064410.9093219.25705.1877 m2 =7,1207·CLASSE O critério de decolagemadotado foi o do avião ter atingido uma altura de 5 mm, tendo em vista que a definição, se a decolagem é válida ou não, ser meramentevisual. Da Tabela 9.8 pode-se ver que o avião atinge v,na distância de 56,9883 m, mas a distância do solo cresce, de início, muito lentamente, Tabela 9.7, atingindo 0,005 m na distância de 60,876 m, ou seja, praticamente 4 m depois de atingir vs. Alguns procedimentos para definir a distância de decolagem em aviões comerciais consideram uma velocidade 20% superior a vsdeforma a deixar uma margem de segurança. Como no caso doAeroDesign temos uma competição, este critério não se aplica, pois a margem de segurança deve ser praticamente zero, de modo a extrair o máximo que o avião pode entregar em desempenho. Assim, o critério para atingir Vs é uma distância menor que os 61 m, no caso adotada de 57 m, levando então a equação de previsão da massa como: Intr()?yç~()ao~r()jeto!,~r()n~uti~().. 00000 0,0000 OO(jQQ_ Q.OOQQ 0.0000 0.0000 0.0000 5.9E-6 0.0040 0.0154 0.0339 0.0594 Z velocityLift 61.6484 79,6804 98.6043 117.585 137.095 157,020 158,846 160.660 162.435 164,196 165.942 167.648 25.4035 24.7218 23.8241 ~27422 21.4455 19,9313 19.6951 19.4598 19.1964 18.9360 18.6785 18.4278 Netthrust ._~__ ~ ..__~ ... ._E:ºiª-º_n_clª_.I3º?ª Thrust 30.3975 30,1850 29.9762 29.7814 29.5967 29.4236 29.2604 29,0992 28.9423 28.7875 28.6348 28.4864 Z distance 0.0000 0,0000 QOOOO 0.0000 0.0000 0,0000 0.0000 3.1E-9 9.5E-5 0,0007 0.0023 0,0054 L-G 0.0000 0.0000 OOOQQ 0.0000 0,0000 0.0000 0.0000 0,0753 1:8503 3,6108 5.3568 7.0627 168 Tabela 9.7 - Dados na fase de decolagem, de 50 até 61 mde pista Time X X velocity distance ~'7396-=-_50.000,º- 13.9093 68106 51.0000 14.0180 §·I3I3~§_..s.~JlllQ()~J.~4.9. 6.9526 53.0000 14.2245 --7.0226--54:jjooo~-143191- --70926-55.0000--144076 -7"16~.0000 14.4911 7.2306 57.0000 14.5736 72986 58.0000 14.6539 7,3666 59.0000 14.7331-~~------- 7.4346 60.0000 14.8112 7.501661.0000 14.8872 10 --------'----, X[m] 100 t[s] 10 Errpuxobruto 80 X(m( 100 E~)(ollquldomêdlo 1ool:1Im:!"d"d~~ , ,i 60 I R"~istênclBd"I!lIrHo --r'-.·----··---- I 1--' 4 6 8 lisl 40 Resisténclsaerodil'lànie .•••I , , , , , I " " I I I I ~ ro ~ 00 20 Empuxobruto Z[m] Resist811c1alotal 50 20 10 30 50 [NJ 40 - 10 20 50 [N] 40 30 1.0E-4 1.0E-1 1.0E-1 10E+1 1.0E+0 1.0E+0 ao Figura 9.10 - AlturaZ versustempoe alturaZ versusdistânciaX. Figura 9.9 - Forças envolvidasna decolagem:Empuxo,empuxolíquidoe resistênciasde atritoe aerodinâmica. 20 Edison da Rosa 16 Distânciapercorrida 1284 'o'eN"Ode rnrnçao[-O 50 m 55 m o o 40 30 - 10 .-- 20 0,8 Variaçãode Cl. 1,9 170 Os gráficos da Figura 9.8 mostram como que o coeficiente de sustentação varia durante a fase da rotação do avião, aumentandoo ângulo de ataque e o el.A figura mostra ainda a curva de empuxo usada nos cálculos. A Figura 9.9 apresenta as curvas das principais forças envolvidas no problema. São apresentadas como função do tempo, até 10 s, e como função da distância percorrida na pista, até 100 m. As curvas mostradas na Figura 9.10 ilustram como que a altura do avião varia após este ter atingido vs'o que ocorre no instante de 7,2296 s, ou distância percorrida de 56,9883 m. Figura 9.8 •Comportamentosimuladodo coeficientede sustentação.Curvade empuxo. 1.10 50.00 -I 1.10 4500 v=15m/s 40.00 1.00 35.00 V,lriaç;lndocnJpU:,\ll 1.00 Variaç;1ot!ocl11pU:'\{J I)i~tilldilpar"- decobgem,Z = .:;rrul] A'",.,J,,,,,,,,,,,,,, /;/ 30.00 ._----~ ---- -- - -~---- ----- ..- 0.90 25.00 0.90 X!mj z 1m] 500 .- 000 -1------ 70.00 0000 50.00 10.00 X(m] 000 T=40-0,053v"2 o T==45-0120v'2 T=50-0.187v"2 T'" 30~·0.080v"2 T[NJ • T=36+0.000v"2 0.00 0.00 50.00 .. 10000- 200.00 100.00 IntrodL'ç~oao Figura 9.12 - Efeitoda variaçãodo empuxoem relaçãoao nominal. Figura 9.13 - Variaçãodo empuxoda hélice.Efeitode curvasde empuxosobrea distância de decolagem.Todasas curvasde empuxogeramo mesmoempuxomédioaté 15m/s. Edison da Rosa 0.06 coa I fl-] 0.06 I 004 -------------- 0.04 ------ ------------- ---------- 002 -·--T~·~~, 002 000 70.00 000 X[m] 60.00 - 5000 7000- 60.00 172 9.5ANÁLISE DE SENSIBILIDADE X[m] Com o modelo analisado numericamente, uma segunda etapa do estudo foi feita,de formaa determinara sensibilidadeda distânciade decolagem com relação aos principais parâmetros envolvidos no problema. Foram analisados os par'âmetros: o Coeficiente de arrasto parasita do avião, Figura 9.11; o Coeficiente de atr'itode rolamento, Figura 9.11; o Variação do empuxo da hélice, Figura 9.12; o Efeito da curva de empuxo, Figuras 9.13 e 9.14; o Efeito do pontode rotaçãoe do comprimentoda fase de rotação, Figura 9.15; o Efeito do CL na fase de aceleração e da redução no arrasto induzido, Figura 9.16. Em todos os casos que estão apresentados a distância de decolagem foi determinada pelo critério de 5mm de altura em relação ao solo. Figura 9.11- Coeficientede arrastoparasitado aviãoe atritode rolamento. -,=~~-~--~..;..-'-'~~""' _---_.~,~-~ ..-.~-~.~.=~---------------- 1.20 eLo:! l;lsedeaccleração I 1 1 CL 1.20 1.60 0.80 ReJuç:\l1Jo arrasloinduziuo __ I 0.80 0.40 _._~._- l--~ 0.40 60.00 - XlrnJ 50.00 0.00 7000 000 60.00 62.00 - ao 64.00-' X[m] o O empuxo éa variável mais importante,pois uma variação de apenas 2% neste leva a uma variação de 1,66 m na distância de decolagem. o De forma coerente com o modelo analítico com empuxo linear, uma ênfase no empuxo estático éprejudicial para o desempenho. o Existe um ponto de ótimo para o ponto de início da rotação do avião, no caso em aproximadamente 52 m. o A fase de rotação deve ser a mais curta possível. o Existe um valor de ótimo para o CL quando da fase de aceleração, no caso de 0,36. o A resistência devida ao atritode rolamentoémais importantedo que o arrasto parasita, ou mesmo que o arrasto induzido. É interessante fazer uma comparação entre os resultados numéricos e os resultados que se obtém com os modelos analíticos. Assim, usando os dados do modelo simuladoépossível montara seguintetabela de comparação. 9.6 COMPARAÇÃO COM OS RESULTADOS ANALíTICOS Da análise das figuras podemos tirar algumas conclusões: Figura 9.16 - Efeitodo CL na fase de aceleraçãoe da reduçãono arrastoinduzido. Edison da Rosa 20.00 [1.344s) 50.00 vlmls] r~ 20.00 16.00 45.00 ~~ 52.00 54.00 v"15m1s 12.00 40.00 Pontode início da fascde rotação,[mJ r ---, 5000 35.00 8.00 Comprimento da fase de rotação, [m] 48.00 3000 T"25(0:10)50(10;15) T"'33,33(0:15) T ~ 50(0:5) 25{5;lS) 4.00 25.00 0.00 X[m) 50.00-~--3-~: n n I 000 1-, -, --, , : , ' , 0.00 4.00 B.OO 12.00 16.00 7000 - 60.00- 5000 80.00 10000l TINI J Xlm) 46.00 60.00 62.00 - 174 Figura 9.15 - Efeitodo pontode rotaçãoe do comprimentoda fase de rotação. Figura 9.14 - Efeitoda curvade empuxo. '~"'~""'-~~_W"~"-"'~""'~_._~." ••~ "__ '~'_~" .,~ __ ~,_~" __ ,~_,~ . Dados disponfveis fornecem informações sobre a massa do avião, [C 2 ] I área de asa e velocidade, tanto na decolagem como em vôo. Estes dadosQr =q' S· C[)o+ AI +f .[G- q'S· CJ permítem uma avaliação sobre o comportamento destes modelos. A Tabela J[. R' e .1..... 9.11apresenta um resumo destes dados, bem como uma estimativadee,.e considerando o efeito solo, .'._________ ~_' __ e__.•_ "_.~_., •••••••~ ••• ~.,JI _ Assim, T2 / T1 =0,632 e Km =0,745. T1=38 N eT2 =24 N. CL ·KL =f 2·KD• A·e1t. R ovalor ótimode CL na aceleração é portanto: [ C2.K 2] Q =q'S· C +K . I. I. +f.[G-q.S.C'K] T DO D1t'A.e L I.R C K 2 ~QT =q.S.2.KD. L' L -f.q.S.KL =0 8CL 1t·AR·e _8Q_T =q' S '[0+2, KD ._Cl_" '_Kl_.2] +f. [O -q ·S· KL]= O8CL 1t·AR·e Ovalorde CL para mínimo QTserá obtido pela derivada de QT,ou seja, 27,7·0,02 =0,3589 CLO =2.0,71.1,087 1t·AR ·e·f CI.O =2. KD •KL ao No caso do modelo numérico, com os dados da Tabela 5 e para h/b = 0,20, KD =0,71 e ~ =1,087, resultam Pela curva da Figura 9.16 verifica-se que a mínima distância para decolagem ocorre para um CL da ordem de 0,36, perfeitamentede acordo com o calculado acima. 9.8ANÁLISE DE DADOS EXPERIMENTAIS Para obter este C,os ângulos de incidência da asa e geometria do trem de pouso devem ser estudados, bem como a mudança do ângulo de ataque pelo efeito solo. Edison da Rosa MODELOS CONSTANTE LINEAR ---NUMERICO m =17,475kg m = 16,322kg m = 16,370kg m = 16,893kg m =15,778kg m =16,370kg Xo =61 m Xo =57 m 176 Os resultados da tabela 10 atestamnovamente a importância de se ter um modelo da curva de empuxo o mais exato possível, sendo a aproximação linear uma aproximação, quanto àprevisão de carga, bastantecondizente com os resultadosnuméricos.Presume-se que estes sejam exatos,dentrodos dados disponíveis. o empuxo líquido usado no modelo de aceleração constante foi de 32,45 N, valor médio até a distância de 61 m. Para o modelo linear,foi ajustada uma reta à curva de empuxo líquido, fornecendo Tabela 9.10 - Dados de comparação entre as soluções analíticas e a numérica Durante a fase de aceleração é interessante que a resistência ao movimento do avião seja a menor possivel, ou seja, a soma da resistência aerodinâmica e da resistência de rolamento. Se a sustentação for pequena, gera pouco arrasto induzido, mas é grande a força de resistência devida ao atrito de rolamento. Se a sustentação é alta, é menor o efeito do atrito de rolamento, mas em compensação aumenta a resistência induzida. Para tal existe um valor ótimo para o coeficiente de sustentação, CLO' na fase de aceleração. 2 C C =C +__ 1. D DO 1t•A .eR D = CD q S Q=f(G-L) QT=D+Q 9.7 COEFICIENTE DE SUSTENTAÇÃO ÓTIMO Edison da Rosa Tabela 9.11 - Dados de vôos experimentais com medidas de velocidade Modelo SIm']G[N]MotorHéliceFasev [m/sI i q [N/m')CL 111 0,644789OS61Apc14/5TO13,86117,71,17 1II 0,6447106,8KB 61Apc14/5TO13,41110,11,50 111 0.644789OS 61Apc14/5FLY25,0382,80,36 111 0.6447106,8KB 61Apc14/5FLY29,5533,00,31 V 0,6447103,7OS61Apc14/5TO14,3125,21,28 V 0,6447103,7OS61Apc14/5FLY24,6370,70,434 V 0,6447116,1OS61Zng14/4TO12,581,252,22 LK 0,644798,34KB61Apc13/6FLY33,52688,40,194 ao 10. EQUILíBRIO E ESTABILIDADE Embora este capítulo trate apenas dos conceitos mais básicos de equilíbrio e estabilidade, é conveniente apresentar uma visão de conjunto do problemade equilíbrio,estabilidade e controle,de um avião em vôo, Os estudos de equilibrio e estabilidade aqui tratados consideram que as superficies de controle estejam fixas (stick fixed). Numa análise mais sofisticada de estabilidade as superfícies são consideradas livres (stick free). Já no caso da análise de controle as superfícies são tratadas como ativas. O estudo no movimentolongitudinal,ou seja, movimentoda aeronaveno plano XZ, oscilação de pitch, é em geral o mais importante,pois caracteriza a capacidadedo avião voar com controlede altitude.Por ser um plano de simetria, este movimentoédesacoplado dos outrosmovimentosdo avião, Já no caso dos movimentosno plano XY, yaw, e no plano YZ, roll, existe um acoplamentoentre ambos, fazendo com que o estudo de controledeva ser efetuadoem conjunto. De uma forma resumida a análise de equilíbrio busca estabelecer a configuração das superficies de sustentação e controle para vôo horizontal, usando as equações de equilibrio de forças e momentos. Busca-se definir o ponto de equilíbrio, para uma dada velocidade, com momento resultantezero em torno do CG. Esta análise determinaas cargas que a ernpenagernhorizontal deve desenvolver em diferentes condições de vôo. A análise de estabilidade trata de verificar o que acontece quando a aeronave, em vôo, é perturbada no seu equilíbrio, em qualquer um dos seus grausde liberdade.Esta análisede estabilidadepodeser estática,ou seja,verifica- se a tendência da aeronave retornaràs condições de equilíbrio, ou dinâmica, se estatendênciaconvergeno tempo,ou não. Na análise dinâmica as propriedades de inércia são fundamentais. Adicionalmente a análise de estabilidade pode considerar pequenas perturbações, usando-se geralmente um comportamento linear, caracterizado pela derivada dos momentos em relação a cada um dos grausde liberdade,ou não linear.Neste últimocaso as perturbaçõesconsideradas são grandes, estudando-se o comportamento em condições de perda de sustentação,por exemplo.Aanálise não linearé bemmais complexae em muitos casos éfeita apenas de uma forma qualitativa. A capacidade de controle do avião depende d.aeficiência da atuação das superfícies de controle, ou seja, da intensidade das forças e momentos gerados. Um aspecto estudado é o comportamento quanto à trajetória, com a atuação das superficies de controle. A inércia do avião é uma variável importante a ser considerada. Outro aspecto da análise de controle é a determinação dos esforços que o piloto deve exercer sobre os comandos, ou
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