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Aula 6 Filosofia da Educação final

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Aula 06
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CURSOS DE LICENCIATURA 
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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FILOSOFIA MODERNA - SÉCULO XVII
É considerada como a visão do princípio da filosofia moderna e o distanciamento do pensamento medieval, especialmente da Escolástica. 
Frequentemente é chamada de "idade da razão”
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Características gerais do saber no século XVII
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Para eles, tudo isso constitui a filosofia e cada sábio costuma ser um pesquisador ou um conhecedor de todas as áreas de conhecimento, mesmo que se dedique preferencialmente mais a umas do que a outras. 
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Merleau-Ponty a designa a filosofia moderna como a época do Grande Racionalismo.
Para o qual as relações entre ciência da natureza, metafísica, ética, política, espírito e matéria, alma e corpo, consciência e mundo exterior estavam articuladas porque fundadas num mesmo princípio que vinculava internamente todas as dimensões da realidade: a Substância Infinita, isto é, o conceito do Ser Infinito ou Deus. 
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Características Gerais da Filosofia Moderna
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A Nova Ciência da Natureza ou Filosofia Natural 
Pode-se dizer ela possui três características:
1) A passagem da ciência especulativa para a ativa, na continuidade do projeto renascentista de dominação da Natureza e cuja fórmula se encontra em Francis Bacon: "Saber é Poder"; 
2) A passagem da explicação qualitativa e finalística dos naturais, para a explicação quantitativa e mecanicista: é o abandono das concepções aristotélico-medievais sobre as diferenças qualitativas entre as coisas como fonte de explicação de suas operações (leve, pesado, natural, artificial, grande, pequeno, localizado no baixo ou no alto) e da ideia de que os fenômenos naturais ocorrem porque causas finais ou finalidades que os provocaram a para acontecer. 
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3) conservação da explicação finalística apenas no plano da metafísica:
a liberdade da vontade divina e humana e a inteligência divina e humana, embora incomensuráveis, se realizam tendo em vista fins a serem alcançados.
Hobbes suprimirá boa parte das finalidades no campo da moral, dando-lhe uma fisionomia mecanicista.
Espinosa suprimirá a finalidade na metafísica e na ética, criticando-a como superstição e ignorância das verdadeiras causas das ações. 
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TRÊS PROBLEMAS DOS FILÓSOFOS MODERNOS
1) Tendo o Cosmos, sua ordem, sua hierarquia e seu centro desaparecido, o homem, como ser pensante, não encontra imediatamente nas coisas percebidas a verdade, a origem e o sentido do real, pois as coisas são percebidas em suas qualidades sensoriais e o mundo parece ser finito e ordenado por valores e perfeições que a nova Ciência da Natureza revelou serem ilusórios .
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2 – CONCEITO DE CAUSALIDADE
Faz uma exigência teórica que, se não for respeitada, impede que a verdade seja conhecida.
Essa exigência é de que as relações causais só se estabelecem entre coisas de uma mesma substância. 
A solução encontrada por todos os filósofos (exceto Espinosa) consiste em considerar o conhecimento uma Representação, isto é, que a inteligência não afeta nem é afetada pelos corpos, mas pelas ideias deles, havendo assim a homogeneidade exigida pela causalidade.
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A representação cria um novo problema:
Como saber se as ideias representadas correspondem verdadeiramente às coisas representadas? 
Como saber se a ideia é adequada ao seu ideado? 
Para solucionar esta dificuldade nasce o MÉTODO.
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A noção de Representação
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2) controlar cada um dos passos efetuados, pois a perda de controle de uma das operações intelectuais pode provocar o erro no final do percurso, que, por isso, deve ser controlado passo por passo; 
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3) permitir que se possa deduzir ou inferir de algo já conhecido com certeza o conhecimento de algo ainda desconhecido, isto é, o instrumento deve permitir o progresso dos conhecimentos verdadeiros oferecendo recursos seguros para que se possa passar do conhecido ao desconhecido. 
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Sentido preciso, porque o bom método é aquele que permite conhecer verdadeiramente o maior número de coisas com o menor número e regras. Quanto maiores a generalidades e a simplicidade do método, quanto mais puder ser aplicado aos mais diferentes setores do conhecimento, melhor será ele.  
No século XVII, a palavra método (do grego: caminho certo, correto, seguro) tem um sentido vago e um sentido preciso. 
Sentido vago, porque todos os filósofos possuem um método ou o seu método, havendo tantos métodos quantos filósofos. 
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RENÉ DESCARTES (1596 – 1650)
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Viveu numa época de grandes transformações como: o início das grandes navegações, a descoberta das Américas, a Guerra dos Trinta Anos.
Acompanhou as teorias científicas de Copérnico e de Galileu que vão revolucionar a maneira de se considerar o mundo físico.
Aproximou-se da Reforma de Lutero que abalou a autoridade universal da Igreja Católica no Ocidente.
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A Escolástica Medieval está longe de ter desaparecido.
A Contra Reforma é uma reação ao Protestantismo tendo como consequência a Guerra dos Trinta Anos. 
Nessa época Galileu, foi proibido de lecionar era um tempo de conflitos, crises e incertezas. 
A obra dele é uma longa reflexão e tomada de posição sobre o seu tempo. 
A decadência do sistema feudal, por uma nova ordem econômica baseada no comércio livre e no individualismo, acompanhou a arte retomando os valores da antiguidade clássica, impondo uma cultura leiga às vezes de inspiração pagã.
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A modernidade é ruptura com a tradição, a autoridade da fé pela razão humana, oposição às instituições. 
A crença no poder crítico da razão humana individual é traço fundamental da modernidade de Descartes. 
Podemos considerar Descartes como um dos iniciadores da modernidade, doravante, influenciará o desenvolvimento do pensamento filosófico.
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A necessidade de contextualização do pensamento, o sujeito pensante entra em cena: “terei a satisfação de mostrar os caminhos que segui e apresentar minha vida como em um quadro”
Descartes sempre escreveu na primeira pessoa do singular. 
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Foi excelente aluno, sobretudo interessado pela matemática, viajou por diversos países da Europa, descobriu sua vocação filosófica dedicando-se à “descobrir os fundamentos dessa ciência admirável”. 
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Em 1637, publicou em francês seus tratados científicos que tem como introdução “O Discurso do Método”.
Adquiriu fama e sua obra foi condenada. 
Ele considerou a matemática como modelo de sua reflexão filosófica e, com isso, pretendia elaborar uma matemática universal para todos os assuntos. 
Ao tomar conhecimento da condenação de Galileu, desiste de publicar a sua obra (O Tratado do Mundo). 
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Projeto Filosófico de Descartes
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Este é o sentido das regras que Descartes formula e essas se inspiram na geometria, mas por serem simples devem ser seguidas à risca. 
Jamais deixar de observá-las.
No Discurso do Método afirma ser o bom senso, isto é, a racionalidade, é uma luz natural ao homem. 
O erro resulta na realidade de mal uso da razão.
A finalidade do método é por a razão no bom caminho. Portanto, o método visa o conhecimento, a elaboração de uma teoria científica.
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AS QUATRO REGRAS DE RENÉ DESCARTES
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O primeiro passo: jamais aceitar como exata coisa alguma que eu não conheça evidentemente.
O segundo consiste em dividir cada dificuldade a ser examinada em tantas partes quantas possíveis e necessárias para resolvê-las.
O terceiro impor ordem nos meus pensamentos, começando pelos assuntos mais simples de serem conhecidos.
O último, fazer para cada caso enumerações tão exatas que esteja certo de não ter esquecido
nada, assim nunca se confundirá o falso com o verdadeiro, chegando ao verdadeiro conhecimento. 
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O conflito entre os dois modelos de ciência, o antigo e o moderno, fez com que alguns pensadores céticos se perguntassem se as futuras gerações não descobririam que as teorias da ciência nova seriam falsas.
Descartes assume então a missão de fundamentar e legitimar essa ciência demonstrando de forma conclusiva que o homem pode conhecer o real de modo verdadeiro e definitivo, portanto negava o ceticismo.
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Propõe-se ainda a encontrar uma certeza básica, imune às dúvidas céticas. 
É preciso então encontrar o ponto de apoio “ponto arquimediano” que possa servir de ponto de partida seguro para o processo de conhecimento. 
Havia uma crise generalizada da autoridade e René 
Descartes deixa bem claro que não se pode confiar na tradição, nos ensinamentos do saber adquirido.
Constata que a tradição, ao contrário do que pretendia, estava muito longe de ter encontrado a verdade e de ter constituído um sistema sólido e coerente que lhe dessa autoridade
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RAZÃO PARA DESCARTES
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A única alternativa possível parece ser a interioridade, a própria razão humana, a luz natural que o homem possui em si mesmo, a sua racionalidade.
Portanto, o homem traz dentro de si a possibilidade do conhecimento (Inatismo Cartesiano).
Obs: Reveja na aula 04 a noção de interioridade desenvolvida por Santo Agostinho, pois esta foi a base para o argumento do Cogito na Filosofia de René Descartes.
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TEORIA DAS IDÉIAS DE RENÉ DESCARTES
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Discute a teoria das ideias inatas em várias de suas obras, mas as exposições mais conhecidas encontram-se em duas delas: no Discurso do Método e nas Meditações Metafísicas.
Nelas, mostra que nosso espírito possui três tipos de ideias que se diferenciam segundo sua origem e qualidade:
1. Ideias adventícias (isto é, vindas de fora): são aquelas que se originam de nossas sensações, percepções, lembranças; são as ideias que nos vêm por termos tido a experiência sensorial ou sensível das coisas a que se referem. 
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Exemplos: a ideia de árvore, de pássaro, de instrumentos musicais, etc. São nossas ideias cotidianas e costumeiras, geralmente enganosas ou falsas, isto é, não correspondem à realidade das próprias coisas.
2. Ideias Fictícias (Imaginárias): são aquelas que criamos em nossa fantasia e imaginação, compondo seres inexistentes com pedaços ou partes de ideias adventícias que estão em nossa memória.
Exemplos: cavalo alado, fadas, elfos, duendes, dragões, Super-Homem, etc. 
São as fabulações das artes, da literatura, dos contos infantis, dos mitos, das superstições.
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Exemplos: a ideia do infinito (pois não temos qualquer experiência do infinito), as ideias matemáticas (a matemática pode trabalhar com a ideia de uma figura de mil lados, o quiliógono, e, no entanto, jamais tivemos e jamais teremos a percepção de uma figura de mil lados
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Essas ideias, diz Descartes, são ‘a assinatura do Criador’ no espírito das criaturas racionais, e a razão é a luz natural inata que nos permite conhecer a verdade. 
Como as ideias inatas são colocadas em nosso espírito por Deus, serão sempre verdadeiras, isto é, sempre corresponderão integralmente às coisas a que se referem, e, graças a elas, podemos julgar quando uma ideia adventícia é verdadeira ou falsa e saber que as ideias fictícias são sempre falsas (não correspondem a nada fora de nós).
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TESE CENTRAL DOS INATISTAS
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“Se não possuirmos em nosso espírito a razão e a verdade, nunca teremos como saber se um conhecimento é verdadeiro ou falso, isto é, nunca saberemos se uma ideia corresponde ou não à realidade a que ela se refere”. 
Não teremos um critério seguro para avaliar nossos conhecimentos”. (Marilena Chauí, Convite à Filosofia).
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PENSO, 
LOGO EXISTO
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Descartes busca uma certeza imune ao questionamento cético. 
A etapa inicial da argumentação cartesiana é a formulação de uma dúvida metódica, colocando tudo em questão. 
Começou duvidando de tudo: do senso comum, do argumento de autoridade, do testemunho dos sentidos, das informações da consciência, da realidade exterior e do próprio corpo. 
A cadeia de dúvidas se interrompe diante do seu próprio ser que duvida. Se duvido, penso: “Penso logo existo”
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CONCLUSÃO
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