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Direito Administrativo

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Direito Administrativo. 
Professor: Alessandro Aoyokohama. 
Aoyokohama@uol.com.br
Livro: Celso Antônio Bandeira de melo. 
 Maria Sylvia Zanella di Pietro.
 “Regime jurídico- Administrativo”.
Conceito de “sistema” (Regime). O regime jurídico administrativo consiste importante tema no contexto jurídico Brasileiro. Trata-se do conjunto de regras e princípios que estruturam o Direito Administrativo lhe conferindo autonomia enquanto um ramo autônomo da ciência jurídica. Para tanto, necessário será analisar os princípios concernentes ao tema, a fim de melhor compreendê-lo. 
“O CONCEITO DE REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO”. Na Constituição da República Federativa do Brasil, encontramos um conjunto de princípios e normas, os quais norteiam a atividade desempenhada pelos agentes encarregados de zelar pela coisa pública. Desse modo, conjugando as regras e os princípios que estruturam a Administração Pública Brasileira, tem-se o regime jurídico administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro ensina que “a expressão regime jurídico administrativo é reservada tão-somente para abranger o conjunto de traços, de conotações que tipificam o Direito Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação jurídico-administrativa. Basicamente pode-se dizer que o regime administrativo resume-se a duas palavras apenas: prerrogativas e sujeições”. Marçal Justen Filho tem a seguinte definição: “o regime jurídico de direito público consiste no conjunto de normas jurídicas que disciplinam o desempenho de atividades e de organizações de interesse coletivo, vinculadas direta ou indiretamente à realização dos direitos fundamentais, caracterizado pela ausência de disponibilidade e pela vinculação à satisfação de determinados fins. Decorre do ensinamento de Celso Antônio Bandeira de Mello que o regime de direito público resulta da caracterização normativa de determinados interesses como pertinentes à sociedade e não aos particulares considerados em sua individuada singularidade. Juridicamente esta caracterização consiste, no Direito Administrativo, segundo nosso modo de ver, na atribuição de uma disciplina normativa peculiar que, fundamentalmente se delineia em função da consagração de dois princípios: a) supremacia do interesse público sobre o privado; b) indisponibilidade, pela Administração, dos interesses públicos. Cumpre ressaltar que os dois princípios retro mencionados são considerados princípios implícitos, entretanto, tem a mesma força jurídica que os princípios expressos. Ademais são princípios basilares da Administração Pública constituindo a base de todo o sistema normativo sendo, portanto, de alta relevância no ordenamento jurídico em geral. Dessa forma, o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público, informam todo o Direito Administrativo e constituem, por sua vez, o chamado regime jurídico administrativo. Neste sentido Di Pietro expõe que “ao mesmo tempo em que as prerrogativas colocam a Administração em posição de supremacia perante o particular, sempre com o objetivo de atingir o benefício da coletividade, as restrições a que está sujeita limitam a sua atividade a determinados fins e princípios que, se não observados, implicam desvio de poder e consequente nulidade dos atos da Administração. O conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração e que não se encontram nas relações entre particulares constitui o regime jurídico administrativo. Muitas dessas prerrogativas e restrições são expressas sob a forma de princípios que informam o direito público e, em especial, o Direito Administrativo”. Imperioso concluir esse tema com as palavras de Raquel de Carvalho que elucida o seguinte: “Um Estado, para ser Democrático de Direito, deve encarar a tarefa de tutelar a primazia do bem comum, tanto na mediação das relações privadas, quanto no exercício das competências públicas. Os efeitos danosos do individualismo característico do mundo contemporâneo alastram-se nas relações privadas e até mesmo no cumprimento dos deveres estatais. É grave o resultado da falta de consciência de que existe um interesse social que, em determinadas realidades, pode transcender o particular e que deve sobre o último prevalecer. Se o século XXI nasceu sob o signo do individualismo egoísta, cumpre ao jurista estruturar o sistema normativo de modo a combater as consequências desastrosas de tal vício quando atinge as instituições públicas. O regime jurídico administrativo deve necessariamente reconhecer que:
a) a supremacia do interesse público primário (pertinente a toda sociedade) é princípio integrante do regime jurídico administrativo; b) é possível que haja, em dadas situações, convergência entre interesses privados e interesse público ou atividade particular protetora do bem comum, sem qualquer tensão que torne necessário falar-se na primazia do interesse público c) na hipótese de conflito entre interesse público e interesses privados, a proteção constitucional à dignidade da pessoa humana e aos direitos fundamentais não embasa a negativa de predomínio do bem comum, sendo este o interesse geral a ser tutelado pela Administração, o que não significa arbítrio ou autoritarismo, mas efetividade do Estado Democrático de Direito d) não conduz à negação da primazia do interesse público primário o fato deste não ser sempre único, claramente identificável e incidente, de modo exclusivo, em uma dada realidade; o caráter dinâmico e a multiplicidade de interesses públicos inerentes ao mundo contemporâneo apenas torna cabível a técnica da ponderação entre os diversos interesses, em face de cada situação específica, à luz da proporcionalidade”. Concluímos que, o regime jurídico administrativo trava no sentido de estabelecer, entre o administrador público e seus administrativos, um tratamento próprio e peculiar diferente daquele travado entre os particulares. Surge da relação entre administrador público e particulares um conjunto de direitos (prerrogativas) e deveres (limitação) que a lei confere à Administração Pública, tendo em vista que ela atua em busca do bem-estar coletivo. Ressalta-se que esses direitos e deveres não se estendem aos particulares, salvo quando lhe for delegado a execução de algum serviço público, através de concessão ou permissão, por exemplo. Quando mencionamos que a Administração Pública promove o bem-estar coletivo, queremos enfatizar que ela tem o dever de buscar o interesse público. Vale ressaltar que este interesse é pertencente ao povo, sendo, desse modo, indisponível. Assim cabe a Administração Pública buscar a primazia do bem comum, sem, no entanto, transferir a terceiros a administração desse interesse público, pois faz parte da função administrativa protegê-lo. Pois bem. Dado o conceito de regime jurídico administrativo, cabe salientar que, em regra, os doutrinadores enumeram, os princípios da legalidade, igualdade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, supremacia do interesse público, razoabilidade, proporcionalidade, motivação e controle da Administração como integrantes do regime jurídico administrativo. Vale destacar que a doutrina clássica adota a posição que a legalidade, a supremacia e a indisponibilidade do interesse público são princípios fundantes do regime mencionado. Diante do que foi exposto, para fins deste trabalho monográfico, é fundamental discorrer sobre os princípios previstos no artigo 37 da Constituição Federal de 1988 e sobre os princípios da supremacia e indisponibilidade do interesse público. Portanto, mãos à obra.
2) O regime Jurídico- Administrativo.
a) Principio da supremacia do interesse público (Poder).
b) Principio da indisponibilidade do interesse público (dever). 
No direito público não existe autonomia da vontade.
 “Princípio da supremacia do interesse público”.
Texto constitucional expresso: Não há.
Fundamento jurídico;
Celso Antônio: “Axioma do D. publico”.
Textos constitucionais(Exemplos).
- Desapropriação e requisição (CF 5ª XXIV E XXV).
3) Subprincípios.
a) Posição privilegiada. 
- Privilégios instrumentais.
Exemplo: Prazos especiais. 
-O estado não existe sem a supremacia do direito público.
- Interesse público precisa, desapropriação e requisição. 
- Os órgãos públicos, só tem prazos especiais (Maiores). Porque eles tem essa prerrogativas privilegiados. 
Princípio da supremacia do interesse público.
 b) Posição de supremacia.
- Relação de verticalidade com os particulares. São instrumentais de cumprir o seu trabalho Ex: Agente de transito. 
- Exemplos: Multas e tributos.
c) Restrições especiais.
- O “outro lado” do poder. Exemplo licitação, o administrador tem que se adequar com a situação, e fazer cumprir o seu dever. Administração não pode ter sigilo tem que ser Exceto. Nos casos de lei determinada Art. 37.
- Exemplo: Licitação e proibição de sigilo. 
4) Supremacia do interesse público e dignidade humana. 
a) Neoconstitucionalismo: Nega a prevalência a priori do interesse público.
b) Propõe: Ponderação de valores em casos especiais. 
c) Principais fundamentos.
- Princípios constitucionais não tem hierarquia entre si.
- Centralidade do princípio da dignidade humana. No centro do direito administrativo, como em todos os outros ramos do direito eles colocam o direito da dignidade humana. O direito público parte dos princípios dos direitos fundamentais. 
 “Princípio da indisponibilidade do interesse público”.
- Fundamento jurídico: Republica (Coisa de todos). (CF 1ª E 34 VII “A”). 
“O PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO”.
A Administração deve realizar suas condutas sempre velando pelos interesses da sociedade, mas nunca dispondo deles, uma vez que o administrador não goza de livre disposição dos bens que administra, pois o titular desses bens é o povo. Isto significa que a Administração Pública não tem competência para desfazer-se da coisa pública, bem como, não pode desvencilhar-se da sua atribuição de guarda e conservação do bem. A Administração também não pode transferir a terceiros a sua tarefa de zelar, proteger e vigiar o bem. Ademais a disponibilidade dos interesses públicos somente pode ser feita pelo legislador. Vale mencionar dois importantes institutos que concretizam o dever de indisponibilidade do interesse público pela Administração: a licitação e o concurso público. No primeiro caso, a Administração não pode escolher, sem nenhum critério objetivo definido em lei, com quem vai celebrar contrato. A lei estabelece um processo administrativo que deve ser rigorosamente seguido a fim de que se possa escolher o interessado que apresente a proposta mais vantajosa. No que tange ao concurso público, se há uma vaga na estrutura administrativa, a escolha de quem será nomeado não pode ser aleatória. Então, por meio do concurso, pretende-se dar a mesma oportunidade a todos que preenchem os requisitos estabelecidos em lei de apresentarem sua capacidade física e intelectual de ser escolhido. Leciona Diógenes Gasparini que, segundo o princípio da indisponibilidade do interesse público, não se acham os bens, direitos, interesses e serviços públicos à livre disposição dos órgãos públicos, a quem apenas cabe curá-los, ou do agente público, mero gestor da coisa pública. Aqueles e este não são senhores ou seus donos, cabendo-lhes por isso tão-só o dever de guardá-los e aprimorá-los para a finalidade a que estão vinculados. O detentor dessa disponibilidade é o Estado. Por essa razão, há necessidade de lei para alienar bens, para outorgar concessão de serviço público, para transigir, para renunciar, para confessar, para revelar a prescrição e para tantas outras atividades a cargos dos órgãos e agentes da Administração Pública. Hely Lopes Meirelles assevera que a Administração Pública não pode dispor desse interesse geral numa renunciar a poderes que a lei lhe deu para tal tutela, mesmo porque ela não é titular do interesse público, cujo titular é o Estado, que, por isso, mediante lei poderá autorizar a disponibilidade ou a renúncia. Segundo Raquel de Carvalho “com base na premissa de que a Administração não titulariza os interesses públicos primários, é lugar comum afirmar a indisponibilidade de tais interesses pelo agente encarregado de, na sua gestão, protegê-los. Quem detém apenas poderes instrumentais à consecução de um dado fim não possui, em princípio, a prerrogativa de deles abrir mão, donde resulta a ideia de indisponibilidade do interesse público”. Na concepção de José dos Santos Carvalho Filho os bens e interesses públicos não pertencem à Administração nem a seus agentes. Cabe-lhes apenas geri-los, conservá-los e por eles velar em prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dos direitos e interesses públicos. A Administração não tem a livre disposição dos bens e interesses públicos, porque atua em nome de terceiros. Por essa razão é que os bens públicos só podem ser alienados na forma em que a lei dispuser. Da mesma forma, os contratos administrativos reclamam, como regra, que se realize licitação para encontrar quem possa executar obras e serviços de modo mais vantajoso para a Administração. O princípio parte, afinal, da premissa de que todos os cuidados exigidos para os bens e interesses públicos trazem benefícios para a própria coletividade. A Lei Geral do Processo Administrativo nº 9.784/99 prevê no seu art. 2º, parágrafo único, inciso II, a indisponibilidade do interesse público pela Administração Pública:
“Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei.” 
Raquel de Carvalho acentua que o interesse público é indisponível e este é um princípio integrante do regime jurídico administrativo. No entanto, embora não seja a alternativa primeira, nem mesmo a regra, pode ser que, em dada realidade, abrir mão de uma vantagem seja a única saída para a real proteção do interesse público primário. Mais além, diz a autora que, o que se admite discutir, portanto, é o que de fato representa proteger o interesse público primário em cada situação. Se o bem estar geral for atendido com a perseguição integral de todas vantagens decorrentes do ordenamento em favor da Administração, é isto que cabe ao Estado buscar, de modo irrenunciável. Se, contudo, em determinados contextos, o empenho na satisfação de todos os benefícios públicos não conduzir à satisfação do bem comum, é cabível usar medida flexibilizadora inserida no novo arsenal normativo para o desenvolvimento da atividade negocial administrativa, inclusive diante de conflitos. Cumpre atentar para as especificidades do caso concreto e para o dever de motivar jurídica e concretamente a escolha levada a efeito. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello a indisponibilidade dos interesses públicos significa que, sendo interesses qualificados como próprios da coletividade – internos ao setor público -, não se encontram à livre disposição de quem quer que seja, por inapropriáveis. O próprio órgão administrativo que os representa não tem disponibilidade sobre eles, no sentido de que lhe incumbe apenas curá-los – o que é também um dever – na estrita conformidade do que predispuser a intentio legis. Relembre-se que a Administração não titulariza interesses públicos. O titular deles é o Estado, que, em certa esfera, os protege e exercita através da função administrativa, mediante o conjunto de órgãos (chamados administração, em sentido subjetivo ou orgânico), veículos da vontade estatal consagrada em lei.É oportuno aqui recordar as lições do professor Manoel Messias Peixinho, no sentido de que o administrador público não pode gerir o Estado desvinculado do interesse público. A indisponibilidade deste interesse quer dizer obediência obsequiosa aos direitos fundamentais e aos valores constitucionais eleitos pelo constituinte embrionário. Indisponibilidade, no contexto do Direito Administrativo, deixa de ser sóato de não poder dispor com liberdade dos deveres entregues à tutela do administrador. Torna-se, também é dever de prover a coisa pública com equidade, isonomia, publicidade, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, enfim, com todos os demais princípios explícitos e implícitos, enraizados no direito administrativo, que são afluentes do princípio da indisponibilidade do interesse público. Diante do que foi exposto, vale ressaltar que os bens, direitos e interesses públicos são confiados ao administrador apenas para a sua gestão, nunca para a sua disposição. Para dispor, alienar, renunciar ou transacionar, o administrador dependerá sempre de lei. Assim sendo, não há para a Administração e seus agentes, qualquer liberdade de disposição ou renúncia, mas sim de indisponibilidade no que tange ao interesse do povo.
  
Quem pode dispor: (CF 1ª p.u e ADCT 2ª).
Exemplos de aplicação.
- Impossibilidade de transação em ação de improbidade. Lei de improbidade 8429/92.
-Impossibilidade de doação humanitária sem lei. 
 Norma Exaurida significa que ela já foi aplicada. 
Improbidade: Alguém que roubou dinheiro público. 
Quando algum agente rouba algum dinheiro público não tem como ele fazer acordo e devolver o dinheiro para encerrar o assunto, ele vai responder pelo o que fez.
Princípios Constitucionais Explícitos. Art. 37 CF Caput.
 “Princípio da legalidade”.
– Legalidade: Também chamado de princípio da juridicidade, exige adequação de toda e qualquer conduta administrativa a todo o ordenamento jurídico, nele estando incluídos todas as normas e todos os princípios. Enquanto o particular é livre para fazer tudo o que não seja proibido, a Administração só pode agir se a lei ordenar, nos termos que a lei traz, no condicionamento da lei e no tempo que a lei determina. Se a lei não traz qualquer comando, a Administração não pode agir. Para Di Pietro, “este princípio, juntamente com o de controle da Administração pelo Poder Judiciário, nasceu com o Estado de Direito e constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais. Isto porque a lei, ao mesmo tempo em que os define, estabelece também os limites da atuação administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de tais direitos em benefício da coletividade. É aqui que melhor se enquadra aquela ideia de que, na relação administrativa, a vontade da Administração Pública é a que decorre da lei.Segundo José dos Santos “o princípio da legalidade é certamente a diretriz básica da conduta dos agentes da Administração. Significa que toda e qualquer atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Não o sendo, a atividade é lícita. Tal postulado, consagrado após séculos de evolução política, tem por origem mais próxima a criação do Estado de Direito, ou seja, do Estado que deve respeitar as próprias leis que edita “O princípio da legalidade é considerado pelo Direito Constitucional como uma das maiores conquistas do povo, porque a legalidade é, na verdade, uma barreira protetora que os particulares têm em relação à Administração. É de se notar que a Administração atua em nossas vidas com poderes muito grandes, e se não houvesse o princípio da legalidade, a máquina administrativa poderia ser utilizada sem qualquer controle e sem a devida atenção que o interesse público merece. Assim esse princípio representa um escudo para que a Administração não abuse dos seus poderes. Como aplicação ao princípio da legalidade, foram editadas as seguintes súmulas, ambas do Supremo Tribunal Federal:
Súmula 346 STF: “A administração pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos”.
Súmula 473 STF: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
CF, 5ª II, 37. 84 IV. (Ler o Artigo).
Característica de todo estado de direito.
Primeira previsão na lei 4.717/65 (Art. 2ª p.u., “c”. – Violação “de lei, regulamento ou outro ato normativo”.
Abrange os atos infralegais (desde que regularmente expedidos, ou seja, para “fiel execução da lei” (CF 84 IV).
Diferença com o P. da legalidade do art. 5ª II.
Legalidade estrita gera: Abrange só a administração pública. A lei è quem define o que deve fazer antes da lei autorizar o administrador não pode fazer nada sem antes do consentimento da lei. 
Vinculação negativa (Lei como limite).
Vinculação positiva (lei como pressuposto). Também gera vinculação negativa a administração só pode fazer o que a lei determina. A lei vincula o “fazer”. Eu tenho o pressuposto para agir mais eu tenho que ter meus limites, toda lei de administrativo prevê primeiramente atender o direito público. 
Decorrência logica da indisponibilidade do interesse público. Decorre do princípio republicano. Quem dispõem è o povo através das leis. Administrador è gerenciar o que não è seu. 
Proposito político: Representação plena do “povo” (incluindo minorias), o que só ocorre com a lei. 
“Princípio da legitimidade” respeito as regras e princípios.
- Importância no controle dos atos discricionários. - Discricionariedade significa liberdade.
 - Se por exemplo um servidor público for pego “vagabundiando” ele pode ser suspenso de 1 a 6 meses ou será advertido que pode ser apenas verbal ou escrito. 
- Lei 9.784/99, art. 2ª, p.u. I: Atuação conforme a lei e o direito. A lei não esgota o direito, além dela ser a, a lei ela deve estar de acordo com o princípios de direito. 
 “Princípio da impessoalidade”. 
 - Impessoalidade: Princípio da isonomia no Direito Administrativo. Não significa dar o mesmo tratamento a todos, mas sim, um tratamento igual para os iguais e para os desiguais, um tratamento desigual, na medida em que se desigualam, como ensinava Pontes de Miranda. Desse modo, é possível um tratamento privilegiado desde que ele venha expressamente previsto em lei e esteja em conformidade com o interesse da sociedade. A título de exemplo, o Estatuto do Idoso prevê privilégios para quem é considerado idoso. Isso, contudo, não fere o princípio da impessoalidade, tendo em vista que a sociedade brasileira prevê tal tratamento como decorrente do princípio da dignidade da pessoa humana. É o que também ocorre com o tratamento especial dispensado às micro empresas e empresas de pequeno porte, uma vez que, como atende aos interesses da sociedade porque gera empregos e promove a circulação de renda, o tratamento é isonômico. Na feliz síntese de José dos Santos Carvalho Filho “o princípio objetiva a igualdade de tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que se encontrem em idêntica situação jurídica. Nesse ponto, representa uma faceta do princípio da isonomia. Por outro lado, para que haja verdadeira impessoalidade, deve a Administração voltar-se exclusivamente para o interesse público, e não para o privado, vedando-se, em consequência, sejam favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros e prejudicados alguns para favorecimento de outros”. Celso Antônio Bandeira de Mello ensina que “no texto constitucional há, ainda, algumas referências a aplicações concretas deste princípio, como ocorre no art. 37, II, ao exigir que o ingresso em cargo, função ou emprego público depende de concurso público, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso em plena igualdade. Idem, no art. 37, XXI, ao estabelecer que os contratos com a Administração direta e indireta dependerão de licitação pública que assegure igualdade de todos os concorrentes. O mesmo bem jurídico também está especificamente resguardado na exigência de licitação para permissões e concessões de serviço público (art. 175)”. Isto quer dizer que, o particular tem autonomia para contratar quem quiser para a sua empresa. Já a Administração tem que observar o princípio da impessoalidade devendo contratar, destarte, através de concurso público. O empresário pode contratarqualquer serviço e pelo valor que estiver de acordo. Por outro lado a Administração não tem autonomia de vontade para isso, sendo necessário, portanto, a realização de licitação para realizar contrato com aquele licitante que ofereceu a melhor proposta.
CF 5ª “Caput”, 19 III, 37 “CAPUT” e $ 1ª.
Lei 9.784/99, art.2ª, p.u., III.
Dois sentidos.
Como sinônimo de finalidade.
- Vedando perseguições e favoritismo. Não posso perseguir inimigos e percorrer junto com os favoritos. 
- Obriga o agente a buscar apensa o interesse público.
b) Como resultado da imputação (teoria do órgão). Quando algum agente faz algo de errado não vai ser a própria pessoa que cometeu que vai ser punido e lesado è o órgão responsável. Ex: Se um enfermeiro ao aplicar uma injeção no meu bumbum não aplica no bumbum e aplica no meu olho, nesse caso não vai ser o enfermeiro que vai ser lesado e sim o órgão responsável por ele. Eu não posso processar diretamente ele sem atingir o órgão responsável. Nesse caso o órgão vai indenizar essa pessoa e após o pagamento dessa pessoa o órgão responsável pode pedir para esse agente ressarcir o dinheiro ao estado. 
- o “funcionário de fato”. Ninguém pode fazer o que especifico para aquele funcionário. Ex: Eu matar a barata que está no restaurante, esse caso ë para os desintesidas e não para qualquer pessoas. 
- A responsabilização direta do agente público (CF37 $ 6ª, STF, INF 436, ago. 2006). 
4) Toda lei tem duas finalidades (geral e especial).
5) Interesse público pode coincidir com o de um particular.
- Contratos administrativos.
-Reparação de danos reconhecidos administrativamente.
6) Desvio de finalidade.
a) Definição legal: Lei 4.717/65, art. 2ª, p.u, “e”.
b) Consequência: Nulidade. 
 “Princípio da moralidade”. 
- Moralidade: Obrigação de honestidade e de probidade. Ser honesto quer dizer ser fiel ao interesse público definido na lei. É exigido da Administração como um todo, de cada agente público e também dos particulares que se relacionam com a Administração. Em Direito Administrativo a violação grave do dever de moralidade é chamada de improbidade administrativa e está prevista no artigo 37, parágrafo 4º, da CF/88 e na lei nº 8.429/92.Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, de acordo com o princípio da moralidade “a Administração e seus agentes tem de atuar na conformidade de princípios éticos. Violá-los implicará violação ao próprio Direito, configurando ilicitude que assujeita a conduta viciada a invalidação, porquanto tal princípio assumiu foros de pauta jurídica, na conformidade do art. 37 da Constituição”. José dos Santos Carvalho Filho, por sua vez, adverte que “a falta de moralidade administrativa pode afetar vários aspectos da atividade da Administração. Quando a imoralidade consiste em atos de improbidade, que, como regra, causam prejuízos ao erário público, o diploma regulador é a Lei nº 8.429, de 2/6/1992, que prevê as hipóteses configuradoras da falta de probidade na Administração, bem como estabelece as sanções aplicáveis a agentes públicos e a terceiros, quando responsáveis por esse tipo ilegítimo de conduta. Ao mesmo tempo, contempla os instrumentos processuais adequados à proteção dos cofres públicos, admitindo, entre outras, ações de natureza cautelar de sequestro e arresto de bens e o bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras, sem contar, logicamente, a ação principal de perdimento de bens, ajuizada pelo Ministério Público ou pela pessoa de direito público interessada na reconstituição de seu patrimônio lesado. Outro instrumento relevante de tutela jurisdicional é a ação popular, contemplada no art. 5º, LXXIII, da vigente Constituição. Pela ação popular, regulamentada pela Lei nº 4.717, de 29/6/65, qualquer cidadão pode deduzir a pretensão de anular atos do Poder Público contaminados de imoralidade administrativa. Por fim, não se pode esquecer de também citar a ação civil pública, prevista no art. 129, III, da CF, como uma das funções institucionais do Ministério Público, e regulamentada pela Lei nº 7.347, de 24/7/85, como outro dos instrumentos de proteção à moralidade administrativa” 
CF 37 “caput”, 5 LXXIII (ação popular), 14 $ 9ª.
Lei 9.784/99, art. 2ª, p.u.IV.
Entrada no direto público: Exame judicial do desvio de poder. Ela entrou no direito pela porta do poder.
Moralidade jurídica.
Posição dominante: Não è a mesma moral “comum” e o que é. È a moral do “bom administrador”. Além de ser imoral ele será nulo. Um bom administrador è aquele que cuida das coisas alheias como se fosse coisa própria dele. O mal administrador è aquele que gasta o patrimônio público mesmo sem ter onde gastar, gasta apenas por não ser seu próprio. Pensa apenas em acabar com as coisas justificando que não è seu.
Celso Antônio: È moral “comum”, sim, leva a ilegalidade quando o ataque inclui “menosprezo a bem juridicamente valorado”.
Hely: È o equivalente a boa- fé objetiva do direito privado. 
Inclui os princípios da lealdade e da boa- fé.
Probidade (CF 37 $ 4ª). O princípio da moralidade não è a mesma coisa da probidade. A improbidade deve gerar a perda do cargo e indenizações. 
Moralidade qualificada. È uma moralidade mais elevada. Se for considerado improbidade além do devedor que desviar dinheiro público se ele não pagar a conta além dele dever passa também aos seus herdeiros por ser imprescritível. Se for Imoral será apenas o devedor que respondera não passa para herdeiros. 
Lei 8.429/92.
Gera até crime de responsabilidade (CF 85 V). 
Obriga os administradores (Ex: Conluios em licitações). Se uma pessoa falsificar um documento e criar um vínculo jurídico com a administração com esses documento falsificado/ ilegal e imoral ele sofrera todas as punições ou seja perda do cargo, e indenizar.
 “Princípio da Publicidade”. Lei 12.527/2011. 
- Publicidade: Como a Administração não é titular do interesse público, o qual pertence ao povo, tudo aquilo que acontece na esfera administrativa deve ser publicizado. É o dever de clareza e de transparência que a Administração deve ter em relação aos titulares do interesse público. A publicidade é também condição de validade dos atos administrativos, ou seja, apenas quando se tornam claros, eles estão em conformidade com a ordem jurídica. Cumpre salientar que esse princípio traz duas únicas exceções previstas no art. 5º, LX, quais sejam, restrição à publicidade determinada em lei para a proteção da intimidade (do particular ou do agente público) e o interesse social. O dever de motivação que a Administração Brasileira tem, ou seja, dever de expor por escrito as razões de fato e de direito que justificam a prática de qualquer uma de suas condutas decorre do princípio da publicidade. Expõe José dos Santos Carvalho Filho que o princípio da publicidade pode ser reclamado através de dois instrumentos básicos: a) o direito de petição, pelo qual os indivíduos podem dirigir-se aos órgãos administrativos para formular qualquer tipo de postulação (art. 5º, XXXIV, ‘a’, CF); b) as certidões que, expedidas por tais órgãos, registram a verdade de fatos administrativos, cuja publicidade permite aos administrados a defesa de seus direitos ou o esclarecimento de certas situações (art. 5º, XXXIV, ‘b’, CF). Negado o exercício de tais direitos, ou ainda não veiculada a informação, ou veiculada incorretamente, terá o prejudicado os instrumentos constitucionais para garantir a restauração da legalidade – o mandado de segurança (art. 5º, LXIX, CF) e o habeas data (art. 5º, LXXII, CF). Na verdade, não se deve perder de vista que todas as pessoas têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo, com exceção das situações resguardadas por sigilo (art. 5º, XXXIII, CF), e o exercício de tal direito, de estatura constitucional, há de pressupor necessariamente a obediência da Administração ao princípio da publicidade. 
Publicidade como regra (Art. 3ª I). Não pode ser considerada com exceção.
Publicidade de oficio (Art. 3ªII). Gera crimede responsabilidade quando não se cumpre por oficio.
Uso da internet (Art.8ª, II). Deve ser usado todos os meio disponíveis. Também deve usar internet sem levar em consideração o tamanho da cidade.
Linguagem acessível (Art. 5ª). È dever do estado manter todos bem informados, deixando a linguagem bem clara, de fácil acesso e de linguagem fácil para todos entenderem.
 “A publicidade garante”.
Controle de legalidade. 
Controle de motivação. Manter a motivação Dos atos discricionário.
Inicio de prazos. 
CF 37. 
Lei 9.784/99, Art.2ª, p.u, V.
Condição de eficácia dos atos. A publicação não faz parte do ato. 
Para efeitos externos. 
Publicação X comunicação. Publicação tem efeitos externo. Comunicação efeitos internos. A comunicação significa que a pessoa só troca apenas de lugar e não de serviço (Ex: Joao e Maria trocam apenas de mesa no local de trabalho isso e comunicação).
Não è apenas “publicação”: È transferência. 
Efeitos. Vai além da publicação porque a publicação e de efeitos externos.
Repressivos. 
Preventivos (impede ou diminui o abuso).
Restrição: CF 37 $ 1ª “Promoção pessoal”. Proibido o uso de nome, cores e símbolos para identificar quem fez isso e aquilo em tal administração. 
“Princípio da Eficiência”. 
– Eficiência: Foi tornado expresso no caput do art. 37 da CR/88, por meio da Emenda Constitucional nº 19/98. Antes da emenda esse princípio não estava escrito na Constituição, pois era implícito, no entanto, a Administração já tinha o dever de ser eficiente, independente da ordem estar escrita ou não. Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro “o princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público. Vale dizer que a eficiência é princípio que se soma aos demais princípios impostos à Administração, não podendo sobrepor-se a nenhum deles, especialmente ao da legalidade, sob pena de sérios riscos à segurança jurídica e ao próprio Estado de Direito”. Acrescenta-se que a construção desse princípio teve inspiração na iniciativa privada, uma vez que o sucesso de um negócio é medido pelo grau de satisfação de seu cliente. Cumpre ressaltar que o princípio da eficiência é tão importante quanto todos os outros princípios estruturantes do regime jurídico administrativo, de modo que não é possível que, em nome de uma maior eficiência, seja preterido, por exemplo, o princípio da legalidade.
CF 37.
Lei 9.784/99, art. 2ª, p.u, III. Faça o que deve fazer, e fale o que deve falar. 
Texto da EC 19/98. (Art. 74 II). O foco deveria ser a eficiência desses contratos. A emenda 19/98 Só foi colocado como texto e não como lei.
Norma já existente: Implícita.
Hely: a importância da técnica. Ex: Pessoa que está doente e precisa de afastamento e o prefeito nega. 
Eficiente è a conduta administrativa com: Eficiente è quem È rápido, perfeito e com rendimento. 
Rapidez. Fazer em menor tempo possível para atender os interesses da população.
Perfeição. A perfeição tentada ou seja a melhor possível. Quando começar fazer uma obra por exemplo fazer em tempo rápido e não ficar enrolando para que quando termine a obra não esteja mais prejudicado do que estava antes. 
Rendimento. Construir onde tenha mais habitantes onde o estado esteja mais caótico. 
“Deveres Administrativos”.
Poder-Dever de Agir- Para o particular o poder de agir é uma faculdade. Para o administrado público é uma obrigação de agir. Por exemplo, o Presidente da República não pode deixar de praticar atos de seu dever funcional. Ele tem o poder para praticar e o dever de praticar.
Dever de Eficiência- É o que se atribui a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional.
Dever de Probidade- Está integrado na conduta do administrador público como elemento necessário à conduta de seus atos. Se o agente não agir com probidade está sujeito às sanções da lei 8.429/92 (Lei da Improbidade Administrativa).
Dever de Prestar Contas- É natural da Administração pública como encargo de gestão de bens e interesses.
 “Dever de agir”. 
Decorrência do exercício de função. Função è uso de poderes instrumentais necessários e suficientes para atender deveres imposto por terceiros (Povo, Cf 1ª Parágrafo único).
O poder è do “cargo” - não do “agente”. O poder è do cargo e não da pessoa. Ex: Se eu morrer quem morreu foi eu e não meu cargo outro será substituto em meu cargo. O dever de agir pertence ao cargo e não há pessoas. 
Irrenunciabilidade (Lei 9.784/99: 2ª p.u. II e 11). O poder de agir è irrenunciável. Enquanto eu estiver no cargo eu tenho o dever de agir. 
O “dever de decidir” (LPA 48). No dever de agir não se inclui apenas o ato de fazer e sim decidir coisas mais absurdas. Esse princípio de decidir afronta o princípio de agir. 
Consequências da omissão: 
Abuso de poder. Quem deixa de agir ou decidir esta abusando de seu poder.
Prevaricação (CP 319 “RETARDAR ou deixar de praticar, indevidamente, ato de oficio...”). Não realizar atos que deveria realizar è crime. 
Improbidade (Lei 8.429/92:11). 
 “Dever de eficiência”.
- Quanto aos agentes públicos:
a) Incide sobre o “desempenho” (Art.41 III E $4ª). 
b) Desempenho: Quantidade e qualidade. Tem que ter quantidade e qualidade, Além da quantidade exigida tem que ter a qualidade mínima exigida.
c) Perdimento: Só com contraditório e ampla defesa (CF 247 P.U). Se a pessoa vai perder o cargo de sua função por insuficiência de desempenho. 
4) Ato discricionário e alternativas técnicas. 
a) A técnica restringe a discricionariedade. Restringe a liberdade do administrador. 
b) Só há alternativa entre resposta técnicas igualmente validas. Quando a técnica está envolvida è loucura do prefeito ir contra as técnicas. Ex: O engenheiro dizer que tem que ser construído dessa maneira e o prefeito exigir que tem que fazer de outra maneira mesmo que ofereça risco a alguém. 
 “Dever de probidade”.
Inclui o “dever de moralidade”. Os agravamentos da probidade è maior do que os agravamentos da moralidade. 
Probidade: Moralidade qualificada (CF.37 $ 4ª).
Lei 8.429/92).
Enriquecimento ilícito (Art. 9ª).
Lesão ao erário (Art. 10).
Afronta a princípios (Art. 11).
 “Dever de prestar contas”.
Decorrência do exercício de função e do princípio republicano.
Expressamente previsto na CF 70 p.u. Todos os administradores e inclusive particulares devem prestar contas se manipularem dinheiro público direta ou indiretamente (ex. o caso da OAB).
Vai além do aspecto financeiro (Ex: Emitir certidão explicativa para particular CF 5ª XXXIV “B”). A administração ao emitir uma certidão de pagamento de IPTU no caso ela está prestando contas aos particulares.4)
Inclui alguns particulares (CF 70 P.U).
“PODER VINCULADO (prestar atenção)”.
Poder vinculado.
1. Não admite juízo de conveniência (sim ou não) e oportunidade (quando) = o administrado tem autorização da lei se ele pune ou não (juízo de conveniência) ou fazer ou não. No referido a oportunidade é que ele é obrigado punir alguém ou fazer algo, mas ele o administrador que define o momento em que ele vai praticar o ato.
2. Elementos que são sempre vinculados aos atos abaixo pela:
a) competência – que é o que a lei autoriza o sujeito ocupando cargo que ele pode fazer ou não. Ex. a lei da competência por ex. ao juiz de julgar.
b) finalidade – um exemplo disso é a lei de aposentadoria compulsória aos 70 anos, pois essa lei tem a finalidade de renovar a administração pública, mas essa é a finalidade especifica. Já a finalidade geralda lei é de 
c) forma – a forma mantem a isonomia das pessoas e assim para assegurar essa igualdade é usar a mesma forma para todos os administradores. 
3. Ex: aposentadoria compulsória (CF 40 II) – esse é o ex. mais clássico de conveniência e oportunidade, ou seja nesse caso a lei não deu esse poder ao administrador porque ele é obrigado a aposentar o empregado aos 70 anos, ou seja, o administrador não pode escolher se aposenta ou não ou quando ele aposenta pois a lei assim o define.
 “PODER DISCRICIONÁRIO”.
Poder Discricionário: Esse poder é o oposto do poder vinculado. É o que a lei confere ao administrador para a prática de determinado ato, no uso da conveniência administrativa. Por exemplo, a Administração pode prestar um serviço de utilidade pública (linha de ônibus) ou transferir para um particular, ou seja, há poder discricionário de fazer ou transferir para um particular. A discricionariedade administrativa encontra sua razão de existência no trato, pela Administração, dos chamados conceitos jurídicos indeterminados. Utiliza-se o poder discricionário para a prática dos atos discricionários, sendo, portanto, a liberdade para a escolha dos motivos e do objeto do ato o fundamento para a distinção entre poder vinculado e poder discricionário.
1. Admite juízo de conveniência e oportunidade – é quando a lei manda aplicar a lei mas deixa a cargo do administrador para ele aplicar a lei.
2. Existe quando: 
a) a lei expressamente prevê – toda administração é ligado a lei, só ela da autorização para o administrador fazer algo.
b) a lei usa “conceitos indeterminados” - conceitos que dão debates, ou seja, ñ são objetivos. Esses conceitos dão forma no caso de mandar o administrador contrato o melhor canto para o fim de ano, isso é muito subjetivo da debate.
b1) divergência doutrinária: só conceitos indeterminados de valor; diante de conceitos indeterminados de experiência ou técnicos seria preciso interpretar até chegar à “única interpretação possível” (no caso concreto) - 
3. Razoabilidade como limite ao poder discricionário – Esse controle ocorre quando o judiciário faz uma correção do ato do administrador, pois ele realizou um ato bem fora dos paramentro exigidos.
	“PODER HIERÁRQUICO”.
Poder Hierárquico: De uma forma simples, é o poder de distribuir funções a diversos órgãos administrativos, com escalonamento pelos diferentes níveis de planejamento, coordenação controle e execução. Por ele se estabelecem as relações de subordinação entre os servidores impondo-lhes o dever de obediência aos superiores. No poder Hierárquico encontramos as faculdades de dar ordens, de fiscalizar e as de avocar ou delegar atribuições. Por exemplo, um superior hierárquico reunindo seus subordinados para dar uma instrução. O princípio da hierarquia permite que uma autoridade possa controlar a legalidade e o mérito dos atos praticados por agentes públicos a ela subordinados. Observe, entretanto, que um agente público poderá deixar de cumprir uma ordem manifestamente ilegal emanada de seu superior hierárquico. Por exemplo, um superior hierárquico que ordene seu subordinado a apreender drogas ilícitas e guardar em sua residência. Para o mestre Hely Lopes Meirelles, desdobra-se o poder hierárquico nas faculdades de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas.
Inerente a organização administrativa (não depende de lei) - ou seja o poder hierárquico não depende de lei. 
2. Só existe dentro de uma mesma “entidade” (LPA 9 .074 1º §2º II) - 
3. Exclui-se do poder hierárquico:
a) quem a lei determina
b) órgãos com atividades incompatíveis: consultivos e técnicos – o poder hierárquico não pode mandar nos órgão consultivos e técnicos, ou seja o chefe do executivo não pode mandar aos consultores jurídicos de um parecer positivo para o mesmo. Ou seja o consultor é que faz a avalição para dar o parecer seja ele positivo ou negativo.
4. Manifestações: 
a) ordenar
 Verbalmente ou por escrito
 Individualmente ou coletivamente (atos ordinatórios) – quando elas vem escritas geralmente são coletivas através dos oficio circulares, (mas não necessariamente precisa ser nesse nome)
b) fiscalizar e controlar – quem dá a ordem pode fiscalizar se a pessoa está cumprindo a ordem dada. No caso a fiscalização é a qualquer momento, várias vezes por dia. Assim a sanção pode ser a qualquer tempo também.
b.1) fiscalização é ato permanente
b.2) controle é o corolário; inclui: 
 Legalidade e mérito dos atos (conveniência e oportunidade) –o subaltermo está sempre sendo controlado pelo seu chefe, para ver se o serviço está correto. 
 Agir de ofício ou por provocação - 
c) aplicar sanções – a aplicação de sanções só pode ocorrer no poder hierárquico só pode ocorrer abaixo daquele do hierarca. 
 Decorrência do poder disciplinar + hierarquia
 Apenas aos agentes públicos subordinados
d) delegar (LPA 9.074 - 12 a 14) – o administrador só pode delegar se a lei for omissa ou seja quando ela não proibir.
e) avocar (LPA 15) - Só se pode avocar quando a lei manda ou permite. Competência não delegável também não pode ser avocada, se a norma cria uma competência exclusiva o órgão tem que decidir por ele mesmo.
A razão por traz da norma é que o administrador não pode delegar ato exclusivo porque deve ser pelo titular de representação popular.
 Incabível diante de competência exclusiva
 “PODER DISCIPLINAR”.
Poder Disciplinar: É uma faculdade punitiva interna através da qual a autoridade administrativa pune as infrações funcionais dos servidores e de todos que estiverem sujeitos à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. Por exemplo, um superior hierárquico aplicando uma suspensão em subordinado. É um poder que decorre do Hierárquico, mas que com ele não se confunde. Possui as seguintes características: é administrativo (para distingui-lo do poder punitivo do Estado, que é exercido pelo Poder Judiciário); é punitivo; é discricionário (quando à escolha da pena); é poder-dever de agir; e é motivado, obrigando o administrador o dever de prévia apuração e de motivação da punição disciplinar (Princípio do devido processo legal).O exercício do poder disciplinar é obrigatório, devendo a autoridade administrativa que tomar conhecimento de qualquer irregularidade no serviço tomar as providências imediatas par a sua apuração e aplicar a sanção cabível se caracterizada a infração administrativa.
1. Fundamento: decorre da hierarquia para punir aqueles abaixo dele escrito na letra a.
a) hierarquia = quando pune agente público subordinado
b) vínculo jurídico específico = quando pune particulares (Ex: alunos de escola pública) – Quando um particular é punido por desobecer alguma norma da administração pública, como o aluno que pega um livro e o rasga ele sofre uma sanção.
2. Contraditório e ampla defesa obrigatórios (CF 5º LV)
3. Vinculação quanto ao uso poder punitivo (CP 320 - “condescendência criminosa”)
4. Discricionariedade na gradução da pena 
5. Motivação obrigatória (LPA 50 II)
 “PODER REGULAMENTAR”.
Poder Regulamentar: É o poder atribuído aos Chefes de Executivo para a expedição de decretos para a fiel execução da lei. Por exemplo, um decreto expedido pelo Presidente da República. Alguns autores identificam-no com o poder normativo, todavia, segundo a lição dos doutos, aquele é concentrado enquanto este é difuso e diz respeito à competência normativa deferida a vários agentes da Administração. Poder normativo é o que tem qualquer administração para ditar normas com efeitos gerais e abstratos. São atos normativos, além do decreto, o regulamento externo, o regulamento interno (o regimento), as resoluções, as deliberações, instruções, portarias e provimentos. Já o poder regulamentar é a faculdade conferida somente aos Chefes do Executivo para explicitar a lei. O poder regulamentar exterioriza-se através, como dito, através do decreto. O poder regulamentar deve ser exercido nos limitesda lei, ou seja, não pode o Executivo invadir as reservas da lei, tratando de matérias que só por lei podem ser disciplinada. O regulamento contra legem não é admitido no nosso ordenamento, que só o aceita quando secundum legem.
1. Poder normativo. È um tipo de poder que inclui o poder regulamentar. O nome não deveria ser poder regulamentar e sim poder normativo. Ele è o único forte para execução das leis. Esse executa a aplicação das leis por isso è chamado de regulamentar. 
a) regulamentar (CF 84 IV; exclusivo do Chefe do Executivo). Esse está logo após a lei. 
b) outros (Ex: CF 87 II). Alei foi regulamenta pelos ministro do estado. 
2. Espécies de Poder Regulamentar. 
a) decretos de execução (ou “regulamentares”)
b) decretos autônomos. O decreto aprova os regulamentos. 
c) regulamentos autorizados.
3. Decretos de execução. 
a) CF 84 IV (“fiel execução”). A única finalidade è Executar fielmente a lei, Aplicar a lei nas sociedades. Ex: As autoridades verificar na sociedade quem precisa receber cesta básica, a finalidade aqui vai ser è “entregar” a cesta básica para quem precisa. 
b) indelegáveis (CF 84 p.u.). O decreto não tem poder algum caso preciso de um intermediário e esse intermediário não apareça. (Competência exclusiva).
c) atos normativos secundários (não decorrem diretamente da CF). Os decretos autônomo decorrem da CF
c) restritos às leis cuja execução demande agir da Administração Pública. 
d) independe de previsão na lei a ser regulamentada (o poder regulamentar decorre diretamente da CF). Decretos regulamentar não dá CF ele está previsto na CF mais não decorre dela.
e) asseguram uniformidade interna (agir dos agentes públicos) e externa (tratamento aos particulares). Interna dento da administração. Isso vai gerar para a população tratamento isonômico (Isonomia). Tratamento iguais para pessoas iguais na mesma situação. Se o regulamento não for feito, se a lei não resolver? = Ninguém pode perder um direito contido na CF, por causa do poder executivo (Autor: Meireles). 
f) sustação pelo Legislativo (CF 49 V). Legislativo è comum vigor, os regulamentos executivos porem o próprio executivo vigorar seus regulamentos. 
4. Decretos autônomos. O princípio da legalidade sempre foi absoluto. Pode criar direitos e deveres, na maioria das vezes são deveres, para que a lei seja aplicada corretamente. Não pode criar direitos e deveres novos somente pode exercer aqueles que a lei já exerce e que existe no regulamento. (Emenda nª32 de 2001). Os decretos autônomos existe porque não depende de existência de lei, è feito pelo executivo. 
a) CF 84 VI. È considerado um decreto autônomo. Ele tem como fonte a própria constituição e isso torna ele autônomo. A lei è geral e abstrata. “B”.
b) Delegáveis (CF 84 p.u.). 
c) atos normativos primários
d) Di Pietro: só a alínea “a” trata de decreto autônomo
 (A alínea “b” versa sobre ato de efeito concreto; logo, não regulamentar). 
5. Regulamentos autorizados. Os autorizados è apenas aqueles que não tem a fiel execução da lei. 
a) Sem previsão constitucional. 
b) Prevista em cada lei. 
c) Restrita a complementação técnica
d) Fundamento empírico (“prático”). Empírico: Significa que não tem nada a ver com a lei. 
e) contra: Separação dos Poderes. O legislativo è que deve criar direitos e deveres.
“Introdução”.
Nomenclatura.
Responsabilidade da administração. Não se fala em responsabilidade da administração porque quem paga è o estado. 
Responsabilidade do estado. Responde pelos três poderes. Diz respeito a indenização. Responsabilidade objetiva do Estado: independe da comprovação de dolo ou culpa, bastando demonstrar que os danos foram causados (nexo de causalidade) por uma conduta da Administração Pública. Teoria do Risco: Teoria do Risco Integral: não admite causas excludentes de responsabilidade; Teoria do Risco Administrativo: admite causas excludentes de responsabilidade, como caso fortuito, força maior e culpa exclusiva da vítima – teoria adotada em nosso Direito. Previsão constitucional – Artigo 37, § 6º: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. “Responsabilidade Subjetiva do Estado: diante de uma omissão do Estado a responsabilidade deixa de ser objetiva e passa a ser subjetiva, i.e., o particular lesado deverá demonstrar o dolo ou a culpa da Administração, em qualquer de suas modalidades: negligência, imprudência e imperícia. Prazo prescricional da ação de indenização: A ação de reparação de danos para se obter indenização do Estado deverá ser proposta dentro do prazo de 05 anos, contado a partir do fato danoso. Responsabilidade Subsidiária do Estado: o Estado poderá ser responsabilizado pelos prejuízos causados a terceiros pelas concessionárias e permissionárias de serviço público de forma subsidiária, ou seja, este responderá pelos prejuízos após o exaurimento do patrimônio das empresas concessionárias e permissionárias do serviço público.
Exclui.
Responsabilidade contratual.
Responsabilidade penal e administrativa. Responsabilidade administrativa significa punir o agente.
Abrangência.
Atos Comissivos e omissivos. Art. 37 $ 6ª. Condutas comissivas: é uma ação que gera dano a terceiro. Neste caso, a responsabilidade é objetiva. Portanto, esta ação poderá ser lícita ou ilícita. Condutas omissivas: é uma omissão que gera dano a terceiro. Neste caso, a responsabilidade é subjetiva. Portanto a omissão poderá ser, apenas, ilícita.
OBS: há divergência na doutrina e jurisprudência e muitos afirmam que mesmo na omissão a responsabilidade é objetiva.
Atos ilegais e legais. A desapropriação è um ato licito, e o estado tem que indenizar. Gera responsabilidade para o estado. Princípio Da isonomia. 
Danos materiais e morais. Valem para o estado.
“Responsabilidade X Sacrifício de direito”. 
Responsabilidade: Decorre violação a direito.
“Responsabilidade do estado no direito brasileiro”.
O Brasil desde sua primeira constituição, quando ainda era um Império, já admitia a responsabilidade civil na Administração Pública, ou seja, o país em momento algum de sua história passou pelo período de irresponsabilidade estatal. Como bem explicita Sérgio Cavalieri Filho em um breve apanhado histórico sobre a responsabilidade civil do Estado brasileiro: “A Constituição do Império (1824), em seu art. 178, nº 29, estabelecia que: “Os empregados públicos são estritamente responsáveis pelos abusos e omissões praticados no exercício de suas funções, e por não fazerem efetivamente responsáveis aos seus subalternos.” A Constituição Republicana (1891), por seu termo, em seu art. 79, continha disposição idêntica, responsabilizando os funcionários públicos pelos abusos e omissões em que incorressem no exercício dos seus cargos.” (CARVALHO FILHO, 2010, p. 233). Para Cavalieri, estes dispositivos não eram considerados como excludentes da responsabilidade do Estado e consagradores da responsabilidade do funcionário, pelo contrário, Estado e funcionário eram responsáveis solidariamente (CARVALHO FILHO, 2010, p. 233). O Código Civil de 1916 em seu art. 15 foi o primeiro dispositivo legal a estabelecer de forma específica a responsabilidade civil do Estado: “As pessoas jurídicas de direito público são civilmente responsáveis por atos de seus representantes que nessa qualidade causem danos a terceiros, procedendo de modo contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por lei, salvo o direito regressivo contra os causadores do dano.” Esse artigo causou entendimentos diversos sobre a matéria abordada, porém a doutrina dominante entendeu que este dispositivo normativo tinha como fundamento a responsabilidade subjetiva, pois havia a necessidade de averiguação da culpa do funcionário. Em seguida veio a Constituição de 1946, que dispunha no seu art. 194: “as pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis pelosdanos que seus funcionários, nessa qualidade, causem a terceiros”. Sendo assim, para a maioria dos doutrinadores, o legislador ao se omitir em relação à conduta contrária ao direito e a inobservância de dever legal, estaria então retirando da norma a parte que denunciava a aceitação da teoria subjetiva e adotando no ordenamento jurídico de 1946 a responsabilidade objetiva, derrogando o art. 15 do Código Civil de 1916. (CARVALHO FILHO, 2010, p. 599)A partir da Constituição de 1946 o Estado brasileiro passou a adotar a responsabilidade objetiva do Estado, ou seja, bastava a comprovação da relação de causalidade entre conduta estatal e dano para haver a reparação civil, dessa forma ficou consagrada a teoria do risco administrativo como fundamento da responsabilização estatal, como bem aduz o ilustre Sérgio Cavalieri Filho (2009, p. 235):“Destarte, a partir da Constituição de 1946, a responsabilidade civil do Estado brasileiro passou a ser objetiva, com base na teoria do risco administrativo, onde não se cogita da culpa, mas, tão-somente da relação de causalidade. Provado que o dano sofrido pelo particular é consequência da atividade administrativa, desnecessário será perquirir a ocorrência de culpa do funcionário ou, mesmo, de falta anônima do serviço. O dever de indenizar da Administração impor-se-á por força do dispositivo constitucional que consagrou o princípio da igualdade dos indivíduos diante dos encargos públicos. “Atualmente a Constituição de 1988 regula a matéria no artigo 37, § 6º: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. O Código Civil de 2002 em seu artigo 43 dispõe sobre a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público interno sendo totalmente compatível com a Constituição Federal. Convém ainda registrar a Lei nº. 10.744 de 09 de outubro de 2003 que versa sobre “a assunção, pela União, de responsabilidades civis perante terceiros em casos de atentados terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos, contra aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas brasileiras de transporte aéreo público, excluídas as empresas de táxi aéreo”. Essa lei foi criada devido aos atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos, tentando amenizar os danos decorrentes de ataques terroristas.
Sacrifício: Ocorrem de acordo com o direito. O direito autoriza que o estado vai fazer aquilo. Ex: Desapropriação. 
Diferença com a responsabilidade por ato licito.
Sacrifício: o conteúdo especifico do dever-poder è sacrificar direito.
Ato licito: Direito è atingido por via reflexa. Faz algo para melhorar mais acaba prejudicando alguém. Ex: Nivelamento de rua melhora para algumas pessoas mais também piora para outras. 
Diferença na consequência:
Responsabilidade: Gera indenização posterior.
Sacrifício: Exige indenização previa. Estado paga antes. 
“Evolução Histórica”. 
Teoria da irresponsabilidade do estado: 1ª fase – Teoria da Irresponsabilidade (Sec. XV ao Sec. XVIII) Corresponde ao período do absolutismo, baseando-se na ideia de que a soberania significa sujeição sem compensação, razão pela qual o Estado não responderá civilmente pelos seus atos. 2ª fase – Teoria Civilistas (a partir do início do Sec. XVIII). Pautava a responsabilidade civil do Estado nas normas de Direito Privado, cujo fundamento precípuo é a ideia de culpa. No Direito Privado, a responsabilidade civil sustenta-se na culpa. Culpa é ato ilícito. O Estado responderia pelos seus atos a luz do Direito Civil (na época o Código Civil Napoleônico – 1804 – era o principal pilar de sustentação da teoria). Problema: o Estado atua segundo o Regime Jurídico de Direito Público (com poderes/ prerrogativas) não podendo se aplicar, portanto, as regras de Direito Privado. 3ª fase – Teoria Publicista (a partir do final do Sec. XIV) Em contraposição as Teorias Civilistas, a Teoria Publicista Fundamenta-se na ideia de que a responsabilidade civil do Estado deve ser tratada a luz do Direito Público, uma vez que o Estado se sujeita ao Regime Jurídico de Direito Público. O marco histórico desta teoria foi o caso blanco (1.876 – Agnes blanco atravessava uma rua e fora atropelada por uma carroagem que pertencia a uma empresa estatal francesa. Ao final, a tese publicista prevaleceu, consagrando-se a responsabilidade civil do estado). Esta teoria se desdobra em: 1) Teoria da Culpa do Serviço (ou culpa anônima/ culpa administrativa/ falta do serviço) Falta do serviço não é ausência do serviço, mas falha do serviço. Segundo esta teoria, o Estado responderá quando a atividade administrativa não funcionar, funcionar mal ou funcionar tardiamente. Aqui, a responsabilidade do Estado é subjetiva, portanto, o Estado responderá quando comprovar a prática de ato ilícito.
Fundamento: Soberania estatal.
Caso Blanco (1873). Garota de 10 anos chamada Agnes blanco que foi atropelada por uma carroça carregada de fumo e morreu e a família pediu indenização do estado pelo fato da carroça ser do estado. 
Últimos países a abandona-la: EUA (1946) e Inglaterra (1947). A Inglaterra foi de um povo colonizador. No EUA para poder processar o estado tem que primeiro processar o agente público provar a culpa dele e provar que o estado realmente tem que indenizar, tudo è muito mais complicado. 
“Teoria da culpa civil”. Responsabilidade Civil do Estado. 
Esta expressão refere-se ao dever do Estado ou de quem lhe faça as vezes de reparar um dano causado a terceiros no exercício da função administrativa e independente de vínculo contratual.
É o dever de reparar um dano. Portanto, não havendo dano, não há responsabilidade. Do mesmo modo, se não for demonstrado o dano, não se pode sequer falar em responsabilidade civil.
Tal responsabilidade civil poderá ser:
Contratual: o que gera o dever de reparar o dano é o descumprimento do contrato. A lei 8.666 disciplina o inadimplemento contratual e suas consequências. Extracontratual: o que gera o dever de reparar o dano é uma conduta/ comportamento. Esta poderá ser produto de: a. Conduta ilícita: trata-se de uma responsabilidade subjetiva (depende da demonstração do ato ilícito). b. Conduta lícita ou ilícita: trata-se de uma responsabilidade objetiva (independe da demonstração do ato ilícito). O estudo da responsabilidade civil contratual ocorre no estudo dos contratos administrativo. Aqui será estudada a responsabilidade extracontratual. O Estado exerce uma função:
Legislativa
Jurisdicional
Administrativa Frente a atividade administrativa centralizada (Administração Pública Direta), quem exerce a função administrativa é, em verdade, o próprio Estado, motivo pelo qual o próprio Estado será quem responde pelo dano. Frente a atividade administrativa descentralizada (Administração Pública Indireta – ex. autarquia, sociedade de economia mista, concessionárias, permissionária, etc.), quem exerce a função administrativa é outra pessoa. Neste caso, um terceiro está causando o dano, razão pela qual quem responderá é o terceiro. Por exemplo, a autarquia causou dano à alguém, portanto quem responderá é a própria autarquia.
- RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.
A responsabilidade civil consiste na obrigação de reparar economicamente os danos causados a terceiros, sejam no âmbito patrimonial ou moral. Assim, em razão de um dano patrimonial ou moral é possível o Estado ser responsabilizado e, consequentemente, deverá pagar uma indenização capaz de compensar os prejuízos causados. A esse respeito, cumpre anotar que não só os atos ilícitos, como também os atos lícitos dos agentes públicos são capazes de gerar a responsabilidade extracontratual do Estado. EX: Policiais civis em perseguição a um bandido, batem na traseira de um veículo que estava no meio do caminho. A perseguição policial consiste numa atuação é lícita, mas gerou prejuízos e o estado deverá indenizar os danos causados.
Teoria do RiscoIntegral: não admite causas excludentes de responsabilidade, logo o Estado deveria responder por qualquer dano, ainda que não tenha dado causa;
Teoria do Risco Administrativo: admite causas excludentes de responsabilidade como caso fortuito, força maior e culpa exclusiva da vítima (essas causas serão estudadas logo mais). Trata-se da teoria adotada em nosso Direito, devendo o Estado responder pelos prejuízos causados aos administrados, salvo quando presente alguma das causas acima mencionadas.
Síntese da evolução histórica e Teoria do Risco
Previsão Constitucional
A responsabilidade objetiva (que independe da comprovação de dolo ou de culpa) do Estado está prevista no parágrafo 6o do artigo 37 da Constituição Federal.
Art. 37, § 6º – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa
Responsabilidade Subjetiva no direito de regresso 
Responsabilidade Objetiva e Subjetiva do Estado.
A doutrina e a jurisprudência vêm entendendo que a responsabilidade objetiva do Estado (que é independente da existência de dolo ou culpa) só existe diante de uma conduta comissiva (ação) praticada pelo agente público. Desse modo, no exemplo da perseguição policial, onde o tiro do policial acerta um particular, teremos a responsabilidade objetiva do Estado, uma vez que estamos diante de uma conduta comissiva (ação). Por outro lado, quando estivermos diante de uma omissão do Estado a responsabilidade deixa de ser objetiva e passa a ser subjetiva, ou seja, o particular lesado deverá demonstrar o dolo ou a culpa da Administração, em qualquer de suas modalidades: negligência, imprudência e imperícia. Ex: fortes chuvas causaram enchentes e um particular teve sua casa alagada. Nesse caso, não bastará a comprovação do dano sofrido pela inundação, sendo imprescindível demonstrar também o dolo ou a culpa do Estado em não limpar os bueiros e as “bocas de lobo” para facilitar o escoamento das águas, evitando-se, assim, os prejuízos causados pelas enchentes.
Responsabilidade do Estado no caso de danos causados por preso foragido.
Excludentes de Responsabilidade.
No tocante a responsabilidade civil extracontratual do Estado, importante ressaltar que existem algumas causas que, uma vez comprovadas, excluem a responsabilidade da Administração Pública. São elas:
1ª) Caso Fortuito e Força Maior: existem autores que defendem que a força maior decorre de fenômenos da natureza, enquanto o caso fortuito seria decorrente da atuação humana. Por outro lado, há quem defenda justamente o contrário. Logo, diante de uma divergência doutrinária, importante buscarmos o posicionamento da jurisprudência, ou seja, o entendimento dos nossos juízes e tribunais.
A esse respeito, o Supremo Tribunal Federal não faz distinção entre caso fortuito e força maior, considerando ambas as causas como excludentes de responsabilidade do Estado.
Ex.1: um terremoto que destrói casas. O Estado não poderá ser responsabilizado, pois o fato não ocorreu em razão de uma conduta da Administração, mas sim de um fato alheio e imprevisível.
Ex.2: Um assalto em ônibus em que um passageiro é morto exclui a responsabilidade do Estado ou da empresa concessionária do serviço público, uma vez que a ação do assaltante não tem nenhuma conexão com o serviço de transporte (Recurso Especial nº 142186).
2ª) Culpa Exclusiva da Vítima ou de Terceiro: quando a vítima do evento danoso for a única responsável pela sua causa, o Estado não poderá ser responsabilizado. Ex: uma pessoa querendo suicidar-se, se atira na linha do trem. Nesse caso, a família da vítima não poderá responsabilizar o Estado, uma vez que a morte só ocorreu por culpa exclusiva da pessoa que se suicidou. Por outro lado, quando a culpa for concorrente (e não exclusiva) da vítima, não haverá exclusão da responsabilidade do Estado, mas atenuação. Ex: passageiro que viajava pendurado pelo lado de fora do trem (pingente) caiu e sofreu danos. Nesse caso, O Superior Tribunal de Justiça reduziu pela metade o pagamento de indenização, pois concluiu pela culpa concorrente da vítima, isto é, tanto a vítima quanto a empresa estatal de transporte ferroviário foram considerados responsáveis pela causação do acidente. O passageiro não deveria andar pendurado no trem e a empresa estatal deveria proibir essa conduta (Recurso Especial nº 226348). Ex. de culpa exclusiva de terceiro. O Estado poderá ser responsabilizado pelos prejuízos causados a terceiros pelas concessionárias e permissionárias de serviço público? Em princípio, a resposta é negativa, não respondendo o Estado por danos causados por suas concessionárias ou permissionárias. Isto porque estas pessoas jurídicas prestam o serviço público em seu nome, por sua conta e risco. Entretanto, a responsabilidade do Estado será subsidiária, ou seja, este responderá pelos prejuízos após o exaurimento do patrimônio das empresas concessionárias e permissionárias do serviço público. Portanto, se uma dessas empresas, por exemplo, falir e não possuir condições de arcar com a indenização devida, o Estado deverá pagá-la, não podendo o administrado prejudicado ficar sem o ressarcimento devido.
Responsabilidade por atos do Legislativo e do Judiciário
Responsabilidade objetiva do Estado: independe da comprovação de dolo ou culpa, bastando demonstrar que os danos foram causados (nexo de causalidade) por uma conduta da Administração Pública.
Teoria do Risco: Teoria do Risco Integral: não admite causas excludentes de responsabilidade; Teoria do Risco Administrativo: admite causas excludentes de responsabilidade, como caso fortuito, força maior e culpa exclusiva da vítima – teoria adotada em nosso Direito.
Previsão constitucional – Artigo 37, § 6º: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
Responsabilidade Subjetiva do Estado: diante de uma omissão do Estado a responsabilidade deixa de ser objetiva e passa a ser subjetiva, i.e., o particular lesado deverá demonstrar o dolo ou a culpa da Administração, em qualquer de suas modalidades: negligência, imprudência e imperícia. Prazo prescricional da ação de indenização: A ação de reparação de danos para se obter indenização do Estado deverá ser proposta dentro do prazo de 05 anos, contado a partir do fato danoso.
Responsabilidade Subsidiária do Estado: o Estado poderá ser responsabilizado pelos prejuízos causados a terceiros pelas concessionárias e permissionárias de serviço público de forma subsidiária, ou seja, este responderá pelos prejuízos após o exaurimento do patrimônio das empresas concessionárias e permissionárias do serviço público.
Início: Teoria do fisco. Imaginou que o estado fosse duas coisas ao mesmo tempo. Fisco algo que envolve dinheiro. 
Atos de império x atos de gestão. Os atos de império tem poder outorgado pela população. Os atos de gestão è que leva o estado a ter que indenizar. 
CCB/1916 (art. 15) até a CF 1946 (art. 194). Na época foi uma coisa bem avançada. Previa que o estado seria responsável desde que agisse com dolo ou culpa. 
O grande problema da prova. Quando tem que mostrar o dolo ou culpa, muito difícil (quase impossível) provar contra o estado, que foi imperícia pelo estado. 
Teoria da culpa administrativa (ou “falta administrativa”). Também chamada de Teoria da culpa anônima 
Responsabilidade por “culpa de serviço”. Quando o serviço existe mais e trabalhado de forma errada (inexistente) ou deficiente e atrasado. 
Serviço: Inexistente, deficiente, ou atrasado. Culpa do serviço. Chegou com atraso e causou danos Ex: Médico que chega atrasado deixando seu paciente morrer. 
Independente de culpa do agente público, mas não è responsabilidade objetiva. 
Inversão da prova: A administraçãopode provar diligencia prudência ou pericia media. Diligencia (Contrario de negligencia).
Prudência (contrário de imprudência).
Perícia (Contrario de imperícia). Quando a criança foi atendida medicada e deixada de observação mais mesmo assim a criança morre e a família pede indenização nesse caso o estado prova a perícia que foi sim atendida mais não resistiu nesse caso não devera indenizar porque o serviço público foi prestado. 
Teoria do risco administrativo. Por tudo que já foi exposto até o momento, fica evidenciado que o ordenamento jurídico pátrio acolheu a teoria do risco administrativo como fundamento da responsabilidade civil do Estado, este só responderá quando ocorrer um dano, causado por um agente estatal que estava exercendo uma atividade administrativa. Nos dizeres de Alexandre de Moraes “essa responsabilidade objetiva exige a ocorrência dos seguintes requisitos: ocorrência do dano; ação ou omissão administrativa; existência de nexo causal entre o dano e a ação ou omissão administrativa e ausência de causa excludente da responsabilidade estatal.” (MORAES, 2007, p. 357) “A expressão grifada – seus agentes, nessa qualidade – está a evidenciar que o constituinte adotou expressamente a teoria do risco administrativo como fundamento da responsabilidade da Administração Pública, e não a teoria do risco integral, porquanto condicionou a responsabilidade objetiva do Poder Público ao dano decorrente da sua atividade administrativa, isto é, aos casos em que houver relação de causa e efeito entre a atividade do agente público e o dano. Sem essa relação de causalidade, como já foi assentado, não há como e nem por que responsabilizá-lo”. (CAVALIERI FILHO, 2009, p. 237) (grifo do autor)
Independente de culpa do agente público. Com ou sem culpa do agente o estado tem que indenizar mesmo que ele tenha como provar que não agiu com culpa ou dolo. (Art. 37 $6ª). 
È Objetiva: È inútil provar ausência de culpa.
Fundamentos: Risco social e solidariedade. O estado è tão grande tem muitos poderes e tendo muitos poderes ele corre risco que estão acima de quem não tem poderes. O risco è que com muito poder ele acaba lesionando pessoas mais simples e inferiores a ele. 
Inclui atos ilícitos e lícitos do estado. Ilícito responde como qualquer pessoa jurídica comum. Lícito com base no princípio da isonomia. Ambos geram responsabilidade civil para o estado.
Demanda: ato, dano e nexo causal. Provado esses três o estado è obrigado a indenizar.
Aceita: Culpa exclusiva da vítima, culpa exclusiva de terceiro e força maior. Rompe o nexo causal. O caso fortuito È causada por ação humana inexplicável, Ex: Homem arruma semáforo e de repente acende todas as luzes iguais de todos os lados e causam grande acidente pois não sabiam que todos os lados abririam e o semáforo continua funcionado normalmente sem problemas nunca houve nem há problemas mesmo na hora do acidente. A força maior è causada por eventos da natureza, coisas que o ser humano não consegue explicar.
Culpa exclusiva da vítima: Pessoa que pula na linha de trem quando o trem já está se aproximando impedindo de terceiros pular para lhe salvar. A culpa è exclusiva da vítima o estado não precisa indenizar porque não foi culpa de nenhum de seus agentes e funcionários públicos. 
- Teoria do risco integral: Teoria do risco administrativo: Por tudo que já foi exposto até o momento, fica evidenciado que o ordenamento jurídico pátrio acolheu a teoria do risco administrativo como fundamento da responsabilidade civil do Estado, este só responderá quando ocorrer um dano, causado por um agente estatal que estava exercendo uma atividade administrativa. Nos dizeres de Alexandre de Moraes “essa responsabilidade objetiva exige a ocorrência dos seguintes requisitos: ocorrência do dano; ação ou omissão administrativa; existência de nexo causal entre o dano e a ação ou omissão administrativa e ausência de causa excludente da responsabilidade estatal.” (MORAES, 2007, p. 357) “A expressão grifada – seus agentes, nessa qualidade – está a evidenciar que o constituinte adotou expressamente a teoria do risco administrativo como fundamento da responsabilidade da Administração Pública, e não a teoria do risco integral, porquanto condicionou a responsabilidade objetiva do Poder Público ao dano decorrente da sua atividade administrativa, isto é, aos casos em que houver relação de causa e efeito entre a atividade do agente público e o dano. Sem essa relação de causalidade, como já foi assentado, não há como e nem por que responsabilizá-lo”. (CAVALIERI FILHO, 2009, p. 237). A responsabilidade objetiva independe de dolo ou culpa, porém caso haja alguma causa excludente de responsabilidade o Estado não será responsável. “Não responderá, igualmente, quando o dano decorrer de fato exclusivo da vítima, caso fortuito ou força maior e fato de terceiro, por isso que tais fatores, por não serem agentes do Estado, excluem o nexo causal.” (CAVALIERI FILHO, 2009, p. 237)
Não admite sequer as excludentes. Mesmo havendo culpa da vítima o estado è obrigado a indenizar. Causas excludentes da responsabilidade do Estado. Haverá casos em que o Estado, por não ter provocado o dano, não será obrigado a reparar ou indenizar a vítima pelos danos. Essas são as chamadas causas excludentes de responsabilidade, essas causas excluem a responsabilidade civil uma vez que rompem o nexo causal entre conduta e danos. Tem-se como causas excludentes da responsabilidade estatal o caso fortuito, a força maior e a culpa da vítima, a doutrina não é unânime em relação às causas excludentes, divergindo em alguns pontos. Nesta parte, esta pesquisa identifica-se com a doutrina de Rui Stoco que preceitua: “Segundo nosso entendimento causas clássicas de exclusão da responsabilidade são: a) caso fortuito ou força maior, deixado de lado a discussão acerca do entendimento de que constituem a mesma coisa e b) culpa exclusiva da vítima, pois são as únicas com força de romper o liame entre a atuação do Estado e o dano verificado. ‘Como visto anteriormente, nos casos de responsabilidade objetiva do Estado, é necessária a comprovação do nexo de causalidade entre a conduta do agente estatal e o dano provocado ao administrado. Sendo assim, para eximir o Estado da responsabilidade pelo evento danoso, tem que ficar provado que não houve nexo causal entra a conduta estatal e o dano. Nos casos em que houver caso fortuito, força maior ou culpa exclusiva da vítima, o Estado ficará isento em relação a responsabilidade pelo fato, uma vez que não foi sua conduta que gerou o dano. Nesse sentido Cavalieri Filho (2009, p. 252) exemplifica e explica: “Logo, não o responsabiliza por atos predatórios de terceiros, como saques em estabelecimentos comerciais, assaltos em via pública etc., nem por danos decorrentes de fenômenos da Natureza como enchentes ocasionadas por chuvas torrenciais, inundações, deslizamento de encostas, desabamentos etc., simplesmente porque tais eventos não são causados por agentes do Estado. A chuva, o vento, a tempestade, não são agentes do Estado; nem o assaltante e o saqueador o são. Trata-se de fatos estranhos à atividade administrativa, em relação aos quais não guarda nenhum nexo de causalidade, razão pela qual não lhes é aplicável o princípio constitucional que consagra a responsabilidade objetiva do Estado. Lembre-se que a nossa Constituição não adotou a teoria do riso integral”. Em casos que há alguma causa de excludente de responsabilidade, a jurisprudência tem decidido que deve ficar provado que o Estado agiu ou se omitiu com culpa e que foi graças à essa atuação deficiente, tardia ou a falta de atuação que fez com que o evento desastroso ocorresse. Corroborando, Cavalieri Filho (2009, p. 871-872 E 874) explica: “Razoável que o Estado responda por danos oriundos de uma enchente se as galerias pluviais e os bueiros de escoamento das águas estavam entupidos ou sujos propiciando o acúmulo da água. Nestas situações, sim, terá havido descumprimento do dever legal na adoção de providências obrigatórias. Faltando entretanto,

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