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Universidade Estácio de Sá Curso: Engenharia Mecânica Disciplina: Laboratório Física Experimental 1 A composição e decomposição de forças coplanares concorrentes com 120° entre si. Autor: Matrícula: Rio de Janeiro, 2014 1 Introdução Forças são definidas como grandezas vetoriais na Física. Com efeito, uma força tem módulo, direção e sentido e obedecem as leis de soma, subtração e multiplicação vetoriais da Álgebra. Este é um conceito de extrema importância, pois mostra o movimento ou comportamento de um corpo pode ser estudado em função da somatória vetorial das forças atuantes sobre ele, e não de cada uma individualmente. Por outro lado, para obter forças resultantes, utiliza-se a lei dos cossenos e a regra do paralelogramo. [1] Qualquer ponto material fica em equilíbrio quando exerce sobre ele uma força F. Mostrando que o módulo de F seja tal que F = P. Temos assim, atuando sobre o ponto, duas forças de mesmo módulo, mesma direção e sentidos contrários que a resultante das forças atuantes nesse ponto é nula, isto é, R = 0. Pela primeira lei de Newton, é provado que todo ponto material estará em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Se o sistema está em equilíbrio e não apresenta movimento. Conclui-se que nenhuma força resultante age sobre ele. Assim, a força equilibrante Fe anula completamente a força peso F1. Isaac Newton desenvolveu o principio das forças em 1666 dc, tomando como base as leis de Galileu, relativas à queda dos corpos, e às leis de Kepler, a respeito do movimento dos planetas. Essas leis formam o verdadeiro alicerce da física e da engenharia, e consideradas com uma das maiores descobertas cientificas de todos os tempos. [1] “Considerando um corpo no qual não atue nenhuma força resultante, este corpo manterá seu estado de movimento: se estiver em repouso, permanecerá em repouso; se estiver em movimento com velocidade constante, continuará neste estado de movimento.” Objetivos Através de atividades realizadas numa mesa de forças, o aluno será capaz de identificar e determinar a equilibrante de um sistema de duas forças colineares ou não-colineares e calcular a resultante de duas forças utilizando método analítico e geométrico. Revisão bibliográfica 2.1 Regra do paralelogramo: Existe uma regra para somar forças quando elas não estão sobre a mesma linha: é a chamada regra do paralelogramo. Para obter a força soma ou resultante de duas forças, aplicam-se as duas no mesmo ponto, constrói-se um paralelogramo com esses dois lados e obtém-se a soma unindo o ponto origem das duas forças com o vértice oposto. Quando temos duas ou mais forças a atuar sobre o mesmo corpo ele fica sujeito a uma força total ou resultante, com isto, temos de somar as forças. Em geral, duas forças com a mesma direção somam-se de uma maneira simples: se apontarem para o mesmo lado, basta somar os tamanhos das duas setas; mas se apontarem para lados diferentes, como no experimento apresentado, subtrai-se o tamanho da seta N = (–i) ao da seta N = (i). [1] Uma roldana foi afixada na posição 120o da mesa de forças, e o conjunto de massa m, através do cordão, foi passado por ela e afixado no anel central. Obteve para a leitura do dinamômetro o valor da força equilibrante FD = 0,6N A fim de conferir equilíbrio ao sistema, uma força FD, denominada equilibrante, será aplicada segundo direção e sentido apropriados. A fim de obter tal façanha, prendeu-se o conjunto de suporte com o dinamômetro na ponta oposta da massa m, de modo que o anel central que prende os ganchos com fios, de modo que fique centrado no pino existente no meio do disco de forças. Este valor é próximo da força F1 anteriormente medida do conjunto de massa, que foi de 0,6 N. Imprecisões do dinamômetro e influência de forças de atrito e fio resultam na diferença encontrada, uma vez que a teoria prevê valores idênticos. O fato de que o sistema não se movimenta indica a existência do equilíbrio, independente dos valores lidos no dinamômetro. [2] 2.2 Composição de Forças: Fig. 1 Composição das forças. Mudando a posição das roldanas que contem duas e três massas para formarem entre si um ângulo de 120º. Obteve para a leitura do dinamômetro o valor da força equilibrante FD = 0,914 N Usando-se a Lei dos Cossenos, calculou-se o valor teórico a ser obtido no sistema para o módulo da força FD. [2] Fx = 0 Fx = F2 x sen30º – F1 x sen30º Fx = 1,795 x 0,05 – 0,735 x 0,05 Fx = 0,897 – 0,367 Fx = 0,53 N Fy = cos30º – F2 x cos30º Fy = 0,735 x 0,866 – F2 x cos30º Fy = 0,636 – 1,55 Fy = - 0,914 N (FR)² = (Fx)² + (Fy)² FR = √(Fx)² + (Fy)² FR = √0,2809 + 0,835 FR = 1,06 N FD – FR 0,95 – 1,06 = 0,11 N Levando em conta que foram desprezados, para o cálculo, a influência do atrito das roldanas, inércia rotacional das mesmas e erros de leitura e precisão do dinamômetro. De fato, pois, o ângulo de 120o é o indicado para equilibrar três forças de iguais módulos e mesma origem. Pode, portanto ser usada para calcular o módulo da força resultante de quaisquer forças coplanares, sabendo-se o menor ângulo entre elas e tendo a origem dos vetores num ponto comum. [2] 2.3 Composição de forças Ortogonais Fig. 2 - Composição de forças Ortogonais. Colocamos duas massas em cada um dos ganchos lastro. Alinhamos as roldanas para formarem 90º entre si. Conectamos os ganchos lastro as extensões e esta é argola de metal e adaptamos o dinamômetro. Montamos esses pesos na mesa de forças para que eles se equilibrem entre si.[2] È obtivemos uma força de: FD – sen30º – F2 = 0 1,25 – 0,05 – F2 = 0 0,625 – F2 = 0 Fx 0,625 – 1,8 = - 1,175 N Fy – FD x cos30º = 0 Fy = 0,735 – 1,25 x 0,86 = 0,53 N (FR)² = (Fx)² + (Fy)² (FR)² = (1,17)² + (0,35)² (FR)² = (1,37 + 0,122) (FR) = √1,492 (FR) = 1,22 N FD – FR 1,25 – 1,22 = 0,03 N O vetor resultante de Fx e Fy, traçado com auxílio de um paralelogramo conforme indicado na figura, tem mesmo módulo, direção e sentido oposto ao vetor FD, que é o valor indicado no dinamômetro. Ao aumentar o ângulo entre Fx e Fy, este vetor resultante vai diminuindo em módulo, conforme foi indicado no dinamômetro. Se este ângulo chega a 180o, isso significaria vetores colineares e de sentidos opostos. Como têm o mesmo módulo, anulavam mutuamente e o resultante seria zero. Por outro lado, diminuindo-se o ângulo entre Fx e Fy até chegar a 0o, a resultante seria a soma dos módulos de ambos. Assim sendo, tomando a equação vetorial: FR = Fx + Fy FR atinge valor máximo quando o ângulo entre os vetores Fx e Fyfor de 0o, sendo Fx e Fy de mesmo sentido. FR atinge seu valor mínimo, ou zero, quando o ângulo é 180o. Gráfico das forças ortogonais mostrando que FR = Fx + Fy; [2] 2.4 Forças concorrentes quaisquer: Fig. 3 – Forças concorrentes quaisquer. FD = F2 sen31º - F1 sen31º Fx = 1,795 x 0,51 – 0,735 x 0,51 Fx = 0,915 – 0,37 Fx = 0,545 N FD = F2 cos31º - F1 cos31º Fy = 1,795 x 0,857 – 0,735 x 0,857 Fy 1,538 – 0,630 Fy = 0,908 N (FR)² = (Fx)² + (Fy)² (FR)² = (0,545)² + (0,908)² (FR)² = 0,297 + 0,824 FR = √ 1,121 FR = 1,06 N FD – FR = 0 1,3 – 1,06 = 0 0 = 0,24 N Material utilizados Os materiais que foram utilizados: 01 Painel metálico multifuncional 01 escala angular pendular 0º a 360º 02 dinamômetro de 2 N 03 fios com anéis 01 corpo de prova 01 suporte para o corpo de prova Fig. 4 – Com instrumentos usados. 4 Metodologia A experiência com a composição e decomposição de forças coplanares concorrentes com 120º entre si, seguindo sempre o passo a passo, tendo o cuidado ao usar o mesmo e demais equipamentos utilizados no desenvolvimento do trabalho predestinado. ATENÇÃO: Verificar a calibração dos dinamômetros; Montar o conjunto; Nivelar o painel de forças através das sapatas; Acoplar os dois dinamômetros magnéticos (ajustando os seus respectivos zeros) ao painel; Conectar os dois dinamômetrossuperiores entre si com uma extensão média (com anéis); Dependurar o/os corpo (s) de prova através do cordão com anéis, conectando aos dinamômetros posicionados em um ângulo de 60° de cada lado do painel. 4.1 Meça os valores de F1, F2 e suporte + contrapeso: F1= 0,54 N F2= 0,54 N Suporte +contrapeso= 0,56 N FR= F1 + F2 FR= F1 x sen30° + F2 x sen30° FR= 0,54 X ½ + 0,54 x ½ FR= 0,54 N 4.2 Possíveis erros nas verificações: Fora do ângulo de 120°; Falta de experiência do grupo; Erro na calibração dos dinamômetros; Conclusões Os experimentos realizados puderam demonstrar as fórmulas e teorias algébricas da composição e decomposição de vetores, ou seja, a soma vetorial e a resultante de vetores. Foi possível experimentar várias configurações diferentes de pesos e ângulos e observar de imediato as alterações e influência, registradas no dinamômetro. O experimento com forças concorrentes foi de especial valia, pois com ele podia-se vislumbrar o efeito na resultante do ângulo formado pelas forças e serviu de comprovação irrefutável do ângulo fixo e constante que equilibra três forças de mesmo módulo e origem. Esta é uma configuração comum e importante em geradores de corrente alternada trifásicos, obtendo-se aproximadamente 380 Volts de três fases de 110 V em ângulos de 120o. Referências Bibliograficas [1]Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAsqsAC/relatario-fisica-equilibrio-ponto>, acesso em 02/11/14. [2]Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAelRgAE/trabalho-sobre-composicao-decomposicao-forcas>, acesso em 02/11/14.
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