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Influência Neotomismo no Serviço Social

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A influência Neotomista no Serviço Social 
Às desordens morais e sociais estão intimamente ligadas aos tempos modernos, 
instaurados com a Revolução Francesa e a Revolução Industrial. Em todas as 
instâncias: Estado e política, economia e produção, família e educação, cidade e 
campo, nas artes e nos pequenos grupos, “a mesma pessoa humana que erra e 
que sofre, que explora e que é esquecida e por isso aviltada. Em toda parte, é a 
pessoa humana inferiorizada em relação aos valores materiais. É uma questão 
moral, segundo Ferreira, porque é uma ”questão humana, é uma questão de 
consciência”. (FERREIRA, T.P, Revista de Serviço Social, Ano I, p.1. IN: GUEDES, 
Olegna de Souza. A compreensão da pessoa humana na gênese humana do 
Serviço Social no Brasil: uma influência Neotomista. Serv. Soc. Rev., Londrina, v. 
4, n. 1, p. 7-25, jul./dez. 2001). 
A família é o espaço privilegiado da ação católica. Nela pensa-se a sociedade, a 
fábrica, o mundo do trabalho. 
A sociedade moderna é uma sociedade de crise das instituições, inclusive da 
família que está exposta ao ritmo de produção industrial, a promiscuidade do 
espaço privado, ou seja, a precariedade de habitações como os cortiços, 
situações como a de concubinato, abandono do lar pelo chefe, mãe solteira, 
separação de cônjuges, menores pervertidos e alcoolismo... Como a preservação 
da ordem social não se faz sem a família. Esta é a instância fundamental sobre a 
qual deve recair o trabalho do Serviço Social. 
Os assistentes sociais criticavam os valores morais e as diretrizes políticas e 
econômicas nascidas no mundo moderno. E, para tanto, suas práticas eram 
fortemente marcadas pela preservação da ordem social que nasceria 
primordialmente da família. 
A concepção política adotada pelos primeiros assistentes sociais era próxima ao 
modelo das corporações medievais, portanto associativas. Tentavamresgatar o 
modelo medieval limado pela sociedade moderna, na qual não haveria algo que 
 
 
 
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pudesse intermediar as relações entre indivíduo e sociedade. Sem garantias do 
patrão, o operário aceitava qualquer condição. Não havia garantias, gerando 
liberdade de produção e de consumo. 
Tal ordem social recaía sob a família que tinha como função básica ser um 
entreposto entre o indivíduo e a sociedade. A pressão acarretava desordens na 
família que eram sentidas na pobreza dos cortiços, na precariedade dos laços 
familiares, na separação dos cônjuges, no abandono de lar etc. Todo o ambiente 
“natural” reservado ao homem à formação moral e ao mínimo de bem-estar era 
contaminado. 
O mínimo de bem-estar ou de atividade profissional que assegurasse condições 
mínimas de sobrevivência, tais como: restaurantes em ambientes de trabalho, 
assistência a menores e algumas garantias legais para minorar as condições de 
trabalho juntavam doutrina e técnicas que balizavam a atuação do assistente 
social; eis aí a seara própria ao trabalho dos Assistentes Sociais. 
 A reflexão sobre os valores, situada no pensamento Neotomista visava 
tanto apreender a ação humana em seus critérios deduzidos da própria natureza 
essencial do homem, assim como abarcar as coordenadas históricas e pessoais do 
contexto da ação dos homens, propondo referenciais orientadores do 
pensamento e da ação do emergente Serviço Social na sua principal e única 
fonte: a Doutrina Social da Igreja.

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