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Ponto 9 - Processo Civil

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - PONTO 09
Procedimento Comum Ordinário. Fases. Petição Inicial. Requisitos. Indeferimento da Petição Inicial. Resposta do Réu. Revelia. Das Providências Preliminares. Julgamento Conforme o Estado do Processo.
Felipe Potrich
Procedimento Ordinário. Fases. 
-procedimento ordinário é GERAL e SUBSIDIÁRIO.
(GERAL – aplicação a todas as causas, salvo disposição legal contrária. [art. 271, CPC]
(SUBSIDIÁRIO – os procedimentos especiais e o sumário regem-se pelas regras que lhes forem próprias, aplicando-se subsidiariamente as regras do procedimento ordinário. [art. 272, parágrafo único, CPC]
FASES DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO:
	
1)FASE POSTULATÓRIA
- composta por ATIVIDADE DAS PARTES.
-FASE COMPLEXA: composta por vários atos.
	
2)FASE ORDINATÓRIA
- composta pela ATIVIDADE JUDICIAL. 
-FASE SINGULAR: composta por um único ato. 
(DECISÃO SANEADORA(
	
3)FASE INSTRUTÓRIA
- composta por ATIVIDADE DAS PARTES.
-FASE COMPLEXA: composta por vários atos.
	
4)FASE DECISÓRIA
- composta pela ATIVIDADE JUDICIAL. 
-FASE SINGULAR: composta por um único ato. 
(SENTENÇA(
Possibilidades existentes no procedimento ordinário
 	1)PROCEDIMENTO COMPLETO
	2)PROCEDIMENTO Incompleto
		a)julgamento per saltum
		b)julgamento prima facie
1)PROCEDIMENTO COMPLETO: FASE POSTULATÓRIA ( FASE ORDINATÓRIA ( FASE INSTRUTÓRIA ( FASE DECISÓRIA [art. 331, § 2º, (saneamento) + art. 456, CPC]
(se houver SANEAMENTO deverá ocorrer INSTRUÇÃO. [uma coisa vincula a outra]
(se houve SANEAMENTO e INSTRUÇÃO o julgamento será pelo art. 456, CPC.
2)PROCEDIMENTO Incompleto
	
a)julgamento per saltum: 
FASE POSTULATÓRIA ( FASE DECISÓRIA
[art. 329 ou art. 330, CPC]
 	(FASE POSTULATÓRIA [ok]
	(FASE ORDINATÓRIA [não haverá]
	(FASE INSTRUTÓRIA [não haverá]
 	(FASE DECISÓRIA [ok]
	
b)julgamento prima facie:
FASE POSTULATÓRIA (incompleta) ( FASE DECISÓRIA
[art. 267, I ou art. 285-A c/c art. 269, I]
 	(FASE POSTULATÓRIA [será incompleta]
 	(FASE ORDINATÓRIA [não haverá]
 	(FASE INSTRUTÓRIA [não haverá]
 	(FASE DECISÓRIA [ok]
ORDEM DE DESENVOLVIMENTO DE ACORDO COM CADA UMA DAS HIPÓTESES DESTACADAS:
	1)[art. 267, I, CPC] – analisar se é caso de INDEFERIR A PETIÇÃO INICIAL;
 	2)[art. 285-A, CPC] – analisar se é caso de MATÉRIA UNICAMENTE DE DIREITO QUE PODE SER JULGADA TOTALMENTE IMPROCEDENTE, COMO FEITO EM CASOS IDÊNTICOS JÁ DECIDIDOS NO JUÍZO.
 	3)[art. 329, CPC] – analisar se caracteriza alguma das hipóteses do ART. 267 OU DO ART. 269, II a V do CPC.
 	4)[art. 330, CPC] – analisar se é hipótese de JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE.
	5)[art. 331, § 2º, cc art. 456, CPC] – não ocorrendo conciliação em audiência prévia o juiz deve fixar pontos controvertidos, decidir as questões processais pendentes, determinar a produção de provas, designar a audiência de instrução e julgamento e proferir sentença.
CRITÉRIOS QUE INFLUENCIAM AS SITUAÇÕES ACIMA APONTADAS
	
a)QUALIDADE DA MATÉRIA LITIGIOSA.
([art. 330, I, CPC]
– possibilidade de JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE quando se tratar de MATÉRIA EXCLUSIVAMENTE DE DIREITO.
([art. 285-A, CPC]
– um dos requisitos para a aplicação do dispositivo é a MATÉRIA SER EXCLUSIVAMENTE DE DIREITO.
	
b)TIPO DE REAÇÃO ADOTADA PELO RÉU
([art. 330, II, CPC]
– possibilidade da REVELIA gerar o JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE.
	
c)EVENTUAL DEFEITO NO ATO DE POSTULAÇÃO OU POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO MERITÓRIO INITIO LITIS.
([art. 285-A, CPC]
– hipótese que juiz já decidiu a matéria pela improcedência;
([art. 267, I, CPC]
– existência de vício de natureza formal peremptório [vícios que podem impedir a ocorrência de todas as fases]
Petição Inicial. Requisitos. Indeferimento da Petição Inicial. 
FASE POSTULATÓRIA
-a FASE POSTULATÓRIA tem a função de ESTABELECER OS PARÂMETROS nos quais a lide se desenvolverá.
-envolve tanto do direito de ação quanto o direito de defesa.
-elementos essenciais: [são pressupostos de existência]
	a)PETIÇÃO INCIAL
	b)CITAÇÃO
petição inicial
Características da petição inicial
a)veículo de provocação do exercício da jurisdição.
b)instrumento que fixa os limites da relação processual [arts. 2º e 262, CPC – princípio da inércia] - mas existem instrumentos que possibilitam a alteração posterior dos limites da relação processual. (NOMEAÇÃO À AUTORIA, CHAMAMENTO AO PROCESSO, RECONVENÇÃO, DECLARATÓRIA INCIDENTAL).
c)não constitui, em si mesma, o processo - a petição inicial é CONDIÇÃO NECESSÁRIa, mas não suficiente para a formação do processo. Para que o processo exista será necessária a citação do réu. Mas há variáveis de relativizam essa afirmação – art. 267, I e art. 285-A, CPC.
Requisitos formais da petição inicial
-em regra, a petição inicial deve ser elaborada na forma escrita.
(hipóteses em que a petição inicial será realizada verbalmente:
	i)juizados especiais. 
	ii)Justiça do trabalho 
	iii)Ação de alimentos 
	iv)pedido de medidas protetivas feito pela mulher que se acusa a vítima de violência domestica.
-requisitos formais da petição inicial:
	1)indicação do juiz ou tribunal a que é dirigida;
	2)qualificação do autor e do réu; -em regra, os limites subjetivos da ação serão definidos na petição inicial. Existem outras situações que poderão ampliar/alterar esses limites (ex.: nomEação à autoria), mas em regra, as partes apresentados na inicial é que definem os limites subjetivos da ação. 
	3)causa de pedir; -acarretará a inépcia da inicial: [art. 295, parágrafo único, CPC] i)ausência da causa de pedir. ii)fundamento fático sem relação lógica com o pedido.
	4)pedido;
	5)valor da causa;
	6)juntada dos documentos indispensáveis
	7)protesto por provas;
	8)requerimento de citação do réu
	9)declaração do endereço que as intimações serão recebidas
indeferimento da petição inicial - o indeferimento da petição inicial gera a extinção do processo sem resolução do mérito. [art.295 c/c art. 267, I, CPC]
(é possível o indeferimento parcial da petição inicial? SIM.
-hipóteses de indeferimento da petição inicial (art. 295):
	1)inépcia
	2)carência da ação
	3)decadÊncia e prescrição
	4)procedimento inadequado que não pode ser adaptado
	5)quando não tendidas as prescrições dos art. 39, parágrafo único, 1ª parte, e 284� 
IRREGULARIDADE DA PETIÇÃO INICIAL [art. 282, 283 e 39, I, CPC]- a IRREGULARIDADE DA PETIÇÃO INICIAL ensejará abertura de oportunidade para sua EMENDA.
-verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou complete, no prazo de 10 dias. é necessário que o magistrado dê oportunidade para que o autor regularize os vícios.
-não havendo a regularização, haverá o indeferimento da petição inicial com a consequente extinção do processo sem resolução do mérito. [art. 267, I, c/c art. 295, VI, CPC]
HIPÓTESES POSSÍVEIS:
	
1) PETIÇÃO INICIAL INEPTA
– juiz produz uma SENTENÇA TERMINATIVA.
[extinção do processo sem resolução do mérito]
	
2)PETIÇÃO INICIAL IRREGULAR
– juiz produz uma DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. 
[emenda da inicial]
	
3)PETIÇÃO INICIAL PERFEITA 
– juiz produz DESPACHO (CITE-SE) 
[não há conteúdo decisório]
despacho liminar [nomenclatura dada pela doutrina] - juiz examina a petição inicial, examina os documentos e faz um juízo, provisório, sobre o processo.
	
a)despacho liminar positivo:
regularidade da petição inicial, sendo determinada a citação.
-natureza da decisão: despacho.
-recurso: não cabe.
	
b)despacho liminar negativo:
indeferimento da petição inicial, com a extinção do processo sem resolução do mérito. [art. 267, I, CPC]
-natureza da decisão: sentença.
-recurso: apelação. [art. 296, CPC] [nesse caso a apelação possuirá um regime jurídico próprio] 
(art. 296, CPC( - apelaçãono caso de indeferimento da petição inicial.
-peculiaridades:
	i)retratação: juiz poder se retratar no prazo de 48 horas. [de ordinário, não é possível a retratação no caso da apelação]
	ii)Não há citação do réu: não havendo a retratação, o processo é encaminhado diretamente para a apreciação do tribunal. [situação diferente da apelação quando for aplicado o art. 285-A, CPC]
(petição inicial indeferida no tribunal: [ex.: ação rescisória] – o indeferimento da inicial é realizada pelo relator, nesse caso o ato não será sentença, nem acórdão, mas uma decisão monocrática final, que deverá ser atacada por agravo regimental. [prazo: 5 dias]
CAUSA DE PEDIR
- Duas teorias sobre a causa de pedir: Teoria da Individuação e Teoria da substanciação.
	i) Teoria da Individuação: a causa de pedir é apenas o fundamento jurídico, ou seja, a relação jurídica que serve de base para o pedido.
	ii) Teoria da Substanciação (CPC): a causa de pedir são os fatos e os fundamentos jurídicos.
(ATENÇÃO: fundamento jurídico é a relação jurídica originada dos fatos, e não o fundamento de direito. Este deve ser conhecido pelo juiz.
- Causa de pedir próxima e remota (divergência – sem relevância prática):
	i) Doutrina majoritária: causa de pedir próxima é a relação jurídica afirmada, e remota os fatos.
	ii) Doutrina minoritária: defende exatamente o inverso.
pedido
-o pedido representa um dos elementos identificadores da ação. [partes, pedido e causa de pedir]
-em regra, os limites objetivos da ação serão definidos na petição inicial. Existem outras situações que poderão ampliar esses limites (ex.: ação declaratória incidental, reconvenção, pedido contraposto), mas em regra, os pedidos apresentados na inicial é que definem os limites objetivos da ação. 
-o pedido deve ser certo e determinado. 
	
(Pedido certo(:
pedido que descreve com exatidão a extensão e a qualidade do que o autor quer.
	
(Pedido determinado(:
pedido que descreve com exatidão a quantidade do que o autor quer.
(EXCEÇÕES (PEDIDO GENÉRICO): a) ações universais; b) impossibilidade de determinação das consequências do fato ilícito; c) determinação do valor dependa de ato do réu. 
([súmula 318 STJ] formulado pedido certo e determinado, somente o autor tem interesse recursal em argüir o vício da sentença ilíquida.
acarretará a inépcia da inicial: [art. 295, parágrafo único, CPC] i)ausência do pedido; ii)pedido juridicamente impossível; iii)pedidos incompatíveis entre si;
classificação do pedido:
	a)IMEDIATO - tutela.
	b)REMOTO - bem da vida pretendido.
Princípio da mutabilidade do pedido - até a reforma de 1.994 o princípio era o da imutabilidade, ou seja, o autor não poderia aditar a inicial para alterar o pedido. Atualmente é lícito que o autor, desde que atendidas algumas limitações legais, altere o pedido.
-momento: pedido poderá ser alterado até antes da citação, devendo arcar com as custas acrescidas em razão dessa iniciativa.
-depois da citação somente poderá haver alteração do pedido se o réu concordar.
(Alteração do pedido e revelia - ainda que tenha ocorrida a revelia, o autor não poderá alterar o pedido, a causa de pedir, ou demandar declaração incidente sem que realize nova citação do réu, a quem será assegurado o direito de responder no prazo de 15 dias.
Pedidos implícitos – em decorrência do princípio da adstrição/congruência, que não permite que a tutela jurisdicional extrapole os limites do pedido, a regra é que o autor deve apresentar todos os seus pedidos de forma explícita.
-a existência de pedidos implícitos é tida como exceção, assim sendo, eles devem estar explicitamente previstos pela lei.
-hipóteses consideradas como pedidos implícitos:
	a)juros legais: junto ao principal, o art. 293, CPC, exige que sejam considerados os juros legais. (juros contratuais: nesse caso deverá haver pedido explícito.
b)correção monetária
c)honorários advocatícios e custas processuais): juiz concederá a tutela específica ou resultado prático equivalente ou perdas e danos.
c)prestações periódicas: independentemente da declaração expressa do autor, as prestações periódicas são consideradas incluídas no pedido.
(ATENÇÃO: não confundir pedido implícito com pedido genérico, que é expresso.
(é possível a utilização de embargos declaratórios (omissão) no caso de pedido implícito? SIM. Por determinação legal, o juiz deve apreciar os pedidos implícitos, podendo, a sua omissão, ser atacada pelos embargos declaratórios.
cumulação de pedidos [cumulação objetiva] – é permitida a cumulação, num mesmo processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
-requisitos de admissibilidade da cumulação objetiva:
	i)compatibilidade entre os pedidos
	ii)competência do órgão jurisdicional para todos os pedidos;
	iii)adequação procedimental
(se os ritos forem conversíveis em ordinário, mesmo que sejam diferentes, poderá haver a cumulação. Se for hipótese de procedimento irredutível (aquele que é especial do início ao fim – ex.: MS), somente poderá haver cumulação com pedidos que admitam o mesmo rito (MS + MS).
espécies de cumulações:
	
a)cumulação própria:
formulação de 2 ou + pedidos e pretensão de que todos sejam julgados. 
Nesse caso o conectivo lógico é o “E”. 
[o autor quer um pedido e o outro]
	
b)cumulação imprópria:
formulação de 2 ou + pedidos e pretensão de que um/alguns sejam julgados. Nesse caso o conectivo lógico é o “ou”. [o autor quer um pedido ou o outro] (é a reunião de dois ou mais pedidos, em uma só iniciativa processual, com intenção de que apenas um deles seja acolhido, ficando excluído o acolhimento do outro.
	
i)eventual ou simples
– nesse caso os pedidos não têm relação entre si, inexistindo subordinação ou dependência entre eles. Juiz poderá aceitar todos, ou apenas 1 deles.
	
ii)sucessiva
– nesse caso os pedidos estão ligados entre si por um nexo de prejudicialidade. O eventual acolhimento do pedido consequente dependerá, necessariamente, do prévio acolhimento do pedido antecedente. É possível a identificação da relação de subordinação/dependência entre os pedidos (pedido consequente depende do acolhimento do pedido antecedente).
-o acolhimento do antecedente pode levar ao reconhecimento do consequente, mas o acolhimento do consequente necessariamente depende do acolhimento do antecedente.
	
i)alternativa
- hipótese em que os pedidos cumulados possuem mesma importância, sendo indiferente o acolhimento de um ou outro. Qualquer deles satisfaz o autor.
(interesse recursal x acolhimento de um dos pedidos: não há possibilidade de recurso caso um dos pedidos seja acolhido. Por serem de mesma grandeza não haveria interesse recursal; o tribunal não poderia melhorar a situação. 
	
ii)subsidiária
- hipóteses que os pedidos cumulados não possuem mesma importância. O autor pretende o acolhimento de um deles, somente não sendo possível tal hipótese é que pretende que o outro seja atendido.
(interesse recursal x acolhimento de um dos pedidos: não há possibilidade de recurso caso um dos pedidos seja acolhido. Por serem de mesma grandeza não haveria interesse recursal; o tribunal não poderia melhorar a situação. 
Resposta do Réu. Revelia. 
Material Marcos Góes
	STJ - 3aT
	429
	Defesa do Réu
	O comparecimento do réu à audiência de conciliação desacompanhado de advogado, porém munido de peça contestatória, não afasta os efeitos da revelia, uma vez que o advogado é quem possui capacidade postulatória.
RESPOSTA DO RÉU
REAÇÕES POSSÍVEIS [10 alternativas possíveis]
 	1)CONTESTAÇÃO
	
a)DIRETA
– negação do direito material pelo autor sustentado.
	
b)INDIRETA
i)DE MÉRITO
PRELIMINARES DE MÉRITO]
– assunção do direito material pelo autor sustentado, com a oposição de fato que o 
neutraliza. [fato impeditivo, extintivo, modificativo] [
ii)PROCESSUAL
 [PRELIMINARES AO MÉRITO]2)EXCEÇÕES DE INCOMPETÊNCIA
 	3)EXCEÇÕES DE SUSPEIÇÃO
 	4)EXCEÇÕES DE IMPEDIMENTO
 	5)RECONVENÇÃO - forma de reação, e não de defesa.
 	6)RECONHECIMENTO JURÍDICO DO PEDIDO - avesso da contestação direta.
 	7)REVELIA - é a ausência de contestação.
 	8)CHAMAMENTO AO PROCESSO
 	9)NOMEAÇÃO À AUTORIA
 	10)IMPUGNAÇÃO DO VALOR DA CAUSA - o valor da causa é signo definidor de competência relativa. [no caso dos juizados ela será absoluta e não será tratada de maneira isolada, deverá ser manifestada como uma preliminar na contestação]
classificação do direito de defesa
1)CRITÉRIO: QUANTO AO OBJETO
	
a)DEFESA PROCESSUAL
- são as defesas que VISAM ATACAR A RELAÇÃO PROCESSUAL OU A AÇÃO. O acolhimento de defesa processual não interfere no mérito da causa.
	
b)SUBSTANCIAL OU DE MÉRITO
- são as defesas que VISAM ATACAR O MÉRITO DA AÇÃO.
	
i)DILATÓRIA OU IMPRÓPRIA
- é a defesa que, uma vez acolhida, NÃO PRODUZ A EXTINÇÃO DA AÇÃO, mas a ampliação do tempo do processo. [“dilatar” – ampliar]
	
ii)PEREMPTÓRIA OU PRÓPRIA
- é a defesa que. uma vez acolhida, PRODUZ A EXTINÇÃO DA AÇÃO. [“perimir” – extinguir]
	
i)DIRETA
- réu nega a existência ou modo de ocorrência dos fatos alegados. [defesa RELACIONADA À CAUSA DE PEDIR OU AO PEDIDO]
	
ii)INDIRETA
– réu não nega os fatos alegados, ele apenas apresenta sua versão, apresentando fato extintivo, modificativo ou impeditivo do direito do autor
contestação
 	-é o ato mais importante da defesa.
Prazo - 15 dias.
-contagem do prazo:
	
a)citação pelo correio:
data da juntada do aviso de recebimento.
	
b)citação por oficial de justiça:
 data da juntada do mandado cumprido.
	
c)citação por edital:
findo o prazo assinado pelo juiz.
(contagem quando houver vários réus: o prazo terá início a partir da juntada do último aviso de recebimento ou do último mandado cumprido.
-havendo desistência da ação em relação a um réu ainda não citado, o prazo para os demais contestarem tem início com o despacho que deferir a desistência.
-essa regra não se aplica aos embargos à execução, cujo prazo de cada litisconsorte passivo terá início com a juntada do seu respectivo mandado cumprido. Nesse caso, o início da contagem do prazo será independente.
(contagem no caso de carta de ordem, precatória ou rogatória: a contagem terá início a partir da data da juntada aos autos da carta cumprida.
-litisconsórcio passivo e contagem do prazo: 
	(pluralidade de réus com mesmo advogado: prazo comum.
	(pluralidade de réus com advogados distintos: prazo em dobro. [art. 191, CPC]
(STJ: ainda que seja dentro do mesmo escritório, se houver procuradores distintos, haverá aplicação do dispositivo.
(executados com procuradores diferentes e a contagem do prazo em dobro: por expressa determinação legal, não se aplica aos embargos à execução a regra do art. 191, CPC que afirma que o prazo para a manifestação dos litisconsortes com procuradores diferentes será contado em dobro.
ônus da impugnação específica dos fatos: o réu deverá se manifestar especificamente sobre cada fato alegado pelo autor, sob pena de serem considerados incontroversos.
-hipóteses que a regra do ônus da impugnação específica não se aplica: [hipóteses em que será possível a contestação por negação geral]
	(advogado dativo;
	(curador especial;
(MP 
(a contestação por negação geral equivale a uma contestação que impugna especificamente cada um dos fatos alegados. Nesse caso o ônus da prova será do autor.
hipóteses que os fatos impugnados não serão considerados verdadeiros:
	
i)fato sobre qual não se admite confissão
– se for direito indisponível, ainda que réu não negue, o autor tem o dever de provar. [ex.: Fazenda Pública como ré]
	
ii)fatos que dependem de documentação:
- os fatos que a lei exige, como sua substância, a utilização de instrumento público (ex.: certidão de casamento), ainda que não haja manifestação específica do réu, não são atingido pela presunção de veracidade. O momento da produção da prova documental, para o autor, é a petição inicial. Por isso o dispositivo flexibiliza a presunção de veracidade; caberá ao autor demonstrar (na petição inicial) tais fatos com o documento exigido pela lei.
	
iii)quando houver contradição
– também não haverá presunção de veracidade quanto aos fatos, que apesar de não terem sido especificamente impugnados, estão em contradição com o que foi apresentado na defesa. Nesse caso, há a demonstração e impugnação de apenas alguns fatos, mas a análise dos fatos que não foram impugnados permite torná-los controversos.
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE OU DA CONCENTRAÇÃO - na contestação o réu deve deduzir todas as defesas que possui, sob pena de preclusão.
-o art. 300 deve ser analisado juntamente com o art. 303 e suas exceções.
-exceções: [hipóteses que será possível alegação de defesa após o momento da contestação] [art. 303, CP]
	i)DIREITO SUPERVENIENTE;
	ii)DEFESAS DAS QUAIS O JUIZ CONHEÇA DE OFÍCIO (OBJEÇÕES) - as matérias do art. 301, com exceção do compromisso arbitral, poderão ser reconhecidas de ofício pelo juiz. [art. 301, §4º, CP]
	iii)DEFESAS QUE POR LEI PODERÃO, A QUALQUER TEMPO, SER ALEGADAS - não é a mesma situação do inciso II. Essa hipótese trata de matéria que o juiz não pode conhecer de ofício. [ex.: decadência convencional]
Defesas processuais ou preliminares ao mérito
 	i)inexistência ou nulidade da citação; [defesa processual dilatória] [pressuposto processual positivo]
 	ii)incompetência absoluta; [defesa processual dilatória] [pressuposto processual positivo – de desenvolvimento] – diferente da incompetência relativa, a incompetência absoluta, que é defeito insanável, poderá ser arguida a qualquer tempo (não preclui) e deverá ser apresentada no corpo da contestação (como preliminar ao mérito). -declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz competente.
 	iii)inépcia da petição inicial; [defesa processual peremptória] [pressuposto processual positivo – de desenvolvimento] (atenção: se a inépcia da inicial for reconhecida de plano, o regime jurídico da apelação será o do art. 296, CPC (retratação – 48hs; sem citação do réu). Se ela for reconhecida em momento posterior, o regime jurídico será o ordinário (art. 513 e ss, CPC).
 	iv)perempção, litispendência e coisa julgada; [defesa processual peremptória] [pressuposto processual negativo]
 	v)conexão ou continência; [defesa processual dilatória] 
 	vi)incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
 	vii)convenção de arbitragem; [defesa processual peremptória] 
 	viii)carência de ação; [defesa processual peremptória] 
 	ix)falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. [defesa processual peremptória] 
(demandado contesta no prazo devido, mas alega inexistência/nulidade da citação: nesse caso o juiz deverá reconhecer a nulidade/inexistência de forma que os efeitos (materiais e processuais) decorrentes da citação sejam apagados. É incorreto a postura do magistrado que não acolhe a argumentação apresentada sob o fundamento de que houve contestação dentro do prazo.
manifestação em contestação quanto a tutela anteriormente concedida: se for hipótese de incompetência absoluta, pedir a cassação da decisão interlocutória que concedeu a tutela (art. 113, § 2º, CPC); nos demais casos, pedir a revogação da tutela nos termos do art. 273, § 4º, CPC.
Atenção:	(cassação: da decisão que concedeu a tutela.
	(revogação: da tutela ( nesse caso a decisão é reformada.
REVELIA
Revelia: é a ausência de contestação.
efeitos da revelia:
	
a)efeito pROCESSUAL:
[réu revel + sem patrono]
( prazos correm INDEPENDENTEMENTE DE INTIMAÇÃO. [art. 322, CPC] 
-termo inicial para contagem do prazo nesses casos: PUBLICAÇÃO DO ATO no cartório, e não da imprensa. 
-efeitoprocessual da revelia = revelia + contumácia - o efeito processual da revelia decorrerá da postura do revel contumaz, ou seja, quando o réu, além de não apresentar contestação, deixa de constituir patrono para a causa. [art. 322, CPC - “Contra o revel que não tenha patrono (...)”] Sujeito que comparece no processo, constituindo advogado, não sofrerá a incidência do efeito processual da revelia (nesse caso há revelia, mas não há contumácia). 
-o revel poderá intervir no processo em qualquer fase, mas RECEBERÁ O PROCESSO NO ESTADO QUE ESTE SE ENCONTRAR. [art. 322, parágrafo único, CPC]
	
b)efeito MATERIAL:
presumem-se VERDADEIROS os fatos alegados pelo autor. [art. 319, CPC]
(atenção: a ausência de contestação faz com que os fatos alegados não se tornem incontroversos. Isso não significa que os fatos são considerados verdadeiros, MAS QUE SOBRE ELES não haja dúvida.
efeitos da revelia apontados pelo prof. marcato:
 	1)os fatos alegados presumem-se verdadeiros;
 	2)autor fica dispensado de provar os fatos que alegou;
 	3)a fase instrutória é dispensada;
 	4)cabimento do julgamento antecipado;
 	5)o julgamento antecipado será favorável ao autor [a única versão conhecida dos fatos é do autor]
hipóteses de inocorrência do efeito material da revelia: [art. 320, CPC] [rol exemplificativo - existem outras hipóteses que não estão no dispositivo]
	a) PLURALIDADE DE RÉUS COM CONTESTAÇÃO DE UM DELES 
	b) LITÍGIO VERSAR SOBRE DIREITOS INDISPONÍVEL 
	c)IRREGULARIDADE DA INICIAL NÃO ACOMPANHADA POR INSTRUMENTO CONSIDERADO INDISPENSÁVEL À PROVA
	d) matéria unicamente de direito
	e) réu sendo defendido por curador de ausentes
	f)versão fática apresentada pelo autor é inverossímil
Alteração do pedido e revelia - ainda que tenha ocorrida a revelia, o autor não poderá alterar o pedido, a causa de pedir, ou demandar declaração incidente sem que realize nova citação do réu, a quem será assegurado o direito de responder no prazo de 15 dias.
Revelia e a possibilidade de ação declaratória incidental – o art. 321 menciona que ocorrida a revelia, eventual ação declaratória incidental dependerá de nova citação. Ocorre que a possibilidade do referido instituto depende do surgimento de questão (ponto controvertido), porém esta só surgirá com a existência de contestação. Daí porque alguns autores, equivocadamente, sustentam que tal dispositivo seria inútil. Prof. Marcato destaca 2 hipóteses que o dispositivo terá aplicação:
 	a)caso de litisconsórcio em que um deles tiver contestado;
 	b)curador de ausente
(art. 324, CPC( - havendo a revelia, mas sendo caso de inocorrência dos efeitos materiais, o magistrado determinará que o autor ESPECIFIQUE AS PROVAS QUE PRETENDE PRODUZIR. [art. 324, CPC]
-a ausência de contestação pelo réu faz com que sobressaia apenas a versão do autor, se essa versão não é de possível presunção (hipóteses em que não haverá produção dos efeitos materiais da revelia), os fatos devem ser provados. 
(é possível que ocorra a revelia ocorra duas vezes no mesmo processo? SIM. Após a ocorrência da revelia autor altera o pedido e faz nova citação, sendo possível que a não apresentação de contestação venha a caracterizar nova revelia.
Exceções procedimentais ou rituais
Modalidades de EXCEÇÕES procedimentais/rituais 
	a)exceção de INCOMPETÊNCIA relativa;
	b)exceção de SUSPEIÇÃO; 
	c)exceção de IMPEDIMENTO.
nomenclatura 
	Excipiente: quem ingressa.
 	Excepto: em face de quem se ingressa.
(autor pode opor exceção? Sim, é possível que o autor oponha exceção, é o caso de uma suspeição ou um impedimento que ocorra supervenientemente.
Regime jurídico comum às exceções-as exceções podem ser opostas por qualquer uma das partes.
-as exceções rituais são processadas em apartado, com rito procedimental próprio.
-momento de oposição das exceções rituais: podem ser opostas a qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que opostas dentro do prazo de 15 dias, contados do fato que ocasionou a incompetência, impedimento ou suspeição.
	(prazo: 15 dias.
	(termo inicial: data do fato que ocasionou.
-as exceções rituais suspenderão o processo (art. 265, III, CPC) e os prazos processuais (art. 180, CPC). Dessa forma, elas acabam por promover a dilação da fase postulatória. [PROVIDÊNCIA AMPLIATIVA GENÉRICA]
(suspensão dos prazos( - após o julgamento definitivo da exceção os prazos serão restituídos por tempo igual ao que faltava para sua complementação. [ex.: réu tem 15 dias para contestar, no 5º dia apresenta exceção de incompetência relativa, após o julgamento final desta seu prazo para apresentar contestação será de 10 dias (o que restava do prazo)]
-momento da suspensão: oposição ou recebimento da exceção? Dúvida decorre do fato de a literalidade do art. 265, III, CPC determinar que a oposição que suspende o processo, enquanto a literalidade do art. 306, CPC, dispõe que o que suspenderá é o recebimento. No caso o que suspende o processo é a oposição, o fundamento dessa conclusão decorre do fato de que o próprio art. 306, apesar de dizer que é o recebimento que suspende, faz referência ao art. 265. Outro fundamento decorre do fato de que o ato de recebimento tem natureza declaratória, produzindo efeitos ex tunc.
exceção de incompetência relativa - a incompetência absoluta deve ser arguida como preliminar ao mérito (art. 301, II, CPC), a incompetência relativa como exceção ritual (art. 307, CPC).
-trata-se de vício sanável, caso não seja arguida a tempo poderá ser prorrogada, caso não seja reconhecida pelo juiz na forma do parágrafo único do art. 112, ou não seja alegada pela parte. 
Atenção: ainda que a forma adequada para o questionamento da incompetência relativa seja por meio de petição autônoma, há jurisprudência entendendo, em decorrência do princípio da instrumentalidade das formas, que a sua alegação dentro da contestação constitui mera irregularidade formal, devendo ser analisada sempre que a finalidade essencial do ato foi atingida e não houve prejuízo à defesa da parte contrária.
-a nulidade de cláusula de eleição de foro em contrato de adesão, com a alteração realizada pela Lei 11.280/06, passa a ter natureza de objeção, podendo ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para juízo de domicílio do réu.
-a incompetência relativa será arguida por petição fundamentada e devidamente instruída, indicando o juízo o qual declina.
-a exceção de incompetência não é dirigida contra o juiz (não tem nada a ver com a figura do juiz), por isso é ele que a julgará. 
-processamento:
	
1)petição alegando exceção;
	
2)autos são conclusos ao juiz
	
3)intimação do excepto
	
4)audiência de instrução
[se necessária]
	
5)decisão
-natureza jurídica:
decisão interlocutória.
recurso: 
agravo de instrumento.
exceção de impedimento e suspeição – nessas duas situações o sujeito passivo será o juiz. A intenção da parte é “retirar o juiz”, o processo permanece onde está.
-o julgamento será feito pelo tribunal, e não pelo próprio juiz, como ocorre com a exceção de incompetência relativa.
-no impedimento, não haverá preclusão (obstáculo é absoluto), na suspeição, não havendo alegação oportuna, poderá ser reconhecida a preclusão. 
	
-hipóteses de impedimento 
– exercício de funções nos seguintes casos:
 [são causas objetivamente verificáveis]
a)quando for parte;
b)quando interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do ministério público ou prestou depoimento como testemunha;
c)quando conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo proferido sentença ou decisão;
d)quando for advogado no processo seu cônjuge ou qualquer parente (consanguineo ou afim, na linha reta ou colateral até 2º grau);
e)quando a parte for cônjuge ou parente (consanguineo ou afim, linha reta ou colateral até 3º grau);
f)quando for pJ do qual faça parte de órgão de direito ou de administração;-hipóteses de suspeição:
[são causas subjetivas]
a)amigo íntimo (amizade fidalgal) ou inimizade capital (inimizade figadal) de uma das partes. 
b)parte for credora ou devedora sua ou do seu cônjuge ou de parente destes (linha reta ou na colateral até 3º grau). 
c)herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes. 
d)receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo. 
e)aconselhar alguma das partes acerca do objeto da cusa. 
f)subministrar meios para atender as despesas do litígio. 
g)tiver interesse no julgamento favorável para uma das partes. 
-o juiz poderá se declarar suspeito por motivo íntimo, não necessitando indicar as suas razões para as partes. A justificação deve ser dada ao Juiz Corregedor e ao Presidente do Tribunal. A finalidade da norma é preservar a imparcialidade do juiz.
-procedimento:
1)petição - a parte dirigirá a petição ao juiz da causa, especificando o motivo da recusa (impedimento ou suspeição), podendo ser instruída com documentos e apresentar rol de testemunhas.
(exceções (suspeição e impedimento) e necessidade de procuração com poderes especiais: o STJ entende que o oferecimento das exceções de suspeição e impedimento não demanda procuração com poderes especiais.
2)manifestação judicial - juiz pode reconhecer a alegação ou contrariá-las.
	
a)reconhece a alegação: 
juiz reconhece a alegação apresentada e encaminha o processo para seu substituto legal.
-natureza da decisão: decisão interlocutória.
-recurso: não há ( inexiste interesse recursal nesse caso, ninguém tem direito a ser julgado por um juiz certo.
	
b)contraria a alegação:
deverá apresentar suas razões (prazo de 10 dias), apresentando os documentos que fundamentam esse posicionamento e o rol de testemunha, ordenando a remessa para o tribunal.
3)julgamento do tribunal - caso o juiz não reconheça a alegação apresentada, o julgamento da exceção de incompetência/suspeição será julgada pelo tribunal.
	
a)procedência da exceção:
reconhece as alegações do excipiente e determina a remessa dos autos para o substituto legal, condenando o magistrado nas custas.
	
b)improcedência da exceção:
as alegações do excipiente são consideradas infundadas, sendo determinado o arquivamento da exceção.
(Pode o juiz se opor à decisão do Tribunal que julga procedente a exceção de suspeição ou de impedimento?
a)Impossibilidade: o juiz deve se submeter às decisões superiores. [Prof. Marcato]
b)Possibilidade: seria possível a interposição de RE ou REsp contra o acórdão que o julgou suspeito ou impedido, pois ele é parte passiva da exceção, tendo legitimidade para recorrer. Nesse caso o interesse do juiz em recorrer reside em dois pontos:
	i)na defesa do múnus público que seu cargo representa, e o respeito ao princípio do juiz natural (CF art. 5º, LIII);
	ii)na defesa de seu direito subjetivo, porque condenado a afastar-se do processo e a pagar as custas do incidente. 
RECONVENÇÃO
Reconvenção: é uma ação incidental de natureza facultativa ajuizada pelo réu em face do autor com o aproveitamento da base processual já existente.
(ação incidental( - é proposta como um incidente da ação original proposta em face do réu.
(natureza facultativa( - caso o réu não apresente a reconvenção, é possível que postule sua pretensão por meio de ação própria, ajuizada em momento posterior.
-a regra é que o juiz julgará os pedidos apresentados pelo autor, sendo que o réu será chamado ao processo para se defender, não para postular algo. Ocorre que o ordenamento prevê algumas situações (excepcionais, por isso dependente de previsão expressa) nas quais o réu poderá se utilizar da mesma base processual para exercer sua pretensão em face ao autor. Uma dessas possibilidades é manifestada por meio do instituto da reconvenção. [princípio da economia processual, seguridade jurídica (garantia de harmonia dos julgados)] 
(CONTESTAÇÃO NAS AÇÕES DÚPLICES: tem a função de FAZER A DEFESA e MANIFESTAR A PRETENSÃO EM FACE DO AUTOR.
-a reconvenção se apresenta como uma hipótese em que o réu altera os limites objetivos da demanda, apresentando novos pedidos serão agregados àqueles apresentados pelo autor.
-a reconvenção representa uma das formas de dilação da fase postulatória. [PROVIDÊNCIA AMPLIATIVA GENÉRICA]
-o art. 315, caput, CPC, ao tratar do instituto da reconvenção, utiliza a expressão “ação principal” ao se referir à ação proposta em face do réu reconvinte. A expressão transmite a idéia de que a reconvenção seria “ação acessória” o que é equivocado. A reconvenção tem autonomia em relação à ação original (expressão que deveria ter sido usada). [a AÇÃO RECONVENCIONAL É AUTÔNOMA]
nomenclatura:
 	(RECONVINTE: réu que apresenta a reconvenção.
	(RECONVINDO: autor contra quem a reconvenção é apresentada.
natureza jurídica da reconvenção: AÇÃO.
-a reconvenção se apresenta como uma das modalidades de defesa disponíveis ao réu, mas por meio dela ocorrerá efetivo direito de ação ( réu apresentará as pretensões que tem em face do autor.
pressupostos da reconvenção: - a reconvenção ocasiona o cúmulo objetivo, sendo acrescentados novos pedidos à demanda. Por isso serem aplicáveis as regras da cumulação objetiva.
	
a)COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO JURISDICIONAL
- o órgão jurisdicional competente para a apreciação dos pedidos do autor, também deverá estar apto para analisar os pedidos realizados na reconvenção.
	
b)ADEQUAÇÃO PROCEDIMENTAL
– o rito procedimental aplicável aos pedidos do réu devem ser adequados ao rito utilizado na ação apresentada pelo autor.
fundamentos da reconvenção:
	
i)CONEXÃO COM A AÇÃO PRINCIPAL
– hipótese que a PRETENSÃO DO RÉU encontra-se conexa ao FUNDAMENTO DA AÇÃO PRINCIPAL.
	
ii)CONEXÃO COM O FUNDAMENTO DA CONTESTAÇÃO
– hipótese que a PRETENSÃO DO RÉU encontra-se conexa ao FUNDAMENTO DA CONTESTAÇÃO.
regime jurídico da reconvenção - a reconvenção deve ser apresentada por petição inicial , de forma autônoma em relação à contestação (autonomia formal em relação à contestação), como determinado pelo art. 299, CPC ( “A contestação e a reconvenção serão oferecidas simultâneamente, em peças autônomas (...)”.
-prazo para reconvenção: 15 DIAS [art. 297, CPC](termo inicial: citação.
(PRECLUSÃO TEMPORAL X PRECLUSÃO LÓGICO-CONSUMATIVA
	
PRECLUSÃO TEMPORAL
– deve ser oferecida no prazo de 15 dias. [art. 297, CPC]
	
PRECLUSÃO LÓGICO-CONSUMATIVA
– contestação e reconvenção devem ser oferecidas simultaneamente [art. 299, CPC]
-interpretação da expressão “SIMULTANEAMENTE”: [divergência]
	
a)LITERALIDADE DO DISPOSITIVO
– impossibilidade de oferecimento separado, sob pena de caracterização de preclusão lógico-consumativa.
	
b)DEPENDERÁ DO FUNDAMENTO DA CONTESTAÇÃO
– a caracterização da preclusão lógico-consumativa dependerá do fundamento da contestação. 
(RECONVENÇÃO FUNDADA EM 
CONEXÃO COM A AÇÃO PRINCIPAL
– nesse caso não haveria preclusão lógico-consumativa se as peças forem apresentadas em momentos distintos.
(RECONVENÇÃO FUNDADA EM
CONEXÃO COM O FUNDAMENTO COM A CONTESTAÇÃO
– nesse caso haverá preclusão lógico-consumativa se as peças forem apresentadas em momentos distintos. Necessariamente deverão ser apresentadas de forma simultânea.
(a preclusão lógico-consumativa somente ocorreria na hipótese de reconvenção fundada na conexão com o fundamento da contestação, somente nesse caso devem ser propostas simultaneamente.
(é possível existir reconvenção sem contestação? Sim, desde que o fundamento da reconvenção seja a ação originária.
-não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem.
RECONVENÇÃO AMPLIATIVA - reconvenção por meio da qual o reconvinte traz um terceiro alheio à relação processual originária.
-é possível no sistema brasileiro? [divergência]
	a)IMPOSSIBILIDADE ( fundamento: literalidade do art. 315,CPC [“O réu pode reconvir ao autor (...)”].
	b)POSSIBILIDADE ( fundamento: em princípio não poderia, mas se a reconvenção tiver natureza de AÇÃO REAL IMOBILIÁRIA e o autor for casado seria possível a reconvenção ampliativa. [posição minoritária]
RECONVENÇÃO REDUTIVA - reconvenção na qual ocorre a redução das partes envolvidas. Réu reconvém apenas em relação a alguns dos litisconsortes ativos existentes.
 	-possibilidade no sistema brasileiro? Sim, desde que seja caso de litisconsórcio facultativo.
reconvenção no caso de LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO:
 	Litisconsórcio necessário aTIVO: reconvenção deve ser proposta contra todos os autores.
	Litisconsórcio necessário PASSIVO: todos os litisconsortes devem reconvir.
RECONVENÇÃO DA RECONVENÇÃO - discussão se seria possível que o autor reconviesse após a apresentação da reconvenção. [divergência]
a)IMPOSSIBILIDADE ( fundamento: pela literalidade do dispositivo quem reconvém é o réu.
b)POSSIBILIDADE ( fundamento: será possível, desde que os pressupostos para a propositura da reconvenção sejam atendidos.
(não há posição majoritária.
INDEFERIMENTO DE PLANO DA RECONVENÇÃO
-natureza da decisão: DECISÃO INTERLOCUTÓRIA.
-recurso: AGRAVO DE INSTRUMENTO.
-a reconvenção não é compatível com os JUIZADOS nem com o PROCEDIMENTO SUMÁRIO. A razão decorre do fato de que ela promove, de forma incompatível com tais procedimento, ampliação dos limites da lide, trazendo fatos novos e ampliando o campo das provas a serem produzidas.
-nestes 2 casos deverá ser utilizada a técnica da CONTRAPOSIÇÃO DE PEDIDOS OU PEDIDOS CONTRAPOSTOS. [no próprio corpo da contestação o réu já formula pedidos em face do autor]
-o art. 31, caput da Lei 9.099/95 é expresso em proibir a utilização da reconvenção nos procedimentos dos juizados especiais. Nos artigos que tratam sobre o rito sumário não há tal proibição de forma expressa, mas também é pacífica a impossibilidade do manuseio da reconvenção nesse caso. A justificativa para tal proibição é teleológica. Os procedimentos sumarizados objetivam a solução rápida do conflito. Na reconvenção, a possibilidade do demandado formular pedido contra o demandante acaba por ampliar os limites objetivos da lide inicialmente proposta - o que acaba por retardar a prestação jurisdicional pleiteada. Em decorrência dos requisitos exigidos para a utilização da técnica da contraposição de pedido (mesmos fatos e pedidos de mesma natureza) essa ampliação não ocorre.
-requisitos para o PEDIDO CONTRAPOSTO:
	i)PEDIDO DEVE TER A MESMA NATUREZA DA AÇÃO
	ii)PEDIDO DEVE SE FUNDAR NOS MESMOS FATOS
(justificativa da possibilidade da utilização da técnica de pedido contraposto: apesar da possibilidade do réu formular pedido contra o autor, não haverá ampliação dos limites da lide uma vez que os fatos se tornarão incontroversos e os pedidos terão as mesmas naturezas.
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS:
	rito sumário – pedido em contestação [art. 278, § 1º,CPC] - pedido feito na mesma peça da contestação [não tem natureza de ação]. Pedido em contestação é diferente de pedido contraposto.
	rito sumaríssimo – pedido contraposto [art. 31, Lei 9.099/95] - procedimento especial. Se o pedido for dotado de caráter dúplice não será possível a utilização da reconvenção.
(nomenclatura dos institutos tratados no art. 278, § 1º, CPC, no art. 31, caput, Lei 9.099/95 e no art. 17, § único, Lei 9.099/95� - o Prof. Júlio defende que pedido em contestação, hipótese do art. 278, § 1º, CPC , é diferente do pedido contraposto, art. 31, caput, Lei 9.099/95;
 	-Nelson Nery Júnior – não identifica distinção entre o art. 278, § 1º, CPC e o art. 31, caput, Lei 9.099/95.
	-há doutrinador que afirme que pedido contraposto só ocorrerá na hipótese do art. 17, § único, Lei 9.099/95, e que os outros dois casos são hipótese de pedidos dúplices.
reconvenção em procedimento especial [súmula 292 STJ] - a partir da instauração de procedimento ordinário torna-se possível a utilização da reconvenção.
AÇÃO POPULAR– não cabe, pois o autor não pleiteia em nome próprio (art. 315, parágrafo único do CPC).
AÇÃO MONITÓRIA– cabível - Súmula 292 STJ: a reconvenção é cabível na ação monitória, após a conversão do procedimento em ordinário.
embargos á execução fiscal– “não será admitida reconvenção” nos embargos à execução fiscal (art. 3º da Lei 6.830/80)
AÇÃO RESCISÓRIA – somente será admitida se o pedido reconvencional também for rescisório e relativo ao mesmo julgado impugnado (TJDFT, 20090020096006ARC)
Das Providências Preliminares. 
Dilatação da FASE POSTULATÓRIA
-a FASE POSTULATÓRIA tem a função de ESTABELECER OS LIMITES DA LIDE.
-em regra, é o AUTOR que define os limites da lide [momento: petição inicial], mas em algumas situações é possível que o RÉU influencie na determinação desses limites. [ex.: reconvenção, nomeação à autoria, chamamento ao processo]
-ampliação da fase postulatória depende de uma razão para tanto. Não ocorrendo nenhuma dessas hipóteses a fase postulatória se encerra com a manifestação do réu.
-findo o prazo para a resposta do réu, o escrivão fará a conclusão dos autos. O juiz, no prazo de 10 dias, determinará, conforme o caso, as providências preliminares.
-as hipóteses de dilatação da fase postulatória podem ser divididas em:
	a)PROVIDÊNCIAS AMPLIATIVAS GENÉRICAS - estão espalhadas pelo sistema.
	b)PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES – providências, previstas nos arts. 323 a 327, CPC, que, em sendo o caso, deverão ser tomadas pelo juiz antes de finalizada a fase postulatória.
-hipóteses de dilatação da fase postulatória: 
	1)CONTESTAÇÃO INDIRETA DE MÉRITO OU INDIRETA PROCESSUAL. [PROVIDÊNCIA PRELIMINAR]
	2)QUAISQUER DAS EXCEÇÕES procedimentais [INCOMPETÊNCIA, de SUSPEIÇÃO e de IMPEDIMENTO] [PROVIDÊNCIA AMPLIATIVA GENÉRICA]
	3)RECONVENÇÃO [PROVIDÊNCIA AMPLIATIVA GENÉRICA]
	4)NOMEAÇÃO À AUTORIA [PROVIDÊNCIA AMPLIATIVA GENÉRICA]
	5)CHAMAMENTO AO PROCESSO [PROVIDÊNCIA AMPLIATIVA GENÉRICA]
	6)IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA [PROVIDÊNCIA AMPLIATIVA GENÉRICA]
	7)DECLARATÓRIA INCIDENTAL 
1)CONTESTAÇÃO INDIRETA DE MÉRITO OU INDIRETA PROCESSUAL [arts. 326 e 327, CPC] - hipóteses que haverá uma inovação temática trazida pelo réu, ou seja, traz um tema que não foi trazido pelo autor.
-conseqüência ( necessidade de garantia do contraditório para o autor (RÉPLICA). [arts. 326 e 327, CPC] [prazo: 10 DIAS]
([art. 326, CPC] – [hipótese de CONTESTAÇÃO INDIRETA DE MÉRITO] – o réu apresenta um fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
-autor será ouvido no prazo de 10 dias, podendo produzir prova documental.
([art. 327, CPC] – [hipótese de CONTESTAÇÃO INDIRETA PROCESSUAL] – réu alega matérias enumeradas no art. 301, CPC.
-autor será ouvido no prazo de 10 dias, podendo produzir prova documental.
-sendo identificada alguma irregularidade ou nulidade sanável, juiz mandará supri-las, fixando prazo nunca superior a 30 dias.
(se a contestação contiver matéria exclusivamente de mérito não há a dilatação.
	Reconvenção x ação declaratória incidental
	
	RECONVENÇÃO
	AÇÃO DECLARATÓRIA INCIDENTAL
	autonomia
	
-autônoma.
	
-não é autônoma.
	finalidade
	
-apresentar pretensão contra autor.
	
-ampliar os limites da coisa julgada.
	legitimidade
	-só defesa.
	
-autor ou réu.
	natureza do provimento
	-qualquer natureza.
	
-só declaratório.
	limites da matéria alegada
	-fatos novos conexos.
	
-só questão prejudicial interna.
	Prazo
	-simultaneamente com a contestação.
	
-10 dias.
Julgamento Conforme o Estado do Processo.
Material Marcos Góes
	STJ
	AGA 693982
	Audiência Preliminar
	Não importa nulidade do processo a não realização da audiência de conciliação, uma vez que a norma contida no artigo 331 do CPC visa a dar maior agilidade ao processo e as partes podem transigir a qualquer momento.
	STJ
	Resp 431058
	Audiência Preliminar
	Não hácerceamento de defesa no julgamento antecipado da lide por ausência de audiência de conciliação - desnecessária, em sendo possível o julgamento antecipado. - O Juiz é o destinatário da prova e a ele cabe selecionar aquelas necessárias à formação de seu convencimento.
providências preliminares
Fase de Saneamento: composta pelas providências preliminares e pelo julgamento conforme o estado do processo.
Providências Preliminares: logo após a contestação. Dependem das condições específicas do processo. 
Rol de possíveis providências preliminares:
- intimação para réplica (se o réu apresentar preliminares ou defesas indiretas)
- intimação para manifestação sobre documentos juntados pelo réu
- se o houver reconvenção, ação declaratória incidental, denunciação da lide, chamamento ao processo, nomeação à autoria, o juiz deverá determinar as providências pertinentes (intimação para contestação, etc.)
- determinação de correção de defeitos processuais
- decreto de revelia do réu, verificando se produziu o efeito material; se não produziu, intimar autor para especificar provas; se citação for ficta, nomeação de curador especial ao réu
 - intimação para especificação de provas
-cumpridas as providências preliminares, ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo:
Julgamento conforme o estado do processo
-espécies de julgamento conforme o estado do processo:
	
1)extinção do processo; [art. 329, CPC]
(natureza da decisão: sentença.
(recurso: apelação.
	
2)julgamento antecipado da “lide”; [art. 330, CPC]
(natureza da decisão: sentença.
(recurso: apelação.
	
3)audiência preliminar [art. 331, CPC]
(conciliação das partes
(natureza da decisão: sentença homologatória.
(recurso: não cabe apelação por falta de interesse recursal.
(saneamento
(natureza da decisão: decisão saneadora.
(recurso: agravo de instrumento.
(se for caso do art. 329, extingue-se o processo. Se não for essa a hipótese, mas do art. 330, deverá julgar antecipadamente. Não sendo hipótese do art. 329, nem do art. 330, deverá haver aplicação do art. 331.
extinção do processo; [art. 329, CPC] – ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 267 e 269, II a V, o juiz declarará extinto o processo.
(Prof. Paulo Cesar Conrado (Federal) ao abordar o tema, coloca a hipótese do art. 269, II, CPC (reconhecimento do pedido pelo réu) de forma autônoma, diversa da que ele denomina de reconhecimento de ofício (na qual estariam inseridos os casos do art. 267, CPC e art. 269, III a V, CPC). Outra consideração que faz é que todas essas hipóteses seriam julgamento antecipado. Prof. Marcato defende que as hipóteses do art. 329 não devem ser consideradas como julgamento antecipado.
-fundamento legal da sentença: 	([art. 329 c/c art. 267, II a XI] (ou)
			([art. 329 c/c art. 269, III a V]
(obs.: não poderá ser art. 267, I, CPC, porque esse dispositivo trata da inépcia da inicial, situação incompatível com esse momento processual.
Julgamento antecipado do pedido - não sendo hipótese de extinção do processo pela ocorrência de uma das hipóteses dos arts. 267 ou 269, II a V, o juiz verificará as situações do art. 330, CPC.
(crítica: não é correto dizer julgamento antecipado da “lide”, o que se julga é pedido, e não lide.
-hipóteses de julgamento antecipado do pedido:
	
1)matéria unicamente de direito ou sendo de direito e de fato, não demandar dilação probatória
-hipótese: 
(MATÉRIA UNICAMENTE DE DIREITO (ou)
(MATÉRIA DE FATO QUE NÃO dependa de prova.
-fatos que não dependem de prova: [art. 334, CPC]
a)fatos notórios – aquele de conhecimento do ser humano médio. O juiz, sendo um ser humano médio, tem conhecimento desses fatos, por isso não ser necessário sua prova.
b)fatos confessados;
c)fatos admitidos no processo como incontroversos;
d)fato presumido - fato em cujo favor militar presunção legal de existência ou veracidade. [presunção: é a conclusão que se extrai do que não se sabe, com base naquilo que se conhece]
-conseqüência: JULGAMENTO ANTECIPADO Do pedido.
-fundamento legal da sentença: [art. 330, I, c/c art. 269, I, CPC]
-nesse caso o resultado da lide não está preordenado, a sentença poderá ser procedente (acolhimento) ou improcedente (rejeição). [art. 269, I, CPC]
	
2)REVELIA COM OCORRÊNCIA DOS EFEITOS MATERIAIS
 - se não houver a necessidade de produção de prova pela inexistência de fatos controvertidos (presumem-se verdadeiras as alegações do autor) não haverá necessidade da fase ordinatória nem instrutória.
(o autor narra a causa de pedir. Essa versão unilateral é a que o juiz toma contato em um primeiro momento. Por tal razão existe o ônus da contestação pelo réu. Se este não atacar cada fato alegado, estes ficarão incontroversos. Por isso que a consequência da revelia será a dispensa da fase instrutória.
-conseqüência: JULGAMENTO ANTECIPADO Do pedido.
-fundamento legal da sentença: [art. 330, II, c/c art. 269, I, CPC]
-nesse caso o resultado da lide não está preordenado, a sentença poderá ser procedente (acolhimento) ou improcedente (rejeição). [art. 269, I, CPC] Prof. Marcado discorda desse posicionamento. Defende que se o julgamento decorrer do art. 330, II, necessariamente seria favorável ao autor.
(JULGAMENTO ANTECIPADO NOS EMBARGOS DO DEVEDOR NA EXECUÇÃO FISCAL [art. 17, parágrafo único, Lei. 6.830/80] - há previsão em dispositivo específico prevendo o julgamento antecipado dos embargos na execução fiscal, quando estiver envolvida matéria unicamente de direito ou matéria de direito e de fato que a prova seja exclusivamente documental. Nesse caso o fundamento da sentença será o art. 17, parágrafo único, da Lei 6.830/80.
(JULGAMENTO ANTECIPADO NOS EMBARGOS DO DEVEDOR [art. 740, parágrafo único, CPC] - os embargos do devedor representam um meio de defesa, mas têm natureza de ação. Há previsão em dispositivo específico prevendo o julgamento antecipado do pedido. Nesse caso o fundamento da sentença será o art. 740, parágrafo único, CPC.
AUDIÊNCIA DE TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO (“AUDIÊNCIA PRELIMINAR”) [art. 331, CPC]
-cabimento da audiência de tentativa de conciliação: 
	a)NÃO SER HIPÓTESE DE JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
	b)CAUSA VERSAR SOBRE DIREITOS QUE ADMITAM TRANSAÇÃO
“(...) direitos que admitam transação (...)”	-a expressão abrange:
	i)direitos patrimoniais disponíveis
	ii)direitos indisponíveis transigíveis - mesmo os direitos indisponíveis, desde que atendidas algumas cautelas, poderão ser transigidos. [ex.: alimentos]
-juiz pode dispensar a audiência se entender que é desnecessária, proferindo, desde já a decisão saneadora [facultatividade vinculada]. [art. 331, § 3º, CPC]
-se houver conciliação na audiência preliminar: [art. 331, § 1º, CPC] - o acordo será REDUZIDO A TERMO e HOMOLOGADO POR SENTENÇA. Nesse caso o acordo valerá como TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL. [art. 475-N, III, CPC]
	(natureza da decisão: sentença. [homologatória]
	(recurso: não cabe. [falta de interesse recursal]
-se não houver conciliação na audiência preliminar ( terá início a FASE ORDINATÓRIA. [art. 331, § 2º, CPC]
	(natureza da decisão: decisão saneadora. 
	(recurso: agravo de instrumento. [falta de interesse recursal]
-o juiz:
	a)FIXARÁ OS PONTOS CONTROVERTIDOS;
	b)DECIDIRÁ AS QUESTÕES PROCESSUAIS PENDENTES;
	c)DETERMINARÁ AS PROVAS A SEREM PRODUZIDAS;
	d)DESIGNARÁ AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO.
(decisão interlocutória dada em audiência
(recurso: o código determina que a obrigatoriedade do Agravo Retido somente nas decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento [art. 522, § 3º, CPC]. Tem-se entendido que a decisão interlocutória que decide sobre as questões pendentes pode ser atacada por Agravo de Instrumento.
ORDEM DA ANÁLISE DE TODAS AS POSSIBILIDADES [deve-se seguir essa exata ordem]
 	1)INDEFERIMENTO DA INICIAL [art. 267, I,c/c art. 295, CPC]
 	2)IRREGULARIDADE DA INICIAL – [art. 284, CPC]
 	3)PETIÇÃO APTA E REGULAR: AVALIAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE EXCEPCIONAL JULGAMENTO MERTÓRIO PRIMA FACIE. [art. 285-A c/c art. 269, I, CPC]
 	4)PETIÇÃO APTA, REGULAR E RESPEITANTE A QUESTÃO SOBRE A QUAL NÃO INCIDE O ART. 285-A ( CITAÇÃO
 	5)SUPERAÇÃO DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E/OU AMPLIATIVAS GENÉRICAS DA FASE POSTULATÓRIA.
 	6)JULGAMENTO PROCESSUAL PER SALTUM [art. 329 c/c art.267, II a XI, CPC] 
 	7)JULGAMENTO DE MÉRITO PER SALTUM [art. 329 c/c art. 269, II a V, CPC]
 	8)JULGAMENTO DE MÉRITO PROPRIAMENTE DITO EM REGIME ANTECIPADO [art. 330 c/c art. 269, I, CPC]
 	9)JULGAMENTO DE MÉRITO PROPRIAMENTE DITO COM DILATAÇÃO INSTRUTÓRIA [art. 456 c/c art. 269, I, CPC]
(SE FOR HIPÓTESE DE ART. 285-A, MAS A PETIÇÃO É IRREGULAR. - juiz deve determinar a emenda da inicial e só em momento posterior aplicar o art. 285-A. Caso seja determinada a emenda, mas o autor não se manifesta, será hipótese de indeferimento da inicial, e não da aplicação do art. 285-A
 	-o art. 285-A pressupõe a perfeição da petição.
(indeferimento de petição inicial e exame do mérito [art. 295, CPC] - em algumas situações haverá indeferimento da inicial, mas ocorrerá resolução de mérito: reconhecimento da PRESCRIÇÃO e DECADÊNCIA.
FASE ORDINATÓRIA - SANEAMENTO
pressupostos para ocorrência da fase ordinatória:
	1)INAPLICABILIDADE DOS ARTS. 267, I, e 285-A DO CPC
	2)INAPLICABILIDADE DOS ARTS. 329 ou 330 DO CPC.
	3)IMPOSSIBILIDADE DE JULGAMENTO MERAMENTE PROCESSUAL.
	4)INOCORRÊNCIA DE RECONHECIMENTO JURÍDICO DO PEDIDO.
	5)IMPOSSIBILIDADE DE JULGAMENTO MERITÓRIO POR FICÇÃO [art. 269, IV – análise da decadência ou prescrição]
	6)INOCORRÊNCIA DE TRANSAÇÃO [art. 269, III, CPC]
	7)SEJA MATÉRIA DE ALTA INDAGAÇÃO
		( ( ( ( (
	 [ART. 331, § 2º, CPC]
conteúdo da decisão saneadora:
a)conteúdo INVARIÁVEL: conteúdo que sempre deverá constar na decisão saneadora: [preparatório para a instrução]
	i)FIXAR OS PONTOS CONTROVERTIDoS
	ii)(IN)DEFERIR AS PROVAS (IM)PERTINENTES
b)conteúdo VARIÁVEL: conteúdo que não necessariamente constará na decisão saneadora. Haverá a necessidade da análise da existência de questão processual pendente.
	(HIPÓTESE DE VÍCIO DILATÓRIO: abertura de oportunidade de correção.
	(HIPÓTESE DE VÍCIO PEREMPTÓRIO: não haverá saneamento, será hipótese de julgamento per saltum.
(o objetivo decisão saneadora não é a de sanear nada, mas apenas fixar os limites da lide. Ocorre que, se houver eventuais vícios, estes deverão ser analisados. [o momento ideal para tal verificação é o recebimento da petição inicial]
FIXAÇÃO DOS PONTOS CONTROVERTIDOS( a FIXAÇÃO DOS PONTOS CONTROVERTIDOS dependerá da DEFINIÇÃO DOS LIMITES DA LIDE, que por sua vez, dependerá da análise:
	a)PETIÇÃO INICIAL - definição dos limites determinado pelo autor.
	b)CONTESTAÇÃO - a argumentação apresentada pelo réu, em contraposição ao que foi afirmado pelo autor, formará as pontos controvertidos (questões).
	c)PROVAS PRETENDIDAS PELAS PARTES - como regra, já na petição inicial e na contestação, autor e réu devem apontar as provas que pretendem produzir.
	d)DECLARATÓRIA INCIDENTAL - ampliação objetiva dos limites da lide ( surgimento de novo pedido. Algo que estava apresentado como causa de pedir, e faria parte da fundamentação da sentença, passa a ser considerado como pedido, devendo constar no dispositivo.
	e)RECONVENÇÃO - ampliação objetiva dos limites da lide determinada pelo réu, que aproveita a mesma base processual para exercer seu direito de ação contra o autor.
(Prof. Paulo Cesar Conrado (Federal) – diferente do que ocorre com a declaratória incidental, que não promove uma efetiva ampliação dos limites da lide (apenas transfere algo que estava na causa de pedir para o pedido – já era algo que estava presente na lide), no caso de reconvenção ocorre uma ampliação efetiva, trazendo algo novo ao processo.
	f)CHAMAMENTO AO PROCESSO - promove a ampliação do pólo passivo da ação.
	g)NOMEAÇÃO À AUTORIA - uma vez efetivada, promoverá a alteração do pólo passivo da ação. [extromissão do réu originário]
� Art. 39. Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria:
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação;
Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
�Fonte: �HYPERLINK "http://209.85.207.104/search?q=cache:r8IyyYBQYtQJ:www.juspodivm.com.br/novo/arquivos/artigos/processo_civil/att00044.pdf+pedido+em+contesta%C3%A7%C3%A3o,+278,+pedido+contraposto,+art+31&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br"�http://209.85.207.104/search?q=cache:r8IyyYBQYtQJ:www.juspodivm.com.br/novo/arquivos/artigos/processo_civil/att00044.pdf+pedido+em+contesta%C3%A7%C3%A3o,+278,+pedido+contraposto,+art+31&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br�

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