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DALMIRAM NASCIMENTO LUCENA - RA B64AJE2 – EC8T12
GELCIMAR ALVES ARAÚJO DAS GRAÇAS - RA C189JG1 – EC8U12
JOÃO PAULO ROLIM DE OLIVEIRA - RA T139260 – EC8T12
JOSÉ MÓIA DIAS – RA C1567E1 – EC8T12
LEONARDO KANAWATI –RA C162EJ4 – EC8T12
LUIS FERNANDO FERNANDES DE OLIVEIRA - RA C25FJE1 – EC8T12
RELTON MIRANDA SANTOS - RA C271EF5 – EC8U12
ÁGUA: ELEMENTO IMPRESCINDÍVEL PARA A SOBREVIVÊNCIA HUMANA
CAMPINAS/SP
2017
DALMIRAM NASCIMENTO LUCENA - RA B64AJE2 – EC8T12
GELCIMAR ALVES ARAÚJO DAS GRAÇAS - RA C189JG1 – EC8U12
JOÃO PAULO ROLIM DE OLIVEIRA - RA T139260 – EC8T12
JOSÉ MÓIA DIAS – RA C1567E1 – EC8T12
LEONARDO KANAWATI –RA C162EJ4 – EC8T12
LUIS FERNANDO FERNANDES DE OLIVEIRA - RA C25FJE1 – EC8T12
RELTON MIRANDA SANTOS - RA C271EF5 – EC8U12
ÁGUA: ELEMENTO IMPRESCINDÍVEL PARA A SOBREVIVÊNCIA HUMANA
Projeto de atividades práticas supervisionadas
Orientadora: Profª Dr.a Maria Alice Venturini 
.
CAMPINAS/SP
2017
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Tubulação de recalque...........................................................................21
FIGURA 2 - Turbidímetro...........................................................................................22
FIGURA 3 - Reservatórios..........................................................................................23
FIGURA 4 - Hipoclorito de Cálcio...............................................................................23
FIGURA 5 - Aparelho medidor de pH.........................................................................24
FIGURA 6 - Policloreto de Alumínio...........................................................................25
FIGURA 7 - Câmara de mistura rápida......................................................................26
FIGURA 8 - Agitadores mecânicos............................................................................26
FIGURA 9 - Decantadores.........................................................................................27
FIGURA 10 - Filtro......................................................................................................27
FIGURA 11 - Filtro......................................................................................................28
FIGURA 12 - Medidor de PH......................................................................................28
FIGURA 13 - EPAR Capivari II - SANASA - Campinas / SP............................Anexo A
FIGURA 14 – ETA I - SAAE - Indaiatuba / SP..................................................Anexo A
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................6
1.1 Objetivo Geral.......................................................................................................6
1.2 Objetivo Específico..............................................................................................7
1.3 Justificativa...........................................................................................................7
1.4 Metodologia..........................................................................................................7
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................9
2.1 Origem da Água..................................................................................................10
2.2 A Água Doce.......................................................................................................11
2.3 Poluição Natural e Poluição Antrópica............................................................12
2.4 A Importância do Tratamento de Água............................................................14
2.5 Tipos de Tratamento de Água...........................................................................15
2.5.1 Tratamento da água com cloro..........................................................................15
2.5.2 Tratamento da água com ozônio.......................................................................17
2.5.3 Tratamento de esgoto.......................................................................................18
3 ESTUDO DE CASO................................................................................................21
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................30
REFERÊNCIAS......................................................................................................31
RESUMO
A água é um bem supervalorizado nesse mundo globalizado, cujo valor econômico vem alcançando altos índices, isto é, a venda desse líquido vem se destacando na produção planetária, e um sistema muito lucrativo dessa valorização é a água engarrafada. Partindo do princípio que o ser humano é imprescindível para equilíbrio ambiental, ou seja, o homo sapiens é responsável por conduzir as modificações que ele faz no meio ambiente cuidando para que se preservem os ecossistemas e seus recursos hídricos sendo este o alicerce para sobrevivência humana. É correto dizer que quando o homem atua no meio ambiente com interferência nos sistemas hídricos ele altera a qualidade desse sistema, o que corrobora diretamente a qualidade de vivência e saúde dos que dependem e precisam desse sistema. Sendo assim o tratamento em todos os seus níveis que estão associados a retirada de contaminantes da água para adequá-la a qualidade de padrões aceitáveis e exigidos por lei, para serem devolvidas a natureza sem causar danos ambientais.
Palavras-chave: Água. Sobrevivência. Qualidade.
1 INTRODUÇÃO
Seguindo o raciocínio que o meio ambiente pertence a todos os cidadãos onde dentre muito dos seus componentes pertencentes tem-se a água, um elemento indispensável para sobrevivência do homo sapiens. 
Ao prestigiar a proteção ao direito de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, a Constituição Brasileira fixou de maneira proclamada e cabal um amparo a esse direito que já existia nos ordenamentos jurídicos mais antigos.  (MACHADO apud MORAES, 2001, P. 667)
Desde a antiguidade a água sempre se destacou como um elemento de grande valia, ou seja, os aldeões, os camponeses viviam praticamente do solo, e assim desenvolviam sua prática de sobrevivência rodeado de muita água e o acesso a essa fonte vital sempre causou muita desigualdade, já dizia Petrella, (2002, p. 59–60). Pode-se afirmar aqui, baseado nos conceitos acima que a sobrevivência está diretamente vinculada ao consumo desse elemento denominado água, e a utilização desta, é um direito de todo ser humano.
	A água é um bem supervalorizado nesse mundo globalizado, cujo valor econômico vem alcançando altos índices, isto é, a venda desse líquido vem se destacando na produção planetária, e um sistema muito lucrativo dessa valorização é a água engarrafada. É fato afirmar que esse líquido vital para a sobrevivência se consolidou como uma mercadoria tão valiosa como o petróleo e a soja.
É imprescindível entender que a água não é um bem de mercado, com valor econômico, mas sim um bem social, insubstituível, que todos os homens dependem e precisam do acesso, segundo Petrella (2002, p. 84):
1.1 Objetivo Geral
Este trabalho busca por meio de uma análise Teórica, mas ao mesmo tempo técnica, abordar as características relevantes sobre água, elemento este indispensável para a sobrevivência dos seres vivos. Isso servirá de base para que se possa apresentar como foi o decorrer da história desse elemento, e a sua supervalorização no mundo atual. Tendo como parâmetro, a teoriade Panspermia e as substâncias essenciais que vieram junto com o elemento, como matéria orgânica, hidrogênio, nitrogênio e carbono.
Objetivo Específico
Apresentar a importância da água para sobrevivência humana com a participação e visita em um sistema de tratamento de águas residuais, apresentando através do fluxograma de uma planta de tratamento de águas residuais, as finalidades, características do sistema, processos unitários de gradeamento e peneiramento. Serão levadas também em consideração as questões socioambientais em torno do objeto de estudo.
Justificativa
A justificativa desse projeto reside no aprimoramento dos conhecimentos dos autores do mesmo. Isto é, o emprego de todo conteúdo teórico ministrado em aula, sendo usado desde a concepção, passando pela execução e por fim auxiliando a finalização das soluções de eventuais contratempos reais em um estudo de caso . Obviamente tudo de acordo com as normas vigentes.
1.4 Metodologia
Foram utilizados os conhecimentos preparatórios obtidos durante as aulas de Sistema de Tratamento de Água e Esgoto aplicado no curso de engenharia civil e referências bibliográficas. Para coleta desses dados foi visitado um sistema de tratamento de águas residuais na cidade de Indaiatuba, sendo a base estrutural de todo o estudo.
Através de estudos e do fluxograma de uma planta de tratamento de águas, foi apresentada a situação e de como é feito o tratamento de águas residuárias.
Embasado na teoria dada em sala de aula mediante a orientação da professora Maria Alice e Djanira, juntamente com o auxílio de uma pesquisa bibliográfica em textos técnicos e teóricos, este estudo foi desenvolvido com o máximo de profissionalismo e amparado nas normas vigentes, unificando um objetivo maior, que é propiciar a máxima aprendizagem para os autores deste trabalho.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A existência da vida no planeta deve-se essencialmente à água, um elemento fundamental no qual compõe aproximadamente 80% do organismo humano e a maior parte do organismo dos seres vivos do planeta.
A maior parte da superfície terrestre encontra-se coberta por água, mas menos que 3% deste volume é de água doce. Por este motivo, a humanidade vem contribuindo para melhorar o abastecimento de água, observando cada vez mais a importância do tratamento da água retiradas dos leitos dos rios para melhorar na qualidade socioeconômica da sociedade como também na prevenção de doenças para melhores condições de qualidade de vida. 
Garantir e manter um fornecimento adequado de água tem sido um dos fatores essenciais no desenvolvimento dos assentamentos humanos.  (HOWE et al, 2016, P. 01)
Qualquer água para consumo carece de um tratamento no qual quase todos os processos de tratamento têm por finalidade remover as contaminações microbiológicas e matérias orgânicas.
No Brasil, o sistema mais utilizado é chamado de ETA (Estação de Tratamento de Água) no qual sua composição de tratamento é feita pelas etapas de coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e fluoretação. (Portaria 2914/2011 Ministério da Saúde), nas ETAs convencionais são utilizados elementos químicos para processo de tratamento no qual gera resíduos sólidos que não são perigosos a vida humana chamado de lodo, este lodo dependendo da classe do rio poderá ser utilizado até na agricultura. 
O tratamento de água consiste na remoção de partículas suspensas e coloidias, matéria orgânica, microrganismos e outras sustâncias [...] as tecnologias de tratamento disponíveis visam conciliar tais objetivos. (LIBÂNIO, 2010, P. 135)
Portando a água é estabelecida como um direito fundamental humano onde seu abastecimento e tratamento deve ser um serviço prestado pelo Estado.
ORIGEM DA ÁGUA
Partindo do pressuposto de que a origem dá água nunca foi comprovada cientificamente e de que existem diversas teorias de como a água surgiu em nosso planeta serão mostradas algumas teorias das quais são mais aceitas atualmente.
A alguns anos atrás havia uma teoria de que havia sido originada de cometas e asteroides (Panspermia) provenientes do exterior do sistema solar, contudo, esta teoria foi desacreditada com o novo estudo do Instituto Carnegie publicado na revista Science, que baseia seus estudos pela proporção do deutério, que é um isótopo do hidrogênio. Essa proporção mostra a que distância do sol onde a substância foi formada. Com o estudo, acredita-se que a água possa ter vindo provavelmente da cintura de asteroides que fica entre Marte e Júpiter. Além da água, também trouxeram substâncias essenciais, como matéria orgânica, hidrogênio, nitrogênio e carbono.
Esta teoria da Panspermia é uma das mais aceitas atualmente pela observação da NASA em sistemas solares em formação onde flagraram cometas ricos em água chocando-se contra planetas jovens.
A hipótese de que com o resfriamento da crosta terrestre, foram liberados gases que formaram a atmosfera terrestre e de que a Terra passou por fases de aquecimento e resfriamento o que acarretou em condensação do vapor, formando as primeiras chuvas. Estas águas teriam se depositado nas partes mais baixas da Terra, formando assim os primeiros oceanos ou os chamados oceanos primitivos.
2.2 A ÁGUA DOCE
No dia 22 de março comemora-se o dia mundial da água, este recurso fundamental a sobrevivência humana, ocupa aproximadamente 75% da superfície terrestre e apenas 2,5% de água doce, sendo que 98% estão nos lençóis freáticos.
A água existente na Terra própria para o consumo é mínima levando-se em consideração a abundância existente no planeta. Sabe-se que este bem está longe de ser reconhecido como precioso para a sobrevivência humana e com relevante importância nos centros econômicos e produtivos, percebe-se que necessita-se usar a água de forma consciente e racional evitando o mau uso e o desperdício, mas mesmo assim o homem continua poluindo os rios, lagos, riacho e nascentes sem se preocupar com os danos causados na qualidade dos recursos naturais, embora os mesmos precisam de tratamento adequado pra o consumo humano os cuidados com os leitos naturais são essenciais para preservar seu sabor, qualidade e odor. 
Os solos brasileiros são privilegiados com quantidade de água doce existente em seu território, sendo a maior percentagem de água doce mundial encontra-se no Brasil com aproximadamente 12% do montante mundial, o rio amazonas por exemplo tem a maior bacia fluvial do planeta considerado como o mais importante rio do mundo e essencial ao globo terrestre. Conforme Agência Nacional de Águas (ANA) e Secretaria Nacional de Recursos Hídricos.
2.3 POLUIÇÃO NATURAL E POLUIÇÃO ANTRÓPICA
Partindo do princípio que o ser humano é imprescindível para equilíbrio ambiental, ou seja, o homo sapiens é responsável por conduzir as modificações que ele faz no meio ambiente cuidando para que se preservem os ecossistemas e seus recursos hídricos sendo este o alicerce para sobrevivência humana. É pertinente dizer que quando o homem atua no meio ambiente com interferência nos sistemas hídricos ele altera a qualidade desse sistema, o que corrobora diretamente a qualidade de vivência e saúde dos que dependem e precisam desse sistema. 
Um dos poluentes naturais conhecidos que merecem destaque são as cinzas e gazes de um vulcão, elementos estes muito tóxicos. Dentre esses elementos que são lançados na atmosfera através da erupção vulcânica merece destacar o ácido clorídrico e o dióxido de enxofre que percorrem longas distâncias poluindo através do ar e dos lençóis freáticos. Outro fator de poluição natural que merece elucidar é o dióxido de carbono que são lançados na atmosfera devido a incêndios naturais nas florestas.
De acordo com as premissas acima pode-se dizer que toda e qualquer substância que é lançada no ecossistema, e que não é reconhecida pelo mesmo, é denominado poluição, substâncias essas que irão causar de forma degradada a desconstrução do ambiente. Essa forma de poluição pode acontecer de forma natural, pertencentes na natureza,e já mencionada acima, e também através de poluentes artificiais, ou seja, causados pela ação do homem.
Estes, por sua vez modificam as caracterizas físicas do ecossistema prejudicando as vidas que dela necessitam. Tenha como exemplo de poluição das águas através dos esgotos, lixos e petróleo lançados nos leitos dos rios e mares. Quando o esgoto, que não é tratado é conduzido ao rio, faz com que cresça a quantidade de matérias orgânicas na água, levando a uma crescente de microalgas. Essas algas, quando morrem, são consumidas por bactérias e, nesse processo o oxigênio que também é consumido, prejudicando assim os seres vivos dependentes desse oxigênio, difundindo ainda ao aparecimento de doenças que surgem devido às bactérias. 
Portanto, apesar da grande importância e necessidade da água para sobrevivência humana, a ação antrópica vem acabando de forma rápida com os recursos hídricos devido ao grande desmatamento e obstrução de nascente através da ocupação populacional desenfreada. 
2.4 A IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A vida do homem sem o abastecimento de água é marcada por uma expectativa de vida muito baixa. Desde o homem antigo que habitou a Terra por volta de 350 mil anos (Homem de Neanderthal) e o medieval, a expectativa de vida era de apenas trinta anos. 
Estudos estimam que na era medieval, quase metade dos recém nascidos entravam em óbito e que no século XIV, um terço da Europa foi dizimada pela Peste Negra.
Todas essas tragédias dentre muitas outras, tinham como base a falta de higiene e a ausência de abastecimento de água com boa qualidade, bem como um sistema de saneamento básico eficaz.
Essa realidade só veio a fazer uma grande mudança na metade do século XIX, quando o cientista Louis Pasteur conseguiu comprovar a relação das doenças e longevidade do homem, com a higiene pessoal na qual está diretamente ligada ao abastecimento de água e esgoto.
Ainda hoje, conseguimos ver o contraste da expectativa de vida de países de primeiro mundo, como o Japão com 85 anos e um país como a República do Chade (África), onde a expectativa é de apenas 50,2 anos (CIA, 2016).
É importante salientar que de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), para cada 1 Dólar gasto com água e saneamento, 4,3 Dólares são economizados em saúde global. Mesmo com estes dados, ainda temos no mundo 2,5 bilhões de pessoas sem acesso ao saneamento básico e 1 bilhão que ainda defecam ao ar livre.
Com a comprovação da importância da água e da qualidade na qual ela chega para a população, o homem vem desenvolvendo cada vez mais estudos e técnicas para evitar doenças e não só aumentar o tempo de vida, mas também melhorar a qualidade de vida do homem.
2.5 TIPOS DE TRATAMENTO DE ÁGUA
A escassez hídrica é de fato o foco dos urbanistas do século XXI e os métodos de reaproveitamento da água é cada vez mais estudadas para serem aplicadas. O abastecimento de água para a população é um dos grandes desafios das sociedade de abastecimento devido à falta de água de boa qualidade como e com os autos níveis de contaminação, principalmente nos grandes centros urbanos onde passam os leitos dos rios que muitas das vezes jogam esgotos sem o devido tratamento que por sua vez danifica a qualidade da mesma.			
O desenvolvimento de novas tecnologias para o tratamento de água vem sendo desenvolvidas e se tornando uma necessidade social, por sua vez os tratamentos atuais não eliminam todos os microrganismos além de gerar subprodutos tóxicos como o trialometanos.
A seguir será analisado os tipos de tratamento de água e esgoto, mostrando a eficácia, diferenças e vantagens de cada método, bem como sua qualidade final.
2.5.1 Tratamento da água com cloro
A desinfecção da água a base de cloração só poderá ser tratada se a mesma estiver em boa qualidade, água de baixa qualidade, como as poluídas, o cloro age como um objetivo adicional e não reage com eficiência inibindo os agentes causadores de doenças principalmente em crianças e idosos que são os que mais sofrem com a falta de saneamento básico.
Na água, o cloro tem duas funções principais:
Hage como desinfetante matando os microrganismos patogênicos, bactérias e algas;
Hage como oxidante orgânicos e inorgânicos, quando o cloro é diluído em águas sem impurezas dependendo do PH da água, reage da seguinte forma Cl2 (g) + 2H2 O(l) HClO(aq) + H3 O+(aq) + Cl– (aq). Sendo o PH um parâmetro fundamental no tratamento de água e a cloração perde a eficácia em água com PH elevados, entretanto deve-se equilibrar antes do tratamento.
Para a água se tornar potável é necessário adicionar produtos químicos no processo de desinfecção retirando todas as sujeiras e todos os tipos de contaminação e existem diversos métodos de tratamento seja ela limpa ou suja capitada superficialmente. Primeiro a água passa por processos de pré-cloração onde os metais são oxidados podendo ser retirados nos processo seguintes, com a adição de cal ocorre a pré-alcalinização que ajusta o seu PH da água para o processo seguinte, assim que água entra na ETA (Estação de Tratamento de Água) ela recebe sulfato de alumínio que juntam as partículas sólidas para serem recolhidas nas etapas seguintes, na floculação partículas sólidas se juntam, com água em movimento, onde ganham peso formando grãos maiores.
A seguir, na decantação, as partículas separam-se da água devido a gravidade e ficam armazenadas em outro tanque, após a decantação, a água passa pelo processo de filtração, onde ela passa por tanques formados por areia, carvão e cascalho onde são eliminadas as impurezas restantes. No processo de pós-alcalinização são inseridos carbonato de sódio que regulam o PH da água e ajudam na conservação da canalização de distribuição, na penúltima etapa ocorre a desinfecção da água adicionando ozônio ou cloro que matam os germes e bactérias garantindo com que a água chegue limpa e sem qualquer contaminação aos reservatórios e na última etapa a água passa pelo processo de fluoretação que ajuda na prevenção de caries aos usuários.
Águas encontradas em rios tem diversas substâncias dissolvidas como o cálcio, magnésio, zinco, cloro entre outras, e a concentração desses minerais que determinam se a água é nociva a saúde ou não. Para uma água ser saudável deve estar livre de vírus, bactérias e outras toxinas.
Com tudo o cloro por si só, não é prejudicial, mas o grande problema são seus subprodutos, dentre estes temos o clorofórmio, diclorometano, bromo, clorodibromometano, bromofórmio que podem ser absorvidos, risco esse que estamos expostos diariamente ao beber água, no banho pela absorção da pele ou por inalação (SNATURAL, 1989- 2011), e o trialometanos que aumentam o risco ao câncer. 
Vale salientar que a água não tratada causa diversas doenças, pode ser um forte meio de transmissão, como a cólera, amebíase, disenteria bacilar e alguns casos de esquistossomose, doenças estas que são originárias da água e podem levar o indivíduo a óbito.
2.5.2 Tratamento da água com ozônio
Em meados do século XVIII na Holanda iniciou se um estudo no tratamento de água por ozônio que é um importante e poderoso oxidante capaz de oxidar matérias orgânicas e inorgânicas, embora não muito usado no Brasil, o ozônio é uma fórmula alotrópica do oxigênio, por ser um gás instável deve-se produzi-lo no local de uso, a técnica mais utilizada na produção de ozônio é a descarga em plasma frio, de forma que o ozônio é formado pela decomposição molecular do oxigênio e após a combinação de um átomo de oxigênio com uma molécula de oxigênio com as seguintes reações O2 O• + O• O• + O2.
Em 1914, já havia na Europa, 49 estações de tratamento de água que utilizavam o ozônio como insumo de limpeza principal e até a década de 70, cloro e ozônio coexistiam como compostos de tratamento em diversas estações de tratamento de água, porém, em 1975, o cloro sofre grande revés ao se descobrir sua relação com a formação de compostos cancerígenos (SNATURAL, 1989- 2011). 
A grande diferença no tratamento com o ozônio é a forma decomo o mesmo destrói os agentes infectantes sem gerar poluentes, agem diretamente na parede celular causando sua ruptura e neutralizando em um milésimo de segundos, e não envolvendo a parede superficial como cloro que por um determinado período a bactéria volta ao seu estado natural, atua por difusão na parede celular para após atuar no interior da célula em elementos como enzimas, proteínas DNA e RNA (SNATURAL, 1989-2011)
No processo de tratamento o ozônio oxida-se e transforma em oxigênio ao destruir as bactérias e não geram resíduos no processo de tratamento de água. 
Esse processo só ocorre nas estações de tratamento onde todo o ozônio é oxidado e não há ozônio para combater as bactérias na canalização. Entretanto no tratamento de água com ozônio são acrescentados um pouco de cloro ao final do processo para combater os agentes infectantes no reservatório e no percurso até as residências, onde passam por tubulações velhas e enferrujadas podendo ocorrer contaminação futura.
Embora o ozônio possa ser uma solução viável e benéfica ao tratamento de água, tornou-se um custo muito elevado no primeiro instante, pois são necessários implantar os maquinários próprios para a produção do ozônio e adaptar a ETA (Estação de Tratamento de Água). Um fator marcante foi a impossibilidade de armazenamento do produto, pois o mesmo quando não utilizado se decompõe naturalmente em oxigênio. 
A grande vantagem do uso do cloro para a indústria de tratamento de água ao invés do ozônio são que o mesmo não quebra facilmente podendo ser tratado a milhas e milhas de distância e continuará a ser o mesmo cloro na água e na canalização, o que não ocorre com o ozônio. 	
Pode-se concluir que o ozônio se mostrou mais eficaz no combate às bactérias, é economicamente viável e mais limpo não deixando resíduos na água como o cloro. Embora não aplicado atualmente por questões de custo de implantação apenas inicial, ele tem um custo baixo no processo, pois usa como matéria prima o oxigênio. 
2.5.3 Tratamento de esgoto 	
Um problema de distante solução, o tratamento de esgoto não é uma realidade em alguns municípios do Brasil, primordial nas regiões mais carentes, o norte e nordeste do país e com este grande problema de saneamento básico, são as crianças e os idosos que mais sofrem com o descaso sendo deixada de lado, continuando assim a proliferação de doenças causadas por águas contaminadas.
Para o projeto apropriado de tratamento de esgotos, primeiramente é necessário identificar a qualidade dos esgotos por análises físicas, químicas e biológicas afim de determinar os parâmetros. Em esgotos domésticos os parâmetros a serem verificados são, nitrogênio, fósforo e indicadores de coliformes totais e fecais. E nos sólidos, indicadores de matéria orgânicas (DBO, DQO).
Tratar o esgoto consiste basicamente em retirar impurezas, método este aplicado em alguns tipos de tratamento e depende das características biológicas, químicas e físicas.
O esgoto doméstico e industrial geralmente são tratados em uma ETE (estação de tratamento de esgoto). Após seu tratamento os mesmos são lançados no rio ou no mar já com os parâmetros aceitáveis de qualidade de acordo com a Resolução CONAMA 357 de 2005.
O método mais usado no tratamento de esgotos domésticos e industriais da atualidade foi desenvolvido na Inglaterra em 1914, que consiste em um sistema de massa biológica crescente que forma flocos e colocada com matérias orgânicas com oxigênio, pelo processo aeróbico.
O processo consiste basicamente em misturar o esgoto bruto e o lodo ativado, agitando e aerando em um tanque de areação, após a areação ele é separado para um decantador secundário onde os sólidos são separados do esgoto. O lodo ativado retorna para o tanque de areação no processo de oxigenação da matéria orgânica para a reativação das bactérias ou é coletada para tratamento específico.
São vários os métodos de tratamento, alguns descritos abaixo.
Operações físicas unitárias: Maneiras de tratamento nas quais usa-se da força física para a remoção, entre elas, a sedimentação, filtração, flotação, gradeamento.
Processos químicos: Utiliza-se produtos químicos ou pelas reações químicas por exemplo a adsorção, desinfecção e a precipitação. 
Processo biológico unitário: Através dos processos biológicos ocorrem a remoção dos contaminantes, como exemplo nitrificação e a desnitrificação.
Dentre estes métodos são distribuídos no processo de tratamento de efluentes e são analisados da seguinte forma.
Tratamento preliminar: é o primeiro passo do tratamento, onde são retirados areia e os sólidos maiores, passando os efluentes por uma grade para retirar as sujeiras mais grosseiras em um desarenador para remoção da areia, e por um aparelho que mede a vazão, preservando a tubulação e o sistema de bombeamento. 
Tratamento Primário: nestes processos são retidos os sólidos que estão flutuando e os sólidos suspenso sedimentáveis, basicamente usa-se um decantador para o processo onde sólidos passam bem devagar permitindo que os mesmos depositem no fundo, restando apenas o lodo. E os sólidos como óleo e graxas que ficam na superfície, dessa maneira serão separados para serem tratados posteriormente.
Tratamento Secundário: neste processo destina-se a matéria dissolvida em suspensão. Uma das principais características no processo secundário são a inclusão biológica, pois a remoção dos poluentes se dão em função da reação bioquímica, executadas por bactérias e fungos. 
Tratamento Terciário: São retirados os compostos tóxicos e não biodegradáveis, geralmente são utilizados processos físicos-químicos. 
Sendo assim o tratamento em todos os seus níveis que estão associados a retirada de contaminantes da água para adequá-la a qualidade de padrões aceitáveis e exigidos por lei, para serem devolvidas a natureza sem causar danos ambientais.
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3 ESTUDO DE CASO 
Será realizado uma descrição minuciosa de todo um processo que ocorre em uma estação de tratamento de água, (ETA). A mesma, fica localizada na cidade de Indaiatuba, na rua Tangará, número 540 na vila Avaí. Situada na região Metropolitana de Campinas. 
Esta ETA, está em operação desde 1974 e ocupa uma área de 19 000 metros quadrados. Ela tem a capacidade para tratar aproximadamente 430 litros por segundo. Todo esse volume de agua é recolhido de três afluentes diferentes. Somando as tubulações adutoras dos três pontos de coleta de água bruta, chega-se a aproximadamente 17960 metros de tubulação. 60% da água bruta que chega até a ETA I, Vila Avaí é capitada no Rio Capivari-Mirim, sendo que o rio anteriormente citado se enquadra na classe 2. E os outros 40% são capitadas nas represas Cupini e Morungaba com classe 1. Na Figura 1 abaixo é possível observar o tubulão chegando à estação de tratamento. 
Figura 1 - Tubulação de recalque.
Tubulação de recalque
Fonte: próprio autor (2017).
É importante esclarecer que, apesar de a água retirada das represas Cupini e Morungaba serem classificadas como classe 1, logo necessitária apenas de um tratamento simplificado. Porém, ao chegar na ETA esta mesma água se mistura com a água que é retirada do Rio Capivari que é classe 2. Logo, Necessitando de tratamento convencional.
A turbidez da água recalcada do afluente até a estação de tratamento fica em dias normais próximo a 30 NTUs, e pode chegar a 100 NTUs em dias de chuva intensa. Porém a turbidez da água já tratada que é mandada para consumo não pode ultrapassar 5 NTUs. A Figura 2 mostra o aparelho que apresenta a turbidez real da água bruta que chega à estação de tratamento
Turbidez da água bruta que chega na estaçãoFigura 2 – Turbidímetro.
Fonte: próprio autor, (2017).
	Esta ETA, atualmente atende não só a áreas urbanas, mas também áreas rurais. Somando um total de 100.000 habitantes beneficiados com seu processo de tratamento. Para conseguir suprir toda essa demanda, as regiões abastecidas pela ETA I, Que são as zona norte e o centro da cidade de Indaiatuba, contam com reservatóriosestrategicamente alocados de acordo com o relevo, o que facilita e diminui os custos operacionais no que se refere à distribuição da água tratada. A Figura 3 a seguir mostra um esquema dos reservatórios locados na zona Norte e Centro da cidade somando um total de 27 reservatórios abastecidos pela ETA I.
Figura 3 - Reservatórios.
Tela do computador usado para gerenciar o nível dos reservatórios 
Esquema dos reservatórios 
Fonte: próprio autor (2017).
Em Indaiatuba há 57 reservatórios, que juntos conseguem armazenar até 62.800 metros cúbicos de água tratada. Já está previsto uma ampliação para 59 reservatórios, o que aumentará para 72.800 metros cúbicos de água reservadas. 
Para tratar toda essa demanda de água é utilizado o tratamento do tipo convencional. A primeira etapa, como mostra a Figura 4 a seguir, é a correção do ph, com a adição do hipoclorito de Cálcio. 
Figura 4 – Hipoclorito de Cálcio.
Hipoclorito de Cálcio
Fonte: próprio autor (2017).
A figura 3 a cima, mostra o Hipoclorito de cálcio sendo adicionado à água. A quantidade adicionado é de aproximadamente 6,94 mL por segundo, elevando o pH da água de entrada, ou seja, da água bruta, para próximo de 9,5, tornando-a assim mais alcalina. Como pode ser visto na Figura 5, após a adição do Hipoclorito de Cálcio, o pH se eleva a um valor próximo de 9,5. 
Figura 5 – Aparelho medidor de pH.
Fonte: próprio autor (2017).
A correção do pH, se faz necessário pelo fato do coagulante necessitar que a água bruta esteja entre um intervalo de 6,5 e 9, pois, neste intervalo o coagulante funciona com a máxima eficiência.
O coagulante usado no tratamento de agua na ETA I é o Policloreto de Alumínio, (PAC). O volume adicionado é de aproximadamente 18,667 mL por segundo, e o tanque que o armazena, tem capacidade para 12 mil litros. A Figura 6, logo abaixo, mostra o esquema de como é adicionado o coagulante. 
Figura 6 – Policloreto de Alumínio.
Policloreto de 
Alumínio (coagulante
)
 
 
 
Fonte: próprio autor (2017).
Na ETA I, em Indaiatuba, a adição do coagulante é feita em um lugar estrategicamente pensado, pois, para que haja a reação química, é necessário que se tenha uma agitação rápida da água. Pois, a reação ocorre em um intervalo máximo de 0,5 á 1 segundo. A partir daí as partículas de sujeira começam a se chocarem e se aglomerarem, formando os flocos. O local específico onde é despejado o coagulante na agua é denominado de câmara de mistura rápida. A montante desse local a água chega com um pH de aproximadamente 9. A jusante, ou seja, após a dição do coagulante o pH baixa para 7, esse efeito se deve ao fato de que, o coagulante é ácido, causando a redução do pH.
A Figura 7, logo abaixo, mostra o local onde é adicionado o Policloreto de Alumínio, em seguida a água entra na câmara de mistura lenta, onde ocorre o processo de formação dos flóculos. 
Figura 7 – Câmara de mistura rápida.
PH
 = 9 á montante
.
Água com agitação rápida
.
Coagulante caindo na
 água.
PH = 7 a
 jusante.
Fonte: próprio autor, (2017).
Antes da água ir para os tanques de decantação, ela passa pelo processo chamado mistura lenta. Essa mistura é feita por agitadores mecânicos, como pode ser visto na Figura 8 a seguir:
Figura 8 – Agitadores mecânicos.
Agitadores mecânicos.
Fonte: próprio autor, (2017).
A função da mistura lenta é fazer com que a sujeira se aglomere formando flóculos. A medida que eles se juntam, ficam mais pesados, e quando chegam no tanque de decantação por conta do peso tendem a sedimentar no fundo do tanque. Todo esse acúmulo de sujeira gera um produto denominado de lodo, que fica depositado no fundo do decantador. O lodo gerado na ETA I é tratado e transportado para aterro situado na cidade de Paulínia – SP. Há dois tanques de decantação, cada um com capacidade de 1.450.000 litros, com a profundidade de 4,5 metros. A Figura 9 logo a seguir mostra os tanques supracitados.
Figura 9 - Decantadores
Flóculos.
Água límpida.
 
Decantadores de fluxo vertical
.
Canaleta que coleta a água decantada
.
Fonte: próprio autor, (2017).
A água que é coletada pelas canaletas nos decantadores e conduzida para os filtros. Como mostrado na Figura 10, os mesmos são formados por carvão antracito, areia fina, areia grossa e por fim pedregulho, formando uma sequência de camadas cada uma com suas características filtrantes.
Pedregulho
Areia grossa
Areia fina
Carvão antracito Figura 10 - Filtro.
Fonte: próprio autor, (2017).
O sistema de filtragem usado na ETA I de Indaiatuba, é composto por 4 filtros. Eles são limpos a cada 24 horas, e na sua limpeza que é feita através do processo de retro lavagem, são consumidos um total de 100 a 110 litros de agua para cada lavagem em cada filtro. A Figura 11 a seguir mostra um dos filtros em operação. 
Figura 11 – Filtro. 
Fonte: próprio autor, (2017).
Após a filtragem, na água ainda é adicionado o cloro para fazer a desinfecção da mesma. Para fazer a devida correção do pH, é novamente adicionado o hipoclorito de Cálcio, juntamente com o flúor, em um processo denominado de fluoretação. Como pode ser visto na Figura 12 abaixo, o Ph, água que sai para o consumo é de aproximadamente 7,5.
Figura 12 – Medidor de PH.
P
H
 dá água já tratada.
Fonte: próprio autor, (2017)
 A partir daí a água que chegou a esta mesma estação bruta e sem nenhuma condição de consumo, sai para ser distribuída para grande parte da população da cidade de Indaiatuba - SP. 
 A cada 24 horas são consumidos 600 litros de cloro, 80 a 100 litros de flúor e também 1500 litros de Policloreto de Alumínio. Baseando-se em todo o volume de material usado no tratamento da água que chega à ETA I, é possível imaginar a responsabilidade em gerenciar esta cadeia de rigorosas etapas até que se tenha no final do processo uma água com qualidade para o consumo humano. Todo esse complexo processo é feito pela empresa SAAE, (serviço autônomo de água e esgotos), que opera na estação de tratamento de água, (ETA I), como já mencionado anteriormente, situada na cidade de Indaiatuba - SP. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A relação entre o homem e a natureza foi consolidada em uma ideia onde a natureza e seus derivados são recursos à disposição humana cuja finalidade é servir seus meios e processos. E, dentro deste conceito de natureza, temos um elemento fundamental para a manutenção da vida: a água.
Como sabemos, a água é um recurso finito cuja escassez foi incentivada pelas ações humanas, seus procedimentos e ações antrópicas que vêm gerando a diminuição rápida e silenciosa dos recursos hídricos, tornando necessária a criação de estratégias de tratamento, armazenamento e abastecimento em determinadas regiões.
Assim, torna-se cada vez mais necessário o desenvolvimento de tecnologias de tratamento hídrico, infraestrutura e saneamento básico. Segundo a OMS “2,1 bilhões de pessoas não tem água potável em casa, e mais do dobro não dispões de saneamento seguro”, o que acarreta problemas de preocupação global que se estendem ás áreas da saúde, economia e desenvolvimento. Uma preocupação de todos, pois o problema que esta parcela da população vem sofrendo se estenderá às demais comunidades e países.
A escassez deste recurso afeta todos os setores da economia do país, inclusive na construção civil, que utiliza este elemento como matéria prima básica necessária para a composição do produto final. Assim, muitas empresas, indústrias e profissionais do setor vem buscando soluções e alternativas para a diminuição do uso da água e dos impactos por ela absorvidos. Técnicas sustentáveis, de reaproveitamento e substituição estão sendo incorporadas aos produtos e serviços como forma alternativa de contribuir com o meio ambiente e mitigar impactos sem perder a qualidade e eficiência do setor em um todo.
REFERÊNCIAS
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CENTRO DE ESTUDOS ESTRATÉTIGOS DE FIOCRUZ. Cce. Disponível em: <http://cee.fiocruz.br/?q=node/608>. Acesso em: 12 nov. 2017.
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HOWE, K. J. et al. Princípios de tratamento de água. 1 ed. São Paulo SP: Cengage, 2016. 624 p.
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MACHADO, Paulo Affonso Leme. Recursos Hídricos: Direito Brasileiro e Internacional. São Paulo: Malheiros, 2002.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Relatório oms. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/oms-para-cada-dolar-investido-em-agua-e-saneamento-economiza-se-43-dolares-em-saude-global/>. Acesso em: 27 ago. 2017.
PORTAL RESÍDUOS SÓLIDOS. Processos de tratamento de esgoto sanitários. Disponível em: <http://www.portalresiduossolidos.com/processos-de-tratamento-de-esgoto-sanitario/>. Acesso em: 20 ago. 2017.
PENSAMENTO VERDE. Importância-tratamento-esgoto-domestico/. Disponível em: <http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/importancia-tratamento-esgoto-domestico/>. Acesso em: 26 ago. 2017.
PETRELLA, Ricardo. O Manifesto da água. Petrópolis: Vozes, 2002.
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SCIENCE MAGAZINE. Earth mayhavekept its ownwaterratherthangetting it fromasteroids. Disponível em: <http://www.sciencemag.org/news/2015/11/earth-may-have-kept-its-own-water-rather-getting-it-asteroids>. Acesso em: 19 ago. 2017.
SNATURAL MEIO AMBIENTE. Tratamento de água com ozônio. Disponível em: <www.snatural.com.br/tratamento-de-agua-com-ozonio/>. Acesso em: 19 ago. 2017.
ANEXO
ANEXO A
Figura 13 – EPAR Capivari II - SANASA - Campinas / SP
João Paulo
José Moia
Gelcimar
Fonte: próprio autor (2017).
Figura 14 – ETA I - SAAE - Indaiatuba / SP
Luis Fernando
Relton
Leonardo
Dalmiran
Fonte: próprio autor (2017).

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