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Aula 7 Filosofia da Educação final

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Aula 07
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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INTRODUÇÃO
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Após termos analisado a contribuição de Descartes, vamos nesta aula conhecer e aprofundar o que é o empirismo, que junto com o pensamento cartesiano formaram as bases do pensamento moderno. 
A importância da filosofia política do liberalismo e a tradição iluminista, sua influência e suas implicações na sociedade e na educação. 
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Empirismo, deriva da palavra grega “empiria”, que significa basicamente uma forma de saber derivado da experiência sensível, e de informações acumuladas com base nesta experiência, permitindo a realização de fins práticos.
 Portanto, podemos entender, a grosso modo, o que o “empirismo” é a posição filosófica que toma a experiência como guia e critério de validade de suas afirmações, especialmente nos campos da teoria do conhecimento e da filosofia da ciência. 
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O empirismo e o racionalismo de Descartes, constituíram conjuntamente algumas das principais correntes do pensamento moderno na sua fase inicial. 
A corrente empirista desenvolveu-se, sobretudo na Inglaterra e entre os filósofos de língua inglesa. 
Está diretamente ligada à criação da Real Sociedade de Londres para o Progresso do Conhecimento Natural, fundada em 1660 e patrocinada pelos ricos comerciantes de Londres
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Tais patrocinadores (burguesia comercial) tinham interesse nas possíveis aplicações técnicas desses conhecimentos, desde as questões de navegação até os estudos sobre linguagem, que permitiam a comunicação com os povos das novas terras com que negociavam. 
O empirismo não se restringiu ao contexto de língua inglesa, encontrando repercussão também na França e em outros países. 
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EMPIRISMO INGLÊS
A Razão é adquirida através da experiência
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Assim, vejo uma cor vermelha e uma forma arredondada, aspiro um perfume adocicado, sinto a maciez e digo: “Percebo uma rosa”. 
A “rosa” é o resultado da reunião de várias sensações diferentes num único objeto de percepção.
As percepções, por sua vez, se combinam ou se associam. 
A associação pode dar-se por três motivos: por semelhança, por proximidade ou contiguidade espacial e por sucessão temporal. 
A causa da associação das percepções é a repetição
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Bacon e o método experimental
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Podemos distinguir dois aspectos, inter-relacionados, da contribuição de filosófica de Bacon, que examinaremos a seguir: 
sua concepção de pensamento crítico contida na teoria dos ídolos;
 
2) sua defesa do método indutivo no conhecimento científico e de um modelo de ciência anti-especulativo e integrado com a técnica. 
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TEORIA DOS ÍDOLOS
FRANCIS BACON
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Os ídolos são ilusões ou distorções que segundo Bacon, “bloqueiam a mente humana”, impedindo o verdadeiro conhecimento. 
Os ídolos (falsas noções) podem ser de quatro tipos:
1) ídolos da tribo: ocorrem por conta das deficiências do próprio espírito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis. 
São assim chamados porque são inerentes à natureza humana, à própria tribo ou raça humana. Exemplo dessas generalizações: astrologia, alquimia e cabala;
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2) ídolos da caverna: resultam da própria educação e da pressão dos costumes (uma alusão à alegoria da caverna de Platão)
3) ídolos da vida pública: estes estão vinculados à linguagem e decorrem do mau uso que dela fazemos;
4) ídolos da autoridade: decorrem da irrestrita subordinação à autoridade. 
Os sistemas filosóficos careciam de demonstração, eram pura invenção como as peças de teatro.
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 A teoria das ideias de Locke e a crítica ao inatismo
Locke vê a filosofia como uma tarefa crítica e preparatória para a construção da ciência, e desenvolve um modelo empirista, anti-especulativo e anti-metafísico de conhecimento. 
Afirma que todas as nossas representações do real são derivadas de percepções sensíveis, não havendo outra fonte para o conhecimento.
Portanto, não existem ideias inatas, isto é, o conhecimento não é inato, mas resulta da maneira como elaboramos os dados que nos vêm da sensibilidade por meio da experiência. 
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A mente é como uma folha em branco, a “tabula rasa”, na qual a experiência deixa as suas marcas. 
Desta forma, pra processarmos o conhecimento em nossa mente precisamos da reflexão, e bem como distinguir entre as qualidades primárias e as secundárias das substâncias. 
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Locke é considerado como um dos primeiros filósofos do período moderno a desenvolver uma filosofia da linguagem, mais especificamente uma teoria do significado. 
Isto quer dizer que o significado das palavras é, portanto, a ideia correspondente a elas em nossa mente, e é por meio das ideias que as palavras se referem às coisas. 
Esta é para Locke a semântica ideacional. A Linguagem é assim a expressão de um pensamento, criado anteriormente à linguagem e independente dela. 
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O ceticismo de David Hume
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Este filósofo, foi sob muitos aspectos, o mais radical dos empiristas, levando essas teses às suas últimas consequências e assumindo uma posição filosófica cética. 
O ceticismo de Hume pode ser interpretado a partir do questionamento que dirige a dois princípios ou pressupostos fundamentais da tradição filosófica: a causalidade e a identidade pessoal. 
Para ele, causalidade é uma forma nossa (humana) de perceber o real, uma ideia derivada da reflexão sobe as operações de nossa própria mente, e não uma conexão necessária entre causa e efeito, uma característica do mundo natural. 
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A crítica à identidade pessoal segue essa mesma linha de raciocínio, para ele jamais podemos apreender a nós mesmos sem algum tipo de percepção. 
O “eu” (sef), é um feixe de percepções que temos em um determinado momento e que varia na medida em que essas percepções variam. 
Estamos, assim, em constante mudança, pois a cada momento novas percepções são acrescentadas ao feixe, e outra empalidecem ou desaparecem. 
A única coisa que assegura o nosso “eu” , o que somos e temos, é pela força do hábito, do costume e da memória que conseguimos. 
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Jean-Jacques Rousseau (1712-78)
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Nascido em Genebra (Suíça), foi um dos mais importantes pensadores do séc. XVIII no campo da política, da moral e da educação, influenciando os ideais do Iluminismo e da revolução Francesa (1789). 
O ponto de partida de sua filosofia é uma concepção de natureza humana representada pela famosa ideia segundo a qual “O homem nasce bom, a sociedade o corrompe” (Contrato Social, livro I, cap. 1), à qual se acrescenta a ideia de que “o homem nasce livre e por toda parte se encontra acorrentado”. 
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Porém não é toda e qualquer sociedade que Rousseau condena, mas sim aquela que acorrenta e aprisiona o homem, chegando a adotar como modelo de sociedade justa e virtuosa a Roma republicana do período anterior aos césares. 
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Segundo a teoria do contrato social, a soberania política pertence ao conjunto dos membros da sociedade. 
O fundamento dessa soberania é a vontade geral, que não resulta apenas na soma da vontade de cada um. 
A vontade particular e individual de cada um diz respeito a seus interesses específicos, porém, enquanto cidadão e membro de uma comunidade, o indivíduo deve possuir também uma vontade que se caracteriza pela defesa do interesse coletivo, do bem comum. 
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Essas leis se resumem
no seguinte:
Observar a Natureza e seguir o caminho que ela traçar.
As funções, que se exercem numa etapa de vida, afirmam e preparam o surgimento e o desenvolvimento das funções posteriores.
Mesmo quando uma ação parece ser desinteressada, parece não satisfazer alguma necessidade ou interesse funcional, na realidade se trata sempre de uma adaptação funcional.
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Respeitar a individualidade de cada educando, pois cada um tem sua forma própria. É em função dessa individualidade que ele deve ser orientado.
Para que o processo educativo não degenere num exercício estéril e até nocivo, é indispensável partir da estrutura específica do educando. 
Não se deve ver na criança um adulto em miniatura, como era costume na época, uma etapa passageira, provisória, da existência humana, pois a criança tem uma existência própria e acarreta direitos específicos
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