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Questões Objetivas - Filosofia-65

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nossa adaptação, é uma delas. Em função do sucesso que a ciência tem em explicar
muitos fenômenos, a maioria das pessoas não diretamente envolvidas com atividades
científicas tende a pensar que uma teoria científica é um conjunto de leis verdadeiras e
infalíveis   sobre  o  mundo natural.  Mudanças   teóricas   radicais  na  história  da  ciência
(como   a   substituição   de   um  modelo   geocêntrico   por   um  modelo   heliocêntrico   de
explicação do movimento planetário) levaram filósofos a suspeitar dessa imagem das
teorias  científicas.  A  teoria  da ciência  do físico e   filósofo austríaco  Karl  Popper se
caracterizou por sustentar que as leis científicas possuem um caráter
I. hipotético e provisório.
II. assistemático e irracional.
III. matemático e formal.
IV. contraditório e tautológico.
É/São verdadeira(s) a(s) assertiva(s)
a) I apenas.
b) I e II apenas.
c) III apenas.
d) II e IV apenas.
e) III e IV apenas.
 
10. (Unesp 2015)  Para o teórico Boaventura de Sousa Santos, o direito se submeteu à
racionalidade   cognitivo-instrumental   da   ciência   moderna   e   tornou-se   ele   próprio
científico. Existe a necessidade de repensarmos os direitos humanos. Boaventura nos
instiga a pensar que eles  possuem um caráter  racional  e regulador  da vida humana.
Esses direitos não colaboram para eliminar as assimetrias políticas, culturais, sociais e
econômicas existentes, especialmente nos países periféricos. Os direitos humanos, num
plano   universalista   e   aberto   a   todos,   não  modificam   as   estruturas   desiguais,   mas
ratificam a ordenação normativa para comandar uma sociedade.
(Adriano   São   João   e   João   Henrique   da   Silva.   “A   historicidade   dos   direitos
humanos”. Filosofia, ciência e vida, dezembro de 2014. Adaptado.)
De acordo com o texto, os direitos humanos são passíveis de crítica, porque
a) desempenham um papel meramente formal de proteção da vida.
b) inexistem padrões universalistas aplicáveis à totalidade da humanidade.
c) são incompatíveis com os valores culturais de nações não ocidentais.
d) sua estrutura normativa carece de racionalidade e de cientificidade.
e) são destituídos de uma visão religiosa e espiritualista de mundo.
 
11. (Ufsm 2015)   Há  diversos   indícios   empíricos  da  evolução  das   espécies.  Alguns
desses indícios são conhecidos desde Darwin, tais como o registro fóssil, as variações
entre indivíduos de uma mesma espécie e a distribuição geográfica das espécies. Outros
indícios provêm de estudos mais recentes, notadamente em genética. O conjunto desses
indícios torna a teoria da evolução mais provavelmente verdadeira que qualquer outra
hipótese alternativa. Essa inferência, em que se parte de indícios empíricos e se conclui
com teorias ou enunciados gerais, é comumente chamada de inferência
a) lógica
b) dedutiva
c) analógica
d) indutiva
e) biológica
 
12. (Unesp 2015)
Texto 1
Karl Popper se diferenciou ao introduzir na ciência a ideia de “falibilismo”. Ele disse o
seguinte: “O que prova que uma teoria é científica é o fato de ela ser falível e aceitar ser
refutada”. Para ele, nenhuma teoria científica pode ser provada para sempre ou resistir
para sempre à falseabilidade. Ele desenvolveu um tipo de teoria de seleção das teorias
científicas,   digamos,   análoga   à   teoria   darwiniana   da   seleção:   existem   teorias   que
subsistem,  mas,   posteriormente,   são   substituídas   por   outras   que   resistem  melhor   à
falseabilidade.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência, 1996. Adaptado.
Texto 2
O paralelismo entre macrocosmos e microcosmos, a simpatia cósmica e a concepção do
universo como um ser vivo são os princípios fundamentais do pensamento hermético,
relançado por Marcílio Ficino com a tradução do Corpus Hermeticum. Com base no
pensamento hermético, não há qualquer dúvida sobre a influência dos acontecimentos
celestes sobre os eventos humanos e terrestres.  Desse modo, a magia é a ciência da
intervenção sobre as coisas, os homens e os acontecimentos, a fim de dominar, dirigir e
transformar a realidade segundo a nossa vontade.
REALE, Giovanni. História da filosofia, vol. 2, 1990.
Baseando-se no conceito filosófico de empirismo, descreva o significado do emprego da
palavra   “ciência”  nos  dois   textos.  Explique   também o  diferente   emprego  do   termo
“ciência” em cada um dos textos.
 
13. (Unesp 2015)  A ciência é uma atividade na sua essência antidogmática. Pelo menos
deveria sê-lo. A ciência, em particular a física, parte de uma visão do mundo que é, de
acordo com a terminologia utilizada por Arquimedes, um pedido que se faz. É assim
porque   pedimos   para   que   se   admita,   à   escala   a   que   pretendemos   descrever   os
fenômenos,   que   o   mundo   assuma   uma   determinada   forma.   Os   outros   pedidos   e
postulados   têm   de   se   inserir,   tão   pacificamente   quanto   possível,   nesse   pedido
fundacional. Mas nunca perderão o estatuto de pedidos. Transformá-los em dogmas é
perturbar a ciência com atitudes que lhe deveriam ser totalmente estranhas.
(Rui Moreira. “Uma nova visão da natureza”. Le Monde Diplomatique, março de 2015.
Adaptado.)
Baseando-se   no   texto,   explique   qual   deve   ser   a   relação   entre   ciência   e   verdades
absolutas.   Explique   também   a   diferença   entre   uma   visão   de   mundo   baseada   em
“pedidos” e uma visão de mundo dogmática.
 
14. (Ufpr   2015)   “O   paradigma   que   ele   adquiriu   graças   a   uma   preparação   prévia
fornece-lhe as  regras  do  jogo,  descreve as  peças  com que se  deve  jogar  e   indica o
objetivo que se pretende alcançar. A sua tarefa consiste em manipular as peças segundo
as   regras   de  maneira   que   seja   alcançado   o   objetivo   em  vista.   Se   ele   falha,   como
acontece com a maioria dos cientistas, pelo menos na primeira tentativa de atacar um
problema, esse fracasso só revela a sua falta de habilidade. As regras fornecidas pelo
paradigma não podem então ser postas em questão, uma vez que sem essas regras não
haveria quebra-cabeças para resolver. Não há, portanto, dúvidas de que os problemas
(ou   quebra-cabeças),   pelos   quais   o   praticante   da   ciência   madura   normalmente   se
interessa,  pressupõem a  adesão  profunda  a  um paradigma.  E é  uma sorte  que  essa
adesão não seja abandonada com facilidade. A experiência mostra que, em quase todos
os casos, os esforços repetidos, quer do indivíduo, quer do grupo profissional, acabam
finalmente por produzir, dentro do âmbito do paradigma, uma solução mesmo para os
problemas mais difíceis. Esta é uma das maneiras pela qual avança.”
KUHN,   Thomas,   “A   Função   do   Dogma   na   Investigação   Científica”,   p.   45-
46. http://hdl.handle.net/1884/29751.
 Por que, para Kuhn, é uma sorte que a adesão a um paradigma não seja abandonada
com facilidade?
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
O texto a seguir é referência para a(s) próxima(s) questão(ões).
 “Embora  o  acolher  de  um paradigma  pareça  historicamente  uma  precondição  para
investigação   científica   mais   eficaz,   os   paradigmas   que   aumentam   a   eficácia   da
investigação não necessitam ser, e geralmente não são, permanentes. Pelo contrário, no
esquema de desenvolvimento das ciências maduras vai-se passando, em regra, de um
paradigma para outro. […] [O] praticante de uma ciência madura sabe com precisão
razoável a que tipo de resultado pode chegar com a sua investigação. Em consequência
disso,   está   em   posição   especialmente   favorável   para   detectar   um   problema   de
investigação   que   saia   do   esperado.   Por   exemplo,   […]   como  Copérnico,   […]   pode
concluir  que os  fracassos  repetidos  dos seus antecessores,  ao ajustar  o  paradigma à
natureza, é evidência inescapável da necessidade de mudar as regras com que se tenta
fazer esse ajustamento.  […] Como se vê por esses exemplos e por muitos outros, a
prática científica normal de solucionar quebra-cabeças pode levar,  e leva de fato, ao
reconhecimento e isolamentode uma anomalia. Um reconhecimento dessa natureza é,
penso eu, precondição para quase todas as descobertas de novos tipos de fenômenos e
para   todas   as   inovações   fundamentais  da   teoria   científica.  Depois  que  um primeiro
paradigma foi alcançado, uma quebra nas regras do jogo preestabelecido é o prelúdio
habitual para uma inovação científica importante.”
KUHN,   Thomas,   “A   Função   do   Dogma   na   Investigação   Científica”,   p.   48-
49. http://hdl.handle.net/1884/29751.
 
http://hdl.handle.net/1884/29751
http://hdl.handle.net/1884/29751

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