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Paper sobre jornalismo literário e perfil

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Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 
XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos – 29 de agosto a 2 de setembro de 2007 
 
 1
O Perfil Jornalístico – Um Gênero Em Discussão Na Obra De Joel Silveira1 
 
 
Mariana Carolina Mandelli2 - Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da 
Universidade Estadual Paulista - Unesp/Bauru 
 
Orientação: Prof. Dr. Marcelo Magalhães Bulhões3 - Faculdade de Arquitetura, Artes e 
Comunicação da Universidade Estadual Paulista - Unesp/Bauru 
 
 
Resumo 
 
A proposta deste projeto é realizar uma análise dos perfis jornalísticos escritos 
por Joel Silveira. Para tanto, será necessária a utilização de teorias que abordam a 
problemática dos gêneros jornalísticos, objetivando caracterizar o perfil como tal. A 
partir de textos que datam da década de 1940 até 1960, será possível avaliar esse tipo de 
produção de um dos profissionais que mais contribuiu para o jornalismo brasileiro. 
 
 
Palavras-chave 
 
Perfil jornalístico; Joel Silveira; gêneros jornalísticos. 
 
Introdução 
 
 O jornalismo realizado atualmente em nosso país, nas grandes redações de 
revistas, jornais e agências virtuais de notícias é marcado pela padronização e 
homogeneização que se reconhecem em sua manifestação textual. Tal padronização é 
visível, por exemplo, nas regras e regulamentações dos manuais de redação presentes 
nas revistas e jornais de grande circulação. O primeiro parágrafo do texto noticioso, 
caracterizado pela estrutura do lead, fornece todas as informações necessárias para se 
compreender o acontecimento de maneira sucinta, uma vez que as questões principais 
em torno do que aconteceu (o quê ocorreu; quem está envolvido; quando e como 
aconteceu; entre outras) são “respondidas” diretamente. É a “técnica” da pirâmide 
invertida, expõe as informações fundamentais da notícia já nos primeiros parágrafos. 
 
 
1 Trabalho apresentado no III Intercom Júnior – Jornada de Iniciação Científica em Comunicação 
2 Graduanda do curso de Comunicação Social, Habilitação em Jornalismo da Faculdade de Arquitetura, Artes e 
Comunicação da Unesp, Bauru – SP. E-mail: mariana.mandelli@yahoo.com.br 
3 Graduação em Letras pela Universidade Estadual Paulista - Unesp (1987), mestrado em Letras (Teoria Literária e 
Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo - USP (1993) e doutorado em Letras (Literatura Brasileira) 
pela Universidade de São Paulo - USP (2000). Atualmente é professor titular - Unesp. E-mail: 
bulhoes@faac.unesp.br 
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 
XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos – 29 de agosto a 2 de setembro de 2007 
 
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Além disso, a notícia passa por diversos filtros antes de ser publicada. O 
acontecimento atravessa fases até chegar ao leitor. São diversos os profissionais 
envolvidos: o pauteiro, que faz a pauta e transmite as instruções gerais sobre o a 
reportagem; o repórter, que coleta as informações em campo, entrevistando e buscando 
novas fontes; os fotógrafos, que fornecem a ilustração para a matéria em questão; os 
designers, que formatam graficamente a página; o editor geral, que irá decidir o que 
deve ser publicado de acordo com a linha editorial do veículo, entre outros aspectos do 
processo. Ou seja: há limites rigorosos para a criatividade do profissional. O formato da 
informação que chega ao leitor é condicionado pela estrutura do meio de comunicação 
que a veicula. 
Em meio a todas essas restrições, formatos estabelecidos e linearidade, parece 
ter surgido, nos últimos anos, um interesse do público leitor e de algumas editoras por 
uma expressão jornalística destoante da padronização vigente, o que parece conduzir à 
convergência do jornalismo com a expressão literária. Atinge-se, assim, a denominação 
“jornalismo literário”. Nomes atuais, alguns bastante conhecidos na mídia jornalística, 
parecem reforçar esse interesse. Um exemplo é o jornalista Caco Barcellos, autor de 
livros-reportagens como Rota 66 - A História da Polícia que Mata e Abusado - Dono do 
Morro Dona Marta (ambos relançados pela Editora Record em 2003). 
A editora Companhia das Letras vem publicando, desde 2003, livros que 
compõem sua chamada coleção Jornalismo Literário. São obras como A sangue frio 
(2003), de Truman Capote; Chico Mendes - Crime e Castigo (2003), de Zuenir Ventura; 
A Milésima segunda noite da Avenida Paulista (2003), de Joel Silveira; O segredo de 
Joe Gould (2003), de Joseph Mitchell; Fama e Anonimato (2004), de Gay Talese; A 
feijoada que derrubou o governo (2004), de Joel Silveira; O Imperador (2005), de 
Ryszard Kapuscinski; Filme (2005), de Lillian Ross, e Radical chique e o Novo 
Jornalismo (2005), de Tom Wolfe. Muitos destes nomes são pertencentes à vertente do 
New Journalism (ou Novo Jornalismo) norte-americano, datada da década de 60 do 
século passado, conhecida por cruzar literatura com jornalismo, humanizando os 
personagens e detalhando os fatos, introduzindo, assim, um aparente tom ficcional – 
próprio do texto literário – às reportagens. 
No Brasil, um nome que merece destaque certamente é o de Joel Magno Ribeiro 
Silveira. Silveira nasceu em 23 de setembro de 1918 em Aracaju, capital do Estado do 
Sergipe e mudou-se para o Rio de Janeiro no ano de 1937, onde começou a trabalhar 
como escritor e jornalista. Sua obra foi reconhecida pela Academia Brasileira de Letras, 
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 
XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos – 29 de agosto a 2 de setembro de 2007 
 
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em 1998, com o prêmio "Machado de Assis”. Além desse, recebeu o "Líbero Badaró", o 
"Prêmio Esso Especial", o "Prêmio Jabuti" e o "Golfinho de Ouro". Seu estilo de narrar 
os fatos conferiu a ele o título popular de “víbora”, que tenta caracterizar a linguagem 
ferina e irônica com que descrevia importantes figuras do cenário político brasileiros 
dos anos de 1940, 1950 e 1960. 
Embora tenha ficado conhecido atuando no jornalismo de guerra, o que se 
reconhece em obras como O Inverno da Guerra (2005), da editora Objetiva, Joel 
Silveira destacou-se também pela peculiaridade e sensibilidade para escrever perfis, 
tanto de anônimos como de “notáveis”. Seu talento em apreender a personalidade de 
seus entrevistados de maneira primorosa, traduzindo em palavras as características 
pessoais dos indivíduos, revelou o jornalista como o maior realizador do gênero perfil 
no Brasil. Sua habilidade em usar o jornalismo com atributos presentes na literatura para 
escrever perfis é uma aspecto da imprensa brasileira que merece ser discutido. 
 Assim, tendo como interesse estudar a obra de Joel Silveira, este projeto 
pretende discutir o perfil como um gênero de textualidade jornalística. 
 
Problematização 
 
Este item deste projeto de pesquisa foi acrescentado para facilitar a apresentação 
dos argumentos teóricos que dêem os subsídios necessários para a realização desta 
pesquisa, problematizando o tema escolhido para estudo. 
A consagração do jornalismo padronizado parece inviabilizar o espaço para a 
criatividade dos jornalistas. Isto decorre de diversos fatores, como a rotina profissional 
de uma redação e a linha editorial dos veículos: 
 
Dois pontos importantes deve ter o jornalista à mente quando começa 
a escrever: o homem moderno é apressado, preocupado, não dispõe 
de muito tempo para dedicar à leitura de jornais e revistas; e o 
público aquém se destinam jornais e revistas é um público variado, 
onde se misturam pessoas cultas, pessoas alfabetizadas e pessoas um 
pouco menos que analfabetas. Consciente disso, o profissionalprecisa: ser conciso, evitando sempre a prolixidade e o fastígio; 
escrever tomando por base não seus eventuais leitores cultos, mas os 
pouco menos que analfabetos. Resumindo: deve ser simples e 
claro na construção das frases e escolher as palavras mais usuais 
possíveis (AMARAL, 1987, p.53). 
 
 
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XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos – 29 de agosto a 2 de setembro de 2007 
 
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É claro que pela sua natureza e pelo seu caráter, a publicação de 
empresa tem certos requisitos intransferíveis, até mesmo 
inconfundíveis. Na medida que se restringe, que se especifica, que se 
particulariza e que se especializa, a publicação de empresa também se 
afasta dos padrões de emoção, de motivação e de atração da grande 
imprensa. (BAHIA, 1971, p.125). 
 
A linguagem jornalística segue uma série de padrões e regras estabelecidos. 
Desse modo, estudar a obra de Joel Silveira, um jornalista que procurava manter-se à 
margem dessas amarras textuais propostas, ganha maior destaque. Percebê-lo como um 
grande construtor de perfis de grandes personalidades dá maior importância ao desafio 
deste projeto. 
A questão dos gêneros jornalísticos será abordada nesta pesquisa por meio da 
obra de autores que dissertaram sobre o tema. Entretanto, deve-se ressaltar que o 
assunto é demasiadamente amplo, gerador de discussões e passível de diversas 
propostas teóricas de pesquisadores: 
 
Não obstante a identificação dos gêneros jornalísticos constitua uma 
tarefa a que se têm dedicado os pesquisadores acadêmicos, na 
verdade a questão tem origem na própria práxis. Desde o início das 
atividades permanentes de informação sobre a atualidade (processo 
livre, contínuo, regular), colocou-se a distinção entre as modalidades 
de relato dos acontecimentos. E os que fazem a narrativa cotidiana 
das novidades (jornalistas) estabelecem padrões para discernir a 
natureza da sua prática profissional (MELO, 1985, p.32). 
 
Segundo Marques de Melo, os gêneros jornalísticos são variados, como se 
existisse mais de um tipo de jornalismo praticado no mundo: 
 
Tem toda razão José Martínez de Souza quando diz que “o 
jornalismo mundial não é uma entidade unificada”, existindo 
“aspectos formais” que distinguem os diversos jornalismos. 
Referindo-se especificamente aos gêneros, ele diz: “A imprensa 
estadunidense somente utiliza dois gêneros: o comment e a story, 
enquanto entre os latinos são normais outras divisões em mais de dois 
gêneros” (MELO, 1985, p.32). 
 
O autor avalia a divisão das modalidades textuais jornalísticas, no Brasil, 
realizada por Luiz Beltrão. Tal estrutura estaria dividida em jornalismo informativo, 
interpretativo e opinativo. Entretanto, Marque se Melo ressalta que a influências de 
diversos modelos de jornalismo resulta na hibridez dos gêneros: 
 
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Nosso jornalismo é contemporaneamente o resultado cultural desse 
conjunto de motivações forâneas, sem que isso queira significar a 
existência de uma fisionomia amorfa, produzida pelo 
entrecruzamento dos padrões estrangeiros. Na verdade, o jornalismo 
brasileiro estruturou-se criativamente, absorvendo com seletividade 
os modelos que se nos insinuaram ou impuseram, adquirindo feição 
diferenciada. Quando, por exemplo, observamos o jornalismo 
praticado nos vizinhos países hispano-americanos reconhecemos a 
persistência dos traços espanhóis, naturalmente modificados pelo 
influxo das técnicas norte-americanas que penetram 
avassaladoramente. No nosso caso, não. Temos um jornalismo 
morfologicamente distante dos padrões portugueses, mas que também 
não constitui uma cópia dos modelos franceses e norte-americanos 
(sem dúvida nossas maiores fontes de inspiração) (MELO, 1985, 
p.132). 
 
Tendo em vista a frágil questão dos gêneros jornalísticos, pretendemos buscar o 
perfil como uma modalidade textual dentro do jornalismo. Sodré, em Técnica de 
Reportagem (1986), aborda o perfil jornalístico: 
 
Há muitas maneiras de escrever uma história, mas nenhuma pode 
prescindir de personagens. Também são inúmeras as formas de 
apresentá-los, caracterizá-los ou fazer com que atuem. De qualquer 
modo, existe sempre um momento na narrativa em que a ação se 
interrompe para dar lugar à descrição (interior ou exterior) de um 
personagem. É quando o narrador faz o que, em jornalismo, 
convencionou-se chamar de perfil (SODRÉ, 1986, p.125). 
 
Sodré deixa claro que o enfoque principal do perfil é o personagem a ser 
retratado pelo jornalista: 
 
Em jornalismo, perfil significa enfoque na pessoa – seja uma 
celebridade, seja um tipo popular, mas sempre o focalizado é o 
protagonista de uma história: sua própria vida. Diante desse herói (ou 
anti-herói), o repórter tem, via de regra, dois tipos de comportamento: 
ou mantém-se distante, deixando que o focalizado se pronuncie, ou 
compartilha com ele um determinado momento e passa ao leitor essa 
experiência (SODRÉ, 1986, p.126). 
 
Este personagem – a pessoa a receber tal enfoque - a ser retratado 
normalmente é uma figura importante, de alguma relevância social: 
 
 
 
 
 
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 
XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos – 29 de agosto a 2 de setembro de 2007 
 
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Nem sempre temos diante de nós personalidades tão surpreendentes. 
É o caso, por exemplo, de celebridades que se inscrevem em 
categorias: esportistas, cantores, milionários, princesas etc. A menos 
que se salientem por outro traço qualquer, o normal será enfatizar, no 
perfil, justamente aquilo que lhe deu fama – habilidade, talento, 
dinheiro, beleza ou qualquer atributo típico de duas classes ou 
profissões. (SODRÉ, 1986, p.134). 
 
Ricardo Kotscho, jornalista e pesquisador da área de comunicação, também 
discute, em A Prática da Reportagem (2003), o perfil jornalístico: 
 
Filão mais rico das matérias chamadas humanas, o perfil dá ao 
repórter a chance de fazer um texto mais trabalhado – seja sobre um 
personagem, um prédio ou uma cidade. Para isso, é necessário que 
ele se municie previamente sobre o tema de que vai tratar: para ir 
fundo na vida de uma pessoa ou de um lugar, é preciso, antes de mais 
nada, conhecê-lo bem (KOTSCHO, 2003, p.42). 
 
Sodré disserta sobre a linguagem utilizada em um perfil jornalístico: 
 
Vale assinalar a importância das lembranças como tônica do texto, o 
que influi na organização discursiva: o narrador “pensa” mais do que 
fala ou pergunta; alterna as impressões de rigidez da mulher de hoje, 
com as informações do passado; mistura discursos diretos com 
indiretos e chega, ao indireto livre (SODRÉ, 1986, p.136). 
 
Chegando a este ponto, é importante ressaltar que este projeto não pretende 
analisar o cruzamento entre literatura e jornalismo de maneira ampla. A história do 
jornalismo e da literatura; os primeiros momentos de convergência; as influências que 
essas intersecções provocaram em ambas as partes; os principais autores que realizaram 
esses “encontros” com maestria, enfim, todos esses e mais outros aspectos não fazem 
parte do objetivo deste projeto. A história da imprensa e outros aspectos só serão 
solicitados na medida em que atenderem para os interesses específicos da pesquisa. Ou 
seja, o que se pretende é analisar a obra de Joel Silveira, a qual se atribuiu de alguns 
aspectos literários e incluiu-os em seu texto de natureza jornalística. A sagacidade com 
que Silveira descreveu grandes personalidades demonstra que o autor injetou em seu 
texto não apenas as técnicasde entrevista ou reportagem, que denotam características 
jornalísticas, mas visíveis componentes literários. 
Para atender a nossos objetivos, serão selecionados alguns textos de Silveira que 
formarão o corpus da pesquisa. Seus principais perfis de personalidades serão avaliados. 
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 
XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos – 29 de agosto a 2 de setembro de 2007 
 
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Um exemplo é o texto sobre Graciliano Ramos, retratando o escritor de maneira 
peculiar: “O encadernador me entrega os livros de Graciliano, que mandei vestir de 
roupa nova, mas não tão cara como eles merecem. A maioria traz dedicatória, naquela 
letra de um desenho seco, que era sua principal marca” (SILVEIRA, 1968, p.21). 
É como se Silveira construísse uma “pintura impressionista” do entrevistado: 
 
Agressivo e duro, Graciliano negava-se a ver o lado bom do mundo, 
suas possíveis venturas e alegrias. Era um amargurado que se 
alimentava da própria amargura, e que levou para os seus livros esse 
travo de fruta verde que era o gosto que ele sentia da vida 
(SILVEIRA, 1968, p.22). 
 
Na obra de Silveira, ainda é possível encontrar perfis que delineiam verdadeiros 
retratos de períodos históricos, movimentos sociais e políticos. O mesmo tom literário e 
pessoal pode ser encontrado no perfil de João Goulart: 
 
Nas idas e vindas pela fronteira, uma das paradas obrigatórias é na 
fazenda dos Vargas, na vizinhança. O velho Vicente Rodrigues 
Goulart é tido, na estância do Coronel Vargas, como pessoa de casa, 
principalmente pelo Dr. Getúlio, de quem é amigo desde que ambos 
eram meninos. Quando Getúlio se forma e vem advogar em São 
Borja, é o coronel Vicente Goulart que lhe envia os primeiros 
clientes. Ainda hoje João Goulart guarda várias cartas em que seu pai 
fazia a apresentação daqueles clientes, todas elas terminando sempre 
com o mesmo pedido: o de que o jovem advogado não cobrasse 
muito caro pela sua advocacia (SILVEIRA, 1962, p.15). 
 
Silveira descreve também o ambiente em que o entrevistado está inserido, como 
se este fator fizesse parte da personalidade a ser perfilada por ele: 
 
O apartamento de João Goulart, na Av. Rainha Elizabeth, entre 
Copacabana e Ipanema, tem esse jeito comum a toda casa de solteiro. 
Não há cozinheira, nem arrumadeira. O peão Jacinto encarrega-se de 
manter o apartamento numa ordem relativa, o que nem sempre 
consegue. Quando estive lá, manhã cedo, quis beber água e me 
apontaram uma geladeira, na cozinha: “Vá lá e se sirva”. Bananas 
velhas num armário, a pia transborda de xicrinhas sujas de café, um 
mamão pela metade endurece na geladeira (SILVEIRA, 1968, p.16). 
 
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A partir da descrição de um indivíduo, Silveira conseguia retratar as 
peculiaridades de uma época, um movimento histórico ou um lugar em especial. Em seu 
texto “Encontro com o Cangaço”, sua conversa com alguns cangaceiros que fizeram 
parte do grupo de Lampião permite ao leitor vislumbrar o panorama da era do cangaço 
no Brasil, a partir de particularidades expressas nas palavras dos membros do grupo: 
 
É uma tarde de quinta-feira, e estamos aqui, num dos mais amplos 
salões da Penitenciária da cidade do Salvador, diante de seis famosos 
ex-cangaceiros: Volta Seca, Ângelo Roque, Saracura, Cacheado, 
Deus Te Guie e Caracol. Deus Te Guie é quase um menino, apenas 
dois anos de banditismo nas caatingas, mas Ângelo Roque já vai se 
aproximando dos cinqüenta: tem um rosto grave, de um tristeza séria. 
O sertão deixou nele profundas marcas – as faces cortadas por rugas 
como talhos e nos olhos um brilho de sol inclemente (SILVEIRA, 
1968, p.36). 
 
Pode-se perceber, nos excertos acima, que o tom literário de Silveira encontra 
afinidades com aspectos do New Journalism, vertente dos anos 1960 criada por 
repórteres norte-americanos que mais aproximou o jornalismo da literatura, já que 
propunha uma “familiarização” do jornalista com pauta, trabalhando com aspectos 
objetivos e subjetivos da realidade. Silveira revela em seus textos uma espécie de 
confluência com essa vertente, tanto em seus textos sobre guerra quanto em seus artigos 
e perfis. O texto do autor brasileiro marca uma série de semelhanças com os artifícios 
textuais utilizados pelos autores do New Journalism. Para delinear melhor essa relação, 
este projeto não pode dispensar uma análise que relacione os perfis escritos por Silveira 
com os perfis feitos por Gay Talese, tido como um dos ícones do New Journalism e um 
dos maiores realizadores do perfil jornalístico da imprensa internacional. Os textos de 
Talese que serão analisados descrevem personalidades, como a de Frank Sinatra: 
 
Sinatra resfriado é Picasso sem tinta, Ferrari sem combustível – só que 
pior. Porque um resfriado comum despoja Sinatra de uma jóia que não 
dá para pôr no seguro – a voz dele -, mina as bases de sua confiança e 
[...] parece também provocar uma espécie de contaminação 
psicossomática que alcança dezenas de pessoas que trabalham para 
ele, bebem com ele, gostam dele, pessoas cujo bem-estar e 
estabilidade dependem dele. Um Sinatra resfriado pode, em pequena 
escala, emitir vibrações que interferem na indústria de entretenimento 
e mais além, da mesma forma que a súbita doença de um presidente 
dos Estados Unidos pode abalar a economia do país (TALESE, 2004, 
p.338). 
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A presença dessas citações não significa que a bibliografia sobre o tema seja 
extensa. É importante ressaltar que os estudos sobre o assunto ainda são escassos. Não 
existe uma teorização sólida do perfil como uma modalidade textual do jornalismo, 
como um tipo de texto que detém um alto grau de informação. 
É desta maneira que a discussão sobre o tom impressionista, subjetivo e literário 
que Silveira adota faz parte deste projeto. Através dos textos dele, pretende-se perceber 
como o perfil jornalístico foge dos outros tipos de textos jornalísticos, evidenciando 
suas particularidades. Assim, indiretamente, será possível demonstrar como a 
especialidade no texto de Silveira é o que lhe garantirá a permanência no hall dos 
maiores jornalistas que o Brasil já teve. Seu texto ultrapassou décadas e os seus 
registros jornalísticos das principais personalidades brasileiras permaneceram como 
alguns dos grandes momentos em que um estilo de um “autor-jornalista” captou a 
personalidade de seu entrevistado, em um texto sincero, livre das amarras das grandes 
redações dos jornais. 
 
Justificativa 
 
A realização deste projeto de pesquisa decorre de diversos fatores. A primeira é 
propor uma reflexão em torno do gênero pesquisado, o perfil jornalístico, por meio da 
obra de Joel Silveira. Estudando os aspectos formais do perfil, propõe-se compreender a 
maneira com a qual este consegue concentrar e transmitir a informação jornalística. 
Estudar o perfil é entendê-lo como gênero viável à prática textual do profissional 
jornalista, assim como são a reportagem, a entrevista, o artigo, o editorial, etc. Assim, 
este projeto justifica-se pela importância de analisar o perfil como modalidade textual, 
avaliando sua função dentro dos gêneros textuais do jornalismo. 
O perfil jornalístico não é um gênero massivamente praticado ou explorado no 
cenário contemporâneo. Resgatá-lo em meio ao engendramento da produção jornalística 
atual é promover uma reflexão sobre as formas expressivas de jornalismo.Ler a obra de 
Silveira e avaliar seus procedimentos textuais é de extrema importância para um curso 
de comunicação social – ainda mais a habilitação em Jornalismo. Difundir a obra de 
Joel Silveira, ainda que somente no meio acadêmico, é divulgar os textos daquele que 
foi uma das figuras mais importantes do jornalismo brasileiro do século XX. Pesquisar 
o seu verdadeiro dom de captar os trejeitos de seus entrevistados é tornar seu estilo 
acessível culturalmente. É mostrar aos estudantes e pesquisadores da área uma 
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alternativa ao texto regrado publicado hoje nos grandes jornais; é demonstrar uma 
vertente do jornalismo literário pouco difundida, mas nem por isso de menor teor 
informativo. 
Estudar o texto e a maneira de escrever de Silveira é compreender todo um 
estilo, único e peculiar, que contou a história de grandes personagens políticos 
brasileiros do século XX. Sua maneira de transmitir as informações parece demonstrar 
características peculiares de construção textual. Além disso, avaliar sua obra – mais 
precisamente o caso do perfil jornalístico – é apreender a visão do autor sobre a 
realidade política brasileira nos anos de 1940, 1950 e 1960, principalmente. Sua 
captação da personalidade e das nuances do entrevistado demonstra o “atrevimento”, 
segundo os padrões jornalísticos atuais, presente em seus textos, sua técnica 
“apimentada”, que ora promovia a “glorificação” do indivíduo, ora a crucificação. Sua 
altivez, sagacidade e ousadia beiravam, para muitos, a petulância e arrogância. Silveira 
“auscultava” seus entrevistados, inquirindo perguntas mordazes que o denotavam à 
posição de um importante assimilador da realidade brasileira das principais décadas do 
século XX. Sua visão particular dos fatos e das pessoas resultava em textos bem 
construídos, que descreviam de maneira peculiar as características de seus entrevistados 
apreendidas em longas conversas. 
Enfim, este projeto tem como um dos motivos concretos para sua efetiva 
realização o estudo da inovação proposta por Silveira dentro do jornalismo brasileiro. 
Sua paixão pela reportagem incentivou-o à prática de perfis memoráveis de 
personalidades brasileiras. Esta pesquisa é a tentativa de trazer à tona um gênero pouco 
praticado na estrutura jornalística presente nos jornais da atualidade. 
 
Objetivos 
 
O objetivo principal da realização de uma pesquisa em torno do gênero perfil, 
abordando especificamente a obra de Joel Silveira, é promover um estudo sobre essa 
modalidade de texto. É a tentativa de apreender o universo do autor e a maneira com 
que ele observava e apreendia a realidade à sua volta – especialmente os principais 
personagens que a compunham, importantes figuras do contexto social e político dos 
anos 1940, 1950 e 1960, período em que Silveira produziu diversos perfis. A meta 
principal é, portanto, analisar o perfil como um gênero jornalístico de grande 
importância, demonstrando, através dos textos escolhidos, as peculiaridades de 
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 
XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Santos – 29 de agosto a 2 de setembro de 2007 
 
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configuração formal presentes. Entendê-lo como um texto narrativo, descritivo ou 
dissertativo, ou, ainda, como a condensação – ou hibridismo – dessa e de outras 
modalidades textuais também surge como um dos objetivos da pesquisa. Objetivamos, 
assim, estudar de que modo os perfis escritos por Silveira encaixam-se na teoria dos 
gêneros jornalísticos. Vale ressaltar que, para tanto, serão analisados somente os perfis 
realizados pelo autor que descrevem personalidades e indivíduos. Para restringir o 
corpus da pesquisa, os perfis de lugares, por exemplo, não serão prioridade. 
Para entender este tipo de texto como uma informação jornalística surge como 
um objetivo conseqüente uma breve avaliação da obra daquele que foi um dos maiores 
praticantes do perfil jornalístico durante o período do New Journalism norte-americano: 
Gay Talese. Estudar a obra de Talese é necessário, tanto para conhecer e avaliar seu 
estilo, quanto para perceber confluências com o texto de Silveira. Talese foi um dos 
maiores expoentes do movimento que revolucionou a maneira de se realizar grandes 
reportagens e transmitir notícias e informações diante do “engessamento” pelo qual o 
jornalismo estadunidense passava, preso às amarras do lead, pirâmide invertida e outras 
imposições que mutilavam a capacidade inventiva e criativa dos jornalistas. Assim, por 
meio de sua obra Fama e Anonimato (2004), este projeto propõe o estudo de aspectos 
textuais de Talese, por meio de alguns perfis selecionados, tendo em vista a dificuldade 
de analisar um livro em sua totalidade. Portanto, o que se pretende nesse ponto é 
realizar um cotejo entre a produção dos dois autores. 
Assim, será importante identificar na obra de Silveira características que, de 
certa maneira, já “anteviam” o New Journalism. Segundo Audálio Dantas, “quando o 
New Journalism começou a sacudir algumas redações por aqui, nos anos 60, Joel 
Silveira já era um novo jornalista havia mais de vinte anos. Era, digamos, o nosso novo 
jornalista histórico” (1998, p.88). Encontrar “sinais” desse importante movimento 
jornalístico-literário nos livros do brasileiro impulsiona nosso estudo a relacionar 
aspectos e buscar semelhanças. 
É importante indicar aqui uma possível dificuldade no levantamento do corpus 
da pesquisa. Silveira publicou diversos livros (cerca de quarenta), nos quais alguns 
textos se repetem sem que critérios editoriais sejam estabelecidos. Além disso, muitos 
de seus artigos e perfis foram publicados em revistas e periódicos, como O Cruzeiro e 
Diretrizes. Como se vê, sua obra é dispersa. Entretanto, isto não deve ser encarado 
como um obstáculo concreto para nosso estudo. Serão selecionados textos que são 
nitidamente associados ao gênero perfil. O corpus será restringido para um melhor 
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estudo do texto do autor. Para tanto, serão utilizados, inicialmente, os livros Um 
Guarda-Chuva para o Coronel (1968), Vinte Horas de Abril (1969), Tempo de Contar 
(1985), A Milésima Segunda Noite da Avenida Paulista (2003) e A Feijoada que 
Derrubou o Governo (2004). Tais obras são coletâneas que reúnem muitos dos 
principais perfis escritos pelo jornalista. 
Como uma espécie de objetivo final, propõe-se, ao estudar o perfil, uma modesta 
contribuição para a teorização desse gênero. Pretende-se avaliar as modalidades textuais 
do jornalismo (e suas respectivas características) e, a partir de tal avaliação, procurar o 
“lugar” do perfil dentro do jornalismo. Serão utilizados como suporte teórico os textos e 
obras já publicados sobre o assunto de pesquisadores como José Marques de Melo, 
Muniz Sodré e Ricardo Kotscho. 
 
Metodologia 
 
 Este projeto possui natureza analítica e interpretativa para a pesquisa do perfil 
- como gênero jornalístico - realizado por Joel Silveira. Debruçando-se sobre 
pressupostos teóricos da teoria do jornalismo – em especial a questão dos gêneros 
jornalísticos. Não serão utilizadas teorias que dizem respeito à Lingüística, nem teorias 
que abordem questões gramáticas ou sintáticas. 
 A partir de uma metodologia analítica, pretende-se abordar também a relação 
entre jornalismo e literatura, especialmente no que diz respeito à ligação dostextos de 
Silveira com o New Journalism. Entretanto, devido à amplitude da questão, a relação 
dos dois gêneros será encarada de maneira restrita, abordando apenas os pontos 
fundamentais dessa relação – como teorias sobre os gêneros narrativos. Livros de 
autores como Nelson Traquina, Ricardo Kotscho, José Marques de Melo e Muniz Sodré 
serão vastamente utilizados, uma vez que abordam a questão dos gêneros textuais 
dentro do âmbito jornalístico. Como embasamento fornecido por esses autores, fica a 
proposta da discussão do perfil como uma modalidade textual, como um tipo de texto 
que cruza a objetividade e a subjetividade. Suas semelhanças, peculiaridades e 
distinções em relações aos outros gêneros serão avaliadas, com o objetivo de consolidar 
– e de certa maneira teorizar - o perfil como um gênero textual definitivo. 
 Pretende-se também, a partir do estudo da história da imprensa, traçar um 
histórico do perfil jornalístico brasileiro, destacando como ele surgiu e qual sua 
trajetória como um gênero nos grandes jornais brasileiros. Desta maneira, a 
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interpretação da obra de Joel Silveira que aborda os perfis jornalísticos poderá ser vista 
por meio de uma metodologia de cunho analítico. 
 
 
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