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Resumo Economia Unidade 4 Existem três condições que um bem deve desempenhar para que possamos considerar o mesmo como moeda: ser meio de troca, servir como unidade de conta e funcionar como reserva de valor. Ser Meio de Troca – Quando um objeto é meio de troca, ele desempenha exatamente o que sua função diz. Através dele bens e serviços são adquiridos, ou seja, ele funciona como intermediário nas transações de trocas. Servir como Unidade de Conta – Ao dizer que a moeda é uma unidade de conta, podemos dizer que a mesma é um padrão de medida, tornando possível, então, medições, cálculos e dar preço com sua própria unidade, seu próprio valor padrão. Funcionar como Reserva de Valor – Sendo a liquidez plena, a moeda tem poder aquisitivo de longo prazo, não perdendo seu valor com o passar do tempo. Podendo, assim, ser acumulada e reservada para uso posterior, sem alteração de valor. Carvalho et al definem a moeda como sendo um objeto que responde a uma necessidade social decorrente da divisão do trabalho. Tipos de moeda: Moeda-mercadoria: é aquela que toma a forma de uma mercadoria com valor em si, mesmo sem ser moeda, tem valor em si. Ex: alimentos em época de guerra. Moeda de Curso Forçado: aquela que não tem valor em si mesma. Isto quer dizer que o meio utilizado para garantir sua circulação é por decreto governamental. Quando falamos de política monetária, estamos falando das ações do governo no sentido de controlar as condições de liquidez da economia. Diante disso, a política monetária pode ser definida como o controle da oferta e das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos os objetivos da política econômica global do governo. A política monetária diz respeito à atuação do Banco Central para dimensionar os meios de pagamento e os níveis das taxas de juros, adequando essas variáveis aos objetivos de crescimento da produção e do emprego, com estabilidade de serviços. Demanda de Moeda: são três as razões fundamentais que levam as pessoas a demandar e reter moeda em seu poder: A primeira, refere-se ao fato dos pagamentos e dos recebimentos não serem perfeitamente sincronizados e por isso é necessário a retenção de moeda, e essa retenção é chamada de “demanda de moeda para transações”. A segunda, chamamos isso de demanda de moeda para precaução. Significa que pessoas previdentes tem alguma soma em seu poder reservada para um imprevisto. A terceira, diz respeito a demanda de moeda para especulação ou demanda especulativa. Essa razão está associada ao fato de a moeda funcionar como reserva de valor. O restante do dinheiro (a sobra) ser aplicado em títulos que rendem juros. Taxa de juros: valor da remuneração que o tomador de um empréstimo deve pagar ao proprietário do capital emprestado. Os juros são o prêmio da espera na ponta credora – ganhos decorrentes da transferência ou cessão temporária de valores do presente para o futuro; e são o preço da impaciência na ponta devedora – o custo de antecipar ou importar valores do futuro para o presente. Quanto maior a taxa de juros, menor a quantidade de moeda demandada e retida para especulação, e vice-versa. A demanda por moeda tem um componente influenciado pela taxa de juros - a demanda especulativa – e um componente que não depende de juros – as demandas para transações e por precaução. No mercado financeiro, onde se encontra a oferta e a demanda por dinheiro, o dinheiro se transforma em mercadoria, cujo preço é a taxa de juros. Oferta de Moeda: nas economias modernas, quem oferece moeda ao público são as autoridades monetárias como o Banco Central, em função das necessidades dos agentes econômicos. Formam o meio de pagamento de uma economia: Os meios de pagamento, em sua forma tradicional, são dados pela soma da moeda em poder público, mais os depósitos à vista nos bancos comerciais. Ou seja, pela soma da moeda escritural (total de depósitos à vista nos bancos) e da moeda manual (é o papel-moeda emitido pelos governos e carregado pelos indivíduos). Meios de Pagamentos: M1: inclui o dinheiro (papel-moeda) em poder do público e os depósitos à vista (moeda escritural). Este é o mais tradicional dos conceitos existentes sobre moeda. M2: M1 + fundos do mercado monetário + títulos públicos; M3: M2 + depósitos de poupança; e M4: M3 + títulos privados. O Banco Central é o órgão responsável pela política monetária que tem como objetivo regular o montante de moeda e de crédito, e as taxas de juros, de forma compatível com o nível de atividade econômica. O Banco Central tem como propósito manter a liquidez da economia, atendendo às necessidades de transações do sistema econômico. Diante disso podemos apontar como funções do Banco Central: Banco dos bancos; Banco do governo; Controle e regulamentação da oferta de moeda; Controle dos capitais estrangeiros e das operações com moedas estrangeiras; Fiscalização das Instituições Estrangeiras; e Executor da Política Monetária. O Banco Central é, também, a instituição responsável pela emissão de moeda. Podemos considerar como instrumentos de política monetária todas as variáveis que o banco central controla diretamente, divididos em quatro instrumentos clássicos: Controle de emissões de moeda; Depósitos compulsórios e reservas compulsórias (obrigatórias) de bancos comerciais; Operações com mercado aberto (open market): consiste na compra e venda de títulos públicos ou obrigações pelo governo. Política de redesconto: implica na liberação de recursos pelo BACEN aos bancos comerciais, que podem ser empréstimos ou redesconto de títulos. O Sistema Bancário Comercial é formado por agentes que estão autorizados a receber depósitos à vista. Os principais agentes incluídos nessa definição são: Bancos comerciais; Banco do Brasil; e Caixa Econômica Federal. A oferta ou emissão de moeda é uma atribuição exclusiva do governo, através das autoridades monetárias. Não depende de taxa de juros, mas da política econômica do governo, que determina a quantidade de moeda emitida por período de tempo. Se a emissão de moeda for superior à produção, ou seja, se houver excesso de liquidez no mercado, podemos ter a elevação sistemática dos preços, também conhecida como inflação; ou Caso o aumento de moeda seja menor que o crescimento do produto podemos ter, entre outras consequências, crise na economia, porque a falta de moeda – fenômeno que recebe o nome de crise ou falta de liquidez – dificulta as transações e prejudica o sistema econômico, ocasionando queda do produto. O dinheiro é uma mercadoria vendida pelo banco. Entretanto, o dinheiro é uma mercadoria que possui alta capacidade de pagamento. Essa capacidade de pagamento é chamada de liquidez. Uma mercadoria é muito líquida quando todos a aceitam como pagamento. Como o dinheiro tem uma aceitação geral, ele é considerado a liquidez por excelência. Unidade 5 Podemos definir o comércio internacional como sendo todas as trocas de bens e serviços que ocorrem através de fronteiras internacionais. Se tratando de economias de mercado, cabe sinalizar que a maior parte das decisões são tomadas pelas famílias e empresas. Os governos podem agir através de mecanismos de política econômica e políticas protecionistas Adam Smith concebeu a ideia de “vantagens absolutas”. Ele acreditava que o comércio internacional somente seria possível quando o tempo de trabalho necessário para produzir um determinado produto fosse inferior ao do outro país. Ou seja, cada nação deve se especializar na oferta de mercadoriascujos custos de produção sejam menores que os das outras nações. David Ricardo contribui com Smith na “Teoria das Vantagens Comparativas”. Um país tem vantagem comparativa na produção de um bem se tiver um custo de oportunidade menos que outro país na produção deste mesmo bem. A comparação do preço interno com o preço internacional para o mesmo produto, mas com a mesma qualidade, indica que a região com o menor preço tem vantagem comparativa na produção desse bem. A atividade comercial pode ser uma via de mão dupla, pois o comércio aumenta o nível do bem-estar econômico do país quando os ganhos dos benefícios superam as perdas dos prejudicados. Podemos dizer que o comércio internacional deve ser o objetivo das nações, num cenário de competições igualitárias entre as indústrias nacionais e internacionais. É fundamental, nesse sentido, a ação do governo, promovendo uma política industrial de longo prazo e abertura econômica graduada, que não venha trazer perdas, e sim benefícios para a nação. Define-se taxa de câmbio como o preço, em moeda estrangeira, de uma unidade de moeda nacional. Sua variação altera diversas variáveis econômicas, sobretudo aquelas relacionadas ao comércio exterior. A operação conhecida como taxa de câmbio faz a conversão da moeda nacional em moeda estrangeira. O número de unidades necessárias, em moeda doméstica, para adquirir uma unidade em moeda estrangeira tem sido regulado pela taxa de câmbio. Quando o Plano Real foi lançado em 1994 a taxa de câmbio estava em torno de R$ 1,00 por dólar, o que significa que o Real estava excessivamente valorizado. Atualmente, por outro lado, a taxa de câmbio está bastante desvalorizada, pois, tem permanecido acima de R$ 3,00. Aponte um aspecto positivo e outro negativo desse valor atual da taxa de câmbio: Com a taxa de câmbio desvalorizada, o Brasil encontra sérias dificuldades em importar, devido ao alto preço das moedas estrangeiras, principalmente o dólar. Isso é prejudicial, pois há inúmeras importações de tamanha importância e necessidade para o Brasil, como o petróleo bruto, tecnologia, automóveis e outros, que se tornam demasiadamente caros com a desvalorização da taxa de câmbio. Esse aspecto pode ser citado como negativo. Porém, quando a taxa de câmbio está desvalorizada, obviamente, o Real está mais barato no mercado internacional, tornando nossos produtos mais baratos para compra (exportação). Esse barateamento dos produtos no mercado internacional torna nossos produtos mais vistosos e vantajosos aos países que têm interesse, aumentando, assim, nossas exportações. Este aspecto é muito positivo, pois estimula o crescimento econômico. O balanço de pagamentos pode ser entendido como sendo o registro sistemático estatístico- contabilista das transações de um país com as outras nações durante um determinado período de tempo. O resultado desse balanço é obtido através do somatório das contas: Conta-corrente (formada por três sucontas): -Balança comercial: registra a movimentação de mercadorias. Seu saldo é a diferença entre exportação e importação. Se as exportações excedem as importações, temos um superávit, no contrário, o déficit. -Balança de Serviços -Transferências unilaterais: refere-se ao resultado das doações, remessa de dinheiro feita ou recebida pelo país. Movimentos de capitais autônomos: formados pela entrada e saída de capitais, sendo representados pelo capital de risco, empréstimo ou especulativo. Erros e omissões Reservas Tipos de Taxa de câmbio: Fixa: é administrada pelo Banco Central, que rege a oferta e a demanda de moedas estrangeiras. Estabelecendo a taxa de câmbio mais conveniente para a economia. Flutuante: regime cambial flexível, no qual a autoridade monetária não tem compromisso algum para apoiar determinada taxa. A oferta e a demanda de divisas determinam a taxa de câmbio praticada. A OMC está ligada à ONU e tem o objetivo de regular e ampliar o comércio internacional dos países membros. É o principal instrumento para o controle do comércio entre as nações, possuindo o poder de estabelecer normas e sanções aos países. Principais funções da OMC: Gerenciar os acordos multilaterais de comércio Administrar o entendimento sobre soluções de controvérsias Servir de fórum para negociações Supervisionar as políticas nacionais Cooperar com outras organizações internacionais. A OMC condena medidas protecionistas por entender que o livre comércio é a melhor forma de se realizarem as transações comerciais. Unidade 6 Crescimento econômico: é o crescimento contínuo da renda per capta ao longo do tempo. Desenvolvimento econômico: é um conceito mais qualitativo incluindo as alterações da composição do período e a alocação dos recursos pelos diferentes setores da economia de forma de melhorar os indicantes de bem-estar econômico e social. Ou seja, estuda estratégias de desenvolvimento que levem a elevação do padrão de vida da coletividade. Desenvolvimento sustentável: é o desenvolvimento econômico planejado com base na utilização de recursos e na implantação de atividades industriais, de forma a não esgotar ou degradar os recursos naturais. Subdesenvolvido: países que se apresentavam em dificuldades demostradas nos índices de analfabetismo, mortalidade, natalidade e etc. A origem da discussão sobre o desenvolvimento econômico surgiu no século XX após a 2ª guerra mundial, tendo em vista que anteriormente a preocupação era mais ligada ao problema da acumulação de capital, sem ter no bojo a questão da redistribuição. A corrente de economistas de inspiração mais teórica, considera crescimento como sendo sinônimo de desenvolvimento. Para eles um país é subdesenvolvido porque cresce menos que o desenvolvido. Outra corrente, voltada para a realidade empírica, entende que o crescimento é condição indispensável para o desenvolvimento, mas não é condição suficiente. A Guerra fria foi marcada por: Antagonismo entre o capitalismo e o socialismo Abertura política Marcado pela intervenção e auxilio militar O Brasil passou por uma estagnação econômica, sendo conhecido como “década perdida”, devido ao esgotamento do modelo de desenvolvimento baseado no processo de substituição de importações que chegou ao seu final. Para investir, um país pode utilizar tanto sua poupança interna, como acesso a poupança estrangeira (FMI) por meio de empréstimos. Na atualidade a articulação do governo com as empresas e as agências financiadoras, em busca do capital social e da formação, do capital humano, é determinante para a obtenção de financiamento junto às organizações financeiras. Para medir o grau de concentração de renda d algum país tem sido muito usado o índice de Gini, que aponta a participação da renda que se encontra acumulada entre os ricos e pobres. O Brasil tem uma das mais perversas distribuições de rendo do planeta. Que fatos explicam isso: A fase herdada do período colonial A presença da monocultura O trabalho escravo A industrialização brasileira, que obteve grande importância a partir dos anos 30, apoiou-se fortemente no Processo de Substituições de Importações, um modelo de desenvolvimento que perdurou por quase cinquenta anos na nossa economia. A estabilização econômica ocorreu após a consolidação do plano real na década de 90. “Para desenvolver o nosso país primeiro era preciso fazer crescer o bolo para depois repartir/realizar sua distribuição”. As Fontes de Crescimento são as seguintes: Aumento na força de trabalho (quantidade e mão-de-obra), derivado do crescimentodemográfico e da imigração; Aumento de estoque de capital, ou da capacidade produtiva; Melhoria na qualidade de mão-de-obra, por meio de programas de educação treinamento e especialização; Melhoria tecnológica, que aumenta a eficiência na utilização do estoque do capital; Eficiência organizacional, ou seja, eficiência na forma como os insumos interagem. Inflação pode ser definida como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. A inflação surgiu com maior intensidade na segunda metade da década de 90. A regulação econômica está intrinsecamente ligada à ação do Estado na economia. A ação do Estado tem por finalidade limitar os graus de liberdade dos agentes econômicos no seu processo de tomada de decisões. Regulamentação X Desregulamentação: Clássicos: Acreditam que o Estado não deveria se opor ao livre funcionamento das forças que operavam no mercado. O mercado se ajusta sozinho (mão invisível) O Estado deveria proteger o mercado de qualquer tipo de intervenção Um tipo de desemprego: natural pleno emprego Ficam desempregados pq não aceitam qualquer valor Corrente Keynesiana Estado é chamado para desempenhar papéis e funções de suma importância para manutenção do modo de produção capitalista O Estado pode e deve intervir na economia de mercado com o propósito de diminuir o desemprego e aumentar a produção Intervenção através da política fiscal e a monetária O seu controle não deveria interferir na iniciativa privada, com a sua atração aos lucros, pois era essa a força motriz da atividade econômica Dois tipos de desemprego: -Efetivo: decisório do empregador -Ficcional: voluntário e natural (temporário) *não entram no aspecto do valor do trabalho Corrente da Regulação Três formas institucionais: -moeda -relação salarial; e -concorrência Para essas três formas institucionais funcionarem por completo é necessária a existência do Estado-Nação. A presença do Estado passa a ser considerada como uma importante forma de regulação (agência reguladora) Por que regular? A necessidade da atração econômica do setor público prende-se à constatação de que o sistema de mercado não consegue cumprir adequadamente algumas tarefas a funções. Existem alguns bens que o mercado não consegue fornecer (bens públicos) logo, a presença do Estado é necessária (é a função alocativa) O sistema de mercado não leva a uma justa distribuição de renda, sendi necessária a intervenção do Estado Finalmente a economia de mercado não consegue auto regular-se. Enquanto a regulação assegura a correção de falhas, a desregulamentação deixa o mercado solto das amarras da regulamentação. As falhas de mercado procuram centrar sua análise sobre o ótimo de Pareto segundo o qual ninguém consegue aumentar seu próprio bem estar sem reduzir o de alguma pessoa.
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